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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Estudo livro de Exôdo (25) מחקר שמות

I - ISRAEL PEREGRINA PELO DESERTO


Cristo: O Pão Vivo que Desceu do Céu
Este é o nosso alimento nesta peregrinação—Cristo apresentado pelo ministério do Espírito Santo através das Escrituras; enquanto que, para nosso refrigério espiritual, o Espírito Santo veio, como o fruto precioso da Rocha ferida — Cristo, que foi ferido por nós. Tal é a nossa parte neste mundo.
Ora, é evidente que, a fim de podermos desfrutar uma parte como esta, os nossos corações devem estar separados de tudo neste presente século mau— de tudo aquilo que poderia despertar a nossa cobiça como aqueles que vivem na carne. Um coração mundano e carnal não encontra Cristo nas Escrituras nem poderá apreciá-Lo, se o encontrar. O maná era tão puro e mimoso que não podia suportar contato com a terra. Por isso, descia sobre o orvalho (veja-se Nm 1:9) e tinha de ser recolhido antes de o sol se elevar. Cada um, portanto, devia levantar-se cedo e recolher a sua parte. O mesmo acontece com o povo de Deus agora: o maná celestial tem de ser colhido todas as manhãs. O maná de ontem não serve para hoje nem o de hoje para amanhã. Devemo-nos alimentar de Cristo cada dia que passa, com novas energias do Espírito, de contrário deixaremos de crescer. Ademais, devemos fazer de Cristo o nosso primeiro objetivo. Devemos buscá-lo "cedo", antes de "outras coisas" terem tempo de se apoderar dos nossos pobres corações. 
E nisto que muitos de nós, enfim, falhamos! Damos um segundo lugar a Cristo, e como consequência ficamos fracos e estéreis. O inimigo, sempre vigilante, aproveita-se da nossa indolência espiritual para nos roubar a bem-aventurança e as forças que recebemos nutrindo-nos de Cristo. A nova vida no crente só pode ser alimentada e mantida por Cristo. "Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim quem de mim se alimenta também viverá por mim" (Jo 6:57).

A graça do Senhor Jesus Cristo, como Aquele que desceu do céu, para ser o alimento do Seu povo, é inefavelmente preciosa para a alma renovada; porém, a fim de poder apreciá-Lo desta forma, devemos compreender que estamos no deserto, separados para Deus, no poder de uma redenção efetuada. Se ando com Deus através do deserto, estarei satisfeito com o alimento que Ele me dá, e este é Cristo, como Aquele que desceu do céu. "O trigo da terra" de Canaã, "do ano antecedente" (Js 5:11) tem o seu antítipo em Cristo elevado às alturas e assentado na glória. Como tal, Ele é o próprio alimento daqueles que, pela fé, sabem que estão ressuscitados e assentados juntamente com Ele nos lugares celestiais. Porém, o maná, isto é, Cristo como Aquele que desce do céu, é o sustento para o povo de Deus, na sua vida e experiências do deserto. Como um povo estrangeiro no mundo, necessitamos de um Cristo que também aqui viveu como estrangeiro; como povo assentado nos lugares celestiais, temos um Cristo que também ali está assentado. Isto poderá explicar a diferença que existe entre o maná e o trigo da terra do ano antecedente. Não se trata da redenção, pois que esta já a temos no sangue da cruz, e ali somente; mas simplesmente da provisão que Deus fez para o Seu povo em face das variadas condições em que este se encontra, quer seja lutando no deserto ou tomando posse em espírito da herança celestial.C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.

A Rocha Ferida

"E clamou Moisés ao SENHOR, dizendo: Que farei a este povo? Daqui a pouco me apedrejarão. Então, disse o SENHOR a Moisés: Passa diante do povo e toma contigo alguns dos anciãos de Israel; e toma na tua mão a tua vara, com que feriste o rio, e vai. Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas, e o povo beberá. E Moisés assim o fez, diante dos olhos dos anciãos de Israel" (versículos 4 a 6). Assim tudo é suprido pela graça mais perfeita. Cada murmuração ocasiona uma nova manifestação da graça. Aqui vemos como as águas refrescantes jorraram da rocha ferida—uma ilustração formosa do Espírito dado como fruto do sacrifício efetuado por Cristo. No capítulo 16 temos uma figura de Cristo descendo do céu para dar vida ao mundo. 
O capítulo 17 mostra-nos uma figura do Espírito Santo "derramado" em virtude da obra consumada de Cristo. "Porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo" (1 Co 10:4). Mas quem poderia beber antes da pedra ser ferida? Israel poderia ter contemplado essa rocha e morrer de sede ao mesmo tempo que a contemplava, porque antes que fosse ferida pela vara de Deus não podia dar refrigério. Isto é bem claro. O Senhor Jesus Cristo era o centro e base de todos os desígnios de amor e misericórdia de Deus. Por Seu intermédio deveria correr toda a bênção para o homem. As correntes da graça deviam emanar do "Cordeiro de Deus"; porém era necessário que o Cordeiro fosse morto—que a obra da cruz fosse um fato consumado, antes que muitas destas coisas fossem realizadas. Foi quando a Rocha dos séculos foi ferida pela mão de Jeová, que as comportas do amor eterno foram abertas de par em par e os pecadores perdidos convidados pelo Espírito Santo a beber abundantemente e livremente: "...O dom do Espírito Santo" é o resultado da obra consumada pelo Filho de Deus sobre a cruz. "A promessa do Pai..." (Lc 24:49) não podia ser cumprida antes que Cristo se assentasse à destra da Majestade nos céus, depois de ha ver cumprido toda a justiça, respondido a todas as exigências da santidade, engrandecido a lei tornando-a justa, suportado a ira de Deus contra o pecado, destruído o poder da morte, e tirado à sepultura a sua vitória. Havendo feito todas estas coisas, subiu ao alto, "levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens. Ora isto—ele subiu—que é, senão que também, antes, tinha descido às partes mais baixas da terral Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas" (Ef 4:8-10).

Este é o verdadeiro fundamento da paz e da bem-aventurança e glória da Igreja, para todo o sempre.

A Água da Rocha
Antes de a rocha ser ferida a corrente de bênção estava retida e o homem nada podia fazer. Que poder humano poderia fazer brotar água da pederneira? E do mesmo modo, podemos perguntar, que justiça humana poderia conseguir autorização para abrir as comportas do amor divino1?- Este é o verdadeiro modo de pôr à prova a competência do homem.
Não podia, por seus feitos, suas palavras ou sentimentos, prover um fundamento para a missão do Espírito Santo.
Seja o que for ou faça o que puder, ele não pode fazer isto. Mas, graças a Deus, tudo está consumado; Cristo terminou a obra; a verdadeira Rocha foi ferida, e as águas refrescantes brotaram, de forma que as almas sedentas podem beber. "A água que eu lhe der", diz Cristo, "se fará nele uma fonte de água que salte para ávida eterna" (Jo 4:14). E mais adiante, lemos: "E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado" Qo 7:37 - 39).
Assim como temos no maná uma figura de Cristo, de igual modo temos uma figura do Espírito Santo na água brotando da rocha." Se tu conheceras o dom de Deus (Cristo)... tu lhe pedirias, e ele te daria água viva" — quer dizer, o Espírito. Tal é, portanto, o ensino ministrado à mente espiritual com a rocha ferida; todavia, o nome do lugar no qual esta figura foi apresentada é um memorial perpétuo da incredulidade do homem. "E chamou o nome daquele lugar Massa" (que quer dizer tentação) "e Meribá" (que quer dizer murmurar) "por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao SENHOR, dizendo: Está o SENHOR no meio de nós, ou não?" (versículo 7). Levantar uma tal interrogação, depois de tantas e repetidas garantias evidentes da presença de Jeová, prova a incredulidade profundamente arraigada no coração humano. Era, de fato, tentar o Senhor.
Foi assim também que os judeus, tendo a presença de Cristo com eles, pediram um sinal do céu, tentando-o.
fé nunca atua assim; crê na presença divina e goza dela, não por meio de um sinal, mas pelo conhecimento que tem do próprio Deus. Conhece que Deus está presente para gozar d'Ele. Que o Senhor nos conceda um espírito de verdadeira confiança n'Ele!C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editora Associação Religiosa Imprensa da Fé.

II - ISRAEL NO MONTE SINAI
1. O monte Sinai (Êx 19.2).

Finalmente, após três meses da saída do povo do Egito, o acampamento israelita se moveu mais uma vez, chegando ao pé do monte Sinai (Êx 19.1,2), onde o povo ficaria por cerca de um ano.O Sinai é um lugar especial, porque foi ali que Deus se revelou a Moisés tremendamente, dando os Dez Mandamentos e todas as leis que haveriam de guiar o povo de Israel dali para frente.
A distância do Sinai para a terra de Canaã era de 500 quilômetros e poderia ter sido percorrida por um período curto de tempo, porém acabou durando 38 anos, justamente porque o povo se portou de forma rebelde, fazendo com que Deus os tratasse com mão firme no deserto. A Bíblia diz que Deus esperou que toda aquela geração rebelde passasse para, só então, Israel pudesse entrar na terra de Canaã (Dt 2.14).
E por falar em rebeldia, o episódio mais marcante e emblemático da transgressão israelita em sua peregrinação no deserto, e que seria lembrado no Novo Testamento (1 Co 10.7) como um dos maiores exemplos de apostasia da história, é o que envolve a criação do bezerro de ouro. E é sobre ele que falaremos a seguir.COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 62-63.

SINAl. MONTE

I. Termo e Localização Geográfica
II. Observações Bíblicas
Ill. Tentativas de Identificação
IV. Depósito de Manuscritos Bíblicos

I. Termo e Localização Geográfica

O significado da palavra Sinai é desconhecido, mas há diversas sugestões e possíveis derivações. Alguns supõem que quisesse dizer "espinhoso", a partir da palavra seneh (arbusto espinhoso), em referência aos muitos desfiladeiros e ravinas do monte que, com um pouco de imaginação, podem relembrar um conglomerado de arbustos espinhosos. Mas essa poderia ser uma referência ao deus lua Sin, cujo culto havia-se espalhado por toda a Arábia.
Outros supõem que a palavra signifique lamacento, barrento ou brilhante. O local exato do monte no qual a Lei foi dada não pode ser determinado, mas foi próximo à península triangular ou mesmo na própria península que fazia fronteira com o norte pelo mar Mediterrâneo, a oeste pelo golfo de Suez, e a leste pelo golfo de Ácaba. O terreno se eleva gradativamente à medida que se aproxima do platô Ijma, que fica próximo ao centro da península. A região ao sul torna-se montanhosa antes de descer e nivelar-se na costa. As montanhas da área são ricas em cobre, e a mineração tem sido realizada ali desde o quarto milênio a.C. A área pode ser dividida em três partes: a do extremo sul, a vizinhança do Sinai; o deserto de Tih, onde Israel vagueou por 40 anos; o Neguebe, ou país do sul onde Abraão, lsaque e Jacó uma vez viveram. O Sinai fica no centro da península que está entre os dois "chifres" do mar Vermelho. O monte é uma massa de granito e de outros tipos de rocha, com ângulos agudos que chegam a atingir altitudes de 3 mil m. Como o Sinai é o deserto mais próximo ao Egito, é provável que em alguma parte daquela região estivesse localizado o monte Sinai (ver Núm. 33.8-10; Deu. 1.1; Josefo, Apion, 2.2.25).
Designações. Às vezes esse monte é chamado apenas de "a montanha de Deus" (Exo. 3.1; 4.27); ou Sinai (presumivelmente das fontes J e P do Pentateuco); ou Horebe (presumivelmente das fontes E e D do Pentateuco).
Essas variações podem referir-se ao mesmo monte, ou podem estar em vista montanhas diferentes (picos altos). Talvez, como dizem alguns, Horebe tenha sido a designação original, porém mais tarde o monte foi chamado de Sinai, assumindo tal nome por causa da península. Outros dizem que Sinai é o nome mais antigo, e Horebe seria mais recente, ou que os dois nomes designavam dois picos posicionados proximamente. II. Observações Bíblicas
A maioria das referências a esse local está no Pentateuco, onde ele é mencionado 31 vezes. Ver Êxo. 16.1 e Deu. 33.2 para mais exemplos; depois ver Juí. 5.5; Nee. 9.13; Sal. 68.8, 17; Atos 7.30, 38; Gál. 4.24, 25. Deixando Elim, os israelitas chegaram ao deserto de Sim e dali a Refidim, onde montaram acampamento (Êxo. 16.1 ss.; 17.1). No terceiro mês após o êxodo, alcançaram o deserto do Sinai (19.1). Ali Moisés recebeu uma comunicação preliminar de Yahweh, lembrando-o da orientação passada e garantindo-lhe que haveria orientação no futuro. Oh, Senhor, concede-nos tal graça! (19.36). Yahweh convocou o povo a reunir-se para um comunicado direto. Ocorreu uma manifestação divina no Sinai e nenhum homem pôde aproximar-se por temer por sua vida. As pessoas deixaram o acampamento para encontrar com Yahweh, mas permaneceram na parte inferior do monte (19.17). Relâmpagos, trovões e um terremoto informaram ao povo que Yahweh estava próximo. As pessoas moveram-se, assim, a uma distância maior, pois as manifestações eram grandes demais para suportar (20.18).
Moisés recebeu as tábuas da lei duas vezes, inclusive os dez mandamentos e outras revelações que instruíam sobre o culto a Yahweh (Êxo. capo 20; 31.18; capo 34; Lev. 7.36). Assim foi estabelecido o Pacto Mosaico, o maior evento na história de Israel e no qual se baseou toda a história subsequente. Ver as observações introdutórias a Êxo. 19 no Antigo Testamento Interpretado, para maiores detalhes sobre esse pacto, e ver também o artigo Pactos.
Ver Juí. 5.5; Nee. 9.13; Sal. 69.8, 17; Mal. 4.4; Atos 7.30, 38. Elias visitou Horebe em uma época de desânimo e depressão (I Reis 19.4-8). Paulo falou a respeito do Sinai como símbolo da aliança da Lei, enquanto Jerusalém, que está acima, representa a liberdade trazida pelo Evangelho de Cristo. Israel transformou-se em uma nação distinta pelo que aconteceu no Sinai.

III. Tentativas de Identificação

I. O monte Serbal no wadi Feiran foi uma suposição até a época de Eusébio. Mas a área não tem espaço suficiente para abrigar o acampamento de um grande número de pessoas (6.000.000?).
2. Jebel Musa (a montanha de Moisés) tem sido a suposição mais popular, que data das declarações de monges bizantinos feitas no século IV d. C. Este monte localiza-se próximo ao Monastério de Santa Catarina. Não há, contudo, nenhuma evidência que dê apoio a tal suposição. Jebel Musa faz parte de uma pequena crista que se estende por cerca de 3 km. Ela tem dois picos altos, um chamado Ras es-Safsaf(cerca de 2 mil m de altura) e outro chamado Jebel Musa (cerca de 2,5 mil m).
3. Jebel Musa é rejeitado por alguns, que afirmam que próximo a esse lugar ficavam as mi nas de cobre e turquesa do Egito e não é provável que Israel tenha chegado perto desse local. Assim, eles apontam para Jebel Helal, um pico de cerca de 700 m que se situa aproximadamente 45 km ao sul de El'Arish.
4. O candidato mais recente para a identificação do monte Sinai é o monte Seir, no sul da Palestina, próximo a Mídia. A atividade vulcânica dessa montanha poderia explicar os acontecimentos que se deram durante a entrega da Lei. Logicamente, a teofania não precisa de vulcões para sua atividade, e esse é o único aspecto em favor dessa identificação,
IV. Depósito de Manuscritos Bíblicos
O mosteiro de Santa Catarina no monte Sinai tem a maior coleção de manuscritos bíblicos do mundo. O manuscrito denominado Aleph, ou Codex Sinaiticus, foi descoberto lá em 1844 e tornou-se um dos mais valiosos do mundo, tanto do Antigo como do Novo Testamento.
CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 6. Editora Hagnos. pag. 223-224.

SINAI, MONTE (significado incerto, embora lamacento, argiloso, brilhante tenham sido sugeridos; também LXX ). O nome da montanha sagrada perante a qual Israel acampou e sobre a qual Moisés se comunicava com Yahweh. Na Bíblia, o nome ocorre exclusivamente no Pentateuco.

1. Identificações sugeridas. 
A identificação exata desta montanha é incerta. Alguma evidência tem sido deduzida em apoio à identificação do Monte Sinai com um monte em uma cadeia de montanhas nas vizinhanças de Cades-Baméia. Em algumas referências bíblicas o Monte Sinai é mencionado em forte relação com Seir, Edom, Parã e Temã (Dt 33.2; Jz 5.4,5; Hc 3.3). Todos esses lugares estão nas vizinhanças de Cades-Baméia e sugerem que o Monte Sinai pode estar localizado ali também. O fato de Moisés ter pedido o Faraó que permitisse a Israel uma viagem de três dias deserto a dentro, está mais para Cades-Baméia como o destino intencionado do que a localização do Monte Sinai no sul da península do Sinai (Êx 3.18; 5.3; 8.27). Contudo, esta localização para o monte dificilmente permitiria que a viagem do Egito fosse feita em três dias. Existe também o fato de que Refidim está associado a Meribá e ambos estão associados ao Monte Horebe (Ex 17.1-7). Meribá está localizado na área de Cades-Baméia em Números 20.2-13 e é notório que ali existem várias fontes. Todavia, pode ser observado que Meribá, de rib, significa “lutar”, “contender”, “achar falha ou culpa”, provavelmente deve ser compreendido como se referindo a um evento (que aconteceu em mais de uma ocasião e em mais de uma localidade), em vez de uma geográfica em particular.
O fato de Deuteronômio 1.2 relatar uma viagem de onze dias, de Cades a Horebe, parece ir contra a identificação do Monte Sinai como um monte nas vizinhanças de Cades também. A reconstrução da rota do êxodo toma-se impossível, se for presumida esta identificação.

Alguns estudiosos, nos sécs. 19 e 20, tentaram localizar o Sinai no noroeste da Arábia, na antiga terra de Midiã. Uma razão apresentada para isto é que, quando Moisés fugiu do Egito ele casou-se em uma família midianita. Isto, por si só, porém, não necessitaria de um regresso ao território midianita após o êxodo, embora pudesse ser mais conveniente. Além disso, há o fato de que a tribo na qual Moisés se casou, os queneus, era provavelmente de ferreiros nómades (veja Queneus) e podiam ser achados no local tradicional do Sinai com suas minas. Argumenta-se também que a descrição dos eventos na montanha com seus “trovões e relâmpagos e uma espessa nuvem... e mui forte clangor de trombeta... e sua fumaça...” (Ex 19.16), pressupõe uma montanha que experimentava atividade vulcânica. As montanhas mais próximas, conhecidas por terem atividade vulcânica nos tempos antigos, localizam-se na Arábia, ao sul da cabeceira do golfo de Acaba. 
A linguagem descritiva pode igualmente ser derivada dos fenómenos climáticos. Alternativamente, mesmo que a própria linguagem tenha sido tirada dos fenómenos vulcânicos, isto realmente não implicaria em atividade vulcânica no Monte Sinai.Outra sugestão feita especialmente durante o séc. 19 é de que o Monte Sinai deveria ser identificado com Jebel Serbal (c. 2.050 m). Jebel Serbal está localizado a certa distância a oeste do Sinai tradicional pelo Wadi Feiran. Significativamente, a cidade de Farã (Feiran) foi a sede de um bispado nos 4- e 52 sécs. e, no tempo de Justiniano, monges ortodoxos mudaram de Jebel Serbal para o local tradicional do Sinai (Ptolomeu, V. xvii. 3). 
O livroPilgrimage ofSylvia, editado em 1887, descrevendo a viagem de Silvia de Aquitaine entre 385 d.C. e 388, parece apresentar esta identificação como possível. O relato declara que o “monte de Deus” estava a 35 milhas romanas (c. 51 Km) de Parã. Esta é a distância real do oásis de Feiran até o Sinai tradicional. Também não há deserto aos pés de Jebel Serbal que se ajustaria na descrição dada da planície do acampamento, no Pentateuco.

2. A identificação tradicional.
Desde o séc. 4-, a tradição cristã mais ou menos contínua tem sido de que o Monte Sinai é representado por aquilo que é atualmente chamado de Jebel Musa (montanha de Moisés). Está localizado nas altas montanhas do topo sul da península do Sinai. Várias lendas e tradições estão associadas ao local e algumas capelas e santuários foram construídos nessa área. Conta-se que Catarina de Alexandria foi levada por anjos, depois de seu martírio, ao topo da montanha que agora tem o seu nome (c. 2.600 m). Esta história data do séc. 42. O cume do Jebel Katarin está a mais ou menos 4 km a sudoeste de Jebel Musa. Por volta do séc. 42, comunidades de monges haviam se isolado na região e sofreram diversos massacres nas mãos dos sarracenos. Anonimo de Canopus, no Egito, fez uma peregrinação ao Monte Sinai em 373 d.C., obviamente o alcançando em 18 dias, saindo de Jerusalém. Em 536 d.C., o Monte Sinai, Raithou (na costa do Mar Vermelho) e a Igreja em Feiran são notados por estar sob o presbítero Teonos. No desfiladeiro a noroeste de Jebel Musa, a mãe de Constantino, Helena, construiu uma pequena igreja no séc. 42. O mosteiro atual de Santa Catarina, famoso pelo fato de Tischendorf ter encontrado ali o Códice Aleph, em 1859, foi construído no mesmo local e remonta ao tempo de Justiniano, em 527 d.C.

Ao aproximar-se da região pelo norte, pode-se entrar no vale de esh-Sheikh, a oriente, ou o Vale de er-Raha, a ocidente. O último tem mais ou menos 3,2 km de comprimento e no extremo sul abre-se para uma planície de cerca de 1,6 km de largura aos pés dos penhascos íngremes de Ras es-Safsaf. Ras es-Safsaf é o pico do noroeste (c.2,000 m), de uma cordilheira que tem Jebel Musa como seu maior pico (c. 2,245 m), 4 km a sudeste. A planície de er-Raha pode ter sido o local do acampamento de Israel (Êx 19.1,2; Nm 33.15).

A sudeste de Jebel Musa está o Wadi es-Se-bayeh, com seu vale chegando a 1,6 km de largura e 4 km de comprimento. Este vale é, às vezes, identificado como lugar do acampamento, embora o primeiro seja geralmente preferido. A tradição cristã afirma que o Ras es-Safsaf é o Horebe bíblico e Jebel Musa, o Sinai.
Josefo descreve o Monte Sinai em termos amedrontadores como sendo “...a mais alta de todas as montanhas que estão naquela região, e não é apenas difícil de ser escalada pelo homem por causa da sua grande altitude, mas em razão da agudeza de seus precipícios também, não pode ser observada sem causar dor nos olhos: além disso, era terrível e inacessível, por causa do rumor de que Deus habitava ali” (Ant. II. xii. 1; III. v. 1). Do mosteiro de Santa Catarina, com sua capela da Sarça Ardente (cp. Êx 3.2), o cume de Jebel Musa pode ser alcançado depois de uma difícil subida de uma hora e meia. Na subida, há uma pequena fonte identificada como sendo o local onde Moisés pastoreou o rebanho de Jetro (Êx 2.15ss.); a 2,100 m está a Capela de Elias (lRs 19.8ss.). Ras es-Safsaf recebe seu nome da palavra árabe para madeira de salgueiro e é uma referência à vara de Moisés (cp. Êx 4.2). Um grande bloco de granito de mais ou menos de 3,35 m de altura, é apontado como a rocha da qual Moisés tirou água (Nm 20.8ss.). Um buraco na rocha é descrito como o molde utilizado para fazer o bezerro de ouro (Êx 32) é também o lugar onde a terra engoliu Coré e seus seguidores (Nm 16).

3. O Monte Sinai na Bíblia. 
Os israelitas alcançaram o Monte Sinai no terceiro mês após sua saída do Egito e acamparam a seus pés de onde poderiam ver seu pico (Êx 19.1,16,18,20). Yahweh se revelou a Moisés ali e transmitiu ao povo os Dez Mandamentos e outras leis por meio de Moisés. Deus estabeleceu sua aliança com o povo por meio de Moisés, como mediador, e essa aliança é lembrada por toda a história de Israel (e.g., Jz 5.5; Ne 9.13; SI 68.8,17; Ml 4.4; At 7.30,38).Elias posteriormente visitou Horebe em uma época particular de desânimo e depressão (lRs 19.4-8). Na alegoria de Gálatas 4.24ss., o Monte Sinai é representativo da servidão da lei em contraste com a Jerusalém de cima que está livre.MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 649-650, 652.

SINAI A península é um triângulo invertido entre os dois braços do mar Vermelho, com o Golfo de Suez a oeste e o Golfo de Acaba a leste. A base do triângulo mede aproximadamente 240 quilómetros de extensão e forma uma barreira entre a Palestina e o Egito. Normalmente se faz referência a todo o triângulo como o Deserto da Peregrinação, embora a porção nordeste, com o seu planalto estéril alcançando a altitude de 825 metros e com as suas planícies com poucos cursos d'água, seja geralmente considerada o "grande e tremendo deserto" (Dt 1.19), o lar dos israelitas durante aproximadamente 38 anos. 
Também há referências ao Sinai como o deserto de Para (veja Para). Ao norte, o altiplano do Sinai desce a uma planície de areia branca que chega ao Mediterrâneo. A areia também está nas costas tanto de Suez quanto de Acaba. No extremo norte do golfo de Acaba, se localizava a cidade de Eziom-Geber, que foi o porto de Salomão. Através dessa região passava a rota de comércio entre o Egito e a Arábia. Mais para o norte estava o Caminho de Sur desde Ber-seba e através do Deserto de Sur (veja Sur) até Etã (q.v.) e Bubastis, e acompanhando a linha do Mediterrâneo estava a linha usual do caminho, com destino à terra dos filisteus (veja Êxodo: Rota). Perto do Golfo de Suez, os egípcios encontraram valiosos depósitos de turquesa e um pouco de cobre em Serabit el-Khadem. Aqui, foram descobertas inscrições de trabalhadores escravos semitas de aprox. 1.500 a.C, escritas em um alfabeto de hieróglifos (veja Escrita). O exército do Faraó era enviado com muitos componentes para guardar tanto o tesouro das minas quanto os bens transportados pelas rotas de comércio pelas caravanas egípcias.

Perto da extremidade sul da península, se ergue uma série de picos de granito entre 1.650 e 2.900 metros de altura, que exibem uma grandeza imponente e cor viva no solo arenoso. Este grupo de montanhas é de forma triangular e consiste de conjuntos que se irradiam a partir de um centro. Os nomes Horebe e Sinai parecem ter sido usados alternadamente para eles, embora alguns considerem que o primeiro é o nome do grupo e que Sinai é um dos picos. Sinai é o nome da montanha sagrada perante a qual os israelitas, como uma nação, fizeram a aliança com Deus como o seu rei (Êx 19.24). Moisés, como um mediador perante Deus e o povo, foi até o cume da montanha onde, segundo as narrativas, ele recebeu os Dez Mandamentos (19.20; 24.18). Existe alguma diferença de opinião quanto ao verdadeiro lugar do acampamento dos israelitas e o cume ao qual Moisés subiu, mas desde o século IV d.C. a localização tradicionalmente aceita para a montanha sagrada tem sido nas altas montanhas, no ápice da península do Sinai. Eusébio afirmou que Jebel Serbal (2.240 metros de altitude), ao sul do Uádi Feiran (veja Refidim) era a montanha dos Dez Mandamentos. No entanto, o vale é estreito, sem uma planície próxima suficientemente grande para o acampamento das doze tribos de Israel. 

A segunda tradição, remonta à época de Justiniano (século VI d.C), e identifica o Monte Sinai com Jebel Musa (cerca de 2.500 metros de altitude). E um dos picos de um conjunto de três, com Jebel Katarin (cerca de 2.800 metros de altitude) a cerca de 3 quilómetros para o sudoeste e Ras es-Safsafeh (2.150 metros de altitude) equidistante, para o norte-noroeste. No pé do último pico, para o norte, está a única planície grande das redondezas; é chamada er-Raha, com cerca de 3 quilómetros de extensão e quase um quilómetro de largura, suficientemente grande para todas as tendas de Israel. Os beduínos hoje em dia conseguem água para suas necessidades nesse lugar, cavando poços rasos. Muitos exploradores acreditam que Ras es-Safsafeh, com os seus picos erguendo-se dire-tamente da planície (cf. Êx 19.12) é o Monte Sinai cf. Êx 19, pois o seu pico é claramente visível da planície er-Raha, ao passo que o pico de Jebel Musa não o é. Nos oásis ao redor da planície e nos vales vizinhos crescem palmeiras, ciprestes, tamargueiras, juncos e jardins de verduras, e árvores de acácias, arbustos e grama salpicam a paisagem que se não fosse por isso, seria estéril. No declive leste de Jebel Musa, a 1.650 metros de altitude acima do nível do mar, está o Mosteiro de Santa Catarina. Diz a lenda que Catarina de Alexandria, uma mártir cristã, foi decapitada em 307 d.C. e o seu corpo foi levado pelos anjos até o topo da montanha que recebera o seu nome (Jebel Katarin). No entanto, acredita-se que sua cabeça esteja sepultada na capela do mosteiro. 

A tradição conta que a parte mais antiga da estrutura é a Capela da Sarça Ardente, no local atribuído ao evento que ela celebra. A biblioteca do mosteiro contém muitos manuscritos antigos e valiosos, que incluem um palimpsesto descoberto pela senhora A. S. Lewis e sua irmã em 1892, contendo o texto do antigo evangelho Siríaco. O Codex Sinaí-tico do Novo Testamento em grego, do século IV d.C, foi encontrado aqui pelo Dr. Tischendorf em 1844 e 1859. Valiosos ícones estão preservados na torre de ícones, alguns entre os mais antigos do mundo, dando uma excelente amostra da arte cristã primitiva. O mosteiro está rodeado de majestosas e altas muralhas de granito, naturalmente bem fortificadas. Acredita-se que Santa Helena, a mãe de Constantino, tenha construído a primeira torre no século IV. Os alicerces descobertos são atribuídos ao imperador Justiniano, datando de 527 d.C, embora ele tenha construído apenas uma muralha para a proteção dos monges gregos que teriam vivido ali desde o século IV. Diversas outras teorias sobre a localização do Monte Sinai foram sugeridas. Alguns estudiosos preferem o noroeste da Arábia, a terra bíblica de Midiã (q.v). Erupções vulcânicas ocorreram nesta área, trazendo credibilidade a esta opinião (Êx 19.16,18). 

O argumento também afirma que Moisés fez sua residência com os midianitas após sua primeira fuga do Egito, e é provável que tenha retornado para o mesmo lugar. Há também diversas montanhas na área próxima a Cades-Barnéia, que alguns associam com o Seir dos dois poemas israelitas antigos (Dt 33.2; Jz 5.4,5). Refidim (Êx 17.1-7) também está associada a Meribá (veja Massa), um lugar que dizem ter existido nas proximidades de Cades-Barnéia (q.v) onde a água era obtida mais facilmente das rochas do que no sul. Não há evidências suficientes, entretanto, em qualquer passagem das Escrituras que garantam uma identificação totalmente segura dos montes envolvidos na narrativa.PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1827-1828.

Êx 19.2 O autor sacro oferece aqui uma pequena digressão a fim de lembrar-nos os movimentos de Israel após a partida de Refidim (Êxo. 17.1) para 0 Sinai. O Sinai foi um dos pontos de parada, onde Israel deveria permanecer por onze meses e seis dias, conforme mostrei no primeiro parágrafo da introdução a este capítulo.

A identidade do monte aparece como lugar bem conhecido, ou, pelo menos, identificado com alguma precisão, quando Moisés escreveu o relato. Mas para nós a localização exata está perdida para sempre, embora haja um bom número de conjecturas, as quais discuto no artigo sobre o assunto (no Dicionário). Foi ali, ou bem perto dali (em Horebe; ver no Dicionário), que Moisés recebeu seu sinal e comissão originais (Êxo. 3.12). Fica entendido que Yahweh se manifestava ali de maneira especial, tal como os gregos pensavam que o Olimpo era a residência de deuses. Assim, Moisés subiu ao monte cheio de expectativa, em busca de uma entrevista com o Senhor. O autor liga a cena da sarça ardente (cap. 3) com a cena deste capítulo. Chegara o momento de outra grande revelação.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 383.

A data do grande concerto segundo o qual a nação de Israel foi fundada. 1. A época em que ele é datado.
 (v. 1) - "Ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito”. Calcula-se que a lei tenha sido dada apenas cinquenta dias depois da sua saída do Egito, e em lembrança disto a festa de Pentecostes era observada no quinquagésimo dia depois da Páscoa, e em conformidade com isto, o Espírito Santo foi derramado sobre os apóstolos no dia de Pentecostes, cinquenta dias depois da morte de Cristo. No Egito, eles tinham falado sobre uma jornada de três dias pelo deserto para chegar ao lugar do sacrifício (cap. 5.3), mas acabou sendo uma jornada de quase dois meses. É muito frequente que nos enganemos no cálculo dos tempos, e assim as coisas se mostram mais longas do que esperávamos. 2. O lugar onde ele é datado - no “Monte Sinai”, um lugar que a natureza, e não a arte, tinha tornado eminente e visível, pois era a mais alta de todas as montanhas daquela cordilheira. Desta maneira Deus despreza as cidades, e os palácios, e as estruturas magníficas, colocando o seu pavilhão sobre o cume de um alto monte, em um deserto estéril e vazio, para ali prosseguir com o seu tratado. O monte se chama “Sinai” por causa da grande quantidade de arbustos espinhosos que o cobriam.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 288.estudalicao.blogspot.com
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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