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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Estudo livro de Exôdo (18) מחקר שמות



                                                 CONTINUAÇÃO               
                       c) Os perigos da irreverência (11.29-30).

A versão ARA traduz o versículo 29 da seguinte forma: “Quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si”. A palavra krima, que a versão ARA traduz como juízo, significa condenação, como na versão ARC. Paulo não tem a intenção de afirmar que a pessoa que comparece à mesa sem a qualificação espiritual adequada será eternamente amaldiçoada. Ele quer dizer que tal ato irá trazer a condenação e a culpa. Não discernindo o corpo do Senhor significa que o crente não foi capaz de distinguir entre o memorial sagrado da Ceia de Senhor e outros tipos de refeição.
O apóstolo indica que como resultado do abuso da Ceia do Senhor... há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem (30). E muito grave declarar que o abuso da Ceia do Senhor resulta na maldição eterna, mas Paulo adverte que o castigo de Deus poderia acontecer, trazendo enfermidades e até a morte física. A palavra fracos Oasthenes) está relacionado a enfermidades; o termo doentes (arrostos) quer dizer enfermidade e decadência, enquanto a palavra dormem (koimaomai) é usada frequentemente no NT para indicar a “morte daqueles que pertencem a Cristo”. Godet diz que Paulo está descrevendo um “julgamento prévio, especificamente infligido por Deus, como aquele que Ele envia para despertar o homem para a salvação”.

d) Participação reverente (11.31-34)

A maneira de evitar o castigo de Deus é nos julgarmos a nós mesmos de modo voluntário e sincero (31). Mas, quando Deus envia seu julgamento para o crente, este é repreendido pelo Senhor (32). Nesses casos, os castigos de Deus não são severos, mas símbolos do seu amor. “Eles são enviados para nos livrar dos caminhos do pecado e para não participarmos da condenação do mundo”.
A maneira adequada de observar o sacramento é esperar uns pelos outros (33). Os membros devem esperar até que todos estejam reunidos e depois, com afeição fraterna e respeito, conduzir a festa do amor. A determinação final do versículo 34 é novamente uma advertência para não considerar a Ceia do Senhor uma refeição comum. Se um homem estiver com fome, coma em casa. A finalidade da Ceia é lembrar aos crentes a obra redentora de Cristo e despertar na igreja um espírito de unidade e amor.
Alguns outros pontos relativos a este assunto ainda exigem alguma atenção. Sobre eles Paulo escreve: Quanto às demais coisas, ordena-las-eis quando for ter convosco (34). Esses problemas estavam afetando seriamente a vida da igreja e podiam ser adiados para uma outra ocasião. Quais eram as demais preocupações que Paulo tinha em mente? Talvez ele quisesse separar completamente a ideia da festa do amor da celebração da Ceia do Senhor. Sabemos que por volta do ano 150 d.C. o costume de fazer uma refeição junto com a Ceia do Senhor havia sido abandonado.Para os cristãos existe “Força Através das Ordenanças”. 1) Elas foram instituídas pelo Senhor, 23a; 2) Elas são memoriais do sacrifício de Cristo, 236-26; 3) Elas exigem um auto-exame, 27-29; 4) Elas produzem a preocupação pelos outros, 33-34.Donald S. Metz. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 8. pag. 329-331.

Em primeiro lugar, devemos olhar para trás (vv. 23·26a). O pão repartido nos lembra o corpo de Cristo dado por nós; o cálice representa seu sangue derramado. É impressionante o desejo de Jesus de que seus seguidores se lembrem de sua morte. A maioria de nós procura esquecer os detalhes sobre a morte de nossos entes queridos, mas Jesus deseja que lembremos como ele morreu.Isso porque sua morte é o cerne de tudo o que temos como cristãos.Devemos lembrar o fato de haver morrido, pois sua morte faz parte da mensagem do evangelho: "Cristo morreu [...] foi sepultado" (1 Co 15:3, 4). Não é a vida de Cristo nem seus ensinamentos que salvam os pecadores, mas sua morte. Portanto, devemos nos lembrar do motivo de ter morrido: Cristo morreu por nossos pecados; foi nosso substituto (ls 53:6; 1 Pe 2:24), quitando uma dívida que jamais poderíamos pagar.

Também devemos lembrar como ele morreu: voluntária e mansamente, demonstrando seu amor por nós (Rm 5:8). Entregou o corpo nas mãos de homens perversos e levou sobre si os pecados do mundo. No entanto, essa "memória" não é apenas uma lembrança dos fatos históricos. Também é uma participação de realidades espirituais. Quando celebramos a Ceia do Senhor, não caminhamos ao redor de um monumento e o admiramos a distância. Temos comunhão com o Salvador vivo, do qual nos aproximamos pela fé.Em segundo lugar, devemos olhar para a frente (v. 26b). Observamos a Ceia do Senhor "até que ele venha". A volta de Jesus Cristo é a esperança da Igreja e de cada cristão.Jesus Cristo não apenas morreu por nós, mas também ressuscitou e subiu ao céu e, um dia, voltará para nos levar para junto dele. Não somos hoje tudo o que devemos ser; mas quando o vermos, "seremos semelhantes a ele" (1 Io 3:2).

Em terceiro lugar, devemos olhar para dentro (w. 27, 28, 31, 32). Paulo não diz que devemos ser dignos de participar da Ceia, mas apenas que devemos fazê-lo de maneira digna. Em um culto de Ceia na Escócia, o pastor reparou que uma mulher da congregação não aceitou o cálice e o pão oferecidos pelo presbítero, mas apenas ficou sentada em seu lugar, chorando. O pastor dirigiu-se até ela e disse:- Pode tomar, minha cara, a Ceia é para os pecadores!De fato, é, mas os pecadores salvos pela graça de Deus não devem tratar a Ceia de maneira pecaminosa.A fim de participar dignamente, é preciso examinar o coração, discernir os pecados e confessá-los ao Senhor. Tomar a Ceia com pecados não confessados no coração é se tornar réu do corpo e do sangue de Cristo, pois foi o pecado que o pregou à cruz. Se não discernirmos nossas transgressões, Deus nos julgará e disciplinará até que confessemos e deixemos esses pecados.

Os coríntios não examinavam a si mesmos, mas eram especialistas em examinar a vida de todo mundo. Quando a igreja se reúne, devemos ter o cuidado de não nos tornarmos "detetives religiosos" que se dedicam a vigiar os outros, incapazes de reconhecer os próprios pecados. Se comemos e bebemos indignamente, comemos e bebemos julgamento (disciplina) para nós mesmos, algo que não deve ser considerado levianamente.
A disciplina é a maneira carinhosa de Deus tratar com seus filhos e filhas e de encorajá-los a amadurecer (Hb 12:1-11). Não é como a sentença de um juiz condenando um criminoso, mas como a repreensão de um Pai amoroso, que castiga os filhos desobedientes (e, possivelmente, obstinados). A disciplina é uma prova do amor de Deus por nós e, se cooperarmos, pode aperfeiçoar a vida de Deus em nós.
Por fim, devemos olhar a nosso redor (w. 33, 34). Não se deve fazer isso com o objetivo de criticar outros cristãos, mas sim de discernir o corpo do Senhor (1 Co 11 :29). É possível que essa frase tenha um sentido duplo: devemos reconhecer seu corpo no pão e também na igreja a nosso redor – pois a igreja é o corpo de Cristo. "Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo" (1 Co 10:17). A Ceia deve ser uma demonstração de união na igreja -, mas a igreja de Corinto não era muito unida. Na verdade, sua celebração da Ceia do Senhor era apenas uma demonstração de sua desunião.

A Ceia do Senhor é uma refeição em família, e o Senhor da família deseja que seus filhos amem uns aos outros e cuidem uns dos outros. É impossível um cristão verdadeiro aproximar-se do Senhor e, ao mesmo tempo, se manter separado de seus irmãos e irmãs em Cristo. De que maneira podemos lembrar a morte de Jesus Cristo se não amamos uns aos outros? "Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros" (1 Jo 4:11 ).Nenhuma pessoa que não é verdadeiramente convertida deve tomar a Ceia. Também um cristão não deve tomar a Ceia se seu coração não estiver em ordem com Deus e com seus irmãos e irmãs em Cristo. É por isso que várias igrejas têm um tempo de preparação espiritual antes de realizar a Ceia, a fim de que nenhum dos participantes traga disciplina sobre si mesmo. lembro-me de um membro de igreja que me procurou e contou de uma derrota pessoal que não apenas o havia prejudicado espiritualmente, como também havia sido "divulgada" por outros e estava prestes a envergonhar a ele e à igreja.
- O que posso fazer para colocar a situação em ordem? - ele me perguntou, convencendo-me de que havia, de fato, discernido e confessado seu pecado. lembrei-o de que, na semana seguinte, realizaríamos a Ceia do Senhor e sugeri que pedisse a orientação de Deus. Na noite da Ceia, comecei a celebração de uma forma como nunca havia feito antes.
- Há alguém que gostaria de compartilhar alguma coisa com a igreja? - perguntei.
Meu amigo arrependido colocou-se em pé e veio à frente, onde parou a meu lado junto à mesa da Ceia. De maneira tranquila e concisa, reconheceu que havia pecado e pediu o perdão da igreja. Sentimos uma onda de amor vindo do Espírito tomar conta da congregação, e várias pessoas começaram a chorar. Naquela celebração da ceia, verdadeiramente discernimos o corpo de Cristo.
Apesar de a confissão ser um elemento importante, a Ceia não deve ser uma ocasião de "autópsia espiritual" e tristeza. Deve ser um tempo de ação de graças e expectativa jubilosa de ver o Senhor! Jesus sabia que, em breve, passaria por grande sofrimento e morreria, mas ainda assim deu graças. Façamos o mesmo.
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. I. Editora Central Gospel. pag. 792-794.(estudaalicao.blogspot.com)

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