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terça-feira, 30 de maio de 2017

Estudo livro de Exôdo (12) מחקר שמות



                                                 CONTINUAÇÃO                       
                              2. A primeira proposta (Êx 8.25).

Deus enviou mais duas pragas ao Egito: a dos piolhos e das moscas. A vida dos egípcios se tornou um inferno. Piolhos são parasitas que se alimentam de sangue, restos de pele ou secreções expelidas pelo corpo. Multiplicam-se com facilidade, e dificilmente saem de seus hospedeiros. As moscas são tão inconvenientes que costuma nos dar nojo quando se aproximam de nós ou pousam em algum objeto que nos está próximo. O Egito estava realmente em maus lençóis.

Com essas pragas, Faraó chama Moisés e Arão e lhes diz: “Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25).

Ao que parece, Faraó foi convencido pelos piolhos e moscas enviados por Deus, e fez uma concessão aos israelitas. O sacrifício poderia ser feito, sem problemas, desde que fosse feito no Egito. Quem quisesse sacrificar poderia fazê-lo, mas a escolha do local do sacrifício pertencia a Faraó, não a Deus. De certa forma, isso era cômodo para o rei. A força de trabalho escravo não iria muito longe. Mas esse não era o plano de Deus.

A adoração pretendida por Deus não foi planejada para ser feita em terras egípcias. Naquelas terras muitos israelitas morreram em sofrimento. Muitos bebês meninos foram lançados ao Nilo para morrerem afogados ou comidos por crocodilos. Naquelas terras os filhos de Deus haviam perdido sua liberdade. Deus pretendia receber culto e dar de presente aos filhos de Abraão uma nova terra para viverem.COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 27.

A PRIMEIRA PROPOSTA.

A primeira destas objeções encontra-se no capítulo 8:25. "Então, chamou Faraó a Moisés e a Arão e disse: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra". E desnecessário acentuar aqui que, quer sejam os magos com a resistência que opõem ou Faraó com as suas objeções, é realmente Satanás que está atrás de toda esta cena: e o seu objetivo, nesta proposta de Faraó, consistia em impedir o testemunho do nome do Senhor—um testemunho ligado com a separação completa entre o Seu povo e o Egito. É evidente que um tal testemunho não podia ser dado se eles tivessem continuado no Egito, ainda mesmo que tivessem oferecido sacrifícios ao Senhor. Os israelitas ter-se-iam então colocado no mesmo terreno que os egípcios, e teriam posto o Senhor ao mesmo nível dos deuses do Egito. Então os egípcios poderiam ter dito aos israelitas: "Não vemos nenhuma diferença entre nós; vós tendes o vosso culto, e nós temos o nosso; é tudo a mesma coisa".
Os homens consideram perfeitamente natural que cada qual tenha uma religião, seja qual for. Contanto que sejamos sinceros e não haja interferência na crença do próximo, pouco importa a forma da nossa religião. Tais são os pensamentos dos homens a respeito daquilo que eles chamam religião; porém é bem claro que a glória do nome de Jesus não é tida em conta em tudo isto. O inimigo opor-se-á sempre à ideia de separação, e o coração do homem nunca poderá compreendê-la. O coração humano pode aspirar à piedade, porque a consciência testifica que não está tudo em regra; mas ao mesmo tempo anela seguir o mundo: gosta de sacrificar a Deus na terra; assim quando se aceita uma religião mundana e se recusa sair ou fazer separação dela (2 Co 6), o fim de Satanás é conseguido. O seu plano invariável, desde o princípio, consiste em impedir o testemunho dado ao nome de Deus na terra. Tal era o fim escuro da proposta, "Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra". Que fim o do testemunho, se esta proposta tivesse sido aceite! O povo de Deus no Egito e o Próprio Deus associado com os ídolos do Egito! Que terrível blasfêmia!C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração: Associação Religiosa Imprensa da Fé.

Êx 8.25,26 O Faraó Propõe Transigências. Ver Êxo. 10.11. Essas propostas eram quatro: 1. Podem adorar, mas permaneçam no Egito (Êxo. 8.25). 2. Vão, mas não se distanciem do Egito (8.28). 3. Vão, mas deixem seus filhos e suas possessões no Egito. 4. Vão, deixem seu gado no Egito, mas podem levar seus filhos (10.24).

Quando este versículo é posto em confronto com o vs. 26, parece que o Faraó daria algum dia permissão a Israel sair do Egito. Parece que ele baixa- ria o equivalente a um edito de tolerância. Poderiam efetuar seus ritos religiosos dentro das fronteiras do Egito. Yahweh seria então reconhecido como um dos deuses oficiais do Egito, entre tantos. Naturalmente, isso não era aceitável para Moisés. Os papiros elefantinos mostram que os egípcios, posteriormente, reagiram com violência à adoração efetuada por Israel (A. E. Cowley, Aramaic Papyri of the Fifth Century B. C.). Quase todos os sacrifícios de animais, feitos por Israel, lhes parecia repelente. Assim, 0 proposto edito de tolerância do Faraó foi um grande passo aos seus olhos, embora não fosse suficiente, na opinião de Moisés.
Provavelmente, o Faraó teria permitido que Israel exercesse autonomia religiosa em Gósen, mas não fora daquele território. Somente ali Israel não ofenderia aos egípcios; mas devemos supor que mesmo ali havia uma população mista, e tentativas de execução (por apedrejamento) poderiam ter lugar. Os egípcios consideravam que o boi era um animal sagrado para o deus Ré (Ápis), ao passo que a vaca representava a deusa egípcia, Hator. Portanto, sacrifícios desses animais seriam considerados blasfêmias.
Diodoro Sículo (Bibliothec. 1.1 par. 75) deu notícias da violência de uma turba de egípcios ao verem uma mulher matar um gato, um animal que para eles era sagrado. “0 Egito tinha fortíssimos tabus contra as práticas religiosas dos estrangeiros (Gên. 43.32)" (Oxford Annotated Bible, in loc).
Apedrejamento. Essa era uma antiga forma de execução capital. Ver no Dicionário o verbete com esse nome. Era a forma de execução em certos casos de incesto (ver a introdução ao capítulo dezoito de Levítico, onde apresento um gráfico).CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 337.

Como Faraó, depois deste ataque, pareceu negociar, e iniciou um acordo com Moisés e Arão sobre a entrega dos seus cativos. Mas observe com que relutância ele cede.

1. O Faraó se mostraria satisfeito pelo fato de oferecerem sacrifícios ao Senhor seu Deus, desde que o fizessem na terra do Egito, v. 25. Observe que Deus pode fazer com que a sua adoração seja tolerada até mesmo por aqueles que são verdadeiros inimigos dela. Faraó, sob as fortes dores infligidas pela vara, permite que eles ofereçam sacrifícios e se mostra disposto a permitir que haja uma liberdade de consciência em relação ao precioso Deus de Israel, até mesmo na sua própria terra. Mas, Moisés não aceita a sua concessão. Ele não pode aceitá-la, v. 26. Seria uma abominação a Deus que eles oferecessem os sacrifícios egípcios, e uma abominação para os egípcios que eles oferecessem a Deus os seus sacrifícios. De modo que os hebreus não poderiam oferecer sacrifícios naquela terra sem incorrer no desagrado, fosse do seu Deus, fosse dos seus capatazes. Por isto ele insiste: “Deixa-nos ir caminho de três dias ao deserto”, v. 27. 
Observe que aqueles que desejam oferecer sacrifícios aceitáveis a Deus devem: (1) Separar-se dos ímpios e profanos. Pois nós não podemos ter comunhão com o Pai das luzes e também com o mundo das trevas, com Cristo e também com Belial, 
2 Coríntios 6.14ss.; Salmos 26.4,6. (2) Eles devem afastar-se das distrações do mundo, e isolar-se o mais que puderem do seu ruído. Israel não pode celebrar a festa do Senhor entre os fornos de tijolos do Egito, ou entre os seus antros de prazer. Não, nós devemos ir ao deserto, Oséias 2.14; Cantares
7.11. 
(3) Eles devem obedecer às instruções divinas: Nós sacrificaremos ao Senhor, nosso Deus, como Ele nos dirá - e não de qualquer outra maneira. Embora eles estivessem no último grau de escravidão a Faraó, na adoração a Deus eles deveriam obedecer aos Seus mandamentos, e não os de Faraó.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 251.

Êx 8.25. Nesta terra. 
Esta é a primeira oferta de Faraó. Moisés a recusa partindo do princípio que oferecer sacrifícios no Egito seria o mesmo que matar um porco numa mesquita muçulmana ou sacrificar uma vaca num templo hindu. Haveria imediatamente um conflito racial. Por causa desta passagem, cristãos de consciência muito sensível frequentemente acusam Moisés de ter dito uma meia-mentira, pelo menos, afirmando que o argumento de Moisés era mero pretexto. No entanto, a desculpa era perfeitamente válida. A pequena colônia judaica de Yeb/Elefantina, no Alto Nilo, sofreu ataques sistemáticos por parte dos egípcios no século V A.C. por esta mesma razão; sacrifícios animais.R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 91-92.

II - FARAÓ NÃO DESISTE
1. A segunda proposta de Faraó (Êx 8.28).

Pensemos agora no diálogo entre Moisés e Faraó: O libertador não concorda com o rei quando ele propõe que o culto seja em um lugar inadequado à presença de Deus. Além disso, por que oferecer sacrifícios em um lugar onde eles eram motivo de deboche? Os egípcios detestavam pastores de ovelhas e qualquer pessoa que cuidasse de gado. Eles certamente apedrejariam os israelitas quando estes fossem oferecer seu culto. Não bastava serem escravos: eles teriam de passar pela humilhação de ver pedras voando por suas cabeças no momento do culto ao Senhor?
Deus não tinha esse plano para seus filhos. Tão importante quanto o culto que eles prestariam era a liberdade que receberiam. Eles sairiam da escravidão. Trabalhariam para se manter e prosperar em uma nova terra. Seriam protegidos por Deus e seriam uma nação. Criariam seus filhos longe da sombra do trabalho escravo e dos acoites com que estavam sendo submetidos. Esse era o plano divino.
Moisés indica que o local adequado à adoração seria a três dias de distância do Egito. Mas Faraó não está certo de que essa distância é segura para manter o povo escravo, e diz a Moisés que não vá muito longe. Por que essa preocupação do rei com um grupo de escravos? Para mantê-los no Egito e impedir-lhes a liberdade. Faraó chega a pedir que Moisés ore por ele também, mas não parece um daqueles pedidos sinceros de oração, e sim a finalização de um discurso que não tem por objetivo ser realizado.
“A questão não se refere ao fato de Deus precisar ou não de nossos bens para ser adorado. Creio que o honramos com as nossas fazendas e as primícias de nossa renda (Pv 3.9). Porém, nossa inteireza de coração, e um coração não lixado nas riquezas deste mundo. Eis aqui mais que bens, Ele deseja a diferença.”COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 28-29.

Então, disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao SENHOR vosso Deus no deserto; somente que, indo, não vades longe" (capítulo 8:28). Não podendo retê-los no Egito, procurava ao menos retê-los perto das fronteiras, para poder agir contra eles por meio das diversas influências do país. Desta forma o povo podia ser reconduzido e o testemunho mais facilmente aniquilado que se eles nunca tivessem saído do Egito. Aqueles que tornam para o mundo, depois de aparentemente o terem deixado, causam muito mais dano à causa de Cristo do que se nunca se houvessem afastado dele; porque virtualmente confessam que, tendo provado as coisas divinas, descobriram que as coisas terrenas são melhores e satisfazem mais. 
E isto ainda não é tudo. O efeito moral da verdade sobre as consciências dos incrédulos e tristemente embaraçado pelo exemplo dos professos que regressam às coisas que aparentemente haviam deixado. Não é que tais casos concedam autorização a ninguém para rejeitar a verdade de Deus, tanto mais que cada um é responsável por si mesmo e terá de prestar contas dos seus atos a Deus. Contudo, o efeito produzido é, como em tudo mais, mau.
"Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado" (2 Pe 2:20-21).Por esse motivo, se as pessoas não estão dispostas a ir longe, é melhor não partirem. O inimigo sabia isto bem; daí a sua segunda objeção. Uma posição de proximidade satisfaz admiravelmente os seus propósitos. Aqueles que ocupam esta posição não são nem uma coisa nem outra; com efeito, qualquer que seja a sua influência, conduz, infalivelmente, para o lado mau.
É muito importante ver claramente que o fim de Satanás em todas estas objeções era pôr obstáculos ao testemunho que só podia ser rendido ao nome do Deus de Israel por meio de uma peregrinação de três dias através do deserto. Isto era, em boa verdade, ir muito longe ir muito mais longe do que Faraó podia imaginar, ou até onde lhe era possível seguir Israel.
Que grande bênção serias e todos os que fazem profissão de sair do Egito se separassem dele pelo espírito do seu entendimento e pela elevação do seu caráter; se conhecessem a cruz e a sepultura de Cristo como os limites estabelecidos entre eles e o mundo! Ninguém pode colocar-se nesse terreno na energia da sua natureza. O Salmista pôde dizer: "E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente" (Sl 143:2). O mesmo acontece a respeito da separação verdadeira e efetiva do mundo."Nenhum vivente" pode realizá-la. E somente como "morto com Cristo", e ressuscitado também nele, pela fé, no poder de Deus(Cl 2:12),que o homem pode ser justificado diante de Deus e separado do mundo. Eis o que podemos chamar "ir muito longe". Permita Deus que todos os que fazem profissão de cristãos e se chamam por este nome possam assim afastar-se!
Então a sua lâmpada dará uma luz constante, a sua trombeta dará um sonido inteligível e a sua conduta será elevada; a sua experiência será rica e profunda; a sua paz correrá como um rio; os seus afetos serão celestiais e as suas vestes imaculadas. E, acima de tudo, o nome do SENHOR Jesus será glorificado neles pelo poder do Espírito Santo, segundo a vontade de Deus Pai.C. H. MACKINTOSH. Estudos Sobre O Livro De Êxodo. Editoração: Associação Religiosa Imprensa da Fé.

Êx 8.28 As Quatro Transigências Propostas pelo Faraó.

 Ver as notas em Êxo. 8.25 e 10.11. A segunda delas é a que aparece neste versículo: “Vão, mas não se afastem muito do Egito na adoração de vocês”. Essa transigência tinha um óbvio sentido metafórico. A igreja permanece no Egito e adota as aspirações, as maneiras e até a música do mundo, ficando assim anulada a sua espiritualidade. Na quarta das transigências propostas, a ideia era que a Igreja não se radicalizasse demais, mas ficasse sempre nas proximidades do Egito (ver Êxo. 10.24).
O pedido foi tentativamente conferido, mas com o reparo de que Israel não se afastasse do Egito, algo menos do que os três dias de jornada soli- citados. Naturalmente, o Faraó suspeitava de um ardil, e queria ter certeza de que poderia atirar suas tropas contra o povo de Israel em fuga, se seus espiões o informassem que eles estavam procurando escapar. Somente o desespero poderia ter impelido o Faraó, de coração empedernido, a fazer tal proposta. O Faraó sem dúvida tinha conhecimento das antigas associações de Israel com a terra de Canaã, e daí suspeitava que 0 objetivo real dos israelitas era o retorno àquela terra. Originalmente, ele tinha suspeitado das intenções de Moisés (Êxo. 5.8), e essas suspeitas não se apagavam em sua mente.CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 337.

Faraó consente que eles vão ao deserto, desde que não se afastem muito, para que ele possa aprisioná-los novamente, v. 28.

 É provável que ele tivesse ouvido do seu desígnio quanto a Canaã, e suspeitasse que uma vez tivessem deixado o Egito nunca mais voltariam. E por isto, quando é forçado a consentir com a ida deles (os enxames de moscas zumbindo a necessidade nos seus ouvidos), ainda assim ele não está disposto a permitir que eles saiam do seu alcance. Assim alguns pecadores que, em um esforço de convicção, se separam de seus pecados, ainda não estão dispostos a se afastarem muito deles. Pois, quando o temor passa, retornam para eles outra vez. Observamos aqui uma luta entre as convicções e as corrupções de Faraó. Suas convicções diziam: “Deixa-os ir”. Suas corrupções diziam: “Mas não muito longe”. Mas ele favoreceu as suas corrupções contra as suas convicções, e isto foi a sua ruína. Moisés aceitou esta proposta e prometeu a remoção desta praga, v. 29. Veja aqui: 

(1) Que prontidão Deus tem para aceitar as submissões dos pecadores. Basta que Faraó diga: “Orai também por mim” (embora ele lamente humilhar-se tanto), e Moisés promete imediatamente, Orarei, para que Faraó pudesse ver qual era o desígnio da praga, que não era de levá-lo à ruína, mas levá-lo ao arrependimento. Com que prazer Deus disse (1 Rs 21.29): “Não viste que Acabe se humilha perante mim?” 

(2) Que necessidade temos de ser alertados para que sejamos sinceros em nossa submissão: “Somente que Faraó não mais me engane”. Aqueles que agem de maneira enganosa são, com razão, alvos de suspeitas, e devem ser prevenidos para que não retornem à tolice, depois que Deus mais de uma vez lhes falou de paz. Não se enganem, Deus não será ridicularizado. Se pensarmos em enganar a Deus com falso arrependimento, e uma submissão fraudulenta a Ele, nós provaremos, no final, ter feito uma trapaça fatal sobre nossas almas.

Por fim, o resultado de tudo isto é que Deus graciosamente removeu a praga (w. 30,31), mas Faraó perfidamente endureceu “ainda esta vez seu coração e não deixou ir o povo”, v. 32. O seu orgulho não o deixaria separar-se de uma flor da sua coroa como era o seu domínio sobre Israel, nem a sua cobiça o deixaria separar- se de uma parte da sua renda, representada pelos seus trabalhos. Observe que as luxúrias reinantes rompem as amarras mais fortes, e tornam os homens atrevidamente presunçosos e escandalosamente pérfidos. Por isto, que o pecado não reine. Pois, se isto acontecer, ele nos trairá e nos precipitará nos absurdos mais grotescos.HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 251.

2. A terceira proposta de Faraó (Êx 10.7).

Deus enviou outra praga ao Egito: os gafanhotos. Faraó aparentemente não aprendeu a lição dos sinais de Deus. Charles Swindoll disse que os sinais que Deus mandou ao Egito eram “pragas que pregam”. Deus transformou o Nilo em sangue e depois mandou uma infestação de rãs àquela nação. Depois mandou piolhos e moscas. Depois os animais foram atacados e tumores cobriram os egípcios. A última praga enviada por Deus neste momento foi uma chuva de pedras em toda a nação. Faraó não pareceu entender que estava lidando com um poder pessoal sobrenatural, sem precedentes na história do Egito. Ele estava lidando com o próprio Deus, que estava dando ao rei oportunidades para que voltasse atrás em seus pensamentos e libertasse Israel. Os prejuízos materiais no Egito estavam se avolumando, tornando insuportável a permanência dos israelitas em solo egípcio.

“E os servos de Faraó disseram-lhe: Até quando este nos dá de ser por laço? Deixa ir os homens, para que sirvam ao Senhor, seu Deus; ainda não sabes que o Egito está destruído?” (Êx 10.7) Os servos de Faraó decidiram envolver-se na questão. Eles perceberam que enquanto o Deus de Moisés não recebesse seu culto, os egípcios sofreriam terrivelmente as consequências. Mesmo assim, a proposta dos egípcios era uma proposta cruel, pois obrigaria os israelitas a separarem-se de seus filhos para que Deus fosse adorado. Se fosse pela opinião dos egípcios, a herança do Senhor não participaria do culto com seus pais. Deus não nos chama para que o sirvamos sem que nossas famílias estejam incluídas tanto na adoração quando na recepção de bênçãos. Ele deseja ser adorado por toda a família, da mesma forma que pretende abençoar toda a família. Sabemos que em nossas igrejas nem todas as famílias estão completas, pois há pais cujos filhos estão longe do Senhor. Sabemos que há filhos que aceitaram a Jesus e estão orando por seus pais. Sabemos que há cônjuges que intercedem por seus consortes, e Deus ouve essas orações. O plano divino para a salvação inclui toda a família, e não apenas parte dela.

O coração de Faraó ainda não estava amadurecido para entender que não se poderia brincar com o poder de Deus. Depois de concordar com a ida das crianças, ele volta atrás em sua decisão: “[...] olhai que há mal diante da vossa face. Não será assim; andai agora vós, varões, e servi ao Senhor; pois isso é o que pedistes. E os lançaram da face de Faraó” (Êx 10.10,11).
O rei manda lançar fora de sua presença Moisés e Arão, e deixa claro que as crianças não iriam, somente os homens. Isso garantiria a próxima geração de escravos no Egito.Deus se importa com nossos filhos? Sim. Mas pensemos nessa passagem: O interesse de Faraó pelas crianças corresponde ao mesmo interesse de Satanás por nossos filhos. Por que levá-los à igreja? Por que ler a Bíblia em casa com eles? Por que passar um tempo investindo no culto doméstico? Por que passar tempo com nossos filhos mostrando-lhes o exemplo de adoração que Deus espera que tenhamos?
Cada geração precisa ter sua própria experiência com Deus, e essa experiência pode ser apresentada aos nossos filhos e crianças com o nosso exemplo. O culto a Deus foi a base da resposta de Faraó: Para que levar as crianças ao deserto e lá oferecerem um culto a Deus? O lugar é péssimo, sem lugar para se acomodarem, beberem água, descansarem de uma longa jornada e não tem nada para se fazer lá. Mas foi isso que Deus disse? Não.Muitas vezes achamos que nossos filhos não conseguirão a maturidade necessária para viverem uma vida com Deus. O deserto pode não ser o melhor lugar do mundo para onde viajar e passar férias com crianças, mas se Deus está lá, tudo muda.

Confiemos a Deus nossos filhos. 

Não façamos como os israelitas fizeram antes de entrar na Terra Prometida; ficaram com medo das batalhas que travariam e alegaram que seus filhos seriam presa de guerra: Depois, falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo: Até quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim. Dize-lhes: Assim como eu vivo, diz o SENHOR, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros. Neste deserto cairá o vosso cadáver, como também todos os que de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, os que dentre vós contra mim murmurastes; não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. Mas os vossos filhos, de que dizeis: Por presa serão, meterei nela; e eles saberão da terra que vós desprezastes. Porém, quanto a vós, o vosso cadáver cairá neste deserto. E vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que o vosso cadáver se consuma neste deserto. Segundo o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniquidades quarenta anos e conhecereis o meu afastamento. Eu, o Senhor, falei. E assim farei a toda esta má congregação, que se levantou contra mim; neste deserto, se consumirão e aí falecerão. (Nm 14.26-35)

Há um preço alto a ser pago quando desobedecemos a Deus.

 Na dúvida, veja o que aconteceu à geração que saiu do Egito e que ficou enterrada no deserto. Não dê como desculpas seus filhos para que você não sirva a Deus. Aqueles israelitas alegaram que seus filhos seriam presas de guerra. Na prática, eles não queriam confiar no Senhor. Tinham visto as pragas no Egito, o Mar Vermelho se abrindo, e, ainda assim, foram incrédulos. E Deus resolveu atender à sua reivindicação: já que as crianças são o “temor” dos pais e a desculpa para não cumprirem o que Deus mandou, elas entrarão na Terra Prometida, mas não os seus pais, que tiveram medo de obedecer ao Senhor.COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Uma Jornada de Fé. Moisés, o Êxodo e o Caminho a Terra Prometida. Editora CPAD. pag. 29-32.(estudaalicao.blogspot.com.)
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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PAZ DO SENHOR

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