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sábado, 18 de junho de 2016

Historia da reforma protestante (3)



                 Reformador Jerônimo Savonarola(1452-1498)



          Girolamo Savonarola ou Jeronimo Savonarola como é conhecido ,foi um pré-reformador que atuou na Itália .Savonarola nasceu em Ferrara;onde seu avô paterno ;um médico conhecido por sua devoção o tinha educado.Desde a sua influencia foi instruído de acordo com os princípios cristãos que o levaram;ainda jovem ;unir-se á ordem dos pregadores dominicanos.Em pouco tempo Savonarola se destacou por ser estudante da bilbia e por sua vida santificada(notas gonzalez;justo;era da reforma;p.157). 
   O primeiro destes foi Jeronimo Savonarola ;um monge dominiciano.Ainda muito novo;julgou ter recebido visões celestiais;isso levou-o a entrar no convento de Bolonha;onde seus jejuns e penitencia atraíram a atenção dos seus superiores.Foi mais tarde removido para o convento de S.Marcos em Florença;e ali chegou á dignidade de prior;fazendo então ;toda a diligencia para restituir ;tanto quanto possível a primitiva simplicidade de vida monacal.(notas A.knitght;e W.anglin;hist;crist;p.201;cpad).
 Mas o que chamou a atenção de Roma a ele foi a sua fama como pregador reformador e;fora do seu convento;as suas inexoráveis denuncias contra o papa;os seus ataques aos vícios do clero ;as suas tristes lamentações pelo torpor das coisas espirituais naquele tempo.Seu ministério de pregação fez presente em diversas regiões da Itália ;até que chegou a Florença ;local em que pregaria seus sermões mais "bombásticos" e acabariam por leva-lo ao martírio.
         Depois de pregar em varias regiões no norte da Itália ;chegou a Florença em 1490;para servir como preletor público em San Marco;a pedido de Lourenço de Médicis.Savonarola foi mestre de estudos no convento Dominicano de Bologna.(notas;gonzalez;justo;hist da reforma;p.158.) 
 O povo povo de toda a italia afluia em numero sempre crescente a florença.A famosa Duomo não mais comportava as enormes multidões.O pregador Jeronimo avivado com poder da Palavra e sentindo a iminenencia do julgamento de Deus ;trovejava contra o vicio ;o crime e a corrupção desenfreada na própria igreja.O povo abandonou a leitura das publicações torpes e mundanas;para ler os sermões do avivado pregador :deixou os canticos das ruas;para cantar os hinos a Deus.(notas herois da fép.15 cpad).
  Em florença ,as cianças fizeram procissões coletanto as máscaras carnavalescas ,os livros obsenos e todos os objetos supérfulos que serviam á vaidade .Com isso formaram em praça publica uma pirámide de 20 metros de altura e atearam fogo .Enquanto o monte ardia ,o povo cantava hinos e os sinos da cidade dobravam em sinal de vitória.Se o ambiente fosse politico o mesmo que depois veio a ser na Alemanha ,o intrépido e devoto Jeronimo teria sido o instrumento usado para iniciar a grande reforma,em vez de Martinho Lutero.
    Apesar de tudo Savonarola tornou-se um dos ousados  e fiéis arautos para conduzir o povo á fonte pura a ás verdades apostólicas registradas nas Sagradas Escrituras.(notas o.s.boyr,p.16 cpad) 
  Jeronimo era o terceiro dos sete filhos da familia.Nasceu de pais cultos e mundanos ,mas de grande influencia.Seu avo paterno era um famoso médico na corte do duque de Ferrara e os pais de Jeronimo planejavam que o filho ocupasse o lugar do avo.No colégio era aluno esmerado .
  Mas os estudos da filosofia de Platão e Aristótoles ;deixaram-lhe a alma sequiosa.Foram ,sem dúvida ,os escritos de Tomaz DE AQUINO QUE MAIS O INFLUENCIARAM(A NÃO SER AS PRÓPIAS ESCRITURAS)A ENTREGAR INTEIRAMENTE O CORAÇÃO E A VIDA A DEUS. Quando ainda menino ,tinha o costume de orar e ao ,crescer ,o seu ardor em jejuar e orar aumentou.Passava oras seguidas em oração.A decadencia da igreja ,cheia de toda a qualidade de vicio e pecado ,o luxo e a ostentação dos ricos em contraste com a profunda pobreza dos pobres ,magoavam-lhe o coração.(ibid p.15-16).
    Passava muito tempo sozinho ,nos campos e á beira do rio pó,em contemplação perante DEUS,e ora cantando ,ora chorando,conforme os sentimentos que lhe viam em seu peito.Quando ainda jovem ,DEUS começou a falar-lhe em visões.A oração era a sua grande consolação;os degraus do altar onde se prostava oras a seguidas repentinamente molhado de suas lagrimas.(notas ibid p.16).
       Houve um tempo em que Jeronimo começou a namorar certa moça Florentina.Mas quando ele mostrou ser desprezo alguem da sua orgulhosa familia Strozzi ,unir-se a alguem da familia de savonarola ,abandonou para sempre a idéia de casar-se .Voltou a orar com crescente fervor.Enojado do mundo ,desapontado acerca dos seus própios anelos,sem achar uma pessoa compassiva a quem pudesse pedir conselhos ,e cançado de presenciar injustiças e perversidades que o cercavam ,coisas que não podia remediar,resolveu abraçar a vida monastica.(ibidp.16).
         A o apresentar-se no convento ,não pediu o privilegio  de se tornar monge,mas rogou que o aceitassem para os serviços mais vis,da cozinha ,da horta e do mosteiro.Na vida do clausto ,Savonarola passava ainda mais tempo em oração e jejum e contemplação perante DEUS ,sobrejugava todos os outros monges em humildade ,sinceridade e obediencia ,sendo apontado para lecionar filosofia ,posição que ocupou até sair do convento.Depois de passar sete anos no mosteiro de Bolongna,frei Jeronimo foi para o convento de São Marcos,em Florença.Grande foi o seu desapontamento ao ver que o povo florentino era tão depravado como o dos demais lugares.(Até então ainda não reconhecia que somente a fé em DEUS salva o pecador.(notas ibid p.18).
        Ao completar um ano no convento de São Marcos,foi apontado instrutor dos novacianos e,por fim ,designado pregador do mosteiro .Apesar de ter ao seu dispor uma excelente biblioteca ,Savonarola utilizava mais e mais da bilbia como seu livro de instrução.Sentia cada vez mais o terror e a vingança do dia do Senhor que se aproxima e,as vezes ,entregava-se a trovejar do pulpito contra a impiedade do povo.Eram tão poucos os que assistiam ás suas pregações que Savonarola resolveu dedicar-se inteiramente á instrução dos novacianos .
        Contudo ,como Moises ,não podia escapar á chamada de DEUS.Certo dia ao dirigir-se a uma feira,viu repentinamente,em visão ,os céus abertos e passando perante seus olhos todas as calamidades que sobrevirão á igreja.Então lhe pareceu ouvir uma voz do Céu ordenando -lhe anunciar estas coisas ao povo.(ibid p.18).
         Convicto de que a visão era do Senhor ,começou novamente a pregar com voz de trovão.Sob a nova renovação do Espirito Santo a sua condenação ao pecado era feita com tanto avivamento  que muitos dos ouvintes depois andavam atordoados sem falar ,nas ruas.Era coisa comum ,nas menssagens ,seus sermões ,homens e mulheres de todas as idades e de todas as classes romperem em veemente choro.
         O fervor de Savonarola na oração aumentava dia após dia e sua fé crescia na mesma proporção.Certa vez ,enquanto sentado no pulpito ,sobreveio uma visão ,durante a qual ficou ímovel por 5 horas,quando o seu rosto brilhava ,e os ouvintes na igreja o contemplavam.(ibid p.18-19).
         Em toda a    parte onde pregava ,seus sermões contra o pecado produziam profundo terror.Os homens mais cultos começavam então a assistir ás pregações em Florença;foi necessário realizar reuniões na Duomo,famosa catedral ,onde continuo a pregar durante 8 anos.Opovo se lamentava á meia noite e esperava na rua até a hora de abril a catedral.
         O corrupto regente de Florença,Lorenzo medici,experimentou todas as formas :de bajulação,as peitas ,as ameaças e os rogos ,para induzir Savonarola a desistir de pregar contra o pecado ,e especialmente contra a perversidade do regente.Por fim,vendo que tudo era em vão,contratou o famoso pregador ,Frei Mariano,para pregar contra Savonarola .Frei mariano pregou um sermão ,mas o povo não prestou atenção,e le não ousou pregar mais.(ibidp.19).


        Nessa altura ,Savonarola profetizou que Lorenzo ,o papa e o rei de Nápoles morreriam dentro de um ano ,e assim sucedeu.Depois da morte de Lorenzo ,Carlos 8°,da França,invadiu a italia e a influencia de Savonarola aumentou ainda mais.O povo abandonou a literatura torpe e mundana para ler os seus sermões do famoso pregador.  Os ricos socorriam os pobres em vez de oprimi-los.Foi neste tempo que o povo fez a grande fogueira na "pizza"de Florença e queimou grande quantidade de seus artigos usados para alimentar vicios vaidades.Não cabia mais,na grande Duomo ,seu imensso auditório.(ibidp.119).
Certo dia, ao dirigir-se a uma feira, viu, repentinamen_te, em visão, os céus abertos e passando perante seus olhos todas as calamidades que sobrevirão à igreja. Então lhe pareceu ouvir uma voz do Céu ordenando-lhe anunciar es_tas coisas ao povo.
Convicto de que a visão era do Senhor, começou nova_mente a pregar com voz de trovão. Sob a nova unção do Espírito Santo a sua condenação ao pecado era feita com tanto ímpeto, que muitos dos ouvintes depois andavam atordoados sem falar, nas ruas. Era coisa comum, durante seus sermões, homens e mulheres de todas as idades e de todas as classes romperem em veemente choro.
O ardor de Savonarola na oração aumentava dia após dia e sua fé crescia na mesma proporção. Freqüentemente, ao orar, caía em êxtase. Certa vez, enquanto sentado no púlpito, sobreveio-lhe uma visão, durante a qual ficou imóvel por cinco horas, quando o seu rosto brilhava, e os ouvintes na igreja o contemplavam.
Em toda a parte onde Savonarola pregava, seus ser_mões contra o pecado produziam profundo terror. Os ho_mens mais cultos começaram então a assistir às pregações em Florença; foi necessário realizar as reuniões na Duomo, famosa catedral, onde continuou a pregar durante oito anos. O povo se levantava à meia-noite e esperava na rua até a hora de abrir a catedral.
O corrupto regente de Florença, Lorenzo Medici, expe_rimentou todas as formas: a bajulação, as peitas, as amea_ças, e os rogos, para induzir Savonarola a desistir de pregar contra o pecado, e especialmente contra a perversidade do regente. Por fim, vendo que tudo era debalde, contratou o famoso pregador, Frei Mariano, para pregar contra Savo_narola. Frei Mariano pregou um sermão, mas o povo não prestou atenção à sua eloqüência e astúcia, e ele não ousou mais pregar.
Nessa altura, Savonarola profetizou que Lorenzo, o Papa e o rei de Nápoles morreriam dentro de um ano, e as_sim sucedeu.
Depois da morte de Lorenzo, Carlos VIII, da França, invadiu a Itália e a influência de Savonarola aumentou ainda mais. O povo abandonou a literatura torpe e munda_na para ler os sermões do famoso pregador. Os ricos socor_riam os pobres em vez de oprimi-los. Foi neste tempo que o povo fez a grande fogueira, na "piazza" de Florença e quei_mou grande quantidade de artigos usados para alimentar vícios e vaidade. Não cabia mais, na grande Duomo, o seu imenso auditório.
Dos séculos XV a XIX, a Itália esteve dividida em diversos estados, ducados, repúblicas, e reinos. No centro havia os estados da igreja, governados pelo papa, sendo a cidade de Roma a capital. A corrupção nos estados do papa era medonha. A maioria dos papas procurava constituir seus parentes como príncipes nos estados vizinhos. Nos últimos quarenta anos deste século (XV) o crime político aumentou consideravelmente. De vez em quando papas honestos e sinceros eram eleitos, e procuravam reformar o estado de corrupção que existia, mas estes eram desprezados por todos, e quando morriam as condições imorais voltavam ainda piores. 
Os príncipes secretamente assassinavam seus rivais. Os papas eram ímpios, levavam vida escandalosa, e alguns deles eram verdadeiros monstros de iniqüidade. O pior deles foi Alexandre VI, da família Borgia, cujos filhos eram o terror de Roma. A República de Florença foi governada por um monge chamado Girolamo Savonarola, que pela vida santa e pregação que apresentava produziu uma reforma na república, mas sua vida e pregação (embora um católico verdadeiro) era uma repreensão à vida e à iniqüidade do papa, e Alexandre tratou logo de processá-lo, e Savonarola foi condenado e queimado em praça pública em 1498.

Daí por diante a Itália tornou-se um campo de batalha dos exércitos espanhóis, franceses e alemães. No ano de 1527, Roma foi tomada, o papa preso no castelo, e a cidade saqueada por 30.000 soldados. Durante os 340 anos que se seguiram após o saque de Roma, a Itália foi repartida por países estrangeiros e sua história é uma série de guerras entre as famílias reais dos Habsburgos e dos Bourbons.

No Estado de Piemont, no Norte, existiam colônias de crentes primitivos chamados Valdenses (ou Vaudois). Estes eram os descendentes dos seguidores de Pedro Waldo, um negociante rico de Lyon, na França, que sendo convertido, deixou seu negócio para pregar o Evangelho (1170). Seus seguidores, sendo perseguidos, fugiram das cidades e esconderam-se nos vales entre os Alpes, e séculos depois foram achados na província do Oriente, da França. Estes crentes espalharam-se na Itália, procurando evangelizar os italianos, mormente o povo mais humilde, mas quando veio a perseguição voltaram para as montanhas.

Os pastores deste povo chamavam-se "barbas", e ouvindo acerca das novas doutrinas da Reforma enviaram dois deles: Jorge Morei e Pedro Masson a Basiléia para visitar o reformador Oecolâmpade, a fim de conferir suas doutrinas. Achavam que havia muito em comum entre os Waldenses e os reformadores, embora existissem também certas diferenças. Depois, o pregador Guilherme Farei foi convidado a assistir a uma conferência com os representantes dos Waldenses. A esta conferência assistiram anciões das igrejas da Itália, não somente do Norte, mas também do Sul, e crentes da França, Alemanha e Boêmia. Entre eles havia alguns nobres da Itália, que tomaram parte na discussão. Farei era o pregador principal; ele era um homem eloqüente e espiritual. Nessa reunião, ficou resolvido fazer uma melhor tradução da Bíblia na língua francesa. Esta obra foi feita por um crente francês chamado Olivetan.

A igreja de Roma fez muitas tentativas de apagar a voz do Evangelho, perseguindo os crentes e mandando exércitos para exterminá-los, mas essa luz nunca foi completamente apagada.

O povo protestante da Inglaterra tem mostrado seu interesse e simpatia para com os Waldenses desde o tempo do Protetor Oliver Cromwell. Havendo no ano 1650 uma grande perseguição, o Protetor interessou-se em favor do povo perseguido, de tal modo que seus inimigos foram obrigados a desistir da perseguição. O poeta Milton descreveu num poema os sofrimentos dos Waldenses durante esse tempo, e uma grande coleta foi levantada no país para ajudá-los, e o dinheiro enviado aos que tanto sofriam. No reinado da rainha Ana da Inglaterra, um subsídio foi mandado pelo governo britânico para ajudar os pastores Waldenses, e continuou até o tempo de Napoleão. No ano de 1823 um ministro anglicano visitou os vales de Piemont e escreveu um livro contando sua experiência entre os Waldenses. 
O livro foi lido por um coronel do exército inglês chamado Beckwith. Este, não tendo mais serviço no exército, resolveu dedicar o resto da sua vida em promover o bem-estar da igreja Waldense. Durante 35 anos, Beckwith trabalhou entre esse povo, estabelecendo 120 escolas; ele edificou uma igreja em Turim, capital de Piemont, no ano de 1849. Uma missão inglesa ainda funciona nessa zona.

O domínio francês, no tempo de Napoleão, trouxe mais liberdade à Itália, mas não trouxe mais luz evangélica. Durante cinqüenta anos depois da queda de Napoleão, a história da Itália era uma luta entre a tirania dos governadores austríacos no Norte; do papa no Centro, e dos reis de Nápoles (da família dos Burbons) no Sul. Tirania, corrupção e opressão reinavam em toda a parte. Os homens que faziam qualquer propaganda em favor da liberdade eram metidos em prisões, sem processo, ou foram mortos.

É provável que os estados papais fossem o pior e o mais corrupto lugar que o mundo jamais viu. Um homem que, mais do que outro qualquer, ajudou a libertação do país, foi Giussepe Garibaldi. Serviu, na sua mocidade, na Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do sul (Brasil) e casou-se com uma brasileira - Anita Garibaldi - que o animou na sua tarefa na Itália. Os exércitos do rei de Nápoles fugiram diante de Garibaldi e seus "camisas vermelhas", e Vitor Emannuel, rei de Sardenha, ajudado pelo exército francês, venceu os austríacos. Finalmente tomaram Roma, e os estados da igreja, e toda a Itália foi unida num reino, e o papa retirou-se para o Vaticano, perdendo assim o seu poder temporal, onde ele e seus predecessores governaram tão mal. Durante estas lutas, existiam grupos de crentes italianos, mas a maior parte deles era gente humilde.

No princípio do século XIX, o grande duque de Toscana, um dos estados do Norte da Itália, convidou o Conde Guicciardini para organizar um sistema superior de educação. O Conde, em busca de bons livros para esse fim, achou uma Vulgata (Bíblia em Latim) na sua biblioteca, e começou a estudá-la, mas ficou espantado quando observou que seu ensino não confirmava o da igreja romana. Nesta altura, o conde, certo dia, viu um seu criado lendo um livro, que se apressou em esconder quando recebeu seu patrão.
 O conde perguntou-lhe que era o que lia. 0 criado pediu-lhe então que não o traísse, e mostrou-lhe a Bíblia em italiano. O conde pediu ao servo que subisse a um quarto de seu palácio a fim de eles juntos estudarem o livro. Guicciardini foi convertido desta maneira, e achando grupos de crentes, que eram pessoas humildes, reuniu-se a eles. No ano 1851, foi promulgada uma lei, instigada pelos jesuítas, proibindo tais reuniões e o Conde foi obrigado a sair da sua pátria, e ir para a Inglaterra, onde gozava da comunhão dos crentes. Ele foi o meio da conversão de um seu patrício de nome Rosseti. 
Quando veio a liberdade, no ano de 1871, Guicciardini voltou à Itália, pregou e ensinou até a sua morte. Desde o dia em que o papa perdeu seu poder temporal, e retirou-se como "prisioneiro do Vaticano", o país tem-se desenvolvido. Nesse tempo o papa achou consolo na declaração do Sínodo do Vaticano acerca de sua infalibilidade que foi anunciada no ano de 1870, e aceita pela Igreja Romana como uma das suas doutrinas. Essa igreja ainda procura impedir a evangelização no país, mas uma lei sobre religião, embora com certas restrições, ga­rante essa liberdade.
A primeira Grande Guerra, que terminou em 1918, deixou a Itália muito abatida, embora com mais território. O país tem-se desenvolvido, mas, infelizmente, numa direção militar em desacordo com o caráter do povo italiano, e agora (1941) o país está envolvido em outra guerra, que é capaz de enfraquecer a Itália consideravelmente.notas historia do cristianismo,A.Knight e W.Anglin,2009,cpad). 
 
  
  Perseguição contra Savonarola

         Contudo ,o sucesso de Savonarola foi muito,então surgiu a perseguição.O pregador foi ameaçado ,excomungado e ,por fim ,no ano de 1498,por ordem do papa ,foi queimado em praça pública .Com as palavras :"o SENHOR sofreu tanto por mim,terminou a vida terrestre de um dos maiores e mais dedicados mártires de todos os tempos.Apesar de ele continuar  até a morte a sustentar muitos dos erros de Igreja Romana ,ensinava que todos os que são realmente crentes estão na verdadeira igreja.Alimentava continuamente a alma com a Palavra de DEUS.
        As margens das paginas da sua bilbia estão cheias de notas enquanto meditava nas escrituras.Conhecia uma grande parte da Bilbia de cor e podia abrir o livro instataneamente e achar qualquer texto.Passava noites inteiras em oração,Seus livros sobre humildade ,oração etc,continuam a exercer grande influencia ,e verdade pregada ao povo hoje também são como sementes para a grande reforma que viria com Luetro.(notas herois da fép.19-20).


                   A Reforma na  Alemanha Lutero  introdução   

        Nunca faltaram na história da igreja,e ainda estão por ai,heresias oferecendo um caminho mais curto para o céu.Se,por um lado,os que pregam a salvação pelo legalismo,há ,por outro lado outros,alguns que vem pavimentando a estrada estreita que Jesus ensinou ,a ponto de torna-lo razoavelmente confortavel ,quando não extremamente fácil.Na idade média ,foi criado um sistema que incluía as indulgencias,é hoje extremamente criticado como uma espécie de extorsão que a igreja impunha sobre as pessoas simples.Apesar disso ser verdade,é também verdade que as própias pessoas se agarram ás indulgencias como uma espécie de caminho mais fácil para o céu.(notas rev.expressão p.76,cult.cristã).
         O sistema das indulgencias se apoiava no processo de absolvição da idade média.Para se obter o perdão dos pecados era necessário seguir uma ordem.  1°).o arrependimento interno,depois ,a confissão perante um sacerdote ,que era uma espécie de reparação pelo erro cometido e que da gravidade da fala.Entretanto ,o perdão se estendia apenas ás consequencias eternas do pecado ,ou seja a única coisa que ele conseguia era libertar o culpado do inferno.
         A absolvição não eliminava as consequencias terrenas dos pecados.Isso dizia a respeito ao sofrimento que alguém poderia receber como retribuição por seus erros.Acreditavas se que aqueles que não recebessem todas essas consequencias nessa vida,haveriam de receber no purgatório.Assim  o purgatório era um local intermediario entre o céu e o inferno,onde aqueles que não haviam sido maus o suficiente para ir para o inferno ,nem bons o bastante para ir diretamente para o céu ,ficavam algum tempo até terem sofrido ou "purgado"os seus pecados.
          Mas era ensinado que a igreja tinha poder sobre        essas penas e que havia uma espécie de depósito de "méritos'conquistados por Cristo e pelos"santos",e que o papa ,como depositario desses tesouros ,poderia liberta-los para os que deles necessitassem.As indulgencias foram muito usadas no tempo das cruzadas ,quando os soldados lutavam em torca da remissão para si e para seus familiares.Mas ,com o tempo ,achou-se uma forma ainda mais lucrativa;o trafico de indulgencias.Começou a vender ,por uma boa quantia de dinheiro,o alivio das santas penas do purgatório.(notas ibid p.77).
           Na verdade as indulgencias foram um dos maiores motivos para o inicio da própia Reforma Protestantes .Foi contra elas,especialmente ,que Martinho Lutero fixou suas 95 teses na Catedral de Witternbergem 31 de outubro de 1517.Naqueles dias ,um arcebispo chamado Albrecht,endividado com alguns nobres ,conseguiu do papa o direito de vender indulgencias na alemanha.Ele enviou um dominicano chamado Tetzel ,que ficou conhecido como um dos mais habeis vendedores de indulgemcias.
           Esse homem andava pelas ruas das cidades anunciando que,quando se ouvia o tilintar da moeda em seu cofre,naquele exato momento saía do purgatório a alma em favor de quem se havia comprado a indulgencia.Também vendiam-se indulgencias para pessoas vivias,que eram entregues certificados ,os quais eram guardados como uma espécie de passaporte para o céu.(notas ibib p.77).   O povo via aquilo como uma rara oportunidade de salvação.Num tempo em que a igreja ocultava dos seus fiéis o evangelho ,não é por acaso que multidões se arrastavam atrás dos vendedores de indulgencias.Afinal ,comprar com um pouco de dinheiro algo que não tinha preço,parecia  ser um excelente  negócio.(notas,ibib p.77).
           EM agosto de 1518 ,Lutero foi chamado para comparecer em Roma para responder a uma denuncia de heresia.Contudo ,o eleitor Frederico não consentiu que fosse levado para fora do país;assim Lutero foi intimado a apresentar-se em Ausburgo.'eles te queimarão vivo"insistiam seus amigos.Lutero ,porem respondeu resolutamente:"se Deus sustenta a causa ,ele seŕa sustentada".A ordem do nuncio do papa em Augsburg foi:"retrata-se ou não voltara mais daqui".
           Contudo Lutero conseguiu fugir,passando por um pequena cancela no muro da cidade,na escuridão da noite.Ao chegar de novo em Wittenberg,um ano depois de fixar as tesses ,era o homem mais popular em toda a alemanha.Não havia jornais nesse tempo,mas fluiam da pena de Lutero respostas a todos os seus críticos para serem publicadas em folhetos.O que escreveu dessa forma ,hoje seriam 100 volumes.(notas herois da fé,p.32,cpad)
           O celebre  ERASMO ,da Holanda,assim escreveu a Lutero:"seus livros estão despertando todo o país...os eminentes da Inglaterra gostam de seus escritor....."Quando a bula de excomungão ,enviada pelo papa,chegou em Wittenberg,Lutero respondeu com um tratado chegou ao papa leão 10,exortando ,no nome do Senhor,A QUE SE ARREPENDESSE .a BULA DP PAPA FOI QUEIMADA FORA DO MURO DA CIDADEDE WITTEMBERG,PERANTE GRANDE AJUNTAMENTO DO POVO.ASSIM ESCREVEU LUTERO AO VIGARIO GERAL:"NO MOMENTO DE QUEIMAR A BULA ,ESTAVA TREMENDO E ORANDO,MAS AGORA ESTOU SATISFEITO DE TER PRATICADO ESTE ATO ENERGICO".Lutero não esperou até que o papa o excomungasse,mas deu logo o pulo da igreja romana para a igreja do Deus vivo.(ibid p.32-33).
          Apesar de os papistas não conseguirem influenciar o imperador a violar o salvo conduto ,para que pudessem queimar numa fogueira o assim chamado de herege.Lutero teve de enfrentar outro grave problema.O edito de excomunhão enfrentaria imediatamente em vigor;Lutero por causa da excomunhão ,era criminoso para eles,ao findar o prazo de salvo conduto,devia ser entregue ao imperador ;para todos os seus livros deviam ser apreendidos e queimados ,ato de ajuda-lo em qualquer maneira era crime capital.         Mas para DEUS é facil cuidar dos seus filhos .Lutero ,regressando a Wittenberg ,foi repentinamente rodeado num bosque por um bando de cavaleiros mascarados que ,depois de despedirem as pessoas que o acompanhava,conduziram -no alta noite ,ao castelo de Wittenberg,perto de Eisenach.Isto foi um estratagema do principe de Saxonia para salvar Lutero dos inimigos que planejavam assasina-lo antes de chegar em casa.(ibid p.35).
        No castelo ,Lutero passou muitos meses disfarçado,tomou o nome de cavaleiro jorge eo mundo o considerava morto.Contudo no seu retiro ,livre de seus inimigos ,foi lhe concedida a liberdade de literatura ,que essa obra da sua pena de fato ,Lutero vivia .O reformador conhecia bem o hebraico eo grego e em 3 meses tinha vertido todo o novo testamento para o alemão- em poucos meses mais a obra estava impressa e nas suas mãos do povo.Cem mil exemplares foram vendidas em 40 anos ,alem das 52 edições em outras cidades.Era circulação imenssa para aquele tempo,mas Lutero não aceitou um centavo de direitos autorais.(ibid p.35-36).
         A maior obra de toda a sua vida ,sem duvida ,foi a de dar ao povo alemão na sua própio idioma-depois de volta a wittenberg ,já havia outras traduções latinizado que o povo não compreendia.O idioma alemão desse tempo era um agregado de dialetos,mas Lutero ,ao traduzir a bilbia deu ao povo a lingua que servia depois a homens como Goethe e Shiler para escreverem as suas obras.O exito em traduzir as Escrituras Sagradas para o uso dos humildes,verefica-se no fato de que depois de 4 seculos a sua tradução permanece como principal.(ibid p.36).
        O outra coisa que contribuiu para o exito da tradução de lutero ,é que ele era erudito em hebraico e grego e traduziu das linguas originais.Contudo ,o valor da sua obra não se baseie tão somente sobre seus indiscutiveis dotes literarios.O que lhe deu realidade é que ele conhecia a bilbia ,como ninguem podia conhece-la ,sem primeiro sentir a angustia eterna e achar nas escrituras a verdadeira e profunda consolação.Lutero conhecia intimamente e amava sinceramente o autor do livro.O resultado foi que o seu coração abrasou-se com avivamento e poder do ESPIRITO SANTO.Foi esse o segredo de ele traduzir tudo para o alemão em tão pouco tempo.(ibidp.36).
          Como todo mundo sabe ,a fortaleza de Lutero e da reforma foi a bilbia.Escreveu de warburgo para o seu povo em wittenberg;"jamais em todo mundo se escreveu um livro mais facil de compreender do o que a bilbia.Comparada aos outros livros,é como o sol em contras ter com todas as demais luzes.Não vos deixeis levar a abandona-la sob qualquer pretexto da parte deles.SE vos afastardes dela por um momento estará perdido;podem levar-vos para onde quer que desejem.Se pernanecerdes com as escrituras ,sereis vitoriosos".
         Depois de abandonar o habito monastico Lutero resolveu deixar por completo a vida monastica,casando-se com catarina von bora,freira que também saira do clausto ,por ver que tal vida é contra a vontade de Deus.O vulto de Lutero sentado ao lume com a esposa e 6 filhos que amava ternamente,inspira os homens mais que o grande heroi ao apresentar-se parante o legado em Augsburg.(ibid p.37).
         Havia entre Lutero e sua esposa profundo amor de um para com outro.nos cultos domesticos ,a familia rodeava um harmonia.,com o qual louvavam a Deus juntos,o reformador lia o livro que traduzia para o povo e depois louvavam a Deus e oravam até sentirem a presença divina entre eles.Os homens geralmente querem atribuir  o grande exito de Lutero a sua extraordinaria inteligencia aos seus destacados dons.Ofato é que Lutero também tinha o costume de orar horas direto.    Dizia que não passasse 2 horas de manhã orando,recearia que satanas ganhasse a vitória sobre ele durante o dia.Certo biógrafo seu escreveu"o tempo ele passa em oração produz  o tempo para tudo que faz.O tempo que passa com a Palavra vivificante enche o coração até transbordar em sermões ,correspondencia e ensinamentos".(ibib p.380).
         Encontra-se o seguinte na história da igreja cristã,por sour vol 3,p.406"Lutero profetizava,evangelizava ,falava em linguas e interpretava ,revestido de todos os donde do Espirito Santo'.LUTERO  pregava diariamente em certas ocasiões pregava até três vezes ao dia,conforme ele mesmo conta "o que pasto é seguro o rebanho ,a casa para o homem ,o ninho para passarinho ,a penha ára a cabra montes,o arroi para o peixe ,a biblia é para as almas fiéis".A luz do evangelho ,por fim ,tomara o lugar das trevas e a alma de Lutero avivada por condizir os seus ouvintes ao Cordeiro que tira o pecado do mundo.(ibidp.31).
          Lutero fez o sermão a parte principal do culto.Ele  mesmo serviu de exemplo para acentuar esse costume :era pregador de grande porte.Considerava-se como sendo nada ,a menssagem saia-lhe do coração;o povo sentia a presença de Deus.Em  Zwiekau pregou a um auditório de 25 mil pessoas na praça pública.Calcula-se que escreveu 180 volumes de obras evangélicas no idioma materno e quase um numero igual no latim.Apesar de sofrer de varias enfermidades sempre se esforçava.(notas ibid p.38).
       Embora negado  por alguns historiadores,Lutero era um homem cheio do ESPIRITO SANTO ,foi ele batizado com ESPIRITO SANTO,ELE FOI UM AUTENTICO PENTECOSTAL,com a presença dos dons do ESPIRITO SANTO,ENTÃO QUE AVIVAMENTO a Alemanha na igreja luterana estava vivendo.Imaginemos Lutero pregando e pessoas sendo batizados e revestidas de poder conforme atos 2?A unção que Lutero pregava era autentica como foi com os lideres dos avivamentos no passado,ex  Charles Finey,D.L.Moodi,Jhon Weslei,Jorge Whitefield,Daniel Berg ,Jonathan Edwards.
         Realmente os dons do Espirito Santo estava sobra as igreja luteranas na Alemanha,Lutero foi um reformador,escritor ,tradutor,compositor de hinos,poeta.comenterista do antigo e novo testamento,mas não podemos deixar de analizar que foi alguém que DEUS o levantou também com poder na Alemanha e que nunca havia acontecido algo semelhante avivamento.Imagine o poder de Deus sendo manifesto em uma multidão de 25 mil pessoas?sem duvida algo muito grandiosos Deus fez na vida de Lutero,e acredito que na Alemanha talvez não houve um avivamento tão extraordinario como o que ocorreu.Imaginemos quantas milhares de pessoas se entregavam a Jesus na praça onde Lutero pregava e em outros lugares na Alemanha.
        O evangelismo  forte em praça publica deveria ser notório.O poder de DEUS deveria ser algo glorioso ,os dons presentes,pessoas levantas ao ministério,aumento da construção de igrejas ,os ministros recebiam instrução.Sim Lutero é alguem em que  Deus o levantou com avivamento e muito poder na Alemanha.Na verdade poucos consegue ver Lutero como um homem em que foi levantado com poder na missão de avivamento.
       Mas na verdade ele foi um homem levantado por Deus não só para reformar ,mas também no avivamento para o pais naquele período.Sua vida de oração prova que realmente   Lutero viveu em sua vida um despertamento pessoal e também com poder do Espirito Santo também pode despertar milhares e milhares a viverem cheios do Espirito Santo,tudo isso a mão de Deus agindo sobre ele e todos quantos ouviam  a pregação do evangelho puro e verdadeiro e seus ensinamentos e nas literaturas atravessaram fronteiras e foram para outros paises da Europa naquela época.Vale a pena lembrar que Lutero rejeitou os livros apócrifos,os escritos apócrifos não são considerados como canônicos(a palavra canônicos,canônicos tem seu significado de regra,preceito,decisão de conflito concilio sobre a matéria de fé ou de disciplina eclesiastica.Seja quantos forem os livros apócrifos do antigo e novo testamento,estão fora do canon sagrado,esses livros apócrifos estão rejeitados e não conhecidos de inspiração divina.
Os alemães sempre foram um povo viril e inteligente, mas a fraqueza política do país era devida ao fato de até no século passado estar dividido em estados independentes: reinos, ducados, e eleitorados, possuindo o imperador um poder restrito. Ele era eleito pela "Dieta", que era uma conferência dos chefes dos vários estados. Ao tempo da Reforma, Carlos V era imperador. Era também rei da Espanha e dos Países Baixos, e um homem prudente e ambicioso. De todo o coração queria castigar Martinho Lutero pela pusadia em se opor ao papa. Felizmente os estados eram independentes e seus governadores ciosos dos seus direitos.

Lutero morava na Saxônia, e o Eleitor Frederico apoiava o reformador. A Reforma espalhou-se para outros Estados, mas muitos estados alemães conservaram-se católicos. As vezes a Reforma e a vida dos reformadores pareciam estar em perigo, mas Deus guardava o seu povo, e as invejas e contendas políticas serviam para conservar a fé e a vida dos reformadores.

Lutero era conservador, e queria, tanto quanto possível conservar da antiga religião certas cerimônias, vestimentas, etc, que considerava como a casca para conservar as novas doutrinas. A Igreja Luterana na Alemanha era ligada ao Estado e controlada pelo governo secular. Em outros países a mesma igreja é governada por bispos. Uma separação entre a Igreja e o mundo nunca entrou no pensamento dos reformadores principais em qualquer país, muito menos na Alemanha: Lutero era mais um grande pregador do que um cuidadoso teólogo. Como outros reformadores, emergindo das trevas e superstições da Igreja de Roma, ele recebeu a luz gradualmente, e seus escritos mostraram um certo progresso no seu entendimento das Escrituras. Uma grande dificuldade surgiu quando Lutero morreu, devido ao fato de um partido na Igreja Luterana querer aderir rigorosamente às crenças e escritos do Reformador, embora em alguns pontos não fosse muito claro o que ele cria.

Depois da morte de Lutero, e durante o século seguinte, houve muitas contendas a fim de obter-se uniformidade no ritual da Igreja Luterana, e para fazê-la mais conforme aos credos das igrejas de outros países. O fanatismo dos padres luteranos pelo seu ritual e pormenores de doutrinas sem importância prejudicou a espiritualidade da igreja. Depressa a Igreja Luterana entrou no estado descrito na carta a Sardo (Ap 3.1): "Tens nome de que vives, e estás morto". De vez em quando Deus levantava testemunhas no meio deste estado morto. Uma destas foi Jacó Spener, um fiel pregador, e outros foram associados com ele. Toda a sua vida foi atacada pelos teólogos e padres luteranos.
 A alcunha "Pietistas" (piedosos) foi dada a estas testemunhas, porque pregavam contra os prazeres mundanos e levianos, e praticavam o que pregavam. Outro homem de Deus foi Augusto Hermann Franck. Ele fundou um orfanato na cidade de Hale no ano de 1691, um posto médico para os pobres, e uma sociedade bíblica. Mais tarde o conde de Zinzendorf começou seu grande serviço. Pertencia a uma família rica, nobre e piedosa. Seu padrinho foi Jacó Spener, e cresceu com o conhecimento do Evangelho. Mas quando era jovem crente, o conde visitava as cidades da Europa (como muitos ricos costumavam fazer, a fim de completar a sua educação) e chegou a Dusseldorf, e, entrando numa galeria de arte, ficou muito impressionado com uma pintura de Cristo crucificado feita no século anterior, e com as seguintes palavras embaixo: "Tudo isto Eu fiz por ti! - Que fazes tu por mim?" Isto produziu uma crise na vida de Zinzendorf, e voltou para casa com desejo ardente de servir ao Senhor.
 O conde interessava-se pelos crentes na Morávia perseguidos pelos governadores da Áustria. Muitos eram descendentes dos seguidores de João Huss: outros elementos foram espalhados pela perseguição no tempo da Reforma. O conde convidou alguns para sua propriedade para fazer uma aldeia modelo, onde houvesse liberdade. No princípio havia brigas e contendas. Séculos de perseguição tornaram estes crentes como fanáticos em defesa de suas doutrinas, e confundiram as questões sem importância com doutrinas fundamentais.
 Alguns concluíram que o bom Conde era mesmo a "Besta" do Apocalipse, e foram visitá-lo para anunciar-lhe este descobrimento. Zinzendorf tratou-os com muita paciência e consideração e, depois de muito ensino, tudo foi harmonizado, e em vez de contenderem, os moravianos começaram a se amarem uns aos outros e a trabalharem juntos. O Conde, com sua família, morava com eles, dando assim bom exemplo de vida cristã em casa. Os moravianos tomaram o nome de "Irmãos Unidos". Zinzendorf queria que eles se associassem à Igreja Luterana e aceitassem seu ritual, mas os irmãos não queriam, e a sua congregação tomou uma forma mais calvinista. Os irmãos tornaram-se em uma sociedade missionária, e muitos deles foram evangelizar como missionários pioneiros em diversas partes do mundo. As despesas eram pagas pelo conde, até que veio a ficar empobrecido.

Zinzendorf também foi perseguido pelas autoridades da Igreja Luterana, mas sofreu tudo com paciência. Foi banido de Saxônia pelas autoridades durante algum tempo, mas sua liberdade depois foi restaurada, e até pediram-lhe que arranjasse mais aldeias modelos como a de Hernhut, onde morava. João Wesley encontrou os missionários moravianos em viagem para a América, e ficou impressionado com o procedimento deste povo, especialmente com a calma que eles mostraram durante uma tempestade.
 No seu regresso à Inglaterra, Wesley assistiu às reuniões dos moravianos em Londres, e ali foi convertido. Wesley visitou Hernhut, a aldeia dos Irmãos Unidos na Alemanha e ficou muito impressionado; mas mais tarde encontrando alguns deles com idéias extravagantes, separou-se deste povo. A doutrina principal que os dividiu foi a da predestinação, pois Zinzendorf era calvinista e Wesley armeniano. Um grande pregador contemporâneo de Zinzendorf foi Hochmann von Hochenau. Sua pregação produziu uma revivificação e muita gente foi convertida, e foi iniciado um movimento espiritual chamado "A Sociedade de Filadélfia". Espalhou-se para outros países e "igrejas de Filadélfia" foram fundadas em muitos lugares, separadas da Igreja estabelecida. A pregação de Hochmann foi o meio da conversão de um jovem estudante chamado Hoffmann, que tornou-se um grande pregador do evangelho, e foi usado na conversão de Gerhard Tersteegen, um escritor de muitos hinos na língua alemã.

A Alemanha sofreu terrivelmente na guerra dos "Trinta Anos", no século XVII (1618-1648) e muito do seu território foi devastado. No século seguinte, as lutas de Frederico, o Grande, chamadas a "Guerra dos Sete Anos", produziram muitos sofrimentos e privações. Durante o século XVIII, o ateísmo espalhava-se pela Alemanha, e o Rei da Prússia (Frederico, o Grande) era amigo de Voltaire, cujos escritos espalhavam sua impiedade.No século seguinte, as guerras de Napoleão impediram o progresso da Alemanha, porque o imperador da França dominava o país. No século XIX, os vários estados da Alemanha ficaram unidos, e o Rei da Prússia foi declarado imperador da Alemanha. Os alemães têm feito grande progresso na indústria, no comércio e na ciência. As leis e a administração eram justas, sem a corrupção que desmoraliza muitos outros países.
Durante a Segunda Grande Guerra, o mundo todo e os melhores elementos na Alemanha protestaram contra a injustiça e a brutalidade da perseguição dos judeus e de alemães que não concordavam com o sistema de opressão. O espírito militar era muito forte na Alemanha, confundindo-se com o patriotismo, e a Igreja Luterana não manifestou poder espiritual para combater esse espírito militarista. A tentativa de Adolfo Hitler de converter a Igreja às suas idéias pagãs produziu resistência da parte de muitos pastores e do povo fiel. Alguns sofreram até a morte para manter o testemunho do Evangelho. A guerra começada no ano 1939 produziu muita miséria no mundo, especialmente na própria Alemanha.(notas historia do cristianismo A.Knight e W.Anglin,cpad,2009)

Intransigência de Lutero

Era considerado pelo povo como sendo pouco menos que um papa, e realmente em algumas ocasiões os seus atos autorizam esta denominação. Sustentava a sua posição por meio de uma insistência brusca, e parece ter tido um certo receio de descer na estima dos seus semelhantes confessando qualquer erro. Quando lhe faltavam argumentos, ele servia-se de sofismas para manter a sua posição; e pelo menos em uma ocasião chegou a sacrificar os interesses do Evangelho às exigências do partido e à manutenção da sua autoridade. Isto parece forte demais, mas é provado por bastantes fatos, e a história deve ser verdadeira. O seu procedimento na conferência de Marburgo é prova suficiente. Esta conferência foi promovida por Filipe, príncipe de Hesse, e tinha por fim decidir a grande controvérsia sobre a Eucaristia, Porque havia tanto tempo se batiam os reformadores alemães e suíços.


A Doutrina da Transubstanciação
Lutero nunca tinha podido livrar-se de tudo das redes do papismo; e a doutrina da presença verdadeira de Cristo na Eucaristia era um dogma a que ele se agarrou até o fim. É verdade que mudou a palavra transubstanciação por consubstanciação, e procurou modificar esta nociva e blasfema doutrina, mas a sua modificação foi um fraco expediente que não alterou o erro. Roma afirmava - custa escrevê-lo - que "as mãos dos sacerdotes são elevadas a uma altura que não é concedida a nenhum dos anjos, e podem criar Deus, o Criador de todas as coisas, e oferecê-lo para a salvação do mundo inteiro". Por outras palavras, que o pão e vinho eram convertidos no corpo e sangue de Cristo na Eucaristia, fazendo desta doutrina a pedra da esquina da sua fábrica de erros, e condenando como infiéis todos aqueles que a rejeitavam. Lutero mantinha a mais absurda e igualmente errônea noção de que os elementos depois da consagração ficavam sendo exatamente o que eram antes dela - verdadeiro pão e vinho, "mas que o pão e vinho tinham também em si a substância material do corpo humano de Cristo" - "Logo que sejam pronunciadas as palavras de consagração sobre o pão, o corpo está ali, por mais perverso que possa ser o sacerdote que as pronuncia!" - São estas as próprias palavras do reformador! Ora Zwínglio e o grupo dos reformadores suíços tinham horror a ambas estas doutrinas. Tinham restabelecido o ensino das Escrituras quanto a estas preciosas memórias; e tinham largamente espalhado as suas convicções, embora particularmente, entre os sábios da Europa. O amigo de Lutero, o Dr. Carlstadt, foi um dos primeiros a rejeitar a idéia luterana e abraçar a antiga doutrina restaurada, mas Lutero, desgostoso pelas medidas brandas, publicou no ano 1525 um panfleto vigoroso contra o seu antigo chefe; e daqui nasceu a controvérsia.


Lutero contra Zwínglio
A réplica de Lutero, que apareceu no mesmo ano, era caracterizada por uma grande arrogância e aspereza, e ele não hesitou em atribuir a Satanás os piedosos esforços de Zwínglio. Isto era na verdade um desafio, e Zwínglio não pôde deixar de entrar na luta contra ele. Mas, ainda assim, durante a controvérsia, que durou para cima de quatro anos, a linguagem do reformador suíço foi extremamente moderada. Estando absolutamente convencido da justiça da sua causa, suportou a cólera dos seus adversários sem ressentimento, e furou-lhes as malhas da armadura da sua teima com as setas da verdade. O resultado foi o que se podia esperar. Muitos dos luteranos mais esclarecidos, vendo com tristeza que seu chefe não queria investigar a questão pacificamente, começaram a perder confiança nele, e passaram para o lado dos suíços. No entanto, os papistas viram com manifesta alegria o progresso da controvérsia; e esta observação de Erasmo: "Os luteranos estão-se voltando com ardor para o grêmio da igreja", tornou-se um provérbio na boca de todos.


Conferência dos Reformadores
A conferência, que foi muito concorrida, na qual apenas tomaram parte Lutero, Zwínglio, Melanchton e Oecolâmpade, não deu muito bons resultados. Lutero foi para lá com uma idéia fixa, e protestou desde o princípio que havia sempre de divergir da opinião dos seus adversários no que dizia respeito à doutrina da Ceia do Senhor. Pegando num bocado de giz, escreveu em letras grandes no pano de veludo da mesa: "Hoc est corpus meum" ("Este é o meu corpo"). "São estas as palavras de Cristo", disse ele, "e nenhum adversário será capaz de me fazer arredar daqui". Repetindo as mesmas palavras, acrescentou, momentos depois: "Que alguém me prove que um corpo não é um corpo. Eu rejeito a razão, ao senso comum e aos argumentos carnais: as provas são matemáticas. Deus está acima da matemática. Temos a palavra de Deus - devemos respeitá-la e fazer o que ela manda".

No prosseguimento da discussão, o acertado raciocínio de Zwínglio produziu um grande efeito, mas Lutero conservou-se teimoso e inflexível. Os argumentos apresentados pelo suíço, tirados das Escrituras, evidentemente perturbaram-lhe o espírito, mas ele tinha ido muito longe e já era tarde para retroceder. Por fim Zwínglio apresentou um argumento, que Oecolâmpade já tinha apresentado de manhã quanto à significação da frase "a carne para nada aproveita". Lutero então observou: "Quando Cristo diz que a carne para nada aproveita, não fala da sua carne, mas, sim da nossa". Zwínglio respondeu: "A alma alimenta-se do Espírito e não da carne". Lutero disse: "È com a boca que comemos o corpo; a alma não o come; comemo-lo espiritualmente com a alma". Zwínglio: "Assim faz do corpo um alimento corporal e não espiritual". Lutero: "O senhor é sofísmador". Zwínglio: "Não, mas o senhor é que está a dizer coisas contraditórias". Lutero: "Se Deus me apresentasse maçãs silvestres, eu as havia de comer espiritualmente. Na Ceia do Senhor a boca recebe o corpo de Cristo, e a alma crê nas suas palavras".

Lutero estava agora dizendo coisas sem nexo e Zwínglio procedeu com critério, apresentando novos argumentos e afirmando as suas idéias em lugar de combater as do seu adversário. Mas Lutero não se queria confessar vencido. "Este é o meu corpo", gritava ele de vez em quando, e era nesta frase que procurava um refúgio seguro em todas as suas dificuldades. "O demônio não me poderá afastar disto!" dizia ele, "procurar compreendê-lo é afastar-se da fé".

Daí um pouco Oecolâmpade, citando 2 Co 5.17 disse: "Nós não conhecemos Jesus Cristo segundo a carne". Lutero: "Segundo a carne significa, nessa passagem, segundo as nossas afeições carnais". Zwínglio: "Então responda-me a isto, Dr. Lutero, Cristo subiu ao Céu; e se Ele está no Céu, no que diz respeito ao seu corpo, como pode Ele estar no pão? A Palavra de Deus ensina-nos que Ele foi, em todas as coisas, feito igual aos seus irmãos. Portanto não pode estar ao mesmo tempo em cada um dos milhares de altares onde a Eucaristia se está celebrando". Lutero: "Se eu tivesse desejo de discutir assim, havia de procurar provar que Jesus Cristo teve uma esposa com olhos pretos, e que viveu no nosso belo país da Alemanha, pouco me importo com a matemática". Zwínglio: "Não se trata aqui de matemática; trata-se de S. Paulo que escreveu aos Filipenses que Cristo tomara a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens".

Vendo-se assim batido, Lutero ainda procurou refúgio na sua frase: "Meus caros senhores, visto que o meu Senhor Jesus diz: 'Hoc estcorpus meum', eu creio que o seu corpo está realmente ali".

Por um momento parecia que até a paciência de Zwínglio se ia esgotar. Aproximando-se nervoso de Lutero, e batendo na mesa, disse: "Então o doutor sustenta que o corpo de Cristo está literalmente na Eucaristia, visto dizer: 'O corpo de Cristo está ali'. Ali é um advérbio de lugar. Assim admite que o corpo de Cristo é de tal natureza que possa existir num lugar. Se está em algum lugar, está no Céu, donde se segue que não está no pão".

Contudo, mesmo este argumento foi baldado. "Repito", disse Lutero com calor, "que não tenho nada que ver com provas matemáticas. Logo que sejam pronunciadas sobre o pão as palavras de consagração, o corpo está ali, por mais perverso que seja o sacerdote que as pronuncia".


A Fórmula de Concórdia

Em vista de uma tal obstinação (não podemos usar uma palavra mais branda), é de admirar que os reformadores chegassem a termos amigáveis; especialmente porque no fim da discussão Lutero recusou apertar a mão a seus irmãos suíços. Não recordaremos esta cena. Folgamos mesmo não ter espaço para a incluir nesta história. Basta dizer que os esforços do príncipe de Hesse para efetuar a reconciliação tiveram bom êxito até certo ponto. Lutero apresentou uma "Forma de Concórdia", escrita em quatorze artigos, que foi assinada por ambos os partidos no dia 4 de Outubro de 1529. Os reformadores suíços cediam nobremente a Lutero em todos os pontos em que podiam fazer sem violar as suas próprias consciências; mas esta mesma condescendência tornou a sua vitória mais completa. Comentando o procedimento do grande reformador na conferência de Marburgo, diz o deão Waddington: "Afinal de contas ele perdeu a sua influência e reputação por causa daquela controvérsia. Pelo seu modo imperioso e estudo sofismado, enfraqueceu as afeições e o respeito de um grande partido de admiradores inteligentes. Muitos agora começaram a ter uma opinião menos elevada do seu talento e da sua franqueza. Em lugar da abnegação e magnanimidade que tanto brilho tinham dado aos seus primeiros esforços, parece que uma vã arrogância tomara posse de seu espírito; e foi por ele se entregar a essa ignóbil paixão que a Alemanha e a Suíça se separaram quando podiam ter vivido unidas. Ele deixou de ser o gênio da Reforma. Descendo desta magnífica posição, donde tinha dado luz a toda a comunidade evangélica, tornou-se agora o mais poderoso dos partidos dos reformadores, mas destinado no futuro a sofrer revezes e abandonos, que fizeram com que o nome de luterano fosse concedido a um número insignificante de protestantes".


Morte de Zwínglio
Quando Lutero se recusou a estender a mão ao seu irmão suíço, no castelo de Marburgo, mal pensava ele que, dentro de um ano, toda a oportunidade de a fazer passaria. No entanto assim foi. Zwínglio morreu num campo de batalha, quando acompanhava o exército protestante, como capelão. Não tentaremos justificar a conduta dos protestantes suíços em pegar em armas contra os seus inimigos. As Escrituras ensinam-nos que "ao servo do Senhor não convém contender" e podemos estar certos de que nunca deu bom resultado o emprego das armas carnais nos conflitos espirituais da igreja. Na batalha de Cappel, onde Zwínglio perdeu a vida, vinte e cinco ministros cristãos ficaram mortos nos campos de batalha! O grande reformador foi ferido logo no começo da luta, quando se abaixara para dirigir algumas palavras de consolação a um moribundo. A morte não foi instantânea; e quando jazia exausto no chão, ainda o ouviram dizer: "Ah! que calamidade esta! Na verdade mataram o corpo, mas não podem alcançar a alma". Oecolâmpade teve um grande pesar com a morte do seu amigo, e não lhe sobreviveu muito tempo. No ano seguinte foi vítima da peste, e assim no espaço de poucos meses desapareceram os dois principais agentes da Reforma Suíça: O ressentimento de Lutero não os pôde seguir à campa, e escrevendo a Henrique Bullinger, dizia-lhe: "A morte deles encheu-me de tão intensa tristeza, que eu próprio estive quase a morrer também".


Ultimos Anos de Lutero

Porém a hora de Lutero ainda não tinha chegado. O Senhor tinha outra obra para o seu querido servo: e durante mais de quinze anos o doutor de Wittenberg prosseguiu nos seus trabalhos, desenvolvendo, com as suas orações fervorosas, os seus sábios conselhos, a sua generosa simpatia, a sua ardente eloqüência, e a sua hábil pena a obra que tinha tido o privilégio de começar. Os seus últimos dias foram tranqüilos e cheios de paz; e a sua vida doméstica não era a menor das suas últimas alegrias. Foi abençoado com uma fiel esposa, sua companheira e a sua consolação em muitos desgostos e dificuldades, e os seus filhos eram o orgulho de seu coração. Temos notícias de uma anedota que lança nota brilhante sobre Lutero no meio da sua família. Ao entrar inesperadamente um dia no seu quarto, um dos amigos encontrou-o com um dos seus filhinhos escarranchado nas suas pernas, e rindo desmedidamente por o pai o estar fazendo "galopear". Lutero pediu desculpa ao amigo, por não se levantar para o saudar, dizendo: "O meu pequeno vai para Roma levar um recado do seu pai ao papa, e eu não podia interromper a sua jornada". Como tudo isto é belo, quando pensamos que procediam do homem que tinha abalado tronos e dado de pensar ao mundo inteiro!


Morte de Lutero

Uma disputa se tinha levantado entre os condes de Mansfield, e pediram-lhe o seu arbítrio. Isso fê-lo comparecer à sua terra natal. "Nasci e fui batizado em Eisleben", disse Lutero a um amigo que o acompanhava, "seria curioso se eu ficasse e morresse aqui". E assim aconteceu. Pela tarde queixou-se de uma opressão e dor no peito, e, embora se sentisse aliviado com umas fomentações quentes, a opressão voltou mais tarde. Às nove horas encostou-se e dormiu até as dez. Ao acordar foi para o seu quarto, e, depois de dar as boas-noites aos que o rodeavam, acrescentou: "Orem pela causa de Deus". As dores continuavam a aumentar e, entre uma e duas horas da madrugada, levantou-se e foi para o seu escritório sem ajuda de ninguém. Ele sabia que o seu fim estava próximo, e repetiu amiúde estas palavras: "Oh! meu Deus! Nas tuas mãos ponho o meu espírito!" Entretanto muitos tinham tido conhecimento do seu estado, e em breve se viu rodeado de seus três filhos, vários amigos, o conde e a condessa Albert, e dois médicos. Então começou a transpirar, o que lhes deu algumas esperanças, mas ele disse: "É um suor frio, o precursor da morte; em breve darei o último suspiro". Então pôs-se a orar, e concluindo repetiu três vezes: "Nas tuas mãos entrego o meu espírito: Tu me remiste, ó Senhor Deus da verdade!" Em seguida Jonas perguntou-lhe: "Querido pai, confessas que Jesus Cristo é o Filho de Deus, e nosso Salvador e Redentor?" Lutero respondeu audível e claramente: "Confesso". Foi esta a sua última palavra, e assim, de madrugada, rendeu o espírito a Deus. O seu corpo foi removido para Wittenberg no dia 22 de Fevereiro, e Pomerano falou à imensa multidão que, no dia seguinte, se reuniu para presenciar o seu funeral. Melanchton em seguida fez uma oração fúnebre. Mas, para honra dos dois oradores, notou-se que os seus sentimentos eram mais notáveis do que a sua oratória, e as suas piedosas tentativas para consolar a tristeza dos outros não eram mais do que uma demonstração do seu próprio pesar.

(notas A.knitght;e W.anglin;hist;crist;p.201;cpad).

fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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