ULTIMA PAGINA POSTADA DA ESCOLA DOMINICAL TODOS ASSUNTOS DO BLOG

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Estudo livro de Exôdo (22) מחקר שמות




                                                   CONTINUAÇÃO                    
                                             A travessia do mar.

1. Cantarei a YHWH porque triunfou gloriosamente. A métrica é forte e ousada, e o pensamento simples, embora profundo, ao passo que a linguagem é cheia de arcaísmos. Tudo isto sugere uma data bem remota. Davies ressalta a importância da palavra “ porque” neste versículo. Normalmente, nos salmos de Israel essa palavra apresenta a razão por que Deus está sendo louvado (por exemplo SI 9:4). A natureza precisa do ato divino é explicada numa espécie de apêndice, escrito em prosa, no versículo 19.
Triunfou gloriosamente. Melhor traduzindo, “ levantou-se, subiu” (como uma onda). A palavra é usada tanto num mau sentido (descrevendo o orgulho) quanto no bom sentido (descrevendo um triunfo), como aqui. Em Ezequiel 47:5 a palavra é usada para um rio cujas águas sobem na enchente.

2. O SENHOR. Aqui o hebraico usa a forma abreviada, YH, em lugar da mais longa, YHWH, como nos versículos 1 e 3. Esta é a formado nome divino que aparece em nomes próprios, e na exclamação comum “ aleluia” , ou “ louvai a YH“ . Comparar com Salmo 118:14.

O meu cântico. Cross e Freedman traduzem zimrãt por “ defesa” ou “ defensor” , ao invés de “ cântico” . Esta outra tradução se encaixa melhor com o contexto, tem o apoio da LXX e é baseada num termo cognato em árabe. Caso correta, a mesma tradução se aplicaria ao Salmo 118:14, etc.
Eu o louvarei. Esta palavra não ocorre em nenhum outro lugar no Velho Testamento. A tradução é mera conjectura, baseada no paralelismo e em palavras semelhantes em outras línguas semíticas. Este é um dos muitos arcaísmos do cântico.

3. Homem de guerra. “ Guerreiro” seria a tradução em português cotidiano. Compare o título YHWH Sabaoth, “ SENHOR dos exércitos” ou “ SENHOR das hostes” .

5. Profundezas é uma palavra rara, descrevendo talvez com seu som o barulho e o borbulhar das ondas quebrando sobre os egípcios.
Quanto à símile, ver Jeremias 51:63,64: assim, Babilônia, inimiga de Deus, afundara como uma pedra.

8. Com o resfolgar das tuas narinas. Esta é a interpretação teológica do “ vento oriental” que Deus enviara para secar o mar (cf SI 18:15). Os antropomorfismos são comuns em toda espécie de poesia e a natureza poética da passagem nos adverte a não tomarmos literalmente a expressão “ amontoaram-se as águas” .

9. Perseguirei, alcançarei. A rima ternária deste versículo é ao mesmo tempo impressionante e primitiva em sua simplicidade; compare o cântico de Débora em Juizes 5.
A minha mão os destruirá. O forte termo hebraico empregado aqui com sua terminação arcaica significa realmente “ desapossar” , e é usado constantemente mais tarde para descrever a expulsão dos cananeus por Israel e a ocupação de Canaã. Na boca dos egípcios, o termo contém ironia poética, quando aplicado a Israel.

10. Afundaram-se. Melhor dizendo, “foram ao fundo borbulhando”, em meio aos redemoinhos mencionados acima (v. 5).
Chumbo assume aqui o lugar de “ pedra” na símile anterior (v. 5) como símbolo natural de peso.

11. Quem é como tu entre os deuses? Eis aqui a “monolatria” dos primeiros dias de Israel (a insistência no culto exclusivo a YHWH) que levaria mais tarde a um monoteísmo absoluto e dogmático (a negação absoluta de qualquer outro deus que não YHWH), como em Isaías 45:5. YHWH pertence a uma espécie diferente da dos outros deuses ou “ poderosos” , cuja existência não é afirmada nem negada, mas ignorada, para todos os efeitos práticos. Salmo 97:7 faz com que todos esses seres, caso existam, se curvem perante YHWH: em dias mais recentes, tais seres eram considerados simples poderes angélicos, subservientes a Ele.

12. A terra os tragou. Mais uma vez o sufixo verbal arcaico.. Tal como a fenda no deserto engoliria Coré, Data e Abirão (Nm 16:31), assim o mar engoliu o exército egípcio. Talvez eres, “ terra” , tenha aqui o sentido encontrado em ugarítico, “ mundo subterrâneo” : ver Hyatt.

15:13-18. A marcha para Canaã. Alguns estudiosos pensam que a segunda parte do cântico1 de Moisés foi escrita depois da ocupação de Canaã, de que trata. Especificamente, alguns entendem que os versículos 13 e 17 fazem referência ao Monte Sião e ao Templo de Salomão, mas tal inferência é desnecessária. Ambas as frases são arcaicas e existem paralelos bem mais antigos, na literatura de Ras Shamra. O tempo passado empregado em toda a seção pode ser “ perfeitos proféticos” , em que acontecimentos futuros são descritos como se já tivessem acontecido.
Tal uso do perfeito era comum em tempos remotos e particularmente comum nos livros proféticos do Velho Testamento.
13. Beneficência., Esta palavra, frequentemente traduzida por “ misericórdia” , é (juntamente com “ verdade” ) a grande expressão da aliança no Velho Testamento, descrevendo a infalível atitude de amor demonstrada por Deus para com Seu povo (34:7). Em troca, Deus exige
este mesmo amor de seu povo (Os 6:6).

Salvaste. Deus aparece aqui como o gõ êl, o “ parente resgatador” de Seu povo escolhido, Israel. Ver também o comentário de 6:6, acima.Com a tua força. Devido à fraseologia, muitos comentaristas veem esta frase como uma referência à arca, símbolo da presença e da direção divinas, levada adiante do povo em sua marcha (Nm 10:33). Isso é possível, mas desnecessário; a mesrha palavra traduzida por “ força” é usada em relação a YHWH no versículo 2, onde qualquer referência à arca é impossível. Se a habitação da tua santidade se refere a Jerusalém e ao templo, isso demonstraria claramente uma data mais recente; a referência, todavia, pode ser simplesmente geral.1 É verdade que em 2 Samuel 15:25 a palavra se refere ao santuário, mas em Jeremias 25:30 o seu sentido é geral. O hebraico neweh significa “ pasto” , daí talvez aprisco e, mais geralmente, qualquer lar. Aqui, pode significar toda a terra de Canaã, para a qual Israel se destina.

14. Os habitantes da Filístia. O país não poderia ter sido conhecido por este nome senão depois da chegada dos filisteus em 1188 A.C., de modo que esta frase ao menos deve datar de depois da conquista. A lista de nações oferecida aqui vem em ordem aproximada, como quando
se vem do Egito em rumo nordeste.

15. Os príncipes de Edom. ’allüpim, “ chefes de clã” (ver 12:37 quanto ao possível significado “ clã” para a palavra ’ele, normalmente traduzida “ mil” ) é um termo técnico para designar os líderes edomitas (cf Gn 36:15-19). Eles parecem ter ocupado posição algo inferior à de um rei. É razoável, portanto, presumir que os poderosos de Moabe ( ’êlim, literalmente “ carneiros” ) é também um termo técnico. Outros veem uma referência aos grandes apriscos de Moabe (2 Rs 3:4).
16. Até que passe o teu povo. Ou “ atravesse” . A referência pode
ser à passagem de Israel pelos territórios de Edom e Moabe (Dt 2) ou,
mais provavelmente, à travessia do Jordão (Js 3), que levaria mais diretamente à ocupação de Canaã.

O povo que adquiriste. A palavra normalmente significa “ adquirir com dinheiro” . É uma palavra arcaica, usada em forma participial em Gênesis 14:22 como um título divino, traduzida na versão da SBB “ que possui” . Hyatt, com base nisso, prefere traduzir “ criaste” aqui.
17. Monte da tua herança. A frase pode significar “ a região montanhosa de Israel, tua herança” (para uma referência a Israel como herança de Deus, ver 34:9), mas em vista de paralelos na' literatura ugarítica a tradução da SBB deve ser preferida. Por causa dos paralelos, não há necessidade de presumir uma referência direta ao Monte Sião ou ao Templo de Salomão: a data pode ser coincidente com Moisés.
O lugar... para tua habitação. 1 Reis 8:13 usa esta terminologia em referência ao Templo: a referência pode ser a Siló, ou qualquer outro centro primitivo de adoração em Israel.
No santuário. Esta palavra é neutra e significa apenas “ lugar santo ” , embora em dias mais recentes fosse usada com relação ao Templo (como O grande lugar santo).R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 119-122.

2. Miriã juntamente com as mulheres louvam a Deus (Êx 15.20,21).

Em seguida ao cântico de Moisés, temos a antífona de Miriã e das mulheres. Miriã, irmã de Arão e Moisés, era profetisa. Aliás, ela é a primeira profetisa mencionada na Bíblia.
Miriã, apesar de também irmã de Moisés, aparece na Bíblia mais associada a Arão do que a Moisés. Nessa passagem, ela aparece tocando um tamboril, ou seja, um pandeiro, e cantando e dançando com as mulheres, num momento de grande alegria pelo que Deus fizera. Obviamente, quando o texto bíblico diz que elas dançavam, não está se referindo a nenhum movimento corporal escandaloso, mas a atos e gestos alegres e solenes de louvor e adoração.
Provavelmente, quando o texto bíblico diz que Miriã “respondia” (Ex 15.21), está querendo dizer que ela cantava as palavras do seu refrão “como resposta a cada uma das partes do Cântico de Moisés”. Outro detalhe aqui é que vemos a profecia relacionada com a adoração, o que é comum também em outras partes do Antigo Testamento, como nos Salmos e no registro de 1 Crônicas 25.1.COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 56-57.

O LOUVOR A DEUS

Sl 9.1,2 “Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei
todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e saltarei de prazer;
cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.”

A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR. 
A Bíblia constantemente exorta o povo de Deus a louvar ao Senhor.

(1) O AT emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a louvarem a Deus: a palavra barak (também traduzida “bendizer”); a palavra balal (da qual deriva a palavra “aleluia”, que literalmente significa “louvai ao Senhor”); e a palavra yadah (às vezes traduzida por “dar graças”).
(2) O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a Deus (Êx 15.2). Moisés instruiu os israelitas a louvarem a Deus pela sua bondade em conceder-lhes a terra prometida (Dt 8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente para louvar ao Senhor (Jz 5.9). A disposição de Davi em louvar a Deus está gravada, tanto na história da sua vida (2Sm 22.4,47,50; 1Cr 16.4 ,9, 25, 35, 36; 29.20), como nos salmos que escreveu (9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1, 3; 145). Os demais salmistas também convocam o povo de Deus a, enquanto viver, sempre louvá-lo (33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas do AT ordenam que o povo de Deus o louve (Is 42.10,12; Jr 20.13; Sl 12.1; 25.1; Jr 33.9; Jl 2.26; Hc 3.3).
(3) O chamado para louvar a Deus também ecoa por todo o NT. O próprio Jesus louvou a seu Pai celestial (Mt 11.25; Lc 10.21). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus (Rm 15.9-11; Ef 1.3,6,12) e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg 3.9; 5.13). E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando a Deus continuamente (Ap 4.9-11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18).
(4) Louvar a Deus é uma das atribuições principais dos anjos (103.20; 148.2) e é privilégio do povo de Deus, tanto crianças (Mt 21.16; ver Sl 8.2), como adultos (30.4; 135.1,2, 19-21). Além disso, Deus também conclama todas as nações a louvá-lo (67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12; Rm 15.11). Isto quer dizer que tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores de Deus (150.6). E, se tanto não bastasse, Deus também conclama a natureza inanimada a louvá-lo — como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (148.3,4; cf. Sl 19.1,2); os raios, o granizo, a neve e o vento (148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (98.7,8; 148.9; Is 44.23); todos os tipos de árvores (148.9; Is 55.12) e todos os tipos de seres vivos (69.34; 148.10).STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Êx 15.20 A profetisa. 
Essa é a primeira ocorrência desse vocábulo na Bíblia. Ver a respeito no Dicionário, como também os verbetes intitulados Profecia, Profetas e Dom de Profecia. Como profetisa, Miriã não era necessariamente alguém que predizia o futuro, mas alguém dotado de autoridade no culto a Yahweh, como auxiliar de seu irmão, Moisés. Talvez ela tenha sido investida de autoridade especial como líder das mulheres de Israel. Nós a vemos aqui a dirigir o coro feminino que efetuou uma dança comemorativa da vitória sobre o exército egípcio. Podemos supor que outras funções religiosas parecidas eram dirigidas por ela. Ver Miq. 6.4 e I Sam. 18.6,7.
Com danças.
Disse-me pessoalmente, de certa feita, um oficial judeu: “O povo de Israel é um povo de música, vinho e dança”. Nos cultos religiosos de Israel, a dança aparece como um dos elementos, posto que não obrigatoriamente, pois sempre se tratava de uma manifestação espontânea.
A menção ao tamborim faz-nos lembrar que os hinos litúrgicos, com frequência, mencionam esse instrumento, segundo se vê nos cabeçalhos de vários dos Salmos da Bíblia. Ver Sal. 33, 92, 98 e 150, como exemplos disso.
Outras Profetisas Mencionadas na Bíblia. Ver Juí. 4.4; II Reis 22.1; Isa. 8.3; Luc. 2.36. As diaconisas ocupavam posto similar, mas não idêntico (Rom. 16.1). Em Israel (tal como na Igreja cristã) havia 0 ofício ou dom de profetisas. Mas às mulheres era vedado 0 oficio sacerdotal. Sem dúvida isso deveria servir-nos de precedente quanto ao Novo Testamento. Em certos grupos evangélicos modernos encontramos “pastoras”. Mas isso está inteiramente fora de ordem, em face das Escrituras Sagradas. Ver I Tim. 2.12.
Êx 15.21 Este versículo é igual à Êxo. 15.1, que introduz o cântico de Moisés. Muitos eruditos supõem que, originalmente, tenha sido extraído do cântico de Miriã, a fim de introduzir o hino combinado dos dois.Seja como for, os dois hinos-poemas vieram a ser vinculados. Mas talvez desde o começo tenha sido assim. Ver notas completas sobre isso em Êxo. 15.1. Alguns pensam que este versículo opera como uma espécie de refrão, uma síntese do que Moisés já havia dito, mostrando as ideias prioritárias da composição.
Ό cântico de Miriã, um dos mais antigos duos poéticos do Antigo Testamento, provavelmente foi composto por uma testemunha ocular do evento” (Oxford Annotated Bible, in loc).CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 369-370.
Êx 15:19-21. Resumo em prosa e cântico de Miriã. Conforme mencionado acima, o breve dístico do cântico de Miriã é sem dúvida arcaico: pode ser comparado ao cântico de Débora em Juízes 5. No entanto, nada acrescenta ao cântico de Moisés.

20. A profetisa. Tal como Débora (Jz 4:4). A palavra é muito menos comum que a forma masculina. Moisés, em dúvida, é considerado um profeta no Pentateuco (na verdade como o padrão da função é condição de profeta, Dt 34:10); o significado de “ profetisa” neste contexto não é claro. Em Números 12:2 Miriã reivindica ter falado pelo SENHOR, tal como Moisés; em Números 12:6 o profeta é definido como aquele que tem visões ou sonhos (embora Moisés seja colocado numa classe à parte). O fato de Miriã (o mesmo nome que aparece como “ Maria” no Novo Testámento) ser apresentada aqui como “ irmã de Arão” e não “ irmã de Moisés” levou alguns a concluir que ela e Moisés eram apenas meio-irmão. Não há qualquer evidência em favor desta hipótese, a não ser a evidência negativa da narrativa do nascimento de Moisés; a irmã mencionada ali, todavia, não é especificamente chamada pelo nome Miriã. O hebraico ’ãhôt pode significar tanto “irmã” quanto “ meia-irmã” .
Um tamborim. Apenas um tamborim ou pandeiro comum, sem o couro usado para percussão, ou talvez um pequeno tambor, como sugerido pela palavra onomatopaica. As mulheres normalmente cantavam e dançavam por ocasião de vitórias militares e não em cerimônias litúrgicas.
Para encontrar um exemplo de cântico de vitória, ver 1 Samuel 18:6: em Juizes 21:21, entretanto, as mulheres parecem estar dançando em um festival de outono, portanto litúrgico. Aqui em Êxodo, a música parece ser espontânea, não organizada, mas isso provavelmente se aplicava a toda música naqueles dias. Em tempos mais recentes, as mulheres desempenhavam um papel peculiar como cantoras fúnebres (Am 8:3; 2 Cr 35:25) e ainda mais recentemente os cantores do templo incluíam mulheres (Ed 2:65; Ne 7:67) e mulheres cantoras eram parte do tributo exigido a Ezequias pelos assírios. Algumas dessas cantoras, naturalmente, poderiam ser cantoras seculares e não religiosas, embora tal distinção fosse pouco provável em Israel, pelo menos nos primórdios de sua história.R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 122-123.

Os Levitas Músicos (25.1-31)
Conteúdo do Capitulo:

1. Os líderes, cabeças dos levitas músicos, eram Asafe, Hemã e Jedutum (vss. 1 -6).
2. Os clãs (e descendentes) foram distribuídos por sortes, em vinte e quatro turnos, para servirem juntamente com os vinte e quatro turnos dos sacerdotes e levitas auxiliares (vss. 8-31). Ver a divisão dos levitas sacerdotais e ajudantes (não-aarônicos) em vinte e quatro turnos, no capitulo 24.Caracterização Geral, “Davi organizou os músicos (vss. 1-8), correspondentes às vinte e quatro divisões dos sacerdotes (capitulo 24), e projetou vinte e quatro divisões dos músicos, arranjados sob os três grandes nomes, Asafe, Hemã e Jedutum. Cf. I Crô. 6.31-48; 15.16-24; 16.4-7,34-72; 23.5. Aqui Jedutum toma o lugar de Etã, o nome citados nas outras listas. De acordo com I Crô. 23.5, o número total de músicos era de cerca de 4,000; mas aqui (vs. 7) somente 288 (24 x 12) são considerados" (Oxford Annotated Bible, na introdução ao capitulo 25).

Músicos Proféticos. O versículo primeiro evidentemente significa mais do que os músicos acompanhavam o trabalho sacerdotal com cânticos e instrumentos. Quase certamente, devemos compreender que esses homens produziam declarações proféticas quando estavam em estado de êxtase, induzidos pela música rítmica. Esse uso da música è bem conhecido na tradição mística, e tem sido correntemente empregado, quer sem intenção, como no caso de místicos amadores, quer propositadamente, por místicos profissionais que conhecem o poder da música.
Esses profetas profissionais, que produziam em seu êxtase declarações proféticas por meio da música, faziam parte do pessoal do templo. Havia uma subdivisão da tradição profética Isso não significa, naturalmente, que todas (ou mesmo a maioria) de suas declarações fossem realmente inspiradas pelo Espirito de Deus. No misticismo ocorre toda espécie de coisas produzidas pelos poderes psíquicos dos homens, bons ou maus, aos quais não devemos ser tentados a chamar de divinos.

I Cro 25.1 Davi, juntamente com os chefes do serviço. O ministério do templo incluía, em base regular, o uso da música, tanto sob a forma de canto como sob a forma de instrumentos musicais. Na introdução ao capítulo, dou várias referências a este fato. Quatro mil músicos estavam envolvidos, mas 288 atuavam no templo (vs. 7). Cada turno tinha doze participantes, e podemos deduzir dai que estavam envolvidos vinte e quatro turnos, pois 24 x 12 = 288. Além disso, com base nos vss. 9 ss., é mencionado especificamente doze como o número dos participantes nos vinte e quatro turnos. Esses vinte e quatro turnos pertenciam a três grandes clãs musicais, cujos cabeças originais (e antepassados) foram Asafe. Hemã e Jedutum (vs. 1). Jedutum pode ter sido outro nome para Etã, citado nas outras listas que tratam do assunto. Ver I Crô. 15.7,19. Cf. I Crô. 23.2 e 24.6. Os vinte e quatro turnos dos levitas sacerdotais eram ajudados por vinte e quatro turnos de levitas profetas-músicos, e, sem dúvida, o lançamento de sortes era usado para selecionar e nomear cada grupo e o período de serviço.

Para profetizarem com harpas, alaúdes e címbalos. Isso implica mais do que dizer que eles entoavam cânticos espirituais com um conteúdo profético. O que acontecia era mais do que uma proclamação musical da revelação divina. Ver I Sam. 10.5; II Reis 3.15. Aqueles homens usavam a musica para induzir o êxtase e o transe, e, nessa condição, profetizavam ou davam supostas declarações inspiradas. Em outras palavras, eles formavam uma subdivisão da tradição profética,
O poder da música para produzir o transe e o êxtase é bem conhecido, sendo empregado, com esse propósito, por muitos ramos da tradição mística. Chico Xavier produz seus transes por meio da música; os crentes pentecostais fazem- no através de sua música rítmica e alta, acompanhada por palmas; os africanos pagãos recorrem a atabaques e cânticos; os hindus, assim como os budistas, também valem-se de cânticos. Além disso, no Brasil, temos vários ramos do espiritismo, especialmente os que sofrem a influência africana, que usam a música e a dança para induzir o transe e o êxtase. Quanto disso, no judaísmo, no cristianismo, nas religiões e culturas não-cristãs, pode ser atribuído a bons poderes espirituais, ao Espirito de Deus, a bons poderes espirituais inferiores, como o dos anjos, é algo aberto à questão. 
O transe e o êxtase podem ser postos a funcionar para promover toda espécie de expressão espiritual, boa ou má. Não é necessário supor que tudo quanto acontecia no judaísmo (dessa natureza) ou no cristianismo primitivo (ou dos nossos dias) fosse bom ou espiritual. Poderes psíquicos humanos e naturais podem produzir coisas realmente fantásticas. Algumas vezes o Espírito Santo está envolvido, mas com muita frequência é bastante arriscado tentar adivinhar. Ver no Dicionário o artigo intitulado Música, Instrumentos Musicais.
CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 1625.
As famílias e os turnos de cantores (25.1-31). Os músicos também foram escolhidos por sortes e divididos em 24 turnos. Davi reconhecia, como Samuel, a importância da música na adoração. Profetizarem com harpas (1) era louvar a Deus com voz e instrumentos (1 Sm 10.5). O sorteio incluiu os mais velhos e os mais jovens, professores e alunos, talentosos, e nem tanto. Consequentemente, os quatro mil levitas indicados para o serviço do canto incluíam o que havia de melhor. Ao mesmo tempo, os jovens e não muito talentosos estudantes podiam tirar vantagem da sua oportunidade de melhorar e dar o melhor de si a Deus.
Robert L. Sawyer. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 437

3. Celebrando a Deus.

MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS. 
Por que o povo louva ao Senhor?

(1) Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3).
(2) A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20); deste modo, louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6).
(3) Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9).
(4) Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome (68.19; 103; 147; Is 63.7; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA ).STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Salmos 100.1 Celebrai com júbilo ao Senhor. Ver o Salmo 98,4, quanto a uma declaração virtualmente idêntica, a qual, de acordo com algumas traduções, diz “todas as terras” (como é o caso de nossa versão portuguesa), em lugar de “todas as nações”. O culto dos hebreus era ruidoso, pois o coro cantava, os instrumentos tocavam, as trombetas sopravam e as mulheres dançavam. Sal. 98.5-8 fornece uma descrição completa, pelo que não repito aqui a informação. O povo seguia em cortejo na direção do templo de Jerusalém (vs. 2) e cantava o tempo todo. Eles entoavam hinos dentro dos portões do templo, realizavam sacrifícios e apresentavam votos nacionais e pessoais. Entrementes, prosseguiam o ruído elevado e as ações de graças. Ver no Dicionário os verbetes chamados Alegria; Louvor e Ações de Graças. Cf. também Sal. 96.1, um tanto mais elaborado, porém idêntico em essência. Este salmo não se refere diretamente à entronização de um rei, nem menciona especificamente a entronização anual de Yahweh por ocasião da festa do Ano Novo, mas atua como uma doxologia para a pequena coletânea que se pautava pelo tema (ver Salmos 93 e 95 a 99).

Todas as terras. Ver Sal. 96.1; 97.1 e 98.4. A universalidade do culto a Yahweh é enfatizada aqui, tendo o Senhor se tornado o Rei de todas as nações. Este é um dos principais temas dos salmos de entronização. Foi também um tema muito repetido do judaísmo posterior, e podemos supor com segurança que este salmo seja pós-exílio.CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 2366.Este breve cântico é semelhante ao Salmo 95, e pode ter sido cantado na procissão dos adoradores à medida que se aproximavam do Templo com suas ofertas de gratidão.
Perowne considera este salmo uma doxologia do grupo de salmos que inicia com o Salmo 95. Ele cita Delitzsch: “Entre os Salmos de triunfo e ações de graça este se sobressai, como que elevando-se até o ponto mais alto de alegria e majestade”.28

1. As Obras do Senhor (100.1-3)

Deus deve ser glorificado por suas obras criativas com júbilo (1), com alegria e com canto (2). A obrigação de louvar é universal — todos os moradores da terra (1). O que identifica O Senhor de Israel como o verdadeiro Deus é que foi ele, e não nós, que nos fez povo seu (3). Não existem, na verdade, homens “feitos por si próprios”. O versículo 3 é paralelo a Salmos 95.6-7 (q.v.).
W. T. Purkiser, M.A.. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 3. pag. 264-265.(estudaalicao.blogspot.com).
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PAZ DO SENHOR

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.