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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

ARROGANCIA E HUMILDADE (2)





v. 6. Anenklêtos - nossas Bíblias traduzem esta palavra como "irrepreensível". O clássico Dicionário do Novo Testamento Grego de Vine, assim define esta palavra:
Significa que não pode ser chamada a pedir contas, isto é, sem acusação alguma (como resultado de uma investigação pública), irrepreensível (1 Co 1.8; Co 1.22; Tt 3.10, 1.6,7). Implica não somente mera absolvição, mas a inexistência de qualquer tipo de acusação contra uma pessoa.
v. 7. Oikonomos - "mordomo, administrador da casa. A palavra enfatiza a tarefa a alguém e a responsabilidade envolvida. É uma metáfora extraída da vida contemporânea e retrata o administrador de uma casa ou estado."" Esta palavra deu origem a nossa palavra portuguesa "economia" e significa primeiramente o governo de uma família ou dos assuntos de uma família (oikos - uma casa, nomos - lei), isto é, o governo ou administração da propriedade dos outros, e por isso se usa de uma mordomia, Lc 16.2 [...] nas epístolas de Paulo, se aplica:
a) A responsabilidade que lhe foi confiada de pregar o evangelho (1 Co 9.17).
b) Da administração que lhe foi entregue para que anunciasse "cabalmente a palavra de Deus".
c) Em Efésios 1.10 se usa da disposição ou administração de Deus.
v. 7. Authade - não arrogante. "Obstinado em sua própria opinião, teimoso, arrogante, alguém que se recusa a obedecer a outras pessoas. E o homem que mantém obstinadamente a sua própria opinião, ou assevera seus próprios direitos e não leva em consideração os direitos, sentimentos e interesses de outras pessoas." Autocomplacente (autos, auto, e hêdomai, complacente), denota uma pessoa que, dominado pelo seu próprio interesse, e sem consideração alguma pelos demais, afirma arrogantemente sua própria vontade, "soberbo" (Tt 1.7); "contumaz" (2 Pe 2.10) o oposto de epiekês, amável, gentil (1 Tm 3.3), "um que supervaloriza de tal maneira qualquer determinação a que ele mesmo chegou no passado que não permitirá ser afastado dela".
v. 7. Orgilos - que não seja: irascível, inclinado à ira, de temperamento quente.15
v. 7. Pároinos - não dado ao vinho. Um adjetivo, literalmente, que tem seu entretenimento no vinho (para, en, oinos, vinho), dado ao vinho [...], é provável que tenha o sentido secundário, dos efeitos da embriaguez, isto é, um ébrio.lb
v. 7. Pléktês - não violento. Briguento, espancador. A palavra pode ser literal: "não pronto a bater em seu oponente".
v. 7. Aischrokerdés - não cobiçoso. Alguém que lucra desonestamente, adaptando o ensinamento aos ouvintes a fim de ganhar dinheiro deles [...], refere-se ao engajamento em negócios escusos. Este vocábulo é formado por duas palavras gregas: aischros (vergonhoso) e kerdos (ganância).
v. 8. Philóksenos - amor aos estranhos, hospitaleiro.
v. 8. Philágathos - amigo do bem, amante do que é bom. Denota devoção a tudo o que é excelente.
v. 8. Sóphrona - sóbrio. Denota mente sã (sozo - salvar, phren - a mente); daí, com domínio próprio, sóbrio, se traduz "sóbrio" em Tito 1.8 (a Reina - Valera traduz como "temperado"); em Ti to 3.2, significa "prudente".
v. 8. Díkaion - justo, aquele que age com justiça.
v. 8. Hósios - devoto, santo. Significa religiosamente reto, santo, em oposição ao que é torto ou contaminado. Está comumente associada a retidão. Refere-se a Deus em Apocalipse 15.4; 16.5 [...] Em Tm 2.8 e Tt 1.8 se utiliza do caráter do cristão, na Septuaginta hósios é frequentemente tradução da palavra hebraica hasid, que varia entre os significados de "santo" e "mi-sericordioso".
v. 8. Enkratê - que tenha domínio de si. A Bíblia de Jerusalém traduz como "disciplinado". Significa também "autocontrole, completo autodomínio, que controla todos os impulsos apaixonados e mantém a vontade leal à vontade de Deus". Denota ainda o "exercício do domínio próprio, alguém que é dono de si mesmo".
v. 9. Antechómenon - apegado a, firme aplicação. Na voz média significa "manter-se firmemente ao lado de uma pessoa". Paulo usa o termo associando ao líder que é apegado à Palavra de Deus.
Para nós cristãos, a fronteira entre a verdade e o erro está bem demarcada. Há sim um padrão divino que estabelece a diferença entre o certo e o errado. Os valentes de Deus devem ter isso bem definido em suas mentes. Agindo de acordo com o modelo divino exposto na Palavra de Deus, o valente não irá ter problemas com o relativismo moral.
GONÇALVES, José,. Por que caem os valentes? Uma análise bíblica e teológica acerca do fracasso ministerial. Editora CPAD.
I - O SÁBIO VERSUS O INSENSATO
1. Sabedoria e humildade.
SABEDORIA (destreza, habilidade, consequentemente: criterioso, usando razão habilmente', inteligência ampla e cheia e entendimento. Estas são de longe as palavras mais comuns na Bíblia a serem traduzidas pelo termo “sabedoria”, embora existam outros termos de ocorrência menos frequente traduzidos também como “sabedoria”: em hebraico, discernimento', prudente;  conselho ou entendimento).
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 5. pag. 276.
TERMOS RELATIVOS AOS TIPOS DE SABEDORIA
I. Chokmah (também transliterado como hokmah): habilidade ou destreza na arte (Exo. 28.3; 31.6, et ai.); habilidade mais elevada de raciocínio, prudência, inteligência (Deu.4.6; 34:9; Pro. 10.1, et ai.).
2. Sakal, ser prudente, circunspecto (l Sam. 18.30;Jó 22.2, et al)o
3. Tushiyah, retidão, bom conselho e compreensão (Já 11.6; 12.16; Pro. 3.21, etal.).
4. Binah, compreensão, introspeção, inteligência (Pro. 4.7; 5.5; 39.26; Deu. 4.6; I Crô. 12.32; Dan. 1.20; 9.22; 10.1, et ai.).
5. Sophia (no Novo Testamento), palavra geral para todos os tipos de sabedoria, divina e humana (Luc. 1.17; 11.31,49; Atos 6.3,1O;,Rom. 11.31;I Cor. 1.17,19;Efé. 1.8,17;Tia. 1.5; 3.13,15, 17; II Ped. 3.15;Apo. 5.12; 13.18; 17.9,etal.).
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 5.
HUMILDADE. Apenas na fé bíblica a humildade é tida como uma virtude, as outras religiões relacionam a humildade à falta de honra e não a reconhecem como virtude. Filósofos, com exceção daqueles claramente influenciados pela tradição judaico-cristã, ou ignoram essa virtude ou a depreciam. Assim Aristóteles, na hábil sistematização da sabedoria pré-cristã, A Ética Nicomaquéia, exalta uma magnânima auto-suficiência que é justamente o contrário. Séculos depois Friedrich Nietzsche condena a humildade como parte inseparável de uma moralidade pervertida, a qual a transformação cristã de valores faz com que indivíduos inferiores como Paulo, com ressentimento, metamorfoseiem sua baixeza e fraqueza, exaltando a condição servil ao ápice da excelência. A humildade, portanto, é atacada por Nietzsche como uma negação da genuína humanidade que seria personificada no anticristão e aristocrático Super-homem.
Dentro da estrutura do teísmo revelacional, contudo, a humildade é de fato uma virtude, a atitude apropriada da criatura humana para com seu divino Criador. É o reconhecimento espontâneo da dependência absoluta da criatura em relação ao seu Criador; um reconhecimento de bom grado, não hipócrita, do abismo que separa o Ser que existe por si só do ser absolutamente contingente, a “infinita diferença qualitativa entre Deus e o homem” postulada por Kierkegaard. E a postura de ajoelhar-se em respeito e gratidão, ciente de que a existência é um dom da graça, inescrutável misericórdia que, tendo chamado uma pessoa para fora do não-ser, sustenta-a a todo instante para que ela não caia de volta na inexistência. A humildade, assim, é explicada pela confissão de Abraão de que ele não é mais do que “pó e cinzas” (Gn 18.27). É explicada novamente pela veemente lembrança de Paulo aos orgulhosos coríntios de que a posição do homem diante de Deus é necessariamente a posição de alguém que recebe, a de um mendigo cujas mãos estão vazias até que a benevolência divina as encha (ICo 4.6,7).
Além do mais, dentro da estrutura teísta, a humildade é a reação completamente correta de uma criatura culpada na presença de seu Criador santo. E o reconhecimento por parte do pecador de que sua irredutível insuficiência, enquanto criatura finita, tem sido, apesar disso, incomensuravelmente diminuída pela rebelião contra seu Criador. No AT é o grito do jovem profeta quando vê o Senhor: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros” (Is 6.5). No NT é a honesta autodepreciarão do apóstolo quando se dá conta de sua teimosa desobediência em relação à verdade (ICo 15:9; Ef 3.8; lTm 1.15). Humildade é o corolário lógico da consciência do pecado. Apesar de sua dignidade, contudo, seu inestimável valor como imago dei, o homem como um agente finito de rebelião é, na verdade, “pó e cinzas”.
Segue-se disso que a humildade é a essência da piedade do AT. Um tema frequente no livro de Provérbios (3.34; 11.2; 15.33; 16.19; 25:7), ela é exemplificada por Abraão (Gn 32.10); por Moisés, que proeminentemente “era homem mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3); por Saul no início de sua carreira (ISm 9.21); e por Salomão cujo conhecimento de si mesmo motivou sua sincera auto humilhação (IRs 3.7). Como um fundamento da piedade, essa virtude é expressa de forma clássica em Miqueias 6.8, “o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” Assim o Rabino Joshua ben Levi estava simplesmente resumindo o AT quando, ao discutir o mérito comparativo de várias graças, ele insistiu: “A humildade é a maior de todas, pois está escrito, ‘O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados’ (Is 61.1). Não foi dito ‘aos santos, mas ‘aos humildes’, de onde aprendes que a humildade é a maior de todas” (citado por Morton Scott Enslin, The Ethics of Paul [1930], 249).
A humildade é, da mesma forma, a essência da piedade do NT. Como poderia ser de outra maneira tendo-se em vista o próprio exemplo de Cristo? Como Paulo apresenta na maior de todas as passagens sinóticas, o Salvador “a si mesmo se humilhou”, abandonando voluntariamente seu status divino, renunciando sua beatitude e dignidade para viver como homem no mais baixo nível de pobreza e obscuridade, no devido tempo descendo aos níveis mais profundos de ignomínia e agonia (Fp 2.5-8). No agape de dar-se a si mesmo está a antítese e a contradição de todo eras narcisista. Além disso, o caráter de Jesus não exibiu nem um pouco de orgulho ou arrogância. Apesar de inabalavelmente corajoso e, às vezes, severamente sincero, ele era “manso e humilde de coração” (Mt 11.29). Assim, seus ensinos acerca da pobreza de espírito não tinham nenhuma associação hipócrita (Mt 5.3). Em vez de aceitar a glória, ele dava testemunho da dependência total de seu Pai como fonte de sua própria sabedoria e poder; em vez de apegar-se à glória, ele atribuía toda glória a seu Pai (Jo 5.19; 6.38; 7.16; 8.28,50; 14.10,24). Quando se inclinou para lavar os pés de seus discípulos, Jesus não estava se entregando a uma representação de ostentação teatral; pelo contrário, estava simbolizando com perfeita integridade todo o significado e mensagem de seu ministério. Nesse ato o motivo fundamental de sua pessoa e obra abre caminho, o motivo que atinge seu ápice na cruz.
Consequentemente, uma vez que a imitatio Christi é o imperativo do NT, a vida de todo discípulo fiel deve ser uma vida de humildade. Preocupado em exaltar o Salvador, assim como o Salvador estava preocupado em exaltar o Pai, o discípulo declara, como aquele que batizou o Salvador: “E necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). O discípulo dá as costas para a posição social, para a segurança e ao sucesso, pedindo apenas uma oportunidade para servir, ainda que modestamente (Mt 23.8,10; Mc 10.3545). Gloriando-se apenas na cruz (G1 6.14), ele luta para alcançar uma avaliação apropriada de si mesmo, não irrealisticamente esvaziada nem egoisticamente concebida (Rm 12.3). Ele se propõe seriamente a fazer da atitude de Jesus seu princípio controlador da vida, quer em relação a Deus quer em relação a seus irmãos (Rm 12.10; Tg 4.10; I Pe 5.5,6). Em resumo, o discípulo fiel trava uma batalha contínua contra o orgulho, o qual é a raiz do pecado, aquele egoísmo que dá origem ao egocentrismo, à auto exaltação, à obstinação, à presunção, à autoconfiança, à glorificação pessoal e, portanto, à decepção com seu último fruto de frustração e desespero (Rm 10.2). Na medida em que ele se mantém vencendo a batalha contra o orgulho e a presunção, ele amadurece naquela santidade que floresce apenas no solo da humildade.
Essa virtude pode ser grosseiramente mal interpretada. Falando claramente, portanto, a humildade bíblica não é o conceito oposto que utiliza o disfarce da humildade. E aquela atitude que resulta em uma avaliação pessoal destemidamente honesta, uma auto avaliação que nem diminui as realizações pessoais nem aumenta as falhas de ninguém. A humildade não é o masoquismo sutil que se deleita em sua própria humilhação. Não é aquela covardia que protege o indivíduo por meio de um servilismo ultrajante. Não é, além do mais, uma virtude puramente particular. É o produto daquele teocentrismo radical que agradecidamente reconhece a soberana concessão de dons por Deus e sua soberana capacitação para o serviço; isso elimina, assim, a arrogância que destrói a comunidade. Completamente desprovida de arrogância, a humildade, portanto, regozija-se com Maria, “Porque me fez grandes coisas o Poderoso; e Santo é o seu nome” (Lc 1.49).
Agostinho, portanto, estava certo. O segredo da santidade é, como ele deu uma ênfase tríplice, “Humildade! Humildade! Humildade!” Ou nas palavras penetrantes de Kenneth Kirk: “Sem humildade não pode haver serviço digno do termo; o serviço protetor é autodestrutivo — pode ser o maior dos desserviços. Portanto, para servir seus companheiros — para evitar causar-lhes dano maior do que o bem a que se propusera fazer — um homem deve encontrar um lugar para a adoração em sua vida.... Se procurarmos fazer o bem com alguma esperança segura de que virá a ser o bem e não o mal, devemos agir com espírito de humildade; apenas a adoração pode nos tomar humildes” {The Vision of God [1931], pág. 449).
MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 3. pag. 156-158.
Pv 11.2 Em vindo a soberba, sobrevêm a desonra. O orgulho é inerentemente associado à vergonha, porquanto envolve o indivíduo em atos altivos, deprimentes e, algumas vezes, até violentos. Sua antítese é a humildade, um dos aspectos da sabedoria. Quanto a outros versículos no livro de Provérbios que exaltam a humildade mas condenam o orgulho, ver Pro. 13.10; 15.33; 16.18,19; 18.22; 22.4. Ver no Dicionário os verbetes denominados Orgulho e Humildade quanto a detalhes e referências bíblicas. Aristóteles fazia da humildade um dos vícios de deficiência, mas tanto o Antigo como o Novo Testamento a encaram como virtude positiva.
Com os humildes está a sabedoria. “Humildes" é tradução do vocábulo hebraico çanua, encontrado somente aqui e em Miq. 6.8, em forma verbal, “andai humildemente” na presença de Deus. Deve fazer parte do caminho da vida, parte integrante do Andar (ver a respeito no Dicionário).
O orgulho (olhos altivos) é uma das sete coisas que Deus odeia (Pro. 6.17). A palavra hebraica para orgulho é zadon, que significa, literalmente, “ferver”, ou então zid, “cozinhar” (ver Gên. 25.29). Os arrogantes fervem em sua auto importância e gostam de perseguir homens menores. Mas os humildes é que, eventualmente, serão exaltados (ver Luc. 14.11). O arrogante Nabucodonosor teve o reino tirado de suas mãos (ver Dan. 4.30,31).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2591.
11.2 — Muitos provérbios comparam o arrogante ao humilde, assim como podemos ver aqui. A palavra soberba em hebraico provém de uma raiz que significa ferver; refere-se a uma arrogância ou insolência exagerada. Esta imagem é da postura presunçosa ou arrogante da pessoa sem Deus. Esta postura conduz sempre à afronta.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 959.
Ef 1.17 « ...espírito de sabedoria...» Isso poderia significar «o Espírito de sabedoria», referindo-se ao Espírito Santo. No entanto, no original grego, a palavra «espírito» não é acompanhada pelo artigo definido, o que esperaríamos como provável, se o Espírito de Deus estivesse em foco. Nem sempre essa ausência do artigo, porém, significa algo, pois a sua presença não faz o termo «espírito» significar, necessariamente, no grego, o Espírito divino. No original grego, essa palavra nunca aparece grafada com inicial maiúscula; e assim não temos meios de distinguir se está em foco o Espírito Santo, ou um espírito ou atitude qualquer, segundo se verifica na maioria dos idiomas modernos. Mas, como é óbvio, não há maneira de alguém adquirir a sabedoria divina não sendo através da influência do Espírito de Deus, o que também fica subentendido por toda esta oração que pede que os elevados alvos da vida cristã sejam atingidos por meio dele. Finalmente, se é o espírito humano que está aqui em foco, então é esse alto elemento da personalidade humana que está em vista aqui.
A tradução «...um espírito de sabedoria...», conforme dizem alguns, dá a ideia de uma simples «disposição» ou «inclinação» para a sabedoria. Mas isso fica muito aquém do sentido verdadeiro dessas palavras. Outrossim, deve significar mais do que um mero «espírito acolhedor» uma «disposição íntima», o desejo de entrar mais profundamente nos mistérios de Deus, que são a sua «sabedoria». O sentido essencial dessas palavras, pois, deve ser o «espírito humano», a porção espiritual do homem, iluminada pelo Espírito Santo, a fim de poder participar da sabedoria divina, e assim ser capaz de compreender a grandiosidade do chamamento e da esperança que temos em Cristo.
O espirito humano iluminado, pois, será possuidor da sabedoria divina.
(Com isso pode-se comparar o oitavo versículo deste capítulo, onde a mesma sabedoria é vista como a base de todo o «mistério» da vontade de Deus, que é a restauração de tudo, a unidade universal em Cristo. Ver as notas expositivas ali existentes sobre o significado da «sabedoria»). Esse entendimento espiritual sobre as questões fundamentais, sobre seus sentidos e subentendidos, bem como sobre os alvos futuros, nos é conferido através do Espírito de Deus, fazendo parte da presença habitadora de Deus entre os homens, porquanto tal sabedoria jamais poderá ser fruto da erudição ou intelectualidade humana. A sabedoria sempre ensina aos homens qual a «exigência divina» sobre a vida, mostrando que ela deve ser, por fim, totalmente entregue às mãos de Deus, porquanto nenhum outro destino é digno da vida. Assim, pois, a sabedoria humana e mundana, que tende por desperdiçar a vida em algo que é muitíssimo inferior, é repreendida aqui. A sabedoria autêntica ensina-nos que Deus não é apenas a fonte, mas é igualmente o alvo de tudo. O «conhecimento» de Deus é o alvo especial e precípuo dessa sabedoria; mas esse conhecimento diz respeito àquilo que se aplica a nós, àquilo que nos transforma, conforme as exigências impostas sobre as nossas almas.
CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 4. pag. 545-546.
Pede espírito de sabedoria. A palavra que usa para sabedoria é sofia: já sabemos que sofia é a sabedoria das coisas profundas de Deus. Paulo roga que a Igreja possa aprofundar cada vez mais no conhecimento das verdades eternas. Para que isto aconteça na igreja se requerem certas condições.
BARCLAY. William. Comentário Bíblico. Efésios. pag. 38.
Ef 1.16,17 - Paulo orou para que os efésios conhecessem melhor a Cristo. Jesus é o nosso modelo. E quanto mais soubermos a seu respeito mais nos tornaremos semelhantes a Ele. Estude sobre a vida de Jesus através dos Evangelhos para saber como Ele era em sua vida terrena há quase dois mil anos. Conhecer pessoalmente a Cristo mudará a sua vida.
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1646.
2. Insensatez, arrogância e altivez.
Em Provérbios 11.2, lemos: “Em vindo a soberba, sobrevêm a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”. Matthew Henry comentando Provérbios 11.2, destaca:
O orgulho é uma vergonha para o homem, o qual foi formado do pó da terra, vive de esmola, já que depende de Deus em tudo e, com o orgulho perde o direito de possuir tudo o que tem. O altivo se faz a si mesmo depreciável; é um pecado porque Deus, com muita frequência, abate os homens ao nível mais baixo, como fez com Nabucodonosor e Elerodes, cuja vergonha veio imediatamente depois de sua vanglória. Assim como o orgulho é necedade, pois, acaba em desonra, com os humildes está a sabedoria. O vocábulo hebraico para “humilde” só ocorre aqui e em Miqueias 6.8, porção sublime.
Por outro lado, “o orgulhoso”, observa Derek Kidner, “é colocado entre os piores pecadores em Provérbios, sendo o primeiro na lista das “sete abominações” em 6.17, e sua condenação é garantida com a do adúltero (6.29), o qual faz juramento falso (19.5), e outros pecadores dos mais destacados, embora ele possa “dar graças a Deus” por não se assemelhar a eles (...) o mal especial do orgulhoso e que se opõe aos primeiros princípios da sabedoria (o temor do Senhor e os dois grande mandamentos. O orgulhoso, portanto, está mal consigo mesmo (8.36), com seu próximo (13.10) e com o Senhor (16.5). Por isso, a ruína pode chegar, apropriadamente, de qualquer direção”.
GONÇALVES. José,. Sábios Conselhos para um Viver Vitorioso Sabedoria bíblica para quem quer vencer na vida. Editora CPAD. pag. 85.
Pv 25.28 Como cidade derribada, que não tem muros. Este versículo elogia o autocontrole. O sentido aqui é, essencialmente, o oposto de Pro. 16.32. Cf. também Pro. 14.29 quanto a outras ideias. A primeira vitória de que uma pessoa precisa é sobre si mesmo. Ver no Dicionário o artigo chamado Autocontrole. Ver Pro. 16.32 quanto a um poema ilustrativo e citações sobre a questão. O homem que não controla a si mesmo é como uma cidade exposta a todo o tipo de ataque, porquanto não tem defesas, o que já é uma ideia da segunda linha, sinônima. Cf. Pro. 29.11.
“O autocontrole caracterizado pela oração e pela vigilância é o muro da cidade. Devemos cuidar para que não haja nenhuma brecha nesse muro, causada pela auto dependência e indolência espiritual” (Fausset, in toe).
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2668.
Como cidade derribada que não tem muros, assim é o homem que não tem domínio próprio (v. 28). Não são muitas as pessoas a quem se pode aplicar esta sabedoria, isto é, pessoas que não se dominam a si mesmas. Tais pessoas não podem dominar os outros, não podem governar o povo.
Antônio Neves de Mesquita. Provérbios. Editora JUERP.
Pv 27.12 O prudente vê o mal e esconde-se. Um homem prudente pode ver a aproximação do perigo, e isso resulta de tipos específicos de atos. Vendo a aproximação do perigo, ele se esconde e, assim, escapa. Talvez esta linha tenha um tom moral: ele vê os perigos produzidos pelo pecado. Pro. 22.3 é virtualmente igual, e o leitor deve examinar ali as notas expositivas. A segunda linha também é igual a Pro. 22.3b. O homem bom avança pela estrada correta, porque parte de ser bom consiste em antecipar as consequências dos atos e das situações. Já o homem mau trilha o caminho ruim, porquanto ou não vê os efeitos adversos do que está fazendo, ou então pensa que, através de algum ato emergencial, pode evitar os maus efeitos de seus atos.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2674.
Pv 2712 São ensinos análogos e que os homens de Ezequias repetiriam, por acharem interessantes os seus ensinos. O homem prudente afasta-se do mal, mas o tolo mete-se nele. Ficar por fiador é fato que Provérbios condena sem misericórdia; e tomar por penhor aquele que se obriga à mulher estranha é ensino que a gente não entende.
Antônio Neves de Mesquita. Provérbios. Editora JUERP.
Pv 27.7 A alma farta pisa o favo de mel. Se um homem comeu muito e está de barriga cheia, ficará doente ao pensar em comer coisas tão deliciosas como o mel. E chegará a odiar as coisas que ordinariamente ama.
Antítese. Um homem faminto estará ansioso por comer até mesmo coisas amargas que satisfaçam sua fome. “A fome é o melhor tempero” (Charles Fritsch, in loc.). “O versículo pode estar ensinando que a atitude de alguém para com as possessões materiais é influenciada por quanto esse alguém possui. Os que têm muito não apreciam ou não valorizam um presente tanto como os que têm pouco” (Sid S. Fritsch, in loc.). Ou então o provérbio é apenas uma simples observação sobre certas coisas comuns na vida, sem intenção de encobrir um significado oculto ou moral.
Este versículo tem sido espiritualizado e cristianizado para falar na fome e na sede de justiça (ver Mat. 5.6), bem como no apreciar a boa mensagem do evangelho, que satisfaz a fome da alma destituída. Alguns, entretanto, abusam de seus privilégios espirituais, como foi o caso do filho pródigo (ver Luc. 15.23-32). Essas pessoas têm abundância de coisas boas, mas não as apreciam. Negligenciam os valores espirituais por estarem estragadas pelas oportunidades excessivas.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2673.
Pv 27.7 — Quem tem tudo não aprecia o que tem, enquanto que para a alma faminta tudo é gostoso.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 984.
Pv 27.7 O luxo e a indolência da riqueza deixam as melhores coisas sem sabor, enquanto a pessoa que trabalha pesado e passa fome encontra doçura em qualquer coisa amarga. Esse provérbio se aplica além da comida para as coisas em geral, que significam muito mais para os que têm pouco.
MAC ARTHUR. Bíblia de Estudo. Sociedade Bíblica do Brasil. pag. 827.
Pv 26.3 O açoite é para o cavalo, o freio para o jumento. A essência deste provérbio é o fato de um insensato não poder ser controlado pela razão. Cf. Pro, 10.13 e
19.29. O cavalo precisa ser controlado por um rebenque, O jumento, o animal preferido para servir de montaria, não precisava ser açoitado, mas tinha de ser controlado pela brida. Nenhum desses dois animais faria o que o cavaleiro quisesse, não fosse algum mecanismo de controle. Não havia poder controlador dirigido pela razão, inerente nesses animais.
Sinônimo. Por semelhante modo, um insensato precisa ser controlado pela vara (punição física ou ameaça de tal punição), porquanto não se pode apelar para o seu intelecto (Cf. Pro. 10.13; 14.3 e 19.29). “A correção é tão apropriada a um tolo como o chicote é apropriado ao cavalo ou o freio ao jumento” (Adam Clarke, in loc.). O insensato é alguém que não foi capaz de estudar a lei de Moisés, ou então não quis mesmo estudá-la, e, afinal, não está em busca da sabedoria, pelo que também nunca muda. Você terá de aplicar sempre a torça para que ele faça o que é direito. As versões da Septuaginta, siríaca e árabe dizem “espora” em lugar de “freio”, mas isso não se recomenda como o texto original. Os insensatos são como feras brutas (ver Sal. 32.9; Judas 10). Meras palavras são gastas à toa com eles. Instruí-los é algo doloroso.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2668.
Pv 26.3 — O cavalo, bem como o jumento, precisa de algum mecanismo de controle para exercer alguma tarefa. Como o tolo não tem nenhuma motivação interior para nada, nem mesmo intelecto para ser dirigido pela razão, precisa também da vara [punição ou ameaça de punição] para fazer algo direito.
EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 983.
Pv 26.9 Como galho de espinhos na mão do bêbado. Um homem, no auge da bebedeira, perde temporariamente o controle. Ele se encaminha na direção de um arbusto espinhento e fere com espinhos sua mão. Desse modo, faz algo insensato que um homem sóbrio teria evitado. Um bêbado sofre danos por causa de sua loucura. Várias coisas têm sido imaginadas sobre esta porção do versículo, a saber: 1. O bêbado fica com um punhado de espinhos nas mãos, algo doloroso para ele. 2.0 homem apanha um arbusto de espinhos e o sacode, algo potencialmente doloroso para outras pessoas. 3. O bêbado, amortecido pela bebida alcoólica, não sente a dor causada pelos espinhos. Está insensível. 4. Esse homem é incapaz de tirar os espinhos das mãos. Provavelmente devemos pensar no primeiro ponto.
Sinônimo. Esses problemas “espinhosos”, ridículos e potencialmente maléficos como são, acompanham os homens quando um insensato alegadamente diz coisas sábias, ou declarações sábias, que, contudo, se tornam ridículas na boca do insensato. Cf. esta parte do versículo com II Ped. 3.16. Gussetius fez do espinho mencionado neste versículo um anzol, aumentando a dor envolvida na ilustração.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2669.
Pv 26.9 - Normalmente, quando ferimos nossa mão num espinho, ficamos alerta, a fim de descobrir outros espinhos e removê-los antes que nos firamos novamente. Porém, uma pessoa embriagada pode não sentir a dor do primeiro toque; e o espinho poderá penetrar em sua carne e causar maiores danos. Semelhantemente.
um tolo pode não sentir o perigo de uma palavra, uma ideologia ou atitude. E. em vez meditar cuidadosamente sobre o que foi dito, ele poderá aplicar a ideia na sua igreja, no seu trabalho, no seu casamento ou contra quem se rebelar. Da próxima vez que ficar surpreendido e disser "tal pessoa realmente deveria prestar atenção nisto” , pare e pergunte a si mesmo se isto também não se aplica a você.
BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 866.
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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