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sábado, 17 de junho de 2017

Lição jovens CPAD 2 trim-2017 ouvir praticar n.13



Data da Lição  25/06/2017
Comentarista: César Moisés Carvalho

TEXTO DO DIA

“Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito." (Tg 1.25)

SÍNTESE

A justiça do Reino não é um amontoado de regras que serve para debates, trata-se de posturas e atitudes que precisam ser vivenciadas e praticadas.

LEIA NA SEMANA
 SEGUNDA - Lc 6.47: Vir a Jesus e ouvir suas palavras
 TERÇA - Lc 6.48: A atitude do discípulo consciente
 QUARTA - Lc 6.49: A falta de lucidez do ouvinte esquecido
 QUINTA –Tg 1.22: Cumpridores da Palavra e não apenas ouvintes
 SEXTA -Tg 1.23,24: O perfil do ouvinte não cumpridor da Palavra
 SÁBADO -Tg 1.25: A felicidade do cumpridor da Palavra

OBJETIVOS

INCENTIVAR a prudência apresentada por Jesus no primeiro exemplo;
CRITICAR a postura imprudente do segundo exemplo;
DESAFIAR os educandos a decidir por obedecer aos ensinamentos do Sermão do Monte.

INTERAÇÃO

O momento mais importante de um período de aprendizado é, sem dúvida alguma, quando o educando decide reorientar sua vida de acordo com as informações e os saberes apreendidos. É o que se chama de práxis, ou seja, a prática instruída pela teoria e esta modificada e readequada por aquela. Consiste em agir de forma refletida e refletir de forma ativa. O Senhor Jesus Cristo disse aos seus discípulos que se eles tinham entendido o que Ele ensinara com o ato de lavar os pés de cada um deles, "bem-aventurados" seriam se praticassem (Jo 13.17).


Toda instrução que não gera prática precisa se questionar. As pessoas entenderam o que lhes fora transmitido?
Se não, o professor deve perguntar a si mesmo acerca de sua didática, de sua maneira de transmitir e lecionar. Vencida essa etapa e tendo certeza de que se fez entender, o educador deve perscrutar a sua própria prática. O quanto acredita, vive e age de acordo com as lições que ensina. É fato que o Evangelho é maior que qualquer pessoa ou instituição, mas a incoerência é um excelente "pedagogo", posto que "ensina" mais e melhor que qualquer método. Portanto, a legitimidade, não apenas do conteúdo, mas de qualquer mestre, está visceralmente relacionada à forma com que ele pratica e persegue como alvo a mensagem que leciona.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Proponha aos alunos uma reflexão acerca das placas de sinais de trânsito. Apresente, de acordo com as suas condições, algumas placas de trânsito, e refuta com os alunos as implicações de não se observar as principais advertências dos sinais. Quantas pessoas se acidentam, chegando a perder a própria vida, a de sua família e até a de outros, por conta da imprudência no trânsito. Quantas vezes uma negligência, um atalho, ou uma "bandalha", além de ser contravenção, em termos de tempo quase nada adianta já não levou pessoas a perder a vida.

Obedecer pode não evitar absolutamente uma tragédia, mas certamente minimizará suas possibilidades de acontecer ou mesmo os efeitos de uma, caso venha a ocorrer. Conclua dizendo que, da mesma forma, saber o conteúdo do Sermão do Monte é importante, mas não colocá-lo em prática, como disse o próprio Mestre, é insensatez e imprudência que têm como resultado a destruição.

TEXTO BÍBLICO
Mateus 7.24-29

24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;
25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
26 E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;
27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
28 E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;
29 Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.

INTRODUÇÃO

O mestre finaliza o Sermão do monte chamando-nos a todos a que tomemos uma decisão séria diante do que ouvimos (Mt 7.24-27). Tal postura se contrasta com todos os mestres religiosos de Israel, posto que eles mesmos não cumpriam as lições transmitidas em seus ensinamentos (Mt 23.1-38). Agindo desta forma, Jesus evidencia claramente que não tem interesse algum em fundar uma escola de interpretação, torna-se tema de debate ou mesmo um rabino popular por suas diferentes leituras da Lei. Seu objetivo é fazer com que as pessoas conheçam e vivam a verdade que pode salvá-las em tempos de afiliação (Jo 6.60-69; 10.10). Finalmente, os últimos dois versículos do capítulo sete são da pena de Mateus que observa e assinala a reação do povo diante de tudo o que acabara de ouvir (vv.28,29).

I - O HOMEM PRUDENTE QUE CONSTRUIU SUA VIDA EM UM TERRENO SEGURO

1. A imprescindibilidade da obediência no Antigo Testamento. Diferente das divindades pagãs das nações ao redor da Terra Prometida, o Deus de Israel nunca exigiu coisa alguma de seu povo que não a obediência (1 Sm 15.22). Através de Jeremias, Deus revela que até mesmo os rituais veterotestamentários nunca foram sua preocupação, e sim a obediência (Jr 7.21-26).

2. A relação entre obediência e bênção no Antigo Testamento.
A despeito de o pensamento corrente afirmar que havia uma conexão automática e mecânica entre obediência e bênção no Antigo Testamento, uma leitura mais atenta dos textos demonstra que o próprio ato de obedecer já era algo abençoador (Lv 26.1-13; Dt 28.1-14). Isso porque havia regras quanto ao cuidado com a terra, consigo e no relacionamento interpessoal, só para citar algumas, e em sua observância residia a "bênção" pessoal e comunitária (Lv 25).

3. A escolha sensata.
Tendo em mente esse aspecto da Antiga Aliança, é importante entender que o Mestre chega ao fim de seu sermão apelando não para uma memorização irrefletida do que Ele dissera acerca da justiça do Reino, mas à prática de tal justiça, pois em tal ação há segurança existencial (v.24).

O Mestre não disse que se o discípulo atentasse para o seu ensinamento não teria problemas, justamente o contrário, Ele sinalizou o imprescindível fato de que aquele que o colocasse em prática podia ser comparado ao homem prudente que construiu sua casa sobre um fundamento seguro. A metáfora utilizada por Jesus, isto é, a construção comparada à vida, e as intempéries exemplificadas na "chuva", "rios" e "ventos", significando os problemas e dificuldades comuns a todos, demonstra que a observância da justiça do Reino é, tal como na Antiga Aliança, para o nosso próprio bem (v.25).

O Pense!
Se a salvação não é adquirida através dos nossos próprios méritos, então por que devemos praticar a justiça do Reino?
Ponto Importante
A justiça do Reino, tal como na Antiga Aliança, é para o nosso próprio bem.

II - O HOMEM INSENSATO QUE CONSTRUIU A SUA VIDA SOBRE UM TERRENO INSEGURO

1. O tema da desobediência no Antigo Testamento.
 Semelhantemente ao assunto da obediência, o tema da desobediência era a tônica no Antigo Testamento (Jr 7.23-26; 25.1-11; 44.4,5). Ela era o grande conteúdo das mensagens proféticas (Jr 26.1-6).

2. A relação entre desobediência e maldição no Antigo Testamento.
Conquanto pareça haver um resultado automático entre desobediência e maldição, desde o pecado de Adão, tal resultado raramente se dá em linha reta (Gn 2.16,17; 3.1-24). Entretanto, suas consequências são inevitáveis (Gn 3.17-19; Lv 26.14-39; Dt 28.15-68) e, às vezes, duradouras (Rm 5.12-14). Contudo, é importante lembrar-se de que, ainda no período da Antiga Aliança, Deus "mudou" o resultado da desobediência no que diz respeito à abrangência e implicações, ou seja, havendo arrependimento, Deus sempre está disposto a mudar sua sentença (Êx 20.5,6 cf. Jr 31.29,30 e Ez 18.1-32; Jn 4.10,11; 3.1-10).

3. A escolha insana.
O quadro da última cena mostrada pelo Mestre é a do homem insensato, ou imprudente, que devido à pressa ou mesmo por desleixo, resolve construir sua casa sobre um terreno arenoso e movediço, isto é, inseguro (v.26). Quando as dificuldades que acometem a todos, indistintamente Lhe sobrevieram, sua "casa" desabou, ou seja, sua vida, e foi "grande a sua queda" (v.27).

Da mesma forma que na Antiga Aliança, a desobediência está relacionada à derrocada e aos efeitos danosos de todos que decidem por tomar o caminho contrário ao que o Senhor propõe (Pv 14.12).

Pense!
A maldição mencionada no Antigo Testamento tem alguma relação com o mero pronunciar de uma expressão como se as palavras tivessem, por si mesmas, poder?
Ponto Importante
A maldição é o contrário da bênção e, resultando ou não em infortúnio, é o contrário do que Deus planejou para o seu povo.

Ill - A RADICALIDADE DO ENSINAMENTO DE JESUS

1. A simplicidade da doutrina de Jesus Cristo e a admiração do povo.
Enquanto a "Lei oral" possuía 613 preceitos, e os escribas debatiam entre as várias escolas de interpretação sobre qual deles era o mais importante, tendo sempre que se subordinar à interpretação dada pelo fundador de tal escola, a doutrina do Mestre era simples, direta e facilmente inteligível (v.28), levando o povo a ficar admirado (Mc 1.27).

2. A autoridade do Mestre.
O motivo da admiração do povo era não apenas a simplicidade do ensinamento de Cristo, mas também o fato de Ele não ter preocupação alguma com o que a "tradição dos anciãos" dizia, isto é, a "Lei oral" não era divina, mas uma interpretação humana acerca da Lei de Moisés (Mt 15,1-20). Por isso, o Mestre não tinha compromisso algum com ela, e sim com o espírito da Lei do Senhor em si, daí porque Ele dissera seis vezes durante o sermão: "Ouviste o que foi dito, eu, porém, vos digo" (Mt 5.21,22, 27, 28,31-34, 38, 39, 43,44). Ele não ensinava como os doutores da Lei de sua época, mas com a autoridade dada pelo Pai (v.2g).

3. A radicalidade da justiça do Reino.
O Mestre coloca acertadamente, nas mãos do próprio ouvinte, a responsabilidade e o desafio deste ouvir e proceder conforme o que Ele acabara de ensinar. Na verdade, só pode ser discípulo dEle, quem decide proceder conforme a justiça do Reino. Não há possibilidade alguma de seguir o Mestre como um mero repetidor de conteúdos, pois a radicalidade da justiça do Reino não requer nada menos que a prática e a imitação do Mestre (Mt 10.16-42; 16.24-26).
Pense!
Você acha que a salvação depende de se entender determinada doutrina ou crerem Cristo?
Ponto importante
A prática da justiça do Reino significa que já somos de Cristo e estamos salvos.

SUBSIDIO 1
A Conclusão do Sermão (7,24-29)
a) Ilustração Final (7.24-27).

Aquele que ouve e pratica é como um homem que construiu a sua casa sobre a rocha. Quando as tempestades batem contra a casa com toda a sua fúria, ela ainda permanece firme O termo enchente, utilizado por algumas versões, significa, literalmente, rios. O clima da Palestina é como o do sul da Califórnia, sob muitos aspectos. Os leitos dos rios ficam secos durante a maior parte do ano. Mas quando as chuvas do inverno e da primavera chegam, surgem as inundações. Jesus retratou o ouvinte descuidado corno um homem que de forma insensata construiu a sua casa sobre a areia, e então a perdeu. As casas na Palestina são em sua maioria construídas com pedras ou com tijolos secos ao sol. Quando as tempestades dissolvem a argamassa, as paredes tendem a cair.

b) A Reação da Multidão (7,28-29).
Quando Jesus concluiu o seu sermão, o povo se admirou da sua doutrina, ou melhor, do seu 'ensino'. Ele ensinava com autoridade (29). As pessoas comuns sentiram a sua autoridade divina, que faltava aos escribas, e a reverenciaram. “Os escribas tinham o hábito de citar antigos mestres como apoio aos seus ensinos” (CHILDERS, Charles L: EARLE, Ralph: SÂNNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon. Mateus a Lucas, VoL6. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.6g).

SUBSÍDIO 2
O Epílogo do Sermão (7.28,29)

É evidente que Mateus quer que esta seja a conclusão da primeira seção principal dos ensinos de Jesus, porque ele encerra com as palavras: 'Concluindo Jesus este discurso (v. 28), Cada uma das cinco principais unidades pedagógicas que Mateus apresenta tem um desfecho narrativo semelhante (Mt 7.28; 11.1; 13.53; 19.1: 26,1), Jesus é o novo Moisés que tem cinco apresentações principais da lei nova ou Tora, da mesma maneira que Moisés teve cinco livros da lei no Pentateuco!...].

O que se segue é uma observação da resposta das multidões aos ensinos de Jesus, os quais elas reconhecem que são autorizados, ao contrário dos ensinos dos mestres da lei (veja também Mc 1.21-27: Lc 4.31-37). Mateus está direcionando o espanto das pessoas para as afirmações de Jesus, a fim de que Ele seja o Intérprete da nova lei, cujas palavras serão a base de julgamento no ajuste de contas do tempo do fim (ARRINGTON, French L: STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.62).

CONCLUSÃO

Como Mateus escreve a judeus e estes têm Moisés como o maior dos profetas, ele mostra o Mestre, tal como Moisés, promulgando a nova justiça do alto de um monte (Êx 31.12-32.1; Mt 5.1). O ex-funcionário estatal conclui de forma magistral seu registro do Sermão do Monte, mostrando o povo admirado da doutrina do Filho de Deus, em clara substituição da forma dos escribas ensinar.

HORA DA REVISÃO

1. O que Deus exigiu do seu povo desde o início?
Obediência.
2. Por que a obediência, em si mesma, era "algo abençoador"?
Porque havia regras quanto ao cuidado com a terra, consigo e no relacionamento interpessoal, só para citar algumas, e em sua observância residia a "bênção" pessoal e comunitária (Lv 25).

3. Construirá "casa" sobre a rocha significava livrar-se dos problemas?
Explique. Não, A metáfora utilizada por Jesus, isto e, a construção comparada á vida, e as intempéries exemplificadas na "chuva", "rios" e "ventos", significando os problemas e dificuldades comuns a todos, demonstra que a observância da justiça do Reino ó, tal como na Antiga Aliança, para o nosso próprio bem (v.25).
4. Qual o significado da maldição decorrente da desobediência? Da mesma fornia que na Antiga Aliança, a desobediência está relacionada á derrocada e aos efeitos danosos de todos que decidem por tomar o caminho contrário ao que o Senhor propõe (Pv 14.12).
5. Fale sobre a simplicidade da doutrina do Mestre.
Enquanto a "Lei oral" possuía 613 preceitos, e os escribas debatiam entre as várias escolas de interpretação qual deles era o mais importante, tendo sempre que se subordinar à interpretação dada pelo fundador de tal escola, a doutrina do Mestre era simples, direta e facilmente entendível (v.28), levando o povo a ficar admirado (Mc 1.27).
FONTE WWW.MAURICIOBERWALDOFICIAL.BLOGSPOT.COM

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