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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

EDUCAÇÃO DOS FILHOS (2)




II - ENSINANDO ATRAVÉS DO EXEMPLO (VALORES)

1. Ética da personalidade.

Stephen Covey observa que esse modelo possui dois “caminhos básicos: um deles é o das técnicas nas relações públicas e humanas e o outro uma atitude mental positiva (AMP). Parte desta filosofia se exprime através de máximas por vezes válidas, como ‘Sua atitude determina sua altitude’, ‘Sorrisos conquistam mais amigos do que caras feias’ e ‘A mente humana pode conquistar qualquer coisa que consiga conceber e acreditar’. Outras práticas da abordagem personalista eram claramente manipuladoras, quase enganosas, encorajando as pessoas a utilizar técnicas que levassem os outros a gostar delas, ou a fingir interesse pelos hobbies alheios para arrancar o que pretendiam, ou a usar o ‘poder do olhar’ ou a intimidação para abrir caminho no mundo”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 76.
ÉTICA
Introdução:
A ética é um dos seis ramos tradicionais da filosofia, onde ocupou papel importante, desde o começo. A ética também faz parte essencial da fé religiosa. Por essas razões, apresentamos aqui um artigo de considerável volume, cujo intuito é dar ao leitor uma boa ideia sobre os principais sistemas e ideias envolvidos na questão.
1. A Ética como um Sistema da Filosofia.
A Ética é um dos seis sistemas tradicionais da Filosofia. 1. Ética: a conduta ideal do individuo 2. Política: a conduta ideal do estado 3. Lógica: o raciocínio que guia o pensamento 4. Gnosiologia: a teoria do conhecimento 5. Estética: a teoria das belas-artes 6. Metafísica: teorias sobre a verdadeira natureza da existência. Existem filosofias modernas como da ciência, da história, da indústria, do espírito, etc.
2. A Origem da Ética.
A Ética originou (provavelmente) com o primeiro homo sapiens. As pesquisas com chimpanzés demonstram que eles têm uma noção do que seja conduta apropriada ou inapropriada. Ilustração «Um animal falou de si mesmo (através do teclado de um computador): .Sou um diabo mal-humorado». Antes do inicio da filosofia ocidental, as religiões demonstraram uma preocupação com a retidão da conduta humana. Ilustrações: as doutrinas do julgamento, recompensa, reencarnação, etc. Os filósofos pré-socráticos se envolveram em considerações éticas. Anaximandro compreendeu que o processo cósmico é essencialmente um sistema que incorpora justiça, injustiça e reparação. Heráclito até falou que fenômenos físicos «vagabundos» serão julgados, afinal, por um tipo de reparação cósmica.
Ele falou da imortalidade de fenômenos que ultrapassam às leis da natureza. Pitágoras estava pesadamente envolvido na religião oriental e viu na reencarnação a operação da justiça entre os homens.
Mas Sócrates (450 A.C.) é considerado o pai da ética como um sistema filosófico. As primeiras escolas éticas se originaram dos discípulos dele.
3. Definição da palavra.
No grego, ethos = costume, disposição, hábito. No latim, mos (moris) = vontade, costume, uso, regra.
A Ética. «A teoria da natureza do bem e como ele pode ser alcançado». (MM) «A filosofia moral é a investigação científica e uma filosofia de julgamentos morais que declaram a conduta boa, má, certa ou errada. Isto é, o que deve ou não deve ser feito». (E) A definição mais simples, mas expressiva é: A ética é a conduta ideal do indivíduo.
Perguntas principais relacionadas à ética. Existe um padrão (ou padrões) de o que é certo ou errado que pode ser aplicado à raça humana inteira? O que seria a base de tal padrão? Quais são as definições de bondade e maldade? O que é o dever? O que é o summum bonum da existência humana e como é que isto pode ser alcançado? As considerações éticas são mortais ou eternas?
4. O Porquê da Ética.
a. Uma necessidade da sociedade. Ilustração: Aristóteles. O alvo da ética é a conduta ideal do homem, baseada no desenvolvimento de sua virtude especial. Virtude = função dentro da sociedade, para o bem do individuo e da sociedade.
b. Uma necessidade metafisica, Tiquismo contra teleologia. No grego, tuche significa chance, caos; telos significa finalidade, desígnio. As coisas acontecem por mero acaso ou segundo algum desígnio. Kant, por exemplo, rejeitou o princípio do tiquismo para evitar a noção de caos. Filosoficamente, devemos escolher entre caos e desígnio, e a nossa ética será governada pela escolha. O argumento moral dele argumentava que a alma deve existir para permitir um julgamento certo, pois neste mundo, a justiça raramente se faz. Deus dever existir para julgar e recompensar de modo justo, porque, neste mundo, isto raramente acontece.
c. Uma necessidade individual. Realmente, é uma questão urgente, porque tudo que fazemos é auto e/ou heterojulgado (avaliado). Ilustração: Platão. O problema ético é a tensão entre o ideal e a conduta defeituosa. Segundo a definição de Aristóteles, todas as instituições humanas, de ensino, da política, do estado, etc., são ramos da ética porque todas tem alguma coisa a ver com a atuação do homem dentro da sociedade. Sempre parecemos melhor do que realmente somos. Ulceras, psicoses, e até a insanidade existem por causa do problema ético.
5. A Ética e a Gnosiologia.
É impossível separar estes dois sistemas. O que você acha sobre como podemos saber das coisas, determinará, em boa parte, seus conceitos éticos. Ilustrações: Racionalismo. O homem, por natureza, é um ser que sabe, sem uma investigação empírica, Portanto, os princípios éticos podem ser descobertos pela razão. Sócrates tinha fé nesta suposição. O racionalismo tem a tendência de ser religioso, portanto, os principias éticos, supostamente descobertos pela razão, serão religiosos. Misticismo: o conhecimento é um dom de Deus. Portanto, os padrões éticos são predeterminados pela mente divina. Empirismo: somente a experiência (tentativas de saber, erros, adaptações) pode determinar os princípios éticos, porque não existe qualquer conhecimento sem a experiência humana. A experiência se baseia nas percepções dos sentidos. A ética, consequentemente, é uma questão pragmática e relativa, sendo que o conhecimento do homem é governado pelo fluxo das vicissitudes da experiência.
Conclusão. A ética é humana, não divina.
6. A Ética e a Metafisica:
É impossível separar estes dois sistemas. O que você acha sobre a natureza da existência determinara, essencialmente, como você analisa os problemas éticos. Ilustrações: Deus existe, julga e recompensa?
Será que realmente existem pecados mortais como a Igreja fala. A ira, a cobiça, a inveja, a glutonaria, a lascívia, o orgulho e a preguiça realmente são ofensas sérias como a Igreja declara? A doutrina da Igreja sobre os pecados mortais é negócio sério. A Igreja tem autoridade para falar estas coisas?
7.Categorias principais da Ética.
a. A Ética Formal
Esta ética também se chama rigorista ou teísta, 1. Declara que existem princípios eternos, imutáveis, divinos (ou exigências absolutas na natureza ou da lei natural). 2. A aplicação dos principias eternos é universal. Não existe uma ética para mim, e outra para você. 3. É uma ética a priori, não a posteriori. Os valores da ética são inatos, baseados num conhecimento inato. 4. Bases. A intuição, o racionalismo, o misticismo, a sobre naturalidade, a justiça absoluta, a teleologia e o idealismo.
b. A Ética Relativa (da situação)
1. A conduta ideal pode ser estabelecida somente através da experiência-humana. Ela não é imposta por uma força exterior, não humana (se tal força existe). 2. A ética é uma experiência ou ciência humana, não um ramo da teologia. 3. Os princípios éticos têm aplicação aqui e agora, não antigamente e para sempre. 4. A conduta ideal (se existe tal coisa), necessariamente varia de um individuo para o outro, dependendo das circunstâncias (situações) pessoais e culturais envolvidas. S. A ética está sempre em estado de fluxo. Os padrões éticos, necessariamente, se modificam com o tempo e com as exigências diversas de culturas diferentes. 6. A ética é relativa, isto é, sempre sujeita a mudança. Não existem padrões fixos, imutáveis ou universais. O que funciona bem para mim é bom para mim. O que funciona para mim, pode não funcionar para outras •pessoas. 7. Todos os principias éticos são a posteriori. 8. Bases. O empirismo, o pragmatismo, o positivismo, o materialismo, o humanismo, a ciência.
c. A Ética dos Valores
Este sistema é um meio-termo entre o apriorismo (ética formal) e o empirismo (ética relativa). 1. Procura excluir o relativismo radical, mas ao mesmo tempo, ensina que os valores e imperativos não são vazios, abstratos ou sem significado. Os valores éticos devem ser comprovados na experiência humana para serem reais. 2. Os valores éticos são constantes e duradouros, mas não eternamente fixos. 3. Eles não são sujeitos às vicissitudes da experiência humana diária. Eles têm valor em si mesmos; silo intrinsecamente valiosos. A consciência humana sabe, intuitivamente (ou racionalmente) os verdadeiros valores. Ilustrações: a lei do amor é uma constante. Todas as religiões e filosofias honram este princípio. Até Schopenhauer, no seu pessimismo, achou um lugar para a simpatia, outro nome do amor. Quase todos os sistemas acham que algum conceito de justiça é necessário para qualquer função razoável de uma sociedade. 4. Os valores tomam-se deveres que devem ser praticados como parte inerente da conduta ideal. 5. Bases: o racionalismo. a intuição, o misticismo (para alguns estudiosos), o empirismo (que não é considerado inerentemente contrário ao racionalismo). e aqui neste mundo. onde venço ou sou derrotado.
8. Os bens da Ética (Alvo da conduta ideal)
Segundo os conceitos alistados:
a. Egoísmo, O homem, por natureza, é radicalmente egoísta e procura somente o que é bom para ele, como um individuo. O filantropo. o soldado, e o herói ajudam outras pessoas por razões egoístas.
b. Altruísmo, O homem é capaz de ações incondicionalmente altruístas, A natureza espiritual do homem é uma garantia disto. A lei do amor é uma parte intrínseca da natureza humana.
c. Hedonismo. A única coisa que vale, afinal, é o prazer. Os prazeres podem ser físicos, mentais ou espirituais. Este sistema procura o máximo de prazer acompanhado com o mínimo de dor.
d. Eudemonismo: A felicidade é o alvo da conduta ideal. Para Platão, a maior felicidade possível para o homem seria a volta para o mundo dos Universais (que vede). Para Aristóteles, a perfeita realização de virtude (função) do individuo, naturalmente traz uma felicidade considerável. Para a Igreja, a felicidade maior será alcançada na visão beatifica (que vede).
e. Sobrenaturalidade, O homem não existe ~ nem vive diariamente, por si mesmo. Ele não é sua própria causa. Sua existência serve para glorificar Deus. O que acontece a ele é relativamente indiferente se Deus for glorificado. -Secundariamente, aquele que vive para Deus, alcança (e alcançará) uma felicidade particular, afinal. Este afinal pode ser distante, mas é seguro.
f. Naturalismo (humanismo). O único objeto da conduta ideal é o próprio homem. Esta conduta acompanha a evolução da raça e é determinada a posteriori,
g. Utilitarismo e Pragmatismo. Princípios aliados ao naturalismo. O que é útil é bom; o que não é útil é ruim. O que funciona (é prático) é bom; o que não funciona é ruim. A praticidade de qualquer coisa deve ser comprovada através de um processo de tentativas e erros, com os ajustamentos apropriados.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 2. Editora Hagnos. pag. 554-555.
Pv 7.6 Porque da janela da minha casa. Olhando da janela de sua casa, o mestre viu um jovem que estava sendo acossado por poderosa tentação. Porventura as instruções que ele tinha recebido haveriam de livrá-lo em crise de sua tentação? Uma armadilha feminina fora armada para ele, do tipo mais poderoso. O mestre observava enquanto o jovem caminhava, exatamente pela rua onde morava uma adúltera extraordinariamente bonita. E, para dizer a verdade, ali estava ela, não distante da esquina por onde ele dobrou, perto da casa dela. E eia era “jovem, esguia e amorável”, e o jovem pára para contemplá-la. A mulher lança sua beleza sobre ele e profere algumas palavras doces, fazendo ao jovem um convite que ele não consegue recusar. Bem na esquina, ela o abraça e beija, e faia sobre a bela cama e o dormitório perfumado, todo arranjado com belas cobertas e cortinas. O marido dela está fora e não voltará por longo tempo. A mulher o convida a passar a noite com ela, o que lhes dará tempo de se deliciarem de amores. A beleza física da mulher e suas maravilhosas descrições matam toda a resistência dele, se é que ele tinha alguma. Isso posto, ele foi direto à casa dela, na companhia da mulher, tal como um boi vai para o matadouro. A história tem os sinais de ser uma narrativa contada por uma testemunha ocular.
“Os vss. 6-23 descrevem o engodo da adúltera com detalhes gráficos. ‘Grades’ é palavra que se refere a uma típica janela oriental, sem vidros, mas protegida por uma tela elaborada” (Charles Fritsch, in ioc.). Esse tipo de janela provia dupla vantagem: permitia a entrada do ar fresco, mas impedia o olhar dos curiosos.
Pv 7.7 Vi entre os simples, descobri entre os jovens. O jovem em apreço era um dos simples e inexperientes rapazes, mero aprendiz da lei, e assim facilmente sujeito às tentações. Diz-nos o texto sagrado que ele era “carecente de juízo". Ver Pro. 1.4 quanto aos simples, aos quais o mestre queria levar à maturidade e à sabedoria. Esse jovem não era, em sentido algum, um malandro cheio de vícios. Ainda não tinha-se corrompido por esse mundo pecaminoso. Ele simplesmente estava de cabeça vazia de juízo. O termo hebraico empregado é peti, “ingênuo”, “fácil de ser enganado". Faltava-lhe maior entendimento (ver Pro. 6.32). Ele tinha “sangue quente, paixões fortes, combinados com julgamento fraco e inexperiência, o que podia tornar-se presa fácil para uma mulher esperta” (Fausset, in Ioc.). Ele ainda não possuía sabedoria suficiente para discernir entre um grande mal e o bem, nem tinha forças para resistir ao primeiro.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2570-2571.
A Arte Sedutora da Tentadora (7.6-23)
Nesta passagem, o sábio retrata em detalhes vívidos a história do jovem que era o objeto dos planos maus de uma adúltera. Ele relata as consequências trágicas de o homem se entregar à estratégia sedutora dessa mulher devassa.
a) O objeto de planos destruidores (7.6-9). O autor apresenta aqui de forma realista e vívida os detalhes da cilada da adúltera. Ele menciona a visão que se tem por meio da grade (6; “treliça”, Berkeley) de uma casa oriental e de como dali se pode observar o jovem que é o objeto das más intenções da mulher. Toy diz: “As janelas de casas orientais (como as da Europa alguns séculos atrás) não são fechadas com vidro, mas têm uma estrutura em forma de treliça feita de madeira ou de metal, através da qual a pessoa que fica do lado de dentro pode observar a rua sem ser vista de fora; a janela era o ponto de observação predileto”.
O objeto de observação da adúltera era um jovem dentre os simples (7), ou dentre os “de cabeça vazia e de coração oco” (AT Amplificado). Este jovem era falto de juízo. A RSV o chama de “jovem sem bom senso”. Kidner o descreve como alguém “jovem, inexperiente, desmiolado”.36 Faltava a esse jovem a compreensão dos princípios morais, mas ele não era meramente um simplório (veja comentário de 1.4).
Este jovem estava andando errante e sem rumo pela rua. Ele parecia não somente perdido, mas também inconsciente dos perigos de se demorar na esquina (8) da casa da tentadora. Assim ele se colocou numa posição que era vantajosa para ela. Ele começou o seu passeio no crepúsculo (9), mas logo veio a noite e a escuridão. Cook comenta: “Há um certo significado simbólico no retrato da escuridão que se torna cada vez mais densa [...] A noite está caindo sobre a vida do homem assim como as sombras estão se aprofundando”.
b) A estratégia da sedutora (7.10-20). A adúltera não estava sem objetivo e rumo como o jovem. Os seus planos estavam bem traçados. Ela era desavergonhada nas suas maquinações. Embora tivesse marido (19-20), apresentou-se a ele com enfeites de prostituta (10; cf. Gn 38.14-15). O homem não precisava temer a lei ao se envolver com essa mulher, pois não havia represália do marido no caso de uma prostituta profissional. O , coração dessa tentadora é astuto (10); ela é dura e obstinada nos seus planos maus. Ela é alvoroçadora e contenciosa (11; “tumultuosa e teimosa”, AT Amplificado). A sua “rebeldia é obviamente a recusa da lei de Deus e das obrigações da moralidade”.38 Ela era uma transgressora frequente, pois não paravam em casa os seus pés (11). Ela ficava espreitando (“prepara a sua armadilha”, Berkeley) por todos os cantos (12).
As seduções da adúltera vêm numa sucessão rápida. Ela foi ousada, abraçou o jovem e esforçou o seu rosto (13); literalmente: “mostrou um rosto ousado” (cf. Jr 3.3). Toy diz: “Esta expressão [...] não sugere que a mulher assuma uma atitude que não lhe seja natural, mas simplesmente descreve a sua ousadia de meretriz”.
A adúltera continua a sua sedução ao dizer ao jovem que “a sua geladeira está cheia, como nós diríamos”.40 Sacrifícios pacíficos tenho comigo (14). A carne dos sacrifícios de animais deveria ser comida no dia do sacrifício ou no dia seguinte. O que não fosse consumido tinha de ser queimado no terceiro dia (Lv 7.16-18). A tentadora diz à jovem vítima que ela ofereceu os seus sacrifícios e que há carne em abundância na sua casa. Eles vão fazer uma festa juntos. Não é estranho que uma pessoa que foi fiel em cumprir com as suas obrigações religiosas em relação aos rituais sacrificais não tenha percebido a contradição entre estas coisas e os seus planos pecaminosos (cf. Is 1.11-15)?
A tentadora agora se volta para a bajulação. Diz ao jovem que era exatamente ele que ela queria para essa ocasião festiva: saí ao teu encontro [...] e te achei (15). Ele é o “homem dos sonhos dela, alto, moreno e vistoso”. Ela desce ao nível do sensual para o apelo seguinte (16-18). Em seguida a sua vítima recebe a garantia de que o marido saiu para uma viagem demorada e não vai voltar antes do dia marcado (20); literalmente: “depois de muitos dias”.
c) O resultado trágico (7.21-23). A sedução é bem-sucedida. O jovem cede ã tentação. Ele segue a tentadora como boi que vai ao matadouro, como um criminoso acorrentado vai à sua execução, ou como uma ave que se apressa para o laço preparado para ela (22-23). Mas o pecado vai lhe custar a sua vida (23). Esta expressão retrata a corrupção moral com a sua culpa e miséria como também sugere as consequências trágicas que podem resultar quando o marido da adúltera descobrir o caso de amor ilícito (veja comentário de 6.30-35).
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 374-376.
2. Ética do caráter.
De acordo com Stephen Covey, a literatura antiga era focalizada: “No que se poderia chamar de Ética do Caráter, considerada a base do sucesso — coisas como a integridade, humildade, fidelidade, persistência, coragem, justiça, paciência, diligência, modéstia e a regra do ouro (fazer aos outros o que desejamos que nos façam). A biografia de Benjamin Franklin é representativa desta literatura. Trata, basicamente, do esforço de um homem para interiorizar certos princípios e hábitos. A Ética do Caráter ensina que existem princípios básicos para uma vida proveitosa, e que as pessoas só podem conquistar o verdadeiro sucesso e a felicidade duradoura quando aprendem a integrar estes princípios a seu caráter básico”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 76.
A Natureza dos Filhos
O que os filhos são por dentro é de extrema importância. Por isso educação de filhos tem por objetivo treinar o coração do filho. Educação de filhos e treinamento de almas. Os filhos só podem reagirem ao que são por dentro. Qualquer educação deve levar em conta a natureza do sujeito que está sendo educado. A falta de considerar isso trará decepção tanto para o educador quanto frustração ao que recebe a educação. Por que uma criança precisa ser educada? O que é que dificulta a educação dos filhos? Por que os filhos precisam autoridade dos pais? Quais são os objetivos que os pais devem ter para educar bem os seus filhos? Cada filho é igual? As necessidades dos filhos modificam com a idade?
A. A origem da natureza dos filhos
1. Considere a criação original de Deus. Quando Deus criou o mundo é evidente que Ele criou os animais e o homem já com a vida madura. Deus criou Adão já homem, maduro. Por isso ele foi dado as responsabilidade de lavrar e guardar o jardim do Éden (Gên. 2:7,15). Eva foi criada em forma de mulher já crescida para ser a ajudadora idônea para o homem (Gên. 2:18-25), de outra maneira ela não seria tal ajudadora idônea para ele. Por Deus criar a vida adulta primeiro podemos entender então que as crianças precisam de serem cuidados pelos adultos. Deus criou o homem já maduro para não ser desamparado e para amparar o fruto da relação de homem e mulher no lar. Crianças são imaturas e precisam de aprender para poderem viver bem no mundo adulto. Jesus, como criança, submeteu-se aos que representaram a autoridade no seu lar e precisava crescer tanto em sabedoria quanto estatura (Luc 2:51,52; Heb 5:8).
2. O homem tem uma natureza pecaminosa (Gên. 5:3; Rom 5:12, 18). O Adão perdeu a sua inocência e desde então todos que nascem já nascem com a natureza pecaminosa. Por isso as crianças já falam mentiras desde que nasceram (Sal 51:5; 58:3). As mentiras das crianças só têm um objetivo: engrandecer a si mesmo! Os filhos nossos têm o mesmo problema que nós temos: auto suficiência e egoísmo terrível! Satanás, que é o pai da mentira (João 8:44), iniciou pecado com este problema de egoísmo (Ez 28:17; Isa 14:13,14) e este era o problema de Adão (Gên. 3:6) e é também o de todos que já nasceram desde então (Rom 5:12). Quando os adultos querem desculpar o que uma criança diz ou faz pelo ditado “É coisa de criança” eles estão dizendo uma verdade. Educação dos filhos conforme a Palavra de Deus determinará se tal criança continuará fazendo coisas de criança para sempre pelo tempo da sua mocidade e até adulto ou aprenderá deixar as coisas de criança e viver com o alvo certo na vida. Se deixar a tolice do pecado agir, por mais engraçadinho que parece no momento, ela tentará de dobrar todo mundo ao seu redor para lhe servirem tanto quanto Satanás designo no seu coração fazer Deus ser seu servo (Mat. 3:9).
3. Os filhos que não têm educação moral baseada em autoridade serão sempre controlados pela natureza pecaminosa: ou a deles mesmo, ou a de outros. Os filhos precisam aprender auto controle. Pecadores não querem Deus nem o seu controle. Pecadores naturalmente não aprenderão de amar o próximo como a si mesmo. Autoridade dos pais repreenderia esta tolice de pecado para que os filhos tenham esperança (Prov. 29:15; I Sam 3:13). Os pais qualificados melhor para ensinar os filhos de terem auto controle são os pais que já aprenderam a submeterem se à Palavra de Deus e viver por ela. Os pais que ensinam os filhos de controlarem a natureza pecaminosa ensinem os filhos de não ser escravos do pecado (Rom 6:16). Não ensinar os filhos dizer não à sua própria natureza pecaminosa é crueldade à criança e tais pais são culpados de mal tratarem os seus filhos (I Sam 3:13; Ez 33:3-6).
GARDNER. Calvin G,. O Que Diz a Bíblia Sobre a Educação dos Filhos no Lar.
Pv 4.3 Quando eu era filho em companhia de meu pai. O mestre usa a si mesmo como exemplo da transmissão dos ensinos do pai para o filho. Ele tivera a grande vantagem de contar com um pai fiel e piedoso, que não negligenciara o ensino a seu filho. É conforme disse o profeta moderno, Baha Ullah: “A pior coisa que um pai pode fazer é conhecer os ensinamentamentos, mas não transmiti-los”. O mestre havia sido, alguns anos antes, uma terna criança, tão jovem, tão débil, tão impotente como são as crianças. No entanto, nascera em uma boa família. Foi muito amado por seu pai e por sua mãe, e nisso metade da batalha foi ganha. Ele era o “único” aos olhos de sua mãe, talvez por um longo tempo, o filho único, e, portanto, muito amado. Ele era “único", conforme diz a nossa versão portuguesa. ‘Tenro” quer dizer “jovem em anos", com a impotência própria da meninice. O filho amado (no hebraico, yahidh, que literalmente significa “único”) era muito estimado e amado, e isso, por si mesmo, é uma grande lição. O amor sempre estabelece uma grande diferença. Pode produzir, em um único instante, o que a labuta dificilmente produz em uma era. O filho amado também será o filho ensinado. Cf. as palavras de Davi no tocante a Salomão, que também foi chamado de “moço e inexperiente” (I Crô. 29.1).
Encontramos aqui um belo quadro de uma vida em família, no melhor dos lares judaicos. Embora esse homem tenha começado sua vida como apenas uma criança, não era “mimado”. Gersom espiritualizou este versículo e fez de Deus o Pai, de Israel os filhos, e então, como é natural, a lei seria a fonte de todos os ensinos. Israel, povo distinto entre as nações, era como um filho único. Ver Deu. 4.4-8 quanto ao caráter distintivo do povo de Israel.
Então ele me ensinava e me dizia. O pai do mestre o ensinava e assim dava exemplo sobre como ele deveria lidar com seus filhos literais e seus filhos espirituais. Os hebreus mostravam-se fanáticos sobre a sua lei e sobre o ensino da lei, embora existissem poucas cópias escritas e pouquíssimas pessoas soubessem ler. Portanto, o ensino tinha de ser ministrado pelo corpo de conhecimento existente na memória. Poucos pais, ou mesmo mestres, tinham sua própria cópia escrita da lei, o Pentateuco. Isso não detinha o processo do ensino. Um mestre que morasse em Jerusalém provavelmente teria acesso a uma cópia escrita da lei, podendo usá-la como fonte contínua de consulta, embora o próprio mestre não contasse com uma cópia pessoal. Considere, pois, o leitor o quanto o nosso trabalho de mestres tem sido facilitado pela boa literatura moderna, começando com as muitas versões da Bíblia, em tantos idiomas. Além disso, dispomos de comentários, livros devocionais, materiais técnicos, os quais são recomendáveis para os eruditos, que podem obter assim compreensão mais profunda da Palavra e então compartilhá-la com outras pessoas. Nossa riqueza literária teria deixado estonteado qualquer mestre do antigo povo de Israel, e podemos ter certeza de que logo ele estaria colecionando livros para formar sua própria biblioteca particular. Sem dúvida, alguns poucos mestres antigos tinham (pequenas) bibliotecas. Ver no Dicionário o artigo chamado Livro, Livros. O apóstolo Paulo tinha uma pequena biblioteca e viajava levando consigo alguns livros.
Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos.
(II Timóteo 4.13)
O Processo Ideal. Ouvir; reter o ensino; obedecer; obter a vida prometida pela lei (Deu. 4.1; 5.32), a qual é longa e próspera. Assim, a lei seria o guia da vida dos israelitas (ver Deu. 6.4 ss.). Ver a respeito os mandamentos em Pro. 2.1, ou seja, o corpo do ensino sobre a sabedoria, da qual o livro de Provérbios é um representante, sabedoria alicerçada sobre a lei de Moisés. Cf. este versículo com I Crô. 28.9; Efé. 6.4 e Pro. 7.2.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2554.
Ouvi, filhos, a correção do pai (1). O mestre aqui ou assume o papel de um pai ou, como pai, lembra a sua própria herança religiosa tão valiosa. Esta última posição parece mais provável em vista das declarações autobiográficas dos versículos 3-4. Certamente o antigo povo de Israel cria que a religião deveria ser ensinada e transmitida na prática. Preceitos e prática eram ambos muito importantes na propagação da fé. Em concordância com essa herança, o cristianismo é evidentemente uma religião de instruções.
O mestre fala de forma carinhosa acerca do seu próprio lar hebreu. Quando ele era tenro (3; jovem na idade biológica), ambos, pai e mãe, compartilhavam a educação dos filhos. A devoção aos mais elevados valores na vida é transmitida por meio do impacto pessoal de pais devotos sobre a vida dos seus filhos, e de mestres sobre as vidas dos seus pupilos. Edgar Jones nos lembra que “o relacionamento entre o mestre e o aprendiz é pessoal, e não superficial. Nesse relacionamento de confiança mútua a verdadeira educação se toma possível”.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 367-368.
III - EDUCAÇÃO INTEGRAL
1. Desenvolvimento mental.
Educação Integral
Os educadores chamam a atenção para o fato de se educar tomando por base um modelo integrado. Esse novo paradigma na educação recebe o nome de: Teoria da Integração Relacional. Esse novo modelo destaca que “as clássicas teorias psicológicas não têm sido suficientes para a compreensão do atual comportamento dos alunos e o adequado procedimento preventivo e terapêutico dos conflitos vividos em sala de aula. Há necessidade de introduzir elementos novos, como amor, disciplina, gratidão, religiosidade, ética e cidadania, para a avaliação da saúde relacional. Uma pessoa integrada relacionalmente vive um equilíbrio dinâmico entre as satisfações física, psíquica, ecossistêmica e ética nos contextos familiar, profissional e social”.
Muito à frente de nosso tempo, Salomão já se preocupava com a construção do homem na sua integralidade. Possivelmente nenhum outro livro contenha tantos princípios educativos como o livro de Provérbios. Nos Provérbios encontramos ensinos precisos para a educação de crianças, jovens e adultos. É um manual recheado de belos ensinamentos que favorecem o crescimento intelectual, psicológico, social e espiritual.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 76-77.
Pv 2.2 Para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido. Um bom aluno mostrar-se-á atento ao ensino que receber, inclinando seu ouvido para ouvi-lo e aceitá-lo. Ele será ouvinte e praticante dos mandamentos. Ver Tia. 1.22.
Todas as faculdades devem ser empregadas nessa busca: o ouvido, para ouvir e compreender; o coração, que fala sobre a mente e as sensibilidades espirituais. O homem estava atrás do entendimento (ver Pro. 1.5). Essas figuras simbólicas apontam, essencialmente, para as capacidades intelectuais e volitivas. A “compreensão”, conforme entendiam os hebreus, nunca era algo meramente intelectual. Um homem precisa viver segundo a sua compreensão, pois só assim ele realmente compreenderá. Um aluno nunca poderia ser um mero teórico. Saber sem praticar termina em hipocrisia.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2543.
A Urgência do Apelo da Sabedoria (2.1-4)
A urgência do apelo do sábio é indicada por quatro conjuntos de orações gramaticais paralelas — um conjunto em cada um dos versículos dessa seção. No versículo 1 a Tributo à Sabedoria Provérbios 2.1-12 condição é: se aceitares [...] e esconderes contigo (“entesourares”, TB). Para fazeres atento [...] o teu ouvido, e [...] inclinares o teu coração (“para que o teu coração alcance”, Berkeley) são condições encontradas no versículo 2. As condições se clamares (“se implorares”, Berkeley) [...] alçares a tua voz estão no versículo 3. No versículo 4 lemos: se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares (cavares por ela). Somente essa sinceridade de coração que o mestre defende nesses versículos vai gerar no pupilo o conhecimento da vontade santa de Deus. A declaração de Paulo em Filipenses 3.13-14 é uma ilustração neotestamentária dessa intensidade de propósito.
A palavra coração (hb. leb) no versículo 2 é especialmente significativa. Tem um significado muito mais amplo no hebraico do que em português, incluindo sensibilidades intelectuais e morais como também emocionais. E o centro do ser humano do qual brotam as decisões vitais. A Bíblia nunca fala do cérebro como local do intelecto do homem. Para inclinares o teu coração (2) sugere real dedicação e zelo. O mestre está desafiando o pupilo a buscar a sabedoria com todo o seu ser — sua razão, suas emoções, sua vontade — para que o propósito não seja diluído.
EARL C. WOLF. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 362-363.
Pv 3.3 Não te desamparem a benignidade e a fidelidade. A benignidade e a fidelidade são dois ornamentos especiais para quem quiser viver a vida caracterizada pela sabedoria. Esses ornamentos devem ser pendurados ao pescoço do indivíduo por ter vencido na corrida espiritual. São também como inscrições preciosas para o coração do homem bom. Yahweh é quem faz tal inscrição sobre o coração do homem e assim o identifica como pertencente a Ele. O homem bom vive em consonância com as inscrições feitas no seu interior, em sua alma. Essas qualidades identificam o tipo de homem que ele é. A Revised Standard Version diz aqui “lealdade” e “fidelidade” como os ornamentos e as inscrições especiais. A primeira dessas palavras corresponde ao hebraico hesedh, o amor constante que figura no livro de Salmos, tão frequentemente repetido aqui. Usualmente, ali refere-se ao amor que Yahweh dirige ao homem. E o homem bom dirige o seu amor a Yahweh. O homem bom é aquele que anda no caminho dos mandamentos (ver Pro. 2.1 e 3.1). A segunda dessas palavras hebraicas é ‘emeth, cuja raiz significa “confirmar", com um segundo sentido de “confiar". Ellicott (in loc.) fala em fidelidade, referindo-se às
promessas que Yahweh dá a Seus santos, bem como ao fato de que essas qualidades não podem falhar. A palavra é usada para apontar para Deus (ver Sal. 30.10) e para os homens (ver Isa. 59.14). “Esses são dois atributos especiais mediante os quais Deus é conhecido em Seu trato com os homens (ver Êxo. 34.6,7), e são qualidades que devem ser imitadas pelos homens (ver Mat. 5.48)” (Ellicott, in loc.).
Ata-as ao teu pescoço. Cf. Pro. 1.9.
Escreve-as. Cf. Pro. 6.21 e 7.3. Ver Jer. 17,1 e II Cor. 3.3 Quanto à “tábua do coração”, ver Jer, 31.33. “A alusão, em ambas as frases, é às orientações dadas quanto à legislação mosaica (ver Deu. 6.8,9), bem como à inscrição da lei sobre as tábuas de pedra. Era usual que os antigos escrevessem sobre tabuinhas de madeira. Assim foram inscritas as leis de Sólon (Lacrt. Vit. Solon) e também as tabellae et pugillares dos romanos, A cera era usada com o mesmo propósito. Ver Hab. 1.2. Paulo, entretanto, queria que a sua lei fosse escrita nas tábuas de carne, do coração (II Cor. 3.3)” (John Gill, in loc.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2547.
3.3,4 — Benignidade e fidelidade são duas palavras de peso dentro da Bíblia, pois descrevem o caráter de Deus (Sl 100.5) e os valores que Ele exige de Seu povo. O apóstolo João empregou o equivalente grego destas palavras, graça e verdade, para descrever o caráter de Jesus (João 1.14).EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 952.
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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