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segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Lições CPAD jovens parabola e exílio n.6



3º Trimestre de 2016


Título: Isaías — Eis-me aqui, envia-me a mim
Lição 6: A parábola do castigo e exílio de Judá
Data: 7 de Agosto de 2016

TEXTO DO DIA

“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” (Is 5.20).

SÍNTESE

Deus cuida dos seus filhos e tem grande esperança de que estes frutifiquem abundantemente; portanto, a falta de frutos adequados traz resultados desagradáveis.

                                             AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA — Is 5.1,2
Deus compara Israel com o vinha 
TERÇA — Is 5.3,4
Deus comunica seu projeto e castigo ao povo 
QUARTA — Is 5.5,6
Deus anuncia o exílio de Judá 
QUINTA — Is 5.20
A perversão do povo é denunciada 
SEXTA — Is 5.13
A falta de entendimento do povo causa o exílio 
SÁBADO — 2Cr 36.17-21
O cumprimento do castigo anunciado por Isaías

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
COMPREENDER o cuidado de Deus para com sua vinha, Israel;
ENTENDER o cuidado e a esperança de Deus para com seu povo;
MOSTRAR as consequências da desobediência de Israel.

INTERAÇÃO

Professor, seria interessante fazer a leitura do Salmo 80. Depois de ter concluído a lição, peça que os alunos formem grupos. Cada grupo ficará com uma parte do salmo. Depois da leitura, os alunos vão explicar o que entenderam. Esse salmo retrata o cativeiro do povo, provavelmente assírio. O exílio foi consequência da rebeldia e desobediência. Enfoque os versículos de contrição e quebrantamento presentes no Salmo.
Mostre que esse salmo foi escrito por alguém que realmente queria desfrutar novamente da comunhão e da presença de Deus. No exílio, o povo passou a lembrar o quanto era agradável estar protegido pelo Senhor e ter a certeza da salvação.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, na aula de hoje estudaremos a respeito da parábola da vinha. Essa parábola representa o povo de Deus. Por intermédio dessa história, aprendemos a respeito do nosso proceder. Sugerimos que você faça, no quadro, uma tabela com duas colunas. Na primeira coluna, faça uma relação dos principais pontos abordados nos tópicos I e II. Na segunda coluna, faça uma contextualização dos tópicos abordados na primeira coluna. Por exemplo: Na primeira coluna, “Deus cultivou sua vinha”. Na segunda coluna aponte o significado do fato de Deus cultivar a vinha fazendo uma relação com a nossa vida.

TEXTO BÍBLICO

Isaías 5.1-8,13.

1 — Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha em um outeiro fértil.
2 — E a cercou, e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, mas deu uvas bravas.
3 — Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.
4 — Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas, veio a produzir uvas bravas?
5 — Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada;
6 — e a tornarei em deserto; não será podada, nem cavada; mas crescerão nela sarças e espinheiros; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela.
7 — Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias; e esperou que exercessem juízo, e eis aqui opressão; justiça, e eis aqui clamor.
8 — Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!
13 — Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; e os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

A parábola da vinha, que além de parábola também é uma poesia, é um dos capítulos mais deprimentes de Isaías. Prevê muita ruína, catástrofes, mortes, fome, miséria e toda sorte de infortúnios ao povo de Deus desobediente, embora Ele tivesse os tratado com todo carinho, cuidado e amor para levá-los à obediência e submissão. Ele a plantou, tirou pedras, escolheu sementes, afofou a terra, edificou torre e lagar e cultivou seguindo técnicas primorosas, mas sua esperança se frustrou ao produzir uvas insuficientes e de má qualidade; então Ele a reprovou e entregou à própria sorte, permitindo ser pisada e maltratada pelo exército inimigo. Convém que tomemos como exemplo o povo de Israel para não incorrer no mesmo erro (1Co 10.11).

I. A PARÁBOLA DA VINHA

1. Deus cultivou sua vinha. A vinha é uma plantação de uvas que obviamente são plantadas para produzir resultados ou lucros para o seu dono. Nessa parábola retratada por Isaías a vinha representa o povo de Israel e mais especificamente o reino de Judá e a cidade de Jerusalém, com todos os investimentos que Deus havia feito neles para que produzissem bons e abundantes frutos. A forma como o profeta retrata o cultivo da vinha evoca as técnicas agrícolas primorosas e intenso trabalho.
2. A escolha do local. O vinhateiro escolheu um outeiro para plantar sua vinha, num lugar de terras muito férteis (Is 5.1). Outeiro é um terreno com uma pequena elevação de terra que faz com que de longe se aviste a beleza do lugar, ou seja, Deus escolheu um lugar privilegiado para a vinha, querendo que ela fosse reconhecida pelo capricho do vinhateiro, pela beleza de sua organização e consequentemente pelas abundantes colheitas.
3. Deus plantou as melhores mudas. Israel era um povo escolhido entre as nações, era o povo eleito pelo Senhor. Ele mesmo escolheu seu povo quando chamou Abraão e cuidou para que sempre fossem preservados da maldade e tivesse os melhores resultados. Preservou-os da fome, da aniquilação, libertou-os da escravidão do Egito, guiou-os pelo deserto, providenciou-lhes maná do céu, os estabeleceu numa boa terra de abundâncias, guiou-os na escolha de reis e governadores, livrou-os de inimigos poderosos e lhes fez promessas grandiosas (Dt 8.2,3; Sl 107).



Pense! 
Assim como Deus esperou frutos do povo israelita, certamente Ele criou a Igreja para que ela possa dar frutos que o glorifiquem.

 Ponto Importante 
O povo de Israel não foi criado para glorificar a si mesmo, mas foi criado para mostrar Deus aos outros povos e servir de modelo para outras nações. Esse é o fruto que Deus esperou de Israel.


II. DEUS CUIDOU E ESPEROU COISAS BOAS DA VINHA

1. Ele afofou a terra e tirou as pedras. Mesmo sendo o solo da vinha adequado para o cultivo, era necessário prepará-lo para receber as mudas tenras. Isso significa que Deus trabalhou no sentido de moldar o coração do povo para receber sua Palavra. Deus criou as condições propícias para que tudo que Ele lhes dissesse desse resultado positivo. Ele amoleceu o coração do povo, transformando-o em um coração predisposto a produzir frutos. O Senhor tirou desse solo também as pedras que poderiam fazer morrer as plantas da vinha. Jesus disse na parábola do semeador (Mt 13.21) que as pedras significam a superficialidade da raiz, quando algo é plantado em solo pedregoso, pois não consegue se aprofundar e, vindo o sol, mata a planta. Ou seja, eram os inimigos de Israel, seus perseguidores, que Deus removeu daquela boa terra para que seu povo se estabelecesse num bom lugar. Deus cuidou para que nenhum impedimento atrapalhasse uma safra abundante.
2. Edificou uma torre e construiu um lagar. A torre remete à vigilância constante que Deus tinha de sua vinha. Ele ficava observando tudo ao redor para que nenhum inimigo ou animal silvestre invadisse ou destruísse a vinha. Mais uma afirmação do profeta que remete ao cuidado absoluto de Deus para com aqueles que Ele escolheu para ser seu povo. Ninguém invadiria Israel se Deus assim não o permitisse, pois estava sempre olhando tudo a volta do seu povo.
O lagar era o local onde as uvas eram espremidas, geralmente com os pés, depois da colheita; o lugar de processamento da safra, que depois resultava em suco de uva ou vinho (Is 63.3). Construir um lagar antecipadamente é sinônimo de muita esperança para com a colheita.
3. A esperança de Deus. O profeta afirma que Deus esperava que sua vinha desse excelente qualidade de uvas. Depois de todo o cuidado e capricho de Deus ao cultivar a vinha, era justamente essa a consequência óbvia. O vinhateiro esperava o bom resultado da tarefa cumprida com cuidado e amor, amor este não apenas como sentimento, mas também como obras, e eram boas obras o que se esperava do povo. A despeito de todo zelo e predileção de Deus pela sua vinha, ela produziu uvas amargas. Deus esperava de seu povo obediência à sua lei e ordenanças, a prática da justiça e submissão ao seu senhorio, mas tudo que Ele colheu foram roubos, injustiças, corrupção, idolatria, opressão e toda sorte de males. A maioria das acusações pecaminosas que Deus faz ao povo se refere aos relacionamentos interpessoais, pois Ele busca, através de seu trabalho de amor, que o povo respeite e ame seu próximo, mas isso não estava mais acontecendo. 

 Pense!

Se Deus criou e cuidou de Israel dando a eles condições para seu crescimento, Ele também fará o mesmo com todo aquele que invocar seu nome sobre a face da Terra.

Ponto Importante

Uma das doutrinas fundamentais da fé cristã é a doutrina da providência. Essa doutrina afirma que Deus cuida da sua criação e dá a ela condições que possibilitam a sua continuidade e existência saudável. Deus não cria somente, mas Ele mesmo sustenta o que cria. 

III. O CASTIGO E O EXÍLIO DA VINHA

1. A frustração divina. Deus se aborrece com seu povo, pois diante de tanto cuidado somente poderia haver boas colheitas. Ele mesmo disse que fez de tudo pela vinha (Is 5.4). Mas como os resultados foram frustrantes, Ele elegeu o próprio povo para julgar (Is 5.4) e o resultado do julgamento seria óbvio; suas palavras demonstram o que aconteceria (Is 5.5,6). Deus a abandonaria a seu próprio destino, afastaria dela seu amor e cuidado. Ela viraria pasto, seria pisada, se tornaria desertificada, cresceriam nela plantas que a sufocariam e lhe faltaria chuva. Tudo isso era o destino natural daqueles que se rebelam contra o cuidado de Deus.
2. Os “ais” aos desobedientes. Deus profere seis “ais” contra o povo de Israel, divididos em sete classes, cujo foco central é a inversão de valores que era praticada: Subvertendo a ordem natural das coisas, afirma-se que eles estavam chamando o mal de bem e vice-versa, transformando trevas em luz e vice-versa e chamando o amargo de doce e vice-versa (Is 5.20). Essas três afirmações colocam palavras negativas na frente das positivas; estas últimas é que eram as esperadas por Deus, mostrando que a cegueira espiritual, a falta de discernimento das coisas corretas, a falência da moral e da ética levaram o povo a confundir e trocar a obediência pelo pecado, sem nem perceberem o que estavam fazendo.
Em vários textos de Isaías, além do capítulo 5, se utiliza a palavra “ai”, e como o próprio Jesus a utilizou (Mt 23). Seu significado tem a ver com a punição de Deus diante de atos ofensivos a Ele. Deus profere o seu primeiro “ai” contra aqueles que acumulam riquezas e consequentemente empobrecem os outros e os deixam entregues à morte (Is 5.8-10). O destino é que suas propriedades seriam reduzidas a pó e cinza e a produção da terra seria praticamente nula. Outro “ai” é proferido contra os festeiros, pois, estando bêbados, não conseguem enxergar as grandes obras e feitos de Deus, ou seja, em seus desejos de diversão ilícita, tornam-se estúpidos para com seu Criador; contra esses se diz que serão exilados, sofrerão fome e sede, descerão à cova aberta diante deles e que seriam extremamente humilhados. O próximo “ai” vai contra aqueles que se apegam a iniquidade (perversidade, depravação) e o pecado. Outro “ai” é proferido contra aqueles que praticam o suborno para obter favorecimento na justiça, negando-a ao que realmente é merecedor dela. A esses se diz que serão queimados e reduzidos a pó.
3. O poder do exército inimigo. Isaías prevê com extrema exatidão várias invasões que Judá e Jerusalém sofreriam, primeiramente pelos assírios, sob o comando de Senaqueribe em 701 a.C. e finalmente várias invasões pelo exército babilônico, culminando no cativeiro final e destruição de Jerusalém em 587 a.C., cumprindo-se a profecia de Isaías. O exército assírio era extremamente cruel, poderoso e assustador, e vinha conquistando o Oriente Médio. Eles cortavam mãos, pés, nariz e orelhas, arrancavam os olhos, escalpelavam, queimavam as pessoas vivas. Eram soldados sádicos (Na 3).
  

Pense! 
Deus espera alguma coisa de você, pois o investimento feito na cruz do Calvário exige de nós uma resposta. A maior resposta que podemos dar é viver entregues a sua vontade.


Ponto Importante 
O exílio foi também uma fase pedagógica da história de Israel. O profeta Isaías vê o exílio como forma de correção, e não de destruição final da história de Israel. 

CONCLUSÃO

O cuidado de Deus a favor do seu povo é perfeito, nada lhes falta (Sl 23). Ele os esconde debaixo de suas asas (Sl 91), portanto, provê tudo e tem grande esperança de que nós frutifiquemos abundantemente.



HORA DA REVISÃO

1. Que povo Isaías está retratando na parábola da vinha?
O povo escolhido, Israel. 
2. Que significado tem a remoção das pedras para plantar a vinha?
As pedras significam a superficialidade da raiz, quando algo é plantado em solo pedregoso, pois não consegue se aprofundar e vindo o sol mata a planta. 
3. Qual o significado da torre na parábola?O cuidado absoluto de Deus para com aqueles que Ele escolhe para serem seu povo. 
4. Ao proferir os “ais” contra o povo, o profeta considerou um texto central que dá sentido aos demais. Que quer dizer esse texto?
Subverter a ordem natural das coisas eles estavam chamando o mal de bem e vice-versa, transformando trevas em luz e vice-versa e chamando o amargo de doce e vice-versa. 
5. Quem é o lavrador na parábola da videira proferida por Jesus?
Pai.

SUBSÍDIO I

“No Salmo 80 a Igreja está representada como uma vide e uma vinha. A raiz desta vide é Cristo e os ramos são os crentes. A Igreja é como uma vide que precisa de apoio, mas que se estende e dá fruto. Se uma vide não der frutos, nenhuma outra planta valerá tão pouco quanto ela. E nós não somos plantados como em um horto bem cultivado, com todos os meios para darmos frutos em obras de justiça? [...].
A vinha foi desolada e destruída. Houve uma boa razão para esta mudança na maneira de Deus tratá-los. Tudo estará bem ou mal para nós, conforme nos submetemos aos sorrisos ou à face irada de Deus. [...].
Deus espera frutos daqueles que desfrutam privilégios. Os bons propósitos e os bons princípios são coisas boas, mas não são suficientes; deve haver fruto da vinha: pensamentos e afetos, palavras e ações agradáveis ao Espírito. Quando os erros e os vícios se excedem e se descontrolam, a vinha não é podada, e rapidamente começam a crescer espinhos. É triste que uma alma, no lugar das uvas da humildade, mansidão, amor, paciência, e desprezo pelo mundo, coisas que Deus busca, produza as uvas silvestres do orgulho, da paixão, do descontentamento, da maldade e do desdém para com Deus; em lugar das uvas da oração e louvor, estão as uvas silvestres de maldizer e jurar” (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. RJ: CPAD, 2002. pp.458,563-564).

SUBSÍDIO II

“Vinho e vinha (5.1-5)
Israel é sempre mencionada como uma vinha no Antigo Testamento (cf. Sl 80.8; 14.15; Jr 2.21; Os 10.1; Zc 3.10). Deus é o guardador da vinha que alimenta e protege seu povo. Contudo, apesar do amável cuidado de Deus, a comunidade da aliança continuou a produzir o fruto amargo do pecado no lugar dos aprazíveis produtos da justiça. Jesus nos dá uma perspectiva disso quando se apresenta como ‘videira verdadeira’ (Jo 15.1). E lembra-nos que somente através de um íntimo relacionamento pessoal com Deus o ser humano produzirá o fruto que Ele deseja.

‘Ajuntam casa a casa’ (5.8). Deus destruiu a Terra Santa em pequenas parcelas para que todas as famílias tivessem uma propriedade rural. Alguns possuírem muito, às custas de outros que têm cada vez menos, é uma grande e terrível injustiça social. Os ricos dos nossos dias precisam também estar atentos a isso” (RICHARS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.413).


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