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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Apologética ciencia e fé



   Ciência e Fé – O Dilúvio e a Formação dos Continentes




Introdução

Pouco mais de 1600 anos após sua criação, o ser humano se afastou tanto dos projetos de Deus, seu Criador, e deu tanto lugar ao pecado que a ira divina foi derramada sobre a Terra de forma nunca mais vista ou experimentada. Essa explosão da ira de Deus, manifestada através do dilúvio, não atingiu apenas a humanidade, mas causou transformações irreversíveis sobre todo o nosso planeta. Essa grande catástrofe universal foi considerada de tamanha importância pelo escritor do livro de Gênesis que lhe dedicou mais espaço do que para o relato da criação.
Resumidamente, a Bíblia nos diz o seguinte sobre o período do dilúvio:
• A humanidade havia-se corrompido em extremo, e foi-lhe dado um prazo de 120 anos para arrependimento (6.3-7);
• Noé entrou na arca 7 dias antes de começar a chover (7.4,10);
• Choveu sobre a Terra durante 40 dias (7.12);
• Os seres vivos que foram preservados ficaram na arca durante 1 ano e 10 dias (5 meses flutuando e 7 meses na montanha) (7.11; 8.14).
No meio cristão ainda paira uma grande dúvida, não em relação à existência do dilúvio, mas se ele foi realmente universal ou apenas regional. Segundo o Manual Bíblico Vida Nova, aqueles que defendem a idéia de um dilúvio regional usam como argumentos o fato de não existir na Terra uma quantidade de água necessária para cobrir as montanhas mais altas (seria necessário um volume oito vezes maior que o total de água disponível no planeta), os problemas práticos para abrigar e alimentar tantos animais durante um ano, a destruição de toda a vida vegetal submersa em água salgada por um ano, e ainda a idéia de que para destruir a raça humana era necessária apenas uma inundação nas áreas habitadas naquele tempo.
Quem assim pensa não levou em consideração: a duração do dilúvio, já que uma inundação local teria baixado em poucos dias; a distribuição humana que não se restringia a uma área geográfica tão pequena; a geografia e o relevo do planeta antes do dilúvio; e a capacidade ilimitada que Deus tem para agir na história.
Um dilúvio regional já seria bastante destruidor, como observamos recentemente com o Tsunami na Ásia e as histórias de alagamentos que ouvimos todos os dias nos jornais. Já um dilúvio em toda a Terra teria um poder de destruição incomparavelmente maior que o alcance de nossa imaginação. Assim, sem dúvida, os argumentos referentes a um dilúvio universal parecem mais fortes, até mesmo pelo fato de que, se o dilúvio fosse mesmo regional, não seria necessária a construção de uma arca imensa, pois bastava uma migração da família de Noé com os animais selecionados. As palavras dos capítulos 6 a 9 de Gênesis são mais bem interpretadas como um dilúvio em toda a Terra (7.19-23).
Existem tradições sobre um dilúvio de proporção universal comuns a muitos povos espalhados pelo mundo (esse fato só pode ser explicado se todos os povos tivessem uma ascendência comum, Noé e seus filhos). Tradições de um dilúvio catastrófico são encontradas em cerca de 200 culturas antigas – egípcia, grega, hindu, chinesa, inglesa, polinésia, mexicana, peruana, dos aborígines americanos e da Groenlândia (Manual de Halley).
A Extraordinária Fonte de Água
Alguns estudiosos que defendem a idéia de um dilúvio apenas regional alegam que não existia água suficiente na Terra para cobrir os mais altos montes, apesar de a Bíblia afirmar que foram cobertos em 15 côvados (7 metros e meio). Mas qual seria a origem de tanta água?
No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. (Gn 7.11,12).
Esse trecho usa duas expressões muito interessantes sobre a origem das águas do dilúvio:
• romperam-se todas as fontes do grande abismo;
• as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra.
A abertura das comportas dos céus fez com que toda a água que estava acima da atmosfera (Gn 1.6-7), formando um grande dossel de vapor (assunto abordado no artigo anterior sobre o efeito estufa), descesse sobre a Terra durante quarenta dias. Alguns estudiosos acreditam que nesse período chuvoso a Terra tenha sido também bombardeada por uma chuva de muitos meteoros.
Toda a água que se encontrava abaixo da superfície da Terra veio para cima, ao “romperem-se todas as fontes do grande abismo”. Antes do dilúvio, havia um bloco único continental também conhecido como Pangéia. Este sofreu imensas rachaduras, sendo destruído pelas chuvas torrenciais e pelas águas subterrâneas que afloravam sobre a Terra. Essa água, acompanhada de grande quantidade de lama, causou a morte de todos os animais, plantas e seres humanos que não estavam protegidos na arca de Noé.
Separação dos Continentes
Esse fato também explica a origem dos fósseis já encontrados, pois a grande maioria desses fósseis foi produzida em rochas sedimentares (processo pelo qual substâncias minerais ou rochosas, ou substâncias de origem orgânica, depositam-se em ambiente aquoso). Esse fenômeno fez também com que os continentes fossem se separando durante o período do dilúvio, encontrando-se atualmente em processo de acomodação. Há considerável evidência de que os continentes se moveram, separando-se. Pode não ter ocorrido que todo o movimento das placas dos continentes fosse completado durante o dilúvio; e movimentos significativos das placas podem ter continuado por algum tempo após o dilúvio.
De qualquer forma, as causas desse movimento não são bem compreendidas. Não se sabe se um movimento rápido das placas pode ter sido facilitado pelas “águas sob a terra” ou o rompimento das “fontes do abismo”, mas vale a pena considerar essa possibilidade. Atualmente, elas se movem muito lentamente, mas poderiam se mover mais rápido se houvesse condições apropriadas. No tempo presente, o monte Everest tem 2 m a mais do que tinha quando medido em 1954 pelos geólogos, devido a esse constante movimento das placas tectônicas.
Atualmente existem duas teorias com o objetivo de explicar o afastamento continental e a deformação da crosta terrestre com a formação das montanhas e outros acidentes geográficos (platôs, bacias oceânicas). Uma delas fala de um lento afastamento continental a partir de forças internas que atuam sobre eles (teoria das placas tectônicas) e a outra defende um afastamento rápido dos continentes, considerando que os mesmos “boiavam” e foram deslizando sobre as águas subterrâneas (teoria da deriva continental).
Embora a Bíblia não ofereça qualquer explicação sobre isso, podemos concluir que o fato do dilúvio tende a favorecer mais a última idéia de um afastamento rápido e cataclísmico, sendo que atualmente esse afastamento ainda continua, mas de forma muito lenta (pois estamos no período de acomodação dessas placas), o que origina os terremotos, maremotos e erupções vulcânicas atuais. Observando essas tragédias atuais causadas por tais fenômenos da natureza, o que não poderíamos imaginar sobre as conseqüências de um movimento rápido dessas placas, durante o dilúvio…?
Existe uma hipótese que diz que os dinossauros morreram com a queda de um grande meteoro na Terra, a qual é ensinada nas escolas como um fato já estabelecido. Costumamos repeti-la sem ao menos pensar no fato de que o meteoro matou animais tão grandes e resistentes como dinossauros, mas deixou vivas outras espécies animais bem mais sensíveis e frágeis. Por outro lado, o dilúvio explica bem a grande mortandade desses animais, pois devido ao tamanho de algumas espécies, seria necessária uma grande quantidade de material e, também, um tempo curto para sedimentá-los.
As águas que desceram do céu e, também, as que vieram do subsolo foram suficientes para cobrir em 15 côvados as montanhas mais altas por dois motivos: 1) a superfície terrestre era bem mais plana naquele período; e 2) as montanhas atuais foram formadas por compressão ou sobreposição da crosta terrestre, na época em que as placas continentais estacionaram e todo esse material foi-se projetando para cima.
Já ouvi alguns estudiosos afirmarem que os continentes se separaram quando houve a divisão da Terra nos dias de Pelegue (Gn 10.25). A idéia que esse texto nos dá é que o território estava sendo dividido entre eles e não que as placas continentais estavam-se separando. Um fato que contribui para essa idéia é que as diferenças entre os animais terrestres da América do Sul e da África são tão grandes que parece pouco provável que esses continentes estivessem ligados após o dilúvio.
Em Que nos Basear?
A Bíblia relata os acontecimentos de forma bastante resumida (2.000 anos de história são relatados do cap 2 ao cap 12 de Gênesis), e seu objetivo não é comprovar cientificamente os fatos, mas traçar a história da humanidade para que possamos compreender melhor a questão do pecado e como o homem deveria proceder para se aproximar novamente de seu Criador. Mas como podemos perceber neste artigo, a história bíblica não está em desacordo com as descobertas científicas, nem com as leis da natureza. Existe sim uma divergência muito grande com algumas hipóteses e teorias (como a da evolução das espécies), que até hoje não puderam ser comprovadas cientificamente, mas que são divulgadas na televisão, nas revistas e nas escolas como um fato concreto e indiscutível. Muitos cientistas atuais ainda insistem em desenvolver suas pesquisas e raciocínios partindo de um princípio de que Deus não existe e que a Bíblia é um exemplo de alienação do verdadeiro conhecimento moderno. Muitas teorias vêm e vão, outras são bastante difundidas e logo caem em desuso, mas a Palavra de Deus permanece para sempre. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Sl 111.10). Milhões de dólares são gastos em pesquisas para se descobrir o que já estava escrito na Bíblia há mais de 3 mil anos. Mas esse é um assunto para os próximos artigos…

Outras passagens bíblicas acerca do dilúvio: Gn 10.1,32; 11.10; Sl 29.10; 104.6-9; Is 54.9; Mt 24.38-39; Lc 17.26-27; Hb 11.7; I Pe 3.20; 2 Pe 2.5;3.3-7
fonte revista impacto

                                  Ciência e Fé: Ciência Também Exige Fé!



A fé desempenha um papel importante tanto no cristianismo como na ciência. O cristianismo diz respeito à fé em Cristo, e muitas vezes se pensa que isso evidencia um elemento irracional dele. Pensa-se, por outro lado, que a ciência não envolve fé, repousando inteiramente naquilo que pode ser provado em termos racionais.
Há dois enganos aqui. O primeiro é o de pensar que na ciência não há lugar para a fé. Na verdade, ela é fundamental. Os cientistas crêem, sem que haja prova absoluta (ou seja, têm fé), que o mundo é ordenado de forma racional e que essa ordem é estável. E mais: acreditam sem prova absoluta (ou seja, têm fé) que a mente humana é racional e pode descobrir e compreender essa ordem corretamente. Não é possível fazer ciência sem dar esses passos básicos de fé. Na origem da ciência, essas crenças eram derivadas do ensino cristão. Sem essa base, elas ficam suspensas no ar. Pode- se dizer que elas foram provadas pelo fato de estarem funcionando. Mas será que funcionam mesmo? Será que todos os cientistas não poderiam estar sofrendo uma alucinação coletiva? É o que sugerem alguns filósofos da ciência, sem tempo a perder com o cristianismo como a base da ciência.
A vida cristã começa quando se crê em Cristo como o Salvador, por meio de quem somos reconduzidos a um relacionamento correto com o Criador. O segundo engano é pensar que esse ato de fé seja irracional. É certo que se trata de um passo além daquilo que pode ser provado sem sombra de dúvida. Mas a maioria dos cristãos diria que é um passo sensato. A Bíblia e a experiência dos cristãos através dos séculos dão muitas evidências de que Jesus é o que alegava ser e que, quando alguém entrega a vida a ele, passa a vivenciar Deus da forma como a Bíblia promete. Em outras palavras, a fé cristã é uma confiança racional e sensata em Cristo, baseada numa boa dose de evidências históricas e experienciais acessíveis aos que desejam investigá-la.
PERSPECTIVAS COMPLEMENTARES DA REALIDADE
Considere a relação entre a perspectiva científica do mundo e a perspectiva cristã. Um jeito simples de colocar isso é dizer que são visões complementares da realidade. Precisamos das duas para completar nossa compreensão da realidade. Precisamos de respostas para o “como” e também para o “por quê”. Essas questões não são contraditórias nem mutuamente excludentes. Elas se complementam.
Atualmente, os físicos falam de flutuações num “vácuo quântico” que, de alguma forma, transformou-se numa bola de neve, resultando num big bang que formou o universo da maneira como o conhecemos. Para os cristãos, isso, caso se comprove, é apenas uma afirmação sobre o método que Deus escolheu para criar o universo que conhecemos. A doutrina cristã fornece algumas razões pelas quais ele o fez.
Os cientistas descobriram as leis da natureza. Alguns falam como se isso de alguma maneira expulsasse Deus do mundo e impedisse sua ação nele, se é que Deus existe. Mas para o cristãos, as leis são de Deus e ele é livre para passar por cima delas, se quiser. Mas é mais que isso. A Bíblia não ensina que Deus só criou o mundo e depois o abandonou à própria sorte. Ele o sustenta continuamente. Talvez a forma mais correta de encarar as leis da natureza seja vê-las como o modo normal de Deus atuar em seu mundo, mantendo-o vivo. Às vezes, por algum bom motivo, ele pode optar por uma ação diferente — e isso é o que chamamos de milagre.
Poderíamos continuar mostrando como a perspectiva científica e a perspectiva cristã do mundo se ajustam entre si. Às vezes, usa-se a figura das plantas de um arquiteto em relação a uma construção. O arquiteto desenha plantas para cada pavimento — o térreo, o primeiro andar, e assim por diante. Haverá a fachada frontal, as vistas laterais, a fachada posterior. Tomados em separado, esses desenhos não parecem estar relacionados entre si, mas, para quem sabe do que se trata, todos se ajustam e fazem sentido dando uma noção de toda a estrutura.

Essa ilustração só precisa de uma modificação. A perspectiva cristã da realidade não é apenas um desenho arquitetônico no mesmo nível dos outros desenhos. Parece-se muito mais com a expressão artística de um prédio concluído, ajudando-nos a encaixar devidamente os outros desenhos e a entendê-los melhor. É uma visão global. Essa visão se encontra na Bíblia, mas precisamos ter certeza de que a estamos entendendo corretamente.






           Ciência e Fé-Isaac Newton


“Em minha opinião, os maiores gênios criativos são Galileu e Newton, os quais eu considero, de certa forma, como partes de uma unidade. E, nesta unidade, Newton é aquele que realizou o mais imponente feito no domínio da ciência. Os dois foram os primeiros a criar um sistema da Mecânica, fundamentado em poucas leis e dando uma teoria geral dos movimentos, que representa, em sua totalidade, os acontecimentos de nosso mundo.” Albert Einstein
Quase todos já ouviram falar de Isaac Newton (1642-1727), o homem que formulou a teoria da gravidade, considerado o pai da Ciência moderna. Poucos sabem, porém, dos enormes obstáculos que enfrentou nas primeiras fases de sua vida.
Sua infância e juventude
Desde o princípio, parecia que tudo conspirava contra ele. Nasceu de parto prematuro, no dia de Natal de 1642 (ano da morte de Galileu), em Woolsthorpe, Inglaterra. O pai, um rico fazendeiro, havia morrido três meses antes. Além de quase morrer durante o parto, o menino não pôde ser amamentado pela mãe, Hanna, que estava muito doente e debilitada. Passou os primeiros dias em uma caixa de sapatos, atrás do fogão a lenha.
Quando tinha apenas 2 anos de idade, sua mãe casou-se com um ministro da Igreja Anglicana. Por exigência dele, Isaac foi deixado aos cuidados dos avós. Estes, por sua vez, trataram-no com desprezo e indiferença apesar de serem cristãos. Newton apanhava sem motivos e ouvia constantemente que a morte do pai acontecera por culpa de seus pecados, sendo que ele nem mesmo havia nascido naquela época. Com isso, o garoto tornou-se introvertido e solitário. Achava mais felicidade em meditar sobre a natureza do que em relacionar-se com outros.
Como jovem, não se adaptou bem às obrigações e aos serviços que ficavam a seu encargo na fazenda. As cercas caíam, e, muitas vezes, ele era obrigado a pagar multas porque os animais invadiam as propriedades vizinhas.
Fisicamente fraco, não participava dos jogos e brincadeiras de luta, comuns entre os meninos da época. Só começou a estudar aos 11 anos, mesmo contra a vontade de seus parentes. Foi nessa época que sua mãe, viúva pela segunda vez, voltou para a casa na fazenda, onde estavam os pais dela e o filho.
Devido aos problemas emocionais e traumas, foi classificado como um aluno fraco, preguiçoso e inativo pelos professores. Passava grande parte do tempo sozinho, fazendo pipas, relógios de sol e pequenos inventos. Aos 13 anos, projetou um moinho de vento tão perfeito que deixou todos admirados e logo foi construído em sua cidade.
Por não acompanhar o desempenho dos outros alunos, foi retirado da escola. Mas um tio, que não o via há muito tempo, percebeu seu potencial e prometeu custear seus estudos até que chegasse à faculdade, desde que houvesse dedicação por parte do menino. Em 1660, conseguiu entrar na Universidade de Cambridge, onde se formou em 1665.
Um homem de Ciência
Logo após a conclusão do curso, quando estava com 24 anos, a Universidade entrou em recesso por causa da peste negra que assolava a Europa, e Newton voltou para a casa de sua mãe em Woolsthorpe. Durante um período de dois anos de reclusão ali, desenvolveu algumas de suas principais descobertas, incluindo um conjunto de teorias (como a da gravidade universal) que mudariam o pensamento das pessoas e sua percepção do mundo. Entretanto, ninguém ainda imaginava o que aquele jovem distraído e sonhador realmente estava fazendo.
De volta à Universidade, tornou-se professor de Matemática e destacou-se cada vez mais por causa de suas contribuições. Embora não fosse um excelente comunicador para o público em geral, suas explicações do Universo, desde o movimento dos planetas, até a oscilação de um pêndulo e a formação de um arco-íris, impressionaram muito os colegas da Universidade. Algumas de suas palestras obrigatórias como professor foram feitas diante de auditórios vazios. Mesmo assim, alcançou fama e grande destaque por causa de suas descobertas, invenções e teorias.
Unindo, de forma extraordinária, a observação cuidadosa com a matemática pura, Newton criou a ciência da Mecânica que mudou o conceito do mundo baseado, até então, na cosmologia de Aristóteles. Newton demonstrou que era possível escrever equações precisas sobre a força da gravidade sem tentar explicar exatamente o que era. Essa força misteriosa (e não as esferas vítreas de Aristóteles) mantinha todos os astros em seus lugares, explicava os movimentos dos planetas e a velocidade da queda de objetos de tamanhos diferentes. Explicava também por que a atmosfera permanece junto à Terra enquanto ela se desloca em altíssima velocidade ao redor do Sol.
Um homem de Teologia
Quando estava no auge de reconhecimento e fama, Newton embarcou numa curiosa jornada de investigação teológica. Provavelmente motivado pela exigência de ser ordenado na Igreja Anglicana oficial para poder manter sua cadeira de Matemática na Universidade, ele iniciou uma longa reflexão sobre as doutrinas cristãs.
A influência negativa de sua família cristã durante a criação certamente exerceu um papel importante no pensamento de Newton. Quando era mais novo, o desejo de que toda a família estivesse trancada em uma casa tomada por chamas assombrava sua mente. Com o passar do tempo, porém, ele se arrependera desse sentimento, pois o igualaria aos próprios malfeitores. Em vez de revoltar-se contra Deus, entregando-se ao ateísmo que crescia na época, Newton procurava entender como as coisas funcionavam, aceitando sua origem e explicação em Deus. Em seus longos momentos de solitude e meditação sobre os fenômenos naturais, teve um encontro com o Criador. Esse período de busca foi aumentando ao longo de sua vida.
Passou a dedicar boa parte de seu tempo ao estudo detalhado, ponto por ponto, dos livros proféticos de Daniel e Apocalipse, procurando a chave para desvendar o que aconteceria no final dos tempos. Estudou, também, a Bíblia como um todo, lendo os originais grego e hebraico. No fim, escreveu muito mais sobre questões teológicas do que qualquer outro assunto. Em um dos manuscritos, sobre o livro de Daniel, Newton chegou à conclusão de que o mundo deveria acabar por volta do ano de 2060. “Ele pode acabar depois dessa data, mas não há razão para acabar antes”, concluiu.
Algumas das conclusões teológicas de Newton não foram muito ortodoxas. Para ele, a posição teológica da Igreja Anglicana representava uma deturpação completa do cristianismo original, e a doutrina da Trindade era um engano iniciado por Atanásio no quarto século. Considerava tanto a Igreja Católica quanto a Anglicana como a grande meretriz do Apocalipse. Ser ordenado por uma delas seria adorar a Besta e receber sua marca.
Diante de tudo isso, Newton achava que não o aceitariam mais na Universidade. Mas não foi o que aconteceu. Abriram uma exceção e mantiveram-no como professor sem precisar da ordenação. Seu interesse por assuntos teológicos, porém, persistiu e foi tão importante em sua vida quanto a pesquisa científica.
Harmonizando Ciência e Fé
Apesar de não demonstrar interesse algum pela divulgação dos próprios trabalhos científicos, Newton adotava um comportamento oposto em relação a Deus e à sua Palavra, empenhando-se na distribuição de Bíblias para os pobres. Em contraste com gerações posteriores de cientistas que usaram suas ideias para construir um modelo mecânico e deísta do Universo, ele sempre procurou harmonizar a Ciência com a fé em Deus. Em sua obra mais famosa, Principia, escreveu: “Esse belíssimo sistema do Sol, dos planetas e dos cometas só poderia provir do plano e da sabedoria de um Ser inteligente e poderoso. (…) Esse Ser rege todas as coisas, não como a alma do Universo, mas como o Senhor de todas as coisas; e, em virtude de seu domínio, ele é chamado de Senhor Deus, ou Senhor do Universo. (…) Nele estão contidas e se movem todas as coisas”.
Esses aspectos da vida de Newton são ignorados ou malcompreendidos pelos pesquisadores ou biógrafos de hoje. A Enciclopédia Britânica inclui sua Emenda da Cronologia dos Reis Antigos e Observações Sobre as Profecias de Daniel e o Apocalipse de São João entre as cinco obras mais importantes de Newton. Mas os pesquisadores não conseguem encontrar uma razão para o fato de um dos mais importantes cientistas que já existiram “desperdiçar” grande parte de seu tempo buscando Deus e estudando a Bíblia.
Estranhamente, a biografia escrita por Michael White e publicada pela Editora Globo até cita como fato verdadeiro a queda de uma maçã em sua cabeça (história tida como fictícia por várias fontes), mas não dedica uma linha sequer às suas publicações teológicas.
José Luiz Goldfarb, historiador da ciência e professor de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), observa que não foi “apesar de sua fé” que Newton conseguiu grandes descobertas cientificas, mas justamente por causa dela. Foram os estudos bíblicos de Newton que lhe proporcionaram uma sensibilidade mais crítica e moderna. Uma tentativa de estudar as profecias de forma quase matemática, usando cronologias detalhadas, abriu as portas para o entendimento dos fenômenos naturais pouco compreendidos até o seu tempo.
Para muitos cientistas, a fé em Deus desestimula a pesquisa, a procura de um entendimento cada vez mais acurado das causas naturais, das explicações por trás dos fenômenos e das soluções para os mais variados problemas que o homem enfrenta no planeta Terra e no Universo. Se tudo foi criado por Deus, se ele guarda os mistérios da vida em seu poder, por que tentar desvendá-los? Newton (entre tantos outros) mostrou definitivamente que isso não é verdade. Uma das mentes mais produtivas e inquisitivas da História não sentiu conflito algum entre aceitar um Deus criador, presente e ativo em todas as esferas da vida, e a intensa busca de um entendimento mais completo do funcionamento de todas as coisas.
Goldfarb vê indício do interesse bíblico de Newton na própria formulação da lei da gravidade. “No hebraico bíblico existe a palavra makom, que significa ‘lugar’. Mas, com a evolução do pensamento rabínico, ela passa a designar a própria divindade. Newton cita essa palavra em seus escritos e parece ter usado o conceito para explicar como a gravidade atuava à distância – como a gravidade do Sol atrai a Terra, por exemplo. É como se entre o Sol e a Terra houvesse um makom, que é Deus, o qual está em todos os lugares”, diz o pesquisador.
Com base em Naum 2.4 (“Os carros passam furiosamente pelas ruas, e se cruzam velozes pelas praças; parecem tochas, correm como relâmpago”), Newton entendeu que a Ciência evoluiria a ponto de desenvolver meios de transporte ainda inimagináveis à sua geração, e que os carros andariam a mais de 80 km/h.
Lembra-se de Voltaire, o inimigo declarado da Bíblia? Veja o que ele escreveu sobre esta conclusão de Newton: “Vejam vocês a que ponto pode chegar o cérebro deste homem que descobriu a gravidade e nos revelou maravilhas admiráveis. Ao ficar velho e caduco, Newton começou a estudar esse tal livro que chama de Sagrada Escritura e, para mostrar fé no fabuloso absurdo deste livro, afirma que devemos acreditar que o conhecimento humano aumentará a tal ponto que seremos capazes de viajar a 80 km/h. Isso é ridículo!” Agora cabe a você decidir quem é o caduco e ridículo. Voltaire, que desacreditava na Bíblia, ou Newton, que era um crente convicto? (Rodrigo P. Silva em Eles criam em Deus, Casa Publicadora Brasileira).
Contribuições científicas de Isaac Newton
Com pouco mais de 20 anos de idade, Newton já havia assimilado por completo o trabalho de todos os matemáticos notáveis do mundo. Foi então, depois de esgotar todo o conhecimento comum, que começou a desenvolver seus próprios teoremas e métodos para criar os fundamentos matemáticos de seu trabalho científico. Uma das primeiras coisas que fez foi encontrar a resposta para um problema que vinha desafiando os matemáticos há tempos, usando o teorema que mais tarde se tornaria conhecido como o binômio de Newton.
Posteriormente, começou a trabalhar naquilo que produziria o maior desenvolvimento na história da Matemática — o cálculo. Hoje, tanto o famoso binômio quanto o cálculo são usados em programas de computação, enquanto engenheiros espaciais os empregam para ajudar a resolver problemas matemáticos complexos, tais como aqueles destinados a garantir a chegada dos foguetes à Lua, a mais de 380 mil quilômetros de distância, e o retorno à Terra em segurança.
Projetou-se na vida pública por meio de seu livro Principia (Princípios Matemáticos da Filosofia Natural) – o mais influente livro já escrito sobre Matemática e Física, servindo como base para outros estudos por mais de 100 anos. Nele, descreve a lei da gravidade universal e as três leis de Newton (da dinâmica), além de muitas outras descobertas que determinaram o momento culminante da revolução científica. Mas, na época da publicação, ninguém conseguia compreender o que fora escrito. Um aluno da universidade, apontando para Newton, disse: “Aí está o homem que escreveu um livro que ninguém compreende, nem ele próprio!”
Deixou vários manuscritos inacabados sobre química. Fez ponderações acerca da estrutura da matéria, sobre a qual dizia que se constituía por partículas móveis que possuíam uma força inimaginável (o que levou mais de 200 anos para ser comprovado por Einstein).
Foi o primeiro cientista a receber o titulo de Cavaleiro da Coroa Inglesa. Em uma pesquisa promovida pela renomada instituição Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da Ciência.
“Talvez, a maior das contribuições de Newton tenha sido as leis da mecânica, capazes de explicar como as forças agem sobre os corpos em repouso ou em movimento. E, aplicando essas leis a qualquer sistema mecânico, é possível prever o efeito que uma força terá sobre qualquer objeto. Essas leis são usadas, em conjunto, em todas as áreas da Ciência – do desenho de carros e barcos à previsão do curso das naves espaciais enviadas à Lua; da fabricação de motores de avião à produção de patins aerodinâmicos. Newton também desenvolveu a teoria da gravidade para explicar como os planetas viajam em volta do Sol. A mesma teoria explica por que não flutuamos, mas sim permanecemos firmemente presos à Terra. Newton dedicou-se ainda a muitas outras áreas da Física. Suas teorias sobre a luz ajudaram cientistas e engenheiros a projetar melhores telescópios e microscópios, óculos e câmeras. Suas descobertas no campo da ótica levaram a invenções tais como a televisão e o laser. Armadas com essas teorias, gerações e gerações de físicos puderam desenvolver os conceitos de Newton em máquinas e aparelhos utilizados atualmente por todos nós” (Isaac Newton. ( NOTAS REVISTA IMPACTO.COM)








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