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sábado, 18 de junho de 2016

Historia da reforma protestante (5)



             CRONOLOGIA DA VIDA DE-Calvino




                                (FONTE NOTAS Portal fac.Makenzie-SP)


      · 1509: João Calvino nasceu em Noyon, nordeste da França, no dia 10 de julho. Seu pai, Gérard Cauvin, era advogado dos religiosos e secretário do bispo local. Sua mãe, Jeanne Lefranc, faleceu quando ele tinha cinco ou seis anos de idade. Por alguns anos, o menino conviveu e estudou com os filhos das famílias aristocráticas locais. Aos 12 anos, recebeu um benefício eclesiástico, cuja renda serviu-lhe como bolsa de estudos.

      · 1523: Calvino foi residir em Paris, onde estudou latim e humanidades no Collège de la Marche e teologia no Collège de Montaigu. Em 1528, iniciou seus estudos jurídicos, primeiro em Orléans e depois em Bourges, onde também estudou grego com o erudito luterano Melchior Wolmar. Com a morte do pai em 1531, retornou a Paris e dedicou-se ao seu interesse predileto – a literatura clássica. No ano seguinte, publicou um comentário sobre o tratado de Lúcio Enéias Sêneca De Clementia.

      · 1533: converteu-se à fé evangélica, provavelmente sob a influência do seu primo Robert Olivétan. No final desse ano, teve de fugir de Paris sob acusação de ser o co-autor de um discurso simpático aos protestantes, proferido por Nicholas Cop, o novo reitor da universidade. Refugiou-se na casa de um amigo em Angoulême, onde começou a escrever a sua principal obra teológica. Em 1534, voltou a Noyon e renunciou ao benefício eclesiástico. Escreveu o prefácio do Novo Testamento traduzido para o francês por Olivétan (1535).

      · 1536: no mês de março foi publicada em Basiléia a primeira edição da Instituição da Religião Cristã (ou Institutas), introduzida por uma carta ao rei Francisco I da França contendo um apelo em favor dos evangélicos perseguidos. Alguns meses mais tarde, Calvino dirigia-se para Estrasburgo quando teve de fazer um desvio em virtude de manobras militares. Ao pernoitar em Genebra, o reformador suíço Guilherme Farel o convenceu a ajudá-lo naquela cidade, que apenas dois meses antes abraçara a Reforma Protestante (21-05). Logo, os dois líderes entraram em conflito com as autoridades civis de Genebra acerca de questões eclesiásticas (disciplina, adesão à confissão de fé e práticas litúrgicas), sendo expulsos da cidade.

      · 1538: Calvino foi para Estrasburgo, onde residia o reformador Martin Bucer, e ali passou os três aos mais felizes da sua vida (1538-41). Pastoreou uma pequena igreja de refugiados franceses; lecionou em uma escola que serviria de modelo para a futura Academia de Genebra; participou de conferências que visavam aproximar protestantes e católicos. Escreveu amplamente: uma edição inteiramente revista das Institutas (1539), sua primeira tradução francesa (1541), um comentário da Epístola aos Romanos, aResposta a Sadoleto (uma apologia da fé reformada) e outras obras. Em 1540, Calvino casou-se com uma de sua paroquianas, a viúva Idelette de Bure. Seu colega Farel oficiou a cerimônia.

      · 1541: por volta da ocasião em que Calvino escreveu a sua Resposta a Sadoleto, o governo municipal de Genebra passou a ser controlado por amigos seus, que o convidaram a voltar. Após alguns meses de relutância, Calvino retornou à cidade no dia 13 de setembro de 1541 e foi nomeado pastor da antiga catedral de Saint Pierre. Logo em seguida, escreveu uma constituição para a igreja reformada de Genebra (as célebresOrdenanças Eclesiásticas), uma nova liturgia e um novo catecismo, que foram logo aprovados pelas autoridades civis. Nas Ordenanças, Calvino prescreveu quatro ofícios para a igreja: pastores, mestres, presbíteros e diáconos. Os dois primeiros constituíam a Venerável Companhia e os pastores e presbíteros formavam o controvertido Consistório.

      · Por causa de seu esforço em fazer da dissoluta Genebra uma cidade cristã, durante catorze anos (1541-55) Calvino travou grandes lutas com as autoridades e algumas famílias influentes (os “libertinos”). Nesse período, ele também enfrentou alguns adversários teológicos, o mais famoso de todos sendo o médico espanhol Miguel Serveto, que negava a doutrina da Trindade. Depois da fugir da Inquisição, Serveto foi parar em Genebra, onde acabou julgado e executado na fogueira em 1553. A participação de Calvino nesse episódio, ainda que compreensível à luz das circunstâncias da época, é triste mancha na biografia do grande reformador, mais tarde lamentada por seus seguidores.

      · 1548: nesse ano ocorreu o falecimento de Idelette e Calvino nunca mais tornou a casar-se. O único filho que tiveram morreu ainda na infância. Não obstante, Calvino não ficou inteiramente só. Tinha muitos amigos, inclusive em outras regiões de Europa, com os quais trocava volumosa correspondência. Graças à sua liderança, Genebra tornou-se famosa e atraiu refugiados religiosos de todo o continente. Ao regressarem a seus países de origem, essas pessoas ampliaram ainda mais a influência de Calvino.

      · 1555: os partidários de Calvino finalmente derrotaram os “libertinos.” Os conselhos municipais passaram a ser constituídos de homens que o apoiavam. Embora não tenha ocupado nenhum cargo governamental, Calvino exerceu enorme influência sobre a comunidade, não somente no aspecto moral e eclesiástico, mas em outras áreas. Ele ajudou a tornar mais humanas as leis da cidade, contribuiu para a criação de um sistema educacional acessível a todos e incentivou a formação de importantes entidades assistenciais como um hospital para carentes e um fundo de assistência aos estrangeiros pobres.

      · 1559: nesse ano marcante, ocorreram vários eventos significativos. Calvino finalmente tornou-se um cidadão da sua cidade adotiva. Foi inaugurada a Academia de Genebra, embrião da futura universidade, destinada primordialmente à preparação de pastores reformados. No mesmo ano, Calvino publicou a última edição das Institutas. Ao longo desses anos, embora estivesse constantemente enfermo, desenvolveu intensa atividade como pastor, pregador, administrador, professor e escritor.

      ·   1564: João Calvino faleceu com quase 55 anos em 27 de maio de 1564. A seu pedido, foi sepultado discretamente em um local desconhecido, pois não queria que nada, inclusive possíveis homenagens póstumas à sua pessoa, obscurecesse a glória de Deus. Um dos emblemas que aparecem nas obras do reformador mostra uma mão segurando um coração e as palavras latinas “Cor meum tibi offero Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero).  ( Notas Portal Makezie São Paulo) 
  
 Desde que retornou a Genebra em 1541, Calvino se dedicou a uma intensa atividade em várias frentes, pastoreando, escrevendo e cuidando dos interesses da causa reformada. Esse trabalho se desenvolveu em meio a muitas dificuldades e obstáculos, principalmente os constantes conflitos com as autoridades civis. Algumas das famílias mais ricas e influentes da cidade (os chamados “libertinos”) opunham-se ao seu programa de reformas e elevação dos padrões morais da comunidade. 
Essa situação mudou em 1555. Os conselhos municipais passaram a ser constituídos de homens simpáticos a Calvino e os últimos anos da vida do reformador foram mais gratificantes. O ano de 1559 foi especialmente importante, com a ocorrência de três eventos significativos: Calvino finalmente tornou-se cidadão de Genebra (até então era apenas um imigrante), publicou a edição definitiva das Institutas e inaugurou a sua sonhada Academia, voltada para a preparação de pastores, embrião da atual Universidade de Genebra. 
Na vida pessoal, o reformador enfrentou diversas provações ao longo desses anos. Em 1549 perdeu Idelette, a esposa dedicada e leal que o havia acompanhado por dez anos. Durante toda a estadia em Genebra, Calvino também lutou com constantes problemas de saúde dos mais diversos tipos. Uma coisa que impressiona os estudiosos é que um homem de saúde tão precária, assoberbado com tantas responsabilidades e desafios, tenha encontrado tempo e disposição para escrever uma quantidade tão impressionante de obras, todas marcadas por grande erudição e profundidade. 
      Um episódio lastimável da vida do reformador genebrino foi o seu envolvimento na execução de Miguel Serveto, em 1553. Serveto era um médico espanhol que havia escrito várias obras contra a doutrina da trindade. Condenado à morte pela Inquisição em Lyons, na França, conseguiu fugir e foi parar em Genebra, onde foi preso, julgado e condenado à morte na fogueira pelas autoridades civis, sob a acusação de heresia. Calvino atuou como a principal testemunha de acusação. Esse evento lançou uma triste mancha sobre a sua reputação, mais tarde reconhecida e lamentada pelos seus seguidores. Infelizmente, esse fato tem levado muitos críticos a ignorarem as importantes contribuições positivas do reformador. 
João Calvino faleceu com quase 55 anos no dia 27 de maio de 1564. Segundo suas instruções prévias, foi sepultado em um local não identificado. Seu lema de vida, que aparece em muitas de suas obras, mostra uma mão que segura um coração, tendo em volta as seguintes palavras: “Cor meum tibi offero, Domine, prompte et sincere” (O meu coração te ofereço, ó Senhor, de modo pronto e sincero). Um dos maiores legados desse líder é representado pelas suas obras, que serão brevemente descritas no próximo artigo.(Notas Portal Makenzie São Paulo)

    A OBRA LITERÁRIA DE CALVINO 

      Um dos maiores legados de João Calvino ao movimento reformado e ao mundo foi a sua extraordinária produção literária. As obras do reformador de Genebra impressionam não somente pelo seu volume, mas por sua qualidade e erudição, notadamente nos campos da teologia e da interpretação bíblica. A totalidade dos escritos de Calvino preenche nada menos que 59 grossos volumes da coleção conhecida como Corpus Reformatorum. Os frutos dessa reflexão encontram-se em seis categorias de escritos.

      (a) As Institutas
 Calvino produziu ao todo oito edições de sua obra magna em latim e cinco traduções para o francês. A 1ª edição (1536) tinha apenas seis capítulos e a última (1559) totalizou oitenta. Essa edição equivale em tamanho ao Antigo Testamento somado aos evangelhos sinóticos e segue o padrão geral do Credo dos Apóstolos, tendo como objetivo ser um guia para o estudo das Escrituras. É composta de quatro livros: I – O conhecimento de Deus, o Criador; II – O Conhecimento de Deus, o Redentor; III – A maneira como recebemos a graça de Cristo; IV – Os meios externos pelos quais Deus nos convida para a sociedade de Cristo.

      (b) Comentários bíblicos
Os comentários de Calvino são um importante complemento das Institutas. Ele escreveu comentários sobre todos os livros do Novo Testamento (exceto 2 e 3 João e Apocalipse), bem como sobre o Pentateuco, Josué, Salmos e Isaías. Além disso, foram preservadas as suas preleções sobre todos os profetas.

      (c) Sermões
Eem suas pregações, Calvino fazia a exposição sistemática dos livros da Bíblia. Ele costumava pregar sobre o Novo Testamento aos domingos e sobre o Antigo Testamento durante a semana. Seus sermões eram anotados taquigraficamente por um grupo de leais refugiados franceses. A série Corpus Reformatorum contém 872 sermões do reformador.

      (d) Opúsculos e tratados
 Calvino escreveu muitas obras de natureza apologética ao polemizar com católicos, anabatistas, libertinos e outros grupos. Alguns exemplos são a Resposta ao Cardeal  Sadoleto, reações ao Concílio de Trento e a questão das relíquias. Outros escritos seus tratam de temas como a Ceia do Senhor, a doutrina da trindade, a predestinação e o livre arbítrio.

      (e) Escritos eclesiásticos
O reformador também produziu muitos textos voltados para diferentes aspectos e necessidades da vida da igreja (escritos catequéticos, confessionais, litúrgicos e outros). Dentre eles se destacam: Instrução e Confissão de Fé,Ordenanças EclesiásticasCatecismo da Igreja de GenebraSaltério de GenebraForma das Orações e Cânticos Eclesiásticos Confissão Galicana.

      (f) Cartas
 finalmente, Calvino produziu uma volumosa correspondência dirigida a outros reformadores, governantes de diferentes países, igrejas perseguidas, crentes encarcerados, pastores e colportores.   Um autor observa que o reformador de Genebra escreveu mais num espaço de trinta anos do que uma pessoa pode estudar e digerir adequadamente durante toda uma vida. Seus escritos nos mostram o teólogo, o exegeta, o polemista, o pastor e, acima de tudo, o cristão preocupado em glorificar a Deus e honrar a sua Palavra. Esse esforço contribuiu para a difusão do movimento reformado por quase toda a Europa.

 

 Você sabia que Calvino teria falado em línguas?

A propósito da conferência cessacionista de John MacArthur

Semana passada, o pastor reformado John MacArthur realizou uma conferência em sua igreja Comunidade da Graça, de Sun Valley, nos Estados Unidos, intitulada “Fogo Estranho” (“Strange Fire”). O foco do evento foi atacar, como um todo, colocando juntos no mesmo saco, os movimentos carismático e pentecostal como um mal para a igreja no mundo, e pregar o cessacionismo, isto é, a crença de que os dons espirituais cessaram, tendo se restringido apenas aos dias apostólicos. O detalhe é que MacArthur convidou pentecostais a virem assistir ao evento para saírem de lá cessacionistas. Mais de 3 mil pessoas participaram, mas parece que o número de pentecostais que aceitou ao tal convite foi muito pequeno. E, pelo menos até agora, não há notícias de algum que tenha eventualmente saído de lá cessacionista.

Um dos pastores reformados dos EUA que defendem a contemporaneidade dos dons espirituais, o pastor Mark Driscoll, tentou distribuir do lado de fora da igreja de MacArthur, aos interessados, exemplares de um de seus livros que trata sobre o assunto. Segundo Driscoll, ele o fez “para enriquecer o debate sobre o tema”, mas seu livro foi impedido de ser distribuído nas proximidades da igreja de MacArthur.

Bem, se MacArthur queria provocar barulho para chamar a atenção das pessoas para o seu novo livro, lançado durante a conferência, e que fala sobre o mesmo assunto e tem o mesmo título (“Strange Fire”), ele parece que conseguiu. A imprensa evangélica nos EUA noticiou bastante o desafio de MacArthur e a reação evangélica nacional a ele. Ele sofreu várias críticas, as quais tentou rebater ontem, em entrevista ao jornal norte-americano The Christian Post. Pretendo postar nesta semana ainda um artigo em cima de suas respostas.

Hoje, porém, gostaria de, na esteira desse assunto, contar uma história bastante interessante. Soube dela há uns três anos, através de um blog norte-americano reformado pentecostal, mas, talvez por falta de oportunidade propícia, nunca contei ela em artigos por aqui. O senhor MacArthur acabou me lembrando dessa história.

Há 38 anos, mais precisamente na sua edição de 24 de março de 1975, o jornal The Paper, uma publicação do Seminário Teológico Gordon-Conwell, nos EUA, trouxe um artigo, na sua página 6, intitulado “Calvin Speaks Unknown Tongue” (“Calvino Fala Língua Desconhecida”), de autoria de Quent Warford.

No referido artigo, Warford começa falando sobre as muitas perguntas que estavam sendo feitas naqueles dias depois da revelação, vinda do Episcopal Divinity School, de que ninguém menos que Teodoro Beza, em um trecho do original em latim de sua conhecida biografia de Calvino, afirma que este teria falado em línguas enquanto orava. Para quem não sabe, Beza foi contemporâneo e amigo dos mais próximos de Calvino – na verdade, um confidente deste. A biografia escrita por seu amigo e confidente Teodoro Beza é intitulada ‘De Vitam Iohannes Cauvin’ (“A Vida de João Calvino”).

Diante da revelação, Warford confessava que “pessoalmente” achava “ridícula” qualquer ideia de que Calvino havia “experimentado a glossolalia” e que, “portanto, a única coisa lógica a fazer era seguir o conselho do meu querido professor de História da Igreja e ir à fonte primária”.

Warford conta que, no começo, teve certa dificuldade de chegar até à obra, porque o volume que supostamente continha as informações de expressões de êxtase de Calvino estava “no Cofre da Sala de Livros Raros da Biblioteca da Episcopal Divinity School” e “entrar no Cofre envolve uma grande dose de burocracia”. Mas, depois de uma ajuda, conseguiu chegar à obra.

Diz Warford que Beza contava que Calvino, em suas orações, falou uma língua desconhecida. E por ser um “linguista habilidoso”, Calvino procurou definir que língua era aquela que falara. “Incapaz de rastreá-la, ele confidenciou a Beza que, embora a linguagem tivesse uma característica hebraica, ele ainda temia que tivesse falado uma 'lingua barbaroum' ["língua bárbara"], ou seja, ele temia ter falado em uma língua maldita, como a que era falada pelos cananeus”.

Warford termina informando que seu colega Ken Macari o ajudou na tradução do latim e que o fato foi narrado por Beza sem muito destaque, “apenas algumas frases em ‘De Vitam Iohannes Cauvin’”. E acrescenta, tentando suavizar a importância do registro: “A preocupação de Calvino era apenas uma questão de linguística. Portanto, não há fonte primária com material suficiente para construir um caso de uma maneira ou de outra”.

Bem, vejamos: Calvino, em suas orações devocionais, falou, estranha e espontaneamente, em uma língua desconhecida por ele, o que o deixou impressionado. Como temia que tivesse falado em uma língua parecida com a de um povo pagão do passado, temeu não ser uma experiência sadia. Em seguida, comentou com seu amigo e confidente Beza, e depois deixou para lá o caso.

Bem, o que vocês acham, queridos leitores? Parece que o grande reformador João Calvino teve uma experiência pentecostal e se afastou dela por medo. Infelizmente. Que pena, Calvino!
(P.S.: Gostaria muito de conhecer o texto original em latim da biografia de Calvino escrita por Beza que se encontra na Biblioteca da EDS. Você também não gostaria? E para quem quiser ler mais sobre essa história, clique 

Notas Portal Makenzie-SP


               Cronologia do Presbiterianismo Mundial


         (Fonte  Alderi S. de Matos /  faculdade makenze  São Paulo)



1509 – o reformador João Calvino nasce em Noyon, na França

1522 – Ulrico Zuínglio inicia o movimento reformado em Zurique, na Suíça

1529 – Colóquio de Marburg, na Alemanha (reformados e luteranos)

1531 – Morte de Ulrico Zuínglio na 2ª batalha de Kappel

1536 – Calvino publica as Institutas e inicia o seu trabalho em Genebra

1549 – A fé reformada é introduzida na Hungria

1557 – Grupo de calvinistas chega à França Antártica, na baía de Guanabara

1558 – É escrita a Confissão de Fé da Guanabara – autores são martirizados

1559 – Calvino funda a Academia, atual Universidade de Genebra

1559 – Primeiro sínodo nacional da Igreja Reformada da França

1560 – John Knox lidera a criação da Igreja da Escócia (calvinista)

1560 – Morte do reformador polonês Jan Laski

1561 – Guido de Brès escreve a Confissão Belga

1563 – Catecismo de Heidelberg é publicado na Alemanha

1566 – J. H. Bullinger escreve a Segunda Confissão Helvética

1571 – Primeiro sínodo da Igreja Reformada da Holanda

1572 – Massacre dos huguenotes no dia de São Bartolomeu, na França

1574 – Fundação da Universidade de Leyden, na Holanda

1589 – O calvinista Henrique IV torna-se rei da França

1598 – Edito de Nantes concede liberdade religiosa aos huguenotes

1618 – Sínodo de Dort, na Holanda, aprova os Cinco Pontos do Calvinismo

1636 – Igreja Reformada da Holanda organiza um presbitério em Pernambuco

1642 – Organização do primeiro presbitério da Irlanda (Ulster)

1643 – Reúne-se em Londres a Assembléia de Westminster

1648 – São aprovados a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster

1685 – Rei Luís XIV revoga o Edito de Nantes

1688 – François Turretin publica a Institutio Theologiae Elencticae

1689 – Introdução definitiva do presbiterianismo na Igreja da Escócia

1691 – Morre João Ferreira de Almeida, primeiro tradutor da Bíblia para o português

1705 – Escoceses-irlandeses começam a emigrar para a América do Norte

1706 – Primeiro presbitério norte-americano (Filadélfia)

1717 – Primeiro sínodo norte-americano (Filadélfia)

1776 – John Witherspoon assina a declaração de independência dos EUA

1789 – Primeira Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana dos EUA (PCUSA)

1812 – Fundação do Seminário Teológico de Princeton, em Nova Jersey

1817 – União de calvinistas e luteranos na Prússia e outros estados alemães

1837 – Criação da Junta de Missões Estrangeiras (Junta de Nova York)

1843 – Thomas Chalmers lidera a criação da Igreja Livre da Escócia

1861 – Criação da Igreja Presbiteriana do Sul dos EUA (PCUS)

1865 – James L. Maxwell inicia o trabalho presbiteriano em Taiwan (Formosa)

1875 – Criação da Aliança Mundial de Igrejas Reformadas e Presbiterianas

1875 – Criação da Igreja Presbiteriana do Canadá

1884 – Primeiro missionário protestante a residir na Coréia (Horace Allen)

1899 – Primeiro missionário protestante a residir nas Filipinas (James B. Rodgers)

1901 – Criação da Igreja Presbiteriana da Austrália

1901 – Criação da Igreja Presbiteriana da Nova Zelândia

1901 – Abraham Kuyper torna-se primeiro ministro da Holanda

1907 – Organização da Igreja Presbiteriana da Coréia

1913 – Woodrow Wilson torna-se presidente dos Estados Unidos

1929 – Fundação do Seminário Teológico Westminster (Filadélfia)

1946 – Criação do Sínodo Ecumênico Reformado

1970 – Aliança Mundial de Igrejas Reformadas (presbiterianas e congregacionais)

1973 – É organizada nos EUA a Igreja Presbiteriana da América (PCA)

1981 – É organizada nos EUA a Igreja Presbiteriana Evangélica (EPC)

1983 – União da Igreja do Norte e Igreja do Sul dos EUA – P.C.(U.S.A.)

1989 – Reformados lideram levante anticomunista em Timisoara, na Romê
 CRONOLOGIA DO PRESBITERIANISMO NO BRASIL 

                     ( Alderi S. de Matos/  faculdade Makenze)

1859 – primeiro missionário presbiteriano chega ao Brasil (Ashbel G. Simonton)

1862 – fundação da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro

1864 – criação do jornal Imprensa Evangélica

1865 – organização do Presbitério do Rio de Janeiro

1865 – organização das Igrejas de São Paulo e Brotas

1865 – ordenação do primeiro pastor evangélico brasileiro (José Manoel da Conceição)

1867 – Simonton cria no Rio de Janeiro o “Seminário Primitivo”

1869 – chegam os primeiros missionários da PCUS (George Morton e Edward Lane)

1870 – fundação da Escola Americana de São Paulo

1873 – fundação do Colégio Internacional em Campinas

1873 – início da obra presbiteriana no nordeste (Recife)

1888 – organização do Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil

1891 – criação do Colégio Protestante de São Paulo (Mackenzie College)

1892 – Seminário Presbiteriano inicia atividades em Nova Friburgo

1893 – lançamento do jornal O Estandarte, em São Paulo

1893 – início do Colégio Evangélico em Lavras (MG), mais tarde Instituto Gammon

1895 – Seminário Presbiteriano é transferido para São Paulo

1898 – assassinato do crente Manoel Correia Vilela em Pernambuco

1899 – lançamento do jornal O Puritano, no Rio de Janeiro

1899 – primórdios do Seminário Presbiteriano do Norte em Garanhuns (PE)

1900 – organização da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo

1903 – criação da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil

1904 – fundação do Colégio Americano de Pernambuco (Agnes Erskine)

1907 – Seminário Presbiteriano é transferido para Campinas

1908 – início das atividades do Colégio 15 de Novembro, em Garanhuns

1908 – surgimento do jornal Norte Evangélico, em Garanhuns

1909 – templo de São José do Calçado (ES) é queimado por fanáticos

1910 – organização da Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana do Brasil

1911 – primeiro missionário da IPB em Portugal (Rev. Mota Sobrinho)

1916 – Rev. Erasmo Braga e outros líderes participam do Congresso do Panamá

1917 – IPB e missões americanas fazem acordo de cooperação (Modus Operandi)

1919 – Seminário Unido inicia atividades no Rio de Janeiro

1921 – Seminário do Norte é transferido para Recife

1925 – segundo missionário da IPB em Portugal (Rev. Pascoal Luiz Pitta)

1928 – fundação do Instituto José Manoel da Conceição em Jandira (SP)

1928 – fundação da Missão Evangélica Caiuá em Dourados (MS)

1933 – fundação do Instituto Bíblico Eduardo Lane – IBEL (Patrocínio, MG)

1934 – criação da Confederação Evangélica do Brasil (CEB)

1937 – primeira Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil

1937 – Assembléia Geral passa a denominar-se Supremo Concílio

1940 – criação da Junta Mista de Missões Nacionais

1940 – criação da Igreja Presbiteriana Conservadora, em São Paulo

1941 – primeiro Congresso Nacional do Trabalho Feminino (Rio de Janeiro)

1946 – primeiro Congresso Nacional da Mocidade Presbiteriana (Rio de Janeiro)

1948 – fundação da Casa Editora Presbiteriana, em São Paulo

1950 – é promulgada uma nova Constituição para a IPB

1950 – criação da Missão Presbiteriana da Amazônia

1955 – instalação do Conselho Interpresbiteriano (CIP)

1956 – Rev. Israel Gueiros funda a Igreja Presbiteriana Fundamentalista do Brasil

1957 – organização do Supremo Concílio da IPI

1958 – fundação do jornal Brasil Presbiteriano

1958 – IPB envia missionários à Argentina e ao Chile

1959 – presidente Juscelino Kubitschek comparece à comemoração do centenário da IPB

1959 – Seminário do Centenário inicia atividades em Alto Jequitibá

1959 – realiza-se em São Paulo a 18ª Assembléia da Aliança Presbiteriana Mundial

1962 – IPB envia missionário à Venezuela (Rev. Joás Dias de Araújo)

1966 – Rev. Boanerges Ribeiro é eleito presidente do Supremo Concílio

1966 – Geremias Matos Fontes é eleito governador do Rio de Janeiro

1970 – primeiro missionário da IPB no Paraguai (Rev. Evandro Luiz da Silva)

1975 – criação da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil

1978 – Paulo Breda Filho, primeiro presbítero regente a presidir o Supremo Concílio

1978 – criação da Federação Nacional de Igrejas Presbiterianas (FENIP)

1983 – criação da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (IPUB)

1985 – lançamento das Institutas em português (tradução do Rev. Waldyr C. Luz)

1986 – IPB assina acordo de cooperação com a Igreja Presbiteriana Evangélica (EPC)

1988 – IPB inicia trabalho missionário na Bolívia

1992 – criação do Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper (CPAJ)

1996 – IPB inaugura portal na Internet

1999 – Universidade Presbiteriana Mackenzie cria a Escola Superior de Teologia

2000 – criação da Associação Nacional de Escolas Presbiterianas.


             Países Escandinavios:A Reforma Protestante                                         
         O reino Escadinavio ,que na época se compunha da Dinamarca ,Suécia e Noroéga,sob um mesmo governo ,recebeu prontamente os ensinos de Lutero ,os quais tiveram a simpatia do rei Cristiano 2°.As lutas politicas e a guerra civil ,durante algum tempo paralizaram o progresso da Reforma.Porem ,finalmente ,os 3 paises aceitaram as idéias reformadas luteranas.(notas ibid p.146,h.l.hurlbut).


Noruega, Suécia e Dinamarca(esc)



Estes três países são povoados pela raça germânica, e agora formam três governos separados, cada um com seu rei e com sua constituição. Os escandinavos são um povo robusto, inteligente e industrioso. No tempo da Reforma, a igreja luterana-episcopal foi ali estabelecida, e continuam protestantes até hoje. Devido à sua posição geográfica, a Escandinávia tem gozado mais paz do que muitos países da Europa. O rei Gustavo Adolfo resolveu ajudar a causa protestante que sofria muito na "Guerra dos Trinta Anos", e passou à Alemanha com um exército forte e bem equipado, fazendo pender bem depressa o fiel da balança em favor da "União Protestante". A sua morte, na batalha de Lutzen, em 1632, foi um desastre, mas os seus exércitos continuaram a luta.

Tem havido liberdade religiosa, e o povo é muito pacífico, notando-se ali ausência de crimes. Na guerra atual, a Noruega e a Dinamarca foram vítimas da agressão alemã, e estão sofrendo as conseqüências da invasão germânica como outros países, e, como eles, anseiam ardentemente (1941) mais uma vez, obter a sua liberdade.(notas historia do cristianismo,A.Knight e W.Anglin,2009,cpad)





Irlanda


Na Irlanda a história religiosa é muito ligada com a política. Embora nos séculos V, VI, e VII a Irlanda tivesse sido evangelizada e fosse chamada a "Ilha dos santos", as trevas espirituais pairaram sobre essa mesma ilha durante mil anos. A Reforma teve pouca influência no país. Os irlandeses eram ignorantes e a maioria analfabeta e os proprietários mostraram pouco interesse no bem-estar do povo em geral. Os irlandeses falam a língua céltica, que servia de dificuldade para qualquer esforço missionário da Inglaterra. Também durante certo período do século XVI, houve uma rebelião no país contra a autoridade inglesa. Os reis protestantes da Inglaterra queriam impor a religião anglicana na Irlanda, mas foi impossível a não ser em certas cidades como Dublin, a capital. Guerras e revoltas continuaram, e no reino de Tiago I, o governo resolveu fazer experiência com uma província no Norte, chamada Ulster, plantando ali uma grande colônia de ingleses e escoceses. Muitos presbiterianos foram da Escócia, tomando posse de terreno da província. O rei Tiago mandou que todos os sacerdotes católicos saíssem do país, mas foi impossível pôr em execução esta lei injusta.

No ano 1641, os católicos levantaram-se contra os colonizadores protestantes, e mataram milhares deles com muita barbaridade. Na Inglaterra havia guerra civil, e as autoridades não podiam ajudar os protestantes, mas os escoceses mandaram um exército para ajudar seus patrícios. A guerra civil na Inglaterra terminou com a morte do rei, e o general Oliver Cromwell levou também um exército à Irlanda no ano 1650, e em pouco tempo o aspecto mudou. Cromwell agiu com muita severidade em represália à morte dos protestantes pelos católicos irlandeses, e seu nome ficou odiado na Irlanda. A campanha, porém, trouxe paz ao país, embora não fizesse com que o povo da Irlanda amasse os protestantes.

Quando Tiago II fugiu da Inglaterra para a França, o rei Luiz XVI prometeu ajudar seu hóspede real, e mandou um exército francês com Tiago à Irlanda. Guilherme de Orange, o novo rei da Inglaterra, foi à Irlanda e venceu os exércitos franceses e irlandeses. Era uma guerra entre protestantes e católicos, e os franceses foram obrigados a deixar a Irlanda, e os irlandeses foram subjugados.

Durante o século XVIII, João Wesley visitou a Irlanda muitas vezes, viajando a cavalo em toda parte e pregando o Evangelho. Diversas sociedades metodistas foram formadas em várias partes.

No fim desse século, rebentou outra revolta na Irlanda, mas os rebeldes foram vencidos, e nessa ocasião muita clemência foi mostrada ao povo que tomou parte na rebelião. Durante o século XIX o governo na Inglaterra fez muitos esforços para satisfazer os irlandeses, mas todo aquele século foi assinalado por crimes políticos, assassínios, e descontentamentos.

No ano de 1828 a Viscondessa Powerscour mantinha conferências em seu palácio, perto da capital (Dublin) sobre assuntos bíblicos, mormente sobre as profecias e a Segunda Vinda do Senhor. Um dos primeiros expositores foi João Nelson Darby, um ministro na igreja Irlandesa, cargo que deixou para ministrar a Palavra de Deus em diversos países. Outro pregador independente, no princípio do século XIX, foi Gideão Ousely, que viajava a cavalo e pregava mesmo a cavalo nas aldeias e cidades. Pertencia a uma antiga família irlandesa de boa posição, mas associava-se com os humildes camponeses, conversando sobre o Evangelho de maneira muito simples. Um ministro evangélico independente chamado Thomas Kelly, formou diversas congregações na Irlanda no princípio do mesmo século, e escreveu muitos hinos que estão em uso geral na língua inglesa, e alguns estão traduzidos em português.

No Norte, no Ulster protestante, no ano de 1859, houve uma revivificação, e nessa ocasião centenas de pessoas foram convertidas entre todas as classes. Houve manifestações físicas durante as reuniões, isto é, pessoas caíram ao chão e perdiam os sentidos.

O Ulster é próspero, progressista, com indústrias e comércio sendo a sua capital, Belfast, uma cidade de importância. O povo é muito leal ao governo britânico, e a maior parte deles são protestantes fanáticos. O Sul do país, com quatro províncias, é principalmente católico, sob o domínio dos padres, sofre muito de pobreza, ignorância, preguiça, e um ódio fanático contra o governo britânico. Ê justo dizer que estas condições têm modificado e melhorado desde o afastamento do governo britânico do Eire. Durante a grande guerra, os irlandeses fizeram uma insurreição contra o governo. Depois da guerra, houve uma divisão, ficando o Ulster separada das outras quatro províncias, que agora tem seu próprio governo e presidente, mas os irlandeses não estão satisfeitos, porque o Ulster não está sob o seu domínio: o Estado Livre é chamado Eire, e desde a separação tem feito algum progresso.notas historia do cristianismo,A.Knight e W.Anglin,2009,cpad)



                       A Reforma  Protestante na  França

        Na frança ,a igreja católica possuá mais liberdade do que no resto da EUROPA.Por essa razão era menos sentida a necessidade de indenpendencia eclesiastica de roma.Contudo ,ali inicio-se um movimento a reforma ,antes da Reforma na Alemanha.No ano de 1512,Jaques Lefevre escreveu e pregou a doutrina da "justificação pela fé".Dois partidos surgiram então na corte e entre o povo.Os reis que se sucediam no governo ,apesar de nominalmente católicos romanos,alternadamente se colocavam ao lado de cada partido.
 Porem o protestantismo sofreu um golpe quase mortal,no terrivel massacre da noite de São Bartolomeu,dia 24 de agosto de 1572,quando quase todos os chefes protestantes e milhares de seus adeptos foram covardamente assassinados.A fé reformada enfrentou terrivel perseguição,mas uma parte do povo pequeno em numero ,o protestantismo Frances exerceu grande influencia.(ibidp.146,j.L,hurlbut).
O movimento reformado francês surgiu na década de 1530. Inicialmente tolerante, o rei Francisco I (1515-1547) eventualmente mostrou-se hostil contra os reformados. Henrique II (1547-1559) foi ainda mais severo que o seu pai. Em 1559, reuniu-se o primeiro sínodo nacional da Igreja Reformada da França, que aprovou a Confissão Galicana. Em 1561, havia duas mil congregações reformadas no país, compostas de artesãos, comerciantes e até mesmo de algumas famílias nobres, como os Bourbon e os Montmorency. Os reformados franceses, conhecidos como huguenotes, estavam concentrados principalmente no oeste e sudoeste do país, e recebiam decidido apoio de Genebra. Ao norte e leste estava a facção ultracatólica liderada pela poderosa família Guise-Lorraine.
No reinado de Francisco II (1559-1560), os Guise controlaram o governo. Quando Carlos IX (1560-1574) tornou-se rei, sendo ainda menor, sua mãe Catarina de Médici assumiu a regência, mostrando-se inicialmente tolerante para com os huguenotes. Tentando conciliar as duas facções, ela promoveu um encontro de católicos e protestantes, o Colóquio de Poissy, em 1561. Com o fracasso desse encontro, houve um longo período de guerras religiosas (1562-1598), cujo episódio mais chocante foi o massacre do Dia de São Bartolomeu (24-08-1572). Centenas de huguenotes achavam-se em Paris para o casamento da filha de Catarina com o nobre protestante Henrique de Navarra. Na calada da noite, os huguenotes foram assassinados à traição enquanto dormiam, entre eles o seu principal líder, almirante Gaspard de Coligny. Nos dias seguintes, muitos milhares foram mortos no interior da França. Mais tarde, quando o nobre huguenote tornou-se rei, com o título de Henrique IV, ele promulgou em favor dos seus correligionários o Edito de Nantes (1598), concedendo-lhes uma tolerância limitada. Esse edito seria revogado pelo rei Luís XIV em 1685, dando início a um novo período de duras provações para os reformados franceses(.NOTAS PORTAL MAKENZIE-SP)

A França no tempo da Reforma era um país poderoso e rival da Espanha, então não possuía colônias. O Evangelho pregado por Pedro Waldo de Lyon no século XII produzia bom resultado, mas a perseguição diminuíra o número dos crentes, e a maior parte fugiu para a Suíça. No princípio do século XVI o "novo ensino" despertou muito interesse nas universidades mormente na Sorbone de Paris. O rei Francisco I era católico, mas no princípio não era perseguidor. A irmã do rei, Margarida de Angouleme, era uma mulher intelectual e piedosa, que estudava o Novo Testamento grego, e queria animar outros a lê-lo. Durante a ausência do seu irmão na guerra contra os espanhóis e quando ele estava prisioneiro do Imperador Carlos V, depois da batalha de Pávia, Margarida protegia da ira dos padres os novos conversos. Infelizmente havia alguns dos protestantes sem prudência, que começaram a derrubar os ídolos e pregar placas nas igrejas e até no palácio do rei, fazendo críticas à Igreja Romana.
 Em virtude disso, houve uma grande perseguição. Muitos foram presos e queimados na praça pública. Mas os huguenotes (como se chamavam os protestantes da França) cresceram em número. Muitos dos nobres, por motivos políticos, uniram-se aos novos convertidos, e tornaram-se um poder político, e pegaram em armas. A guerra civil rebentou e continuou por muitos anos. Com o morticínio no dia de S. Bartolomeu não terminou a luta. Henrique de Navarra ficou à frente das forças dos huguenotes. Este príncipe era filho da célebre Jeanne de Navarra, que era filha de Margarida de Angouleme, pelo segundo marido, o rei de Navarra. Sua mãe e avó eram cristãs sinceras e piedosas, mas para Henrique a religião era uma política. A morte dos herdeiros ao trono da França deixou-o como o sucessor. Mas, sendo protestante, a maior parte dos franceses opuseram-se a sua pretensão. Henrique, porém, venceu todos os seus inimigos numa guerra civil, e, a fim de trazer tranqüilidade ao país, e firmar seu trono, o novo rei (Henrique IV) professou a religião católica, dizendo que "Paris valia uma missa". 
Foi um bom rei, e uma das primeiras leis a ser promulgada foi a chamada "O edito de Nantes", que deu liberdade religiosa e política aos huguenotes. Quando o rei Henrique foi assassinado por um jesuíta, seu filho (Luiz XIII) era menino, e depois um homem fraco, e o poder caiu nas mãos dum grande estadista, o cardeal Richelieu que resolveu aumentar o poder do rei e quebrar a força política dos huguenotes.
 Estes mais uma vez pegaram em armas, e, apesar do auxílio da Inglaterra, a fortaleza deles foi tomada, e os protestantes perderam seu poder político para sempre, mas continuaram com certa liberdade religiosa até o tempo de Luiz XIV. Este rei, instigado pelos jesuítas, desencadeou uma grande perseguição contra seus súditos protestantes. Ele resolveu que todos deviam aceitar a religião católica, e a fim de alcançar este objetivo, mandou soldados brutais entrar pelas casas dos protestantes e "convertê-los" à força. Esta perseguição é chamada "as dragonadas", porque os soldados eram do regimento dos "dragões". As "conversões" por meio destes "missionários" não produziam bastante resultado, e o rei mandou o célebre Fenelon, (depois Arcebispo de Cambrai) para "converter" os "heréticos". Fenelon, embora fiel servo da Igreja Romana, era homem santo e piedoso. 
Era venerado pela sua retidão e santidade, e converteu alguns à sua religião. Recusou fazer qualquer tentativa até que os soldados fossem retirados, porque não cria na força para este fim. Mas o serviço não lhe era congenial, e ele o deixou. O edito de Nantes fora revogado, tirando toda a liberdade religiosa do povo. Fenelon depois foi tutor do neto do rei, e seu ensino deu bom resultado na vida do rapaz, que antes era vicioso. Mais tarde Fenelon foi influenciado pelo ensino duma mulher célebre, chamada Madame Guyon, cujas obras foram traduzidas em diversas línguas e ainda hoje são lidas, principalmente por protestantes.

Os ensinos desta senhora são baseados nas Escrituras, porque ela estudava a Bíblia e passava diariamente muito tempo em oração. Era crente verdadeira e gastou seu tempo, quando viúva, em boas obras, ensinando a muitas mulheres as verdades da Bíblia. Converteu muitas almas a Cristo. Continuava católica, embora não ligasse importância às cerimônias da igreja. Foi acusada de heresia porque suas doutrinas aproximavam-se das dos protestantes, e foi lançada na infame Bastilha, onde passou muitos anos.
 Fenelon defendeu as doutrinas dela, e um bispo bem conhecido na história, chamado Bossuet, capelão do rei, atacou essas doutrinas. Uma grande batalha literária foi travada entre estes dois campeões. Embora Fenelon defendesse suas doutrinas com firmeza, o poder secular estava com Bossuet, e Fenelon foi expulso da corte e proibido de sair da sua diocese. Era venerado por quase todos, e até os inimigos da França durante as guerras manifestaram seu respeito pelo arcebispo. Podemos considerar Fenelon e Madame Guyon como semelhantes a "os vencedores" de Tiatira.

A Igreja Romana não era digna deles, e por isso os perseguia. Voltemos aos pobres huguenotes, entregues mais e mais à vontade dos soldados brutais. Milhares deles fugiram para a Holanda, Suíça, Alemanha e Inglaterra. Os filhos foram tirados aos pais e enviados aos conventos, a fim de serem educados como católicos. Tão grande foi o número dos que fugiram que o comércio e a indústria da França ficaram parcialmente paralisados; os huguenotes eram os mais inteligentes e industriosos homens no reino. Ê calculado em 400.000 os que fugiram do país, e representavam uma grande proporção naquele período. 
O rei mandou sentinelas para vigiarem as fronteiras, e, navios para policiarem os mares. Foi em vão, porque embora alguns fossem apanhados e presos, a saída dos huguenotes continuou. Os capitães dos navios ingleses ajudaram os fugitivos, que saíram escondidos nos porões e até em barris vazios entre as cargas de vinho. Os países vizinhos protestantes receberam esta gente de braços abertos, e lucraram muito porque trouxeram suas indústrias para esses que os protegeram. A França jamais recuperou esta grande perda de muitos do seu povo, e das suas indústrias. Na Inglaterra os huguenotes fundaram diversas indústrias, como as de ferro, louça, e renda, que têm trazido muito lucro ao país. Hoje há milhares de pessoas na Inglaterra, que são descendentes dos huguenotes. Alguns ainda seguem o mesmo ofício dos seus antepassados que fugiram da França, e outros têm alcançado posições altas no Estado.

A perseguição continuou impiedosa até o rei julgar que convertera todos os "hereges". Mas muitos que não podiam escapar do país fugiram para o interior entre os camponeses das montanhas chamadas as Cevenes. Alguns tomaram armas e acharam um jovem capitão de 21 anos chamado Cavalier. O rei enviou exércitos com generais para debelar este movimento, mas Cavalier e seus camponeses derrotaram esses contingentes. Os generais, para atemorizar os rebeldes, cometeram atrocidades, mas Cavalier respondeu com represálias terríveis.
 O rei então mandou o Marechal Villars, que convidou Cavalier para uma conferência e ofereceu-lhe uma grande recompensa em dinheiro e a posição de coronel no seu exército. O jovem capitão aceitou a oferta e foi para as guerras francesas com alguns dos seus fiéis seguidores, mas os outros os chamaram de traidores. Finalmente este extraordinário homem foi a Inglaterra onde alcançou a posição de general e governador da Ilha de Jersey, na Mancha.
 A guerra serviu somente para desmoralizar os crentes. 
O rei pensava que vencera a luta, e que não existiam mais protestantes em seu reino, mas no ano da sua morte os huguenotes convocaram uma conferência de pastores para reformar a igreja, dando-lhe o título de A Igreja no Deserto. Esta igreja cresceu, mas funcionava longe das grandes cidades. Depois da morte do rei Luiz XVI, havia mais liberdade e menos perseguição. Durante o tempo da Revolução Francesa e no "Reinado de Terror", que se seguiu, diversos pastores sofreram morte pela guilhotina. Napoleão Bonaparte concedeu a liberdade e reconheceu a Igreja protestante, mas ligada ao Estado, e paga pelos fundos nacionais. 
No século XIX esta igreja foi dividida, e os mais fiéis separaram-se do Estado. Hoje há liberdade religiosa na França, e a República reconhece todas as religiões como iguais. O povo geralmente continua católico, mas os intelectuais são muitas vezes ateus. Os ensinos do célebre ateu Voltaire estavam em voga durante o século XVII e ainda têm adeptos. Durante o século XIX houve tantas mudanças no governo que produziram uma fraqueza política. O país foi invadido três vezes em 70 anos pelos alemães, e muito sofreu em conseqüência disso. Os evangélicos fazem bom serviço, e têm sido ajudados por seus irmãos da Inglaterra e da Suíça.(NOTAS historia do cristianismo A.Knight e W.Anglin,cpad,2009)

fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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