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terça-feira, 30 de maio de 2017

Estudo livro de Exôdo (13) מחקר שמות

        ESTUDO E COMENTÁRIO DO EXODO PARTE N.13                                            


                                                CONTINUAÇÃO  
               
                                        A TERCEIRA OBJEÇÃO

A terceira objeção de Faraó requer atenção especial de nossa parte. "Então, Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele disse-lhes: Ide, servi ao SENHOR, vosso Deus. Quais são os que hão de ir? E Moisés disse: Havemos de ir com os nossos meninos e com os nossos velhos; com os nossos filhos, e com as nossas filhas, e com as nossas ovelhas, e com os nossos bois havemos de ir; porque festa ao SENHOR temos. Então ele lhes disse: Seja o SENHOR assim convosco, como eu vos deixarei ir a vós e a vossos filhos; olhai que há mal diante da vossa face.
Não será assim; andai agora vós, varões, e servi ao SENHOR; pois isso é o que pedistes. E os lançaram da face de Faraó" (capítulo 10:8 a 11). De novo vemos como o inimigo procura dar um golpe de morte no testemunho dado ao Deus de Israel. Os pais no deserto e os filhos no Egito! Que terrível anomalia! Isto teria sido apenas libertação parcial, ao mesmo tempo inútil para Israel e desonrosa para o Deus de Israel. Isto não era possível. Se os filhos fossem deixados no Egito, não se podia dizer que os pais os tivessem deixado. Tudo quanto podia dizer-se, em tal caso, era que em parte eles serviam ao Senhor e em parte a Faraó. Porém, o Senhor não podia ter parte com Faraó. Era necessário que possuísse tudo ou nada. Eis aqui um princípio importante para os pais cristãos.

Possamos nós tê-lo no íntimo dos nossos corações! É nosso privilégio contar com Deus quanto aos nossos filhos, e criá-los "na doutrina e admoestação do Senhor" (Ef 6:4). Nenhuma outra parte deve satisfazer-nos quanto aos nossos "pequeninos" senão aquela mesma que nós próprios desfrutamos.C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração: Associação Religiosa Imprensa da Fé.

Êx 10.7 Alguma Luz Raia na Mente dos Servos do Faraó. Eles o exortaram a ceder diante das exigências de Moisés. O Egito estava destruído, mas o imbecilizado Faraó continuou agindo como se nada tivesse acontecido. A sugestão de que fosse feita a vontade do povo de Israel acabou degenerando em um debate feroz (vs. 10,11). Haveria ainda duas outras pragas. Todas as maçãs do diabo têm vermes. O trabalho escravo que o Faraó queria usar a qualquer custo saiu-lhe mais caro do que valia.
Saraivada que se aproximava (Êxo. 9.20). Agora, alguns poucos dentre os próprios conselheiros do Faraó admitiam a sua derrota, aconselhando-o a livrar-se do problema (Êxo. 10.7).

Yahweh-Eiohim foi reconhecido, sendo esse um dos motivos principais das pragas (Êxo. 6.7). Ver esses nomes divinos anotados no Dicionário. Ver também ali, o verbete Deus, Nomes Bíblicos de. Os egípcios não tinham rejeitado o seu panteão, e estavam muito longe do monoteísmo (ver a esse respeito no Dicionário), mas tinham conseguido obter alguma iluminação.

Progressão. 

Os mágicos foram os primeiros a reconhecer “o dedo do Senhor naquilo que estava acontecendo (8.19). Então, algumas poucas pessoas abrigaram seu gado, por serem sábias 0 bastante para atender os avisos sobre a saraivada que se aproximava (Êxo. 9.20). Agora, alguns poucos dentre os próprios conselheiros do Faraó admitiam a sua derrota, aconselhando-o a livrar-se do problema (Êxo. 10.7).Yahweh-Eiohim foi reconhecido, sendo esse um dos motivos principais das pragas (Êxo. 6.7). Os egípcios não tinham rejeitado o seu panteão, e estavam muito longe do monoteísmo, mas tinham conseguido obter alguma iluminação.CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 343.

Os acompanhantes de Faraó, seus ministros de estado, ou conselheiros privados, intercedem, para persuadi-lo a fazer um acordo com Moisés, v. 7. Movidos pelo seu dever, eles lhe descrevem a condição deplorável do reino (“O Egito está destruído”) e o aconselham, de qualquer maneira, a libertar os seus prisioneiros (“Deixa ir os homens”). Pois Moisés, na opinião deles, seria uma ameaça para eles, até que isto fosse feito, e seria melhor consentir, no início, do que ser obrigado a fazê-lo, no final. Os israelitas tinham se tornado uma pedra pesada para os egípcios, e agora, por fim, os príncipes do Egito estavam desejosos de verem-se livres deles, Zacarias 12.3. Observe que se deve lamentar (e evitar, se possível) que toda uma nação seja destruída pelo orgulho e pela obstinação de seus príncipes: Salus popili suprema lex - Preocupar-se com o bem estar do povo é a primeira das leis.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 255.

III- A PROPOSTA FINAL DE FARAÓ
1. A situação caótica do Egito.
Nona Praga: As Trevas (10.21-29)

O Faraó continuava colhendo o que havia semeado. Os críticos atribuem esta seção a uma combinação das fontes informativas E e J. quanto à teoria das fontes múltiplas do Pentateuco.
Essa nona praga ocorreu mediante 0 uso da vara de poder (ver as notas em Êxo. 4.2), como sucedeu no caso das pragas de números um, dois, três, sete e oito. Não houve aviso prévio, como na terceira e na sexta praga, e somente três pragas ocorreram sem informação anterior, exigindo arrependimento. Ver as notas em Êxo. 7.14 quanto a um gráfico que dá informações gerais sobre as pragas como um todo, incluindo elementos repetidos. Conforme anoto no vs. 23, as pragas desfaziam do panteão egípcio.
O pecado e a obstinação dos homens são dignos de ser observados. Somente o poder de Deus pode reverter o ciclo do permitido e do proibido, do sim e do não, que embala o coração instável dos homens. Os críticos veem aqui apenas um acontecimento natural, posto que exagerado, como todas as demais pragas do Egito. Todas elas, porém, envolveram algo insondável, que ultrapassava a imaginação dos homens.
Êx 10.21 Esta praga não foi avisada com antecedência, e a vara de poder foi usada, conforme mencionamos e comentamos na introdução a este parágrafo. Vários eruditos veem aqui algum acontecimento natural. Consideremos os cinco pontos abaixo:

1. A praga pode ter sido um acontecimento local, devido a uma tremenda tempestade de poeira, tão intensa que obscureceu o sol por muito tempo. O vento quente, chamado khamsin, que sopra da banda do deserto, especialmente durante a primavera (março a maio), algumas vezes traz tanta areia e pó que 0 ar se escurece e a respiração toma-se difícil.
2. Outros veem aqui uma ocorrência cósmica. Algumas vezes, a terra passa por uma espécie de poeira proveniente do espaço sideral, de tal modo que acontecem períodos imprevisíveis de trevas. Visto que a órbita da terra leva 0 nosso planeta pelo espaço, as coisas acabam voltando ao normal. Dou um artigo na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia intitulado Escuridão Sobrenatural, a qual oferece algumas explicações possíveis.
3. Alguns estudiosos pensam que é inútil tentar encontrar explicações naturais, locais ou cósmicas, deixando tudo no terreno do que é miraculoso, misterioso.
4. Podemos eliminar com segurança algum mero eclipse do sol, visto que isso não demora muito, e que os egípcios, habilidosos na astrologia, não somente saberiam de sua ocorrência com grande antecedência, como também disporiam de meios matemáticos para explicar o fenômeno.
5. As interpretações metafóricas também falham. Não houve apenas trevas espirituais (Sabedoria de Salomão 17.1 — 18.4), mas também alguma espécie de trevas físicas, as quais, naturalmente, tiveram lições espirituais a ensinar.

O paralelo neotestamentário é Lucas 23.44. No Novo Testamento Interpreta- do ofereço comentários detalhados nessa referência bíblica.
Trevas que se possam apalpar. Metaforicamente, trevas tão absolutas que podiam ser sentidas. Ou então, literalmente, as trevas eram produzidas por poeira e areia, algo tangível.Êx 10.22 Por três dias. Curiosamente, as trevas que envolveram a crucificação de Jesus duraram três horas. Ver no vs. 21 quanto a cinco possíveis interpretações sobre essas trevas. Cf. 0 quinto juízo das taças, em Apocalipse 16.10.

Êx 10.23 Os egípcios não podiam ver, mas podiam tatear (vs. 21), talvez indicando algum agente físico que causava as trevas, como a areia ou a poeira. Contra isso, porém, temos 0 fato de que não há nenhuma descrição acerca de tais agentes físicos. Se essas trevas fossem resultantes de outra grande tempestade (como a saraivada), é provável que 0 autor sagrado teria explicado isso.

Na terra de Gósen, onde habitava Israel, 0 sol brilhava. Portanto, uma vez mais, de nada adiantam explicações naturais de nenhum tipo. Uma grande tempestade de poeira teria poupado a terra de Gósen? Nenhum eclipse solar poderia afetar 0 Egito inteiro, menos a terra de Gósen. Cf. Êxo. 8.22,23; 9.4,26; 12.12,13.

O trecho do Salmo 78.49 sugere 0 poder de anjos destrutivos envolvidos nesta nona praga, a menos que essa referência diga respeito à morte dos primogênitos do Egito, a décima praga.
O panteão egípcio foi novamente atacado. O deus-sol, Rá, mostrou-se impotente contra as trevas; Horus, o deus associado ao sol, não conseguiu resistir. Nut, a deusa do céu, não podia fazer o sol iluminar 0 Egito.CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 345.

A praga das trevas trazida sobre o Egito. Era uma praga terrível, e, portanto, é a primeira das dez pragas mencionadas em Salmos 105.28, embora tenha sido uma das últimas. E na destruição do Egito espiritual ela é produzida pela quinta taça, que é derramada sobre o trono da besta, Apocalipse 16.10. O seu reino se fez tenebroso. Observe, particularmente a respeito desta praga:

1. Que era uma escuridão completa. Temos razões para pensar não somente que as luzes do céu foram cobertas por nuvens, mas que todos os seus fogos e suas velas foram apagados pelos vapores úmidos que eram a causa desta escuridão. Pois está escrito, v. 23: “Não viu um ao outro”. Aos ímpios é feita a ameaça (Jó 18.5,6) de que a faísca do seu lar não resplandecerá (nem mesmo as faíscas do seu próprio fogo, como são chamadas, Isaías 50.11), e que a luz se escurecerá nas suas tendas. O inferno é a escuridão completa. “Luz de candeia não mais luzirá em ti”, Apocalipse 18.23.
2. Que eram trevas que podiam ser sentidas (v. 21), sentidas, nas suas causas, pelas pontas dos dedos (tão espessos eram os nevoeiros). Sentidas, nos seus resultados, pensam alguns, pelos seus olhos perfurados pela dor, que piorava quando os esfregavam. Grande dor é mencionada como o resultado de tais trevas, Apocalipse 16.10 faz alusão a isto. 

3. Sem dúvida isto os impressionou e aterrorizou. A nuvem de gafanhotos, que tinha escurecido a terra (v. 15), não era nada, comparada a esta escuridão. Dizem os judeus que nesta escuridão eles foram aterrorizados pelas aparições de maus espíritos, ou por sons e murmúrios terríveis que eles faziam, ou (o que não é menos assustador) pelos horrores das suas próprias consciências. E esta é a praga que alguns pensam que é tencionada (pois, se não fosse isto, não seria mencionada aqui), Salmos 78.49: “Atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira”. Pois àqueles a quem o diabo tinha sido um enganador, ele será, no final, um terror. 

4. As trevas continuaram por três dias. Era como seis noites contínuas (segundo o bispo Hall).

 Eram trevas completas. Todo este tempo eles estiveram aprisionados por estas correntes de escuridão, e os palácios mais iluminados eram masmorras perfeitas. “Ninguém se levantou do seu lugar”, v. 23. Todos ficaram confinados a suas casas. E tal terror os dominou que poucos deles tinham coragem de ir da cadeira à cama, ou da cama à cadeira. Assim eles ficaram mudos nas trevas, 1 Samuel 2.9. Agora Faraó tinha tempo para considerar, se o aproveitasse. A escuridão espiritual é escravidão espiritual. Enquanto Satanás cega os olhos dos homens, de forma que não vejam, ele lhes amarra mãos e pés, de modo que não trabalhem para Deus, nem se movam em direção ao céu. Eles permanecem nas trevas. 

5. Era justo que Deus os punisse assim. 

Faraó e o seu povo tinham se rebelado contra a luz da palavra de Deus, que Moisés lhes transmitia. Com razão, portanto, eles são punidos com as trevas, pois as amavam e as preferiram à luz. A cegueira de suas mentes traz sobre eles esta escuridão do ar. Nunca houve mente tão cega como a de Faraó, nunca o ar foi tão escurecido como o do Egito. Os egípcios, pela sua crueldade, teriam apagado a lâmpada de Israel, e também as suas brasas. Portanto, com razão, Deus apaga suas luzes. Compare com a punição dos sodomitas, Gênesis 19.11. Devemos temer as consequências do pecado. Se três dias de trevas foram tão aterrorizantes, como deverá ser a escuridão eterna? 
6. Os filhos de Israel, naquele mesmo tempo, tinham luz em suas casas (v. 23), não somente na terra de Gósen, onde a maioria deles morava, mas nas casas daqueles que estavam dispersos entre os egípcios.

 O fato de que alguns deles estavam assim dispersos fica evidente na distinção que posteriormente deveria ser posta nas ombreiras das portas, cap. 12.7. Este é um exemplo: 
(1) Do poder de Deus acima do poder normal da natureza. Não devemos pensar que compartilhamos de graças comuns, como algo rotineiro e usual, e por isto não darmos graças a Deus por elas. Ele poderia fazer uma distinção, e afastar de nós aquilo que concede a outros. Ele realmente faz o seu sol brilhar sobre os justos e os injustos, normalmente. Mas Ele poderia fazer uma distinção, e nós devemos nos considerar em dívida com a sua misericórdia pelo fato de que não o faz. 
(2) Do favor particular que o precioso e bendito Senhor tem pelo seu povo: eles andam na luz ao passo que outros vagam incessantemente em densas trevas. Onde houver um verdadeiro israelita, ainda que neste mundo escuro, haverá luz. Sim, porque ali existirá um filho da luz, um filho pelo qual a luz é semeada, e que recebe a visita do oriente do alto. Quando Deus fez esta distinção entre israelitas e egípcios, quem não teria preferido o mais pobre casebre de um israelita ao mais fino palácio de um egípcio? Existe, porém, uma diferença real, embora não tão perceptível, entre a casa do ímpio, que está sob uma maldição, e a habitação dos justos, que é abençoada, Provérbios 3.33. Nós devemos crer nesta diferença, e nos conduzirmos de maneira correspondente. Com base em Salmos 105.28: “Mandou às trevas que a escurecessem. E elas não foram rebeldes à sua palavra”, alguns apresentam uma conjetura de que, durante estes três dias de trevas, os israelitas foram circuncidados, para a sua celebração da Páscoa, que agora se aproximava, e que o comando que autorizou isto foi a palavra contra a qual eles não se rebelaram. 
Pois a sua circuncisão, quando entraram em Canaã, é mencionada como uma segunda circuncisão geral, Josué 5.2. Durante estes três dias de trevas para os egípcios, se Deus assim o tivesse desejado, os israelitas, pela luz que tinham, poderiam ter escapado, sem pedir permissão a Faraó. Mas Deus desejava tirá-los com mão forte, e não apressadamente, nem fugindo, Isaías 52.12.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 257.

Êx 10. 21. Trevas que se possam apalpar. Presumivelmente trazidas pelo vento que hoje é chamado “hamsín” (literalmente “ o cinquenta” ). É assim chamado porque sopra ininterruptamente durante cinquenta dias, na primavera, e frequentemente traz consigo tempestades de areia do deserto. Próximo a Jericó nessas ocasiões, no auge da tempestade, a visibilidade cai quase a zero e o ar parece espesso e sólido devido à areia. Este é, provavelmente, o significado do termo hebraico yãmes, traduzido “ que se pode apalpar” (SBB), bem apropriado se estiver descrevendo a escuridão e o calor palpáveis e opressivos de uma tempestade de areia.
Êx 10.22. Trevas espessas. A escuridão é descrita da maneira mais forte possível através da combinação de duas palavras que significam, individualmente, “ escuridão” .
Êx 10.23. O período de três dias pode ser simbólico, ou pode ser outra memória popular, preservada na tradição. Presumivelmente Israel tinha “ luz” porque a tempestade de areia não cobriu sua região. Tempestades de areia podem variar consideravelmente de direção, mesmo dentro de uma mesma área por elas afetada. Se Gósen ficasse suficientemente a leste do delta e do vale do Nilo a probabilidade seria maior.R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 97.

2. A quarta e última proposta.

As pragas anteriores não ensinaram o Egito e seu monarca, e por isso Deus mandou outra praga: a escuridão. Por três dias os egípcios conviveram com a escuridão. Isso pode nos soar como que primitivo, mas em uma época em que não havia luz elétrica e as pessoas dependiam de outros recursos para poderem iluminar seus caminhos, trevas de noite eram aceitáveis, mas de dia não. Como o Egito ficou sem luz?
O certo é que se no último encontro Moisés e Arão foram lançados da presença de Faraó, desta vez foram chamados com a seguinte resposta: Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças. Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor, nosso Deus. (Êx 10.24,25)
Um grande avanço nas negociações estava acontecendo. Israel poderia ir aonde quisesse para oferecer seus sacrifícios. Poderia ir com todos os adultos. Ah, desta vez, as crianças poderiam ir também. Mas o gado não. Para quê gado no deserto? Deus não ia se preocupar com animais sendo oferecidos, pois já receberia todas as pessoas. Os bens a serem oferecidos não fariam parte do acordo.Essa proposta de Faraó não está longe de nossos dias. Somos desafiados diariamente a oferecer nossos bens ao Senhor. Quando digo isso não estou me referindo a todos os dias dar uma oferta no santuário ou colaborar com a ajuda a pessoas necessitadas. Estou me referindo ao fato de o Diabo tenta nos fazer crer que os bens que temos em nosso poder são nossos, e não do Senhor.

A questão não se refere ao fato de Deus precisar ou não de nossos bens para ser adorado. Creio que o honramos com as nossas fazendas e as primícias de nossa renda (Pv 3.9). Porém, mais que bens, Ele deseja nossa inteireza de coração, e um coração não fixado nas riquezas deste mundo. Eis aqui a diferença. Quando entendemos que tudo o que temos — quer pouco, quer muito — é do Senhor, não nos prendemos a eles. Não podemos ser reféns das bênçãos de Deus. Elas são presentes que Deus nos dá, mas não para que nos fixemos nelas.

Deus seria adorado com tudo o que o povo de Israel possuía, e isso incluía os animais para o sacrifício. O curioso é que os egípcios desprezavam a atividade pastoril dos israelitas, mas desejavam-lhes os bens. Como se não bastassem os anos de escravidão, Faraó queria impedir que aquilo que eles tinham conseguido com trabalho fosse negado a Deus.
Que isso nos sirva de lição. Os bens que temos em mãos são do Senhor, e a Ele devem ser oferecidos.Cada proposta de Faraó foi rejeitada. Que tenhamos o discernimento adequado para, da mesma forma, rejeitar aquilo que o mundo tenta nos impor como correto. Faraó fez suas propostas, e Moisés as rejeitou. Façamos o mesmo.

"Por que devo obedecer a Deus se nem sei quem é Ele? Parece uma lógica correta levando em consideração que o Egito tinha vários deuses, e que o próprio Faraó era tido como uma divindade. Como seria possível reconhecer como Deus um Ser que envia um pastor do deserto para falar com o rei da maior potência da época?"COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 32-34.

A QUARTA OBJEÇÃO

A quarta e última objeção de Faraó relacionava-se com os rebanhos e as manadas."Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao SENHOR: somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças (capítulo 10:24). Com que perseverança disputou Satanás cada palmo do caminho de Israel para fora do Egito! Em primeiro lugar procurou mantê-los no país; então diligenciou tê-los perto do país; depois esforçou-se por reter parte do povo; e por fim, depois de haver falhado nestas três tentativas, esforçou-se por fazê-los partir sem meios alguns para servir ao Senhor. Já que não podia reter os servidores procurava ficar com os meios que eles tinham para servir, pensando obter o mesmo resultado por um meio diferente. Já que não podia induzi-los a oferecerem sacrifícios no país, queria enviá-los fora do país sem vítimas para os sacrifícios.C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração: Associação Religiosa Imprensa da Fé.

ÊX 10.24 Temos aqui a quarta transigência proposta pelo Faraó. Ver as notas completas sobre a questão das propostas ou condições do Faraó, para permitir a saída de Israel do Egito, em Êxo. 10.11. Ela dizia: “Vão, mas deixem no Egito os seus bens”. Esses bens incluíam os meios para oferecer sacrifícios, os animais. O gado deixado para trás ajudaria os egípcios a se ressarcir dos prejuízos sofridos, especialmente dos efeitos das pragas quinta e sexta (morte do gado e grande saraivada). Esses juízos divinos, porém, não tinham por finalidade ser aliviados. O Faraó e sua gente estavam recebendo o que mereciam. Alguns estudiosos pensam que outro propósito do Faraó era forçar Israel a voltar voluntariamente ao Egito, visto que não poderiam ir muito longe (sendo em número de cerca de três milhões de pessoas), sem o sustento representado pelos animais. Se 0 povo de Israel tomasse a decisão de voltar, então 0 Faraó não poderia ser acusado, além do que, presumivelmente, não haveria mais pragas.

As crianças dos israelitas também poderiam ir, algo que o Faraó não quis permitir, de acordo com sua terceira proposta de transigência (ver Êxo. 10.11). As referências às quatro transigências são estas: Êxo. 8.25,28; 10.11 e aqui.CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 345.Aqui está a impressão causada a Faraó por esta praga, muito semelhante à das pragas anteriores.

1. Ela o fez despertar de tal maneira que ele renovou o acordo feito com Moisés e Arão, e agora, por fim, consentia que eles levassem também a seus filhos. Ele somente desejava ficar com o gado deles empenhado, v. 24. É comum que os pecadores façam barganhas com o Deus Todo poderoso. Alguns pecados, eles abandonarão, mas não todos. Eles deixarão os seus pecados por um tempo, mas não lhes darão um adeus final. Eles darão uma parte do seu coração ao Senhor, mas o mundo e a carne o compartilharão com Ele: assim, eles pensam que zombam de Deus, mas, na realidade, enganam a si mesmos. Moisés decide não concordar com os termos de Faraó: “O nosso gado há de ir conosco”, v. 26. Observe que os termos da reconciliação são fixados de modo que embora os homens os disputem por muito tempo, eles não podem alterá-los, nem reduzi-los. Nós devemos corresponder às exigências da vontade de Deus, pois não podemos esperar que Ele seja condescendente com as exigências das nossas luxúrias. Os mensageiros de Deus sempre devem seguir esta regra (Jr 15.19): “Tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles”. Moisés apresenta uma razão muito boa pela qual devem levar consigo seu gado. Eles devem ir oferecer sacrifícios, e por isto devem levar tudo. Eles ainda não sabiam quais eram as quantidades e os tipos de sacrifícios que seriam exigidos, e por isto precisam levar tudo. 

Observe que quanto a nós e aos nossos filhos, devemos dedicar todas as nossas posses terrenas ao serviço de Deus, porque não sabemos que uso Deus fará daquilo que temos, nem de que maneira podemos ser chamados a honrá-lo com aquilo que temos. 

2. Isto o exasperou tanto que, uma vez que não conseguiu fazer o acordo nos seus próprios termos, dissolveu a reunião abruptamente e decidiu não mais negociar. A ira agora o atingiu intensamente, e ele ficou furioso, sem limites, v. 28. Moisés é mandado embora em ira, proibido de comparecer à corte sob pena de morte, proibido até mesmo de encontrar-se com Faraó outra vez, como estava acostumado a fazer, junto ao rio: “No dia em que vires o meu rosto, morrerás”. Que loucura prodigiosa! Ele não tinha descoberto que Moisés podia trazer-lhe pragas sem ver o seu rosto? Ou tinha se esquecido de tantas vezes em que tinha mandado buscar Moisés como seu médico, para curá-lo e remover as suas pragas? E agora Moisés deve ser proibido de se aproximar do Faraó? Perversidade impotente! Ameaçar com a morte alguém que estava armado com tal poder, e a cuja mercê ele tinha se colocado tantas vezes. A que a dureza de coração e o desprezo à palavra de Deus e aos mandamentos levam os homens? Moisés acredita no que ele diz (v. 29): “Bem disseste. Eu nunca mais verei o teu rosto”, isto é, “não, depois desta vez”. Pois esta reunião não terminou até o capítulo 11.8, quando Moisés saiu em ardor de ira, e disse a Faraó com que rapidez ele iria mudar de ideia, e o seu espírito soberbo seria humilhado - o que se cumpriu (cap. 12.31) quando Faraó passou a suplicar humildemente que Moisés partisse. De modo que, depois desta reunião, Moisés não mais veio, até ter sido chamado. Observe que quando os homens afastam de si a palavra de Deus, com razão Ele permite as suas desilusões e lhes responde em conformidade com a multidão dos seus ídolos. Quando os gadarenos desejaram que Cristo os deixasse, Ele imediatamente os deixou.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 257-258.

Êx 10. 24. Os vossos rebanhos e o vosso gado. Não nos é dito se Faraó pretendia manter os rebanhos como garantia de que Israel retornaria ou se já se conformara com a perda dos escravos e procurava apenas garantir para si a posse do gado israelita (o que é compreensível, já que houvera grande mortalidade entre o gado egípcio). Moisés evidentemente recusa pois vê o que há por detrás de tal proposta. A furiosa reação de Faraó é imediata e final.R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 97-98.(estudaalicao.blogspot.com).


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