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terça-feira, 29 de março de 2016

Lições antigas CPAD o livro de Romanos 1998 n.7

Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos 
 2º Trimestre de 1998 
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de DeusComentarista: Esequias Soares da Silva

  
Lição 7: A liberdade cristã
Data: 17 de Maio de 1998

TEXTO ÁUREO

Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz (Cl 2.14).

VERDADE PRÁTICA

O cristão é servo do Senhor Jesus Cristo é, como tal, não pode ser servo da lei, pois acha-se livre dela.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Tg 2.10
Se alguém tropeçar em um só mandamento é culpado de todos

Terça — Gl 5.1
Cristo nos libertou da servidão

Quarta — 2Co 3.9
O ministério da condenação

Quinta — Gl 3.19
A lei foi ordenada por causa das transgressões 

Sexta — Mt 6.24
Ninguém pode servir a dois senhores 

Sábado — Jr 31.31-33
A promessa do Novo Concerto

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 7.1-12.

1 — Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?
2 — Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.
3 — De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido.
4 — Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
5 — Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
6 — Mas, agora, estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
7 — Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão peia lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
8 — Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado.
9 — E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri;
10 — e o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
11 — Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e, por ele, me matou.
12 — Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.

PONTO DE CONTATO

A Bíblia diz em Provérbios 11.14, que não havendo sábia direção, o povo cai. Isto está relacionado também com o professor. Você é um líder. Seu exemplo e motivação conduzirão a sua classe ao sucesso ao fracasso. Portanto, não culpe seus alunos por aparentes fracassos, ou desinteresse. Ore, jejue, planeje, trabalhe, estude métodos e técnicas buscando resolver as dificuldades de sua classe. Deus que é fiel e verdadeiro cumprirá a Sua promessa feita em Gálatas 6.7 “tudo o que o homem semear também ceifará”.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        Identificar o verdadeiro objetivo da Lei de Moisés.
·        Reconhecer que, mortos para o pecado, estamos livres para servir ao Senhor.
·        Escolher viver uma vida de submissão com entendimento e gratidão ao Senhor.

SÍNTESE TEXTUAL

No capítulo anterior, o apóstolo Paulo tratou sobre a libertação do poder do pecado. Agora, no capítulo 7, ele trata sobre a libertação do poder da lei. Para explicar eficazmente essa libertação, o apóstolo usa a ilustração do matrimônio, a fim de mostrar até que ponto um cônjuge está ligado ao outro mediante a lei do matrimônio.

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

O aluno, apesar de estar na posição de aprendiz, pode ser um grande colaborador para o seu professor e trazer enriquecimento para a aula. Cada pessoa tem a sua cosmovisão, ou seja, maneira própria de ver o mundo, que precisa ser respeitada, mesmo que seja contrária a posição do grupo. Contudo, o aluno pode perceber na lição aspectos diferentes dos alcançados pelo professor. Neste caso, um professor sábio aproveitará a oportunidade, trabalhando a motivação da classe, valorizando a contribuição, sem contudo, fugir aos objetivos propostos. Nesta lição você poderá incentivar a participação dos alunos ministrando a lição com perguntas. Por exemplo: Quais as especulações rabínicas sobre a lei? Ou, Como ficou reduzida a Lei de Moisés? Todos os outros tópicos da lição poderão ser usados como perguntas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O capítulo 7 de Romanos surpreende tanto cristãos como judeus. Estudamos, na lição passada, a necessidade da libertação do pecado, o que é perfeitamente compreensível. Agora vamos estudar a libertação da lei. O que é a lei afinal? Por que precisamos estar libertos dela? O que o apóstolo quer dizer com tudo isso? São esses os pontos da lição de hoje.

I. A LEI DE MOISÉS

1. Definição. A lei revelava a vontade de Deus quanto à conduta do seu povo; ela não foi dada como meio de salvação. Os judeus definem a Lei de Moisés como a expressão máxima da vontade de Deus. A lei foi abrogada por Cristo (Mt 5.17; Rm 10.4, Hb 7.12).
2. Especulações rabínicas. Os rabinos afirmavam que a Lei de Moisés consistia de 613 preceitos divididos em dois grupos. Os preceitos positivos (o que se deve fazer) são em número de 248. e representavam o número de órgãos do corpo humano segundo a medicina da época; os preceitos negativos (o que não é permitido fazer) são em número de 365, e representam os dias do ano.
3. Resumo da Lei de Moisés. Estes preceitos, segundo eles, foram reduzidos a 11, nos dias de Davi (Sl 15.2-5); a 6, nos dias do profeta Isaías (Is 33.15); depois a 3 (Mq 6.8); depois a 2 (Am 5.4); e, finalmente a 1: “O justo pela sua fé viverá” (Hc 2.4b). A doutrina da justificação tem base, portanto, na própria Escritura dos judeus: o Antigo Testamento.
4. Jesus e a Lei de Moisés (Mt 5.17,18). Havia muitas especulações sobre os preceitos da Lei de Moisés, principalmente nos dias de Herodes, o Grande.
Muitos rabinos resolveram buscar a perfeição na observância dos preceitos da lei. O mais excelente desses mestres só conseguiu observar 230 dos 248 preceitos positivos. Só Jesus cumpriu integral e perfeitamente a lei.
Como querem, pois, os judeus e outros como os adventistas do sétimo dia a justificação pelas obras da lei?

II. A LEI E A ANALOGIA DO CASAMENTO

1. O princípio (v.1). O princípio apresentado pelo apóstolo é que a lei tem domínio sobre o homem enquanto este viver. Estudamos, na lição passada, que a morte isenta o homem de suas obrigações. Esse princípio era bem conhecido de seus leitores, tanto judeus quanto romanos, pois era também comum à legislação romana.
2. A ilustração (vv.2,3). O apóstolo Paulo, para ilustrar essa doutrina, usa a regra geral e absoluta da indissolubilidade do casamento. Assim como a lei tem domínio sobre homem, da mesma forma a mulher está ligada à lei do marido.
Por essa razão, ela não poderá ser de outro homem enquanto o marido viver. Se isso vier a acontecer, ela tornar-se-á adúltera: “Será considerada adúltera se, vivendo o marido, unir-se com outro homem” (v.3). Morrendo o marido, contudo, ela estará livre para contrair novas núpcias.
3. A aplicação (vv.4-6). A ilustração mostra que os cristãos estão mortos para a lei. Ou seja: estão livres dela, pois a lei só tem domínio sobre o homem enquanto este vive (v.1).
Nós já morremos com Cristo, por isso estamos livres da lei (Gl 5.1). Na lição passada, estudamos que morremos com Cristo, sendo “sepultados com ele no batismo na morte” (Rm 6.4).
4. A união com Cristo. Com esses três passos: princípio, ilustração e aplicação, Paulo mostra-nos que, mortos para a lei somos servos voluntários de Jesus. Isso evidencia que não estamos mais sob o domínio da lei. Pois o Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), e morreu por nossos pecados (1Co 15.3).
Como Cristo já satisfez todas as exigências da lei, não estamos mais sob a tutela da lei, mas debaixo da graça (Rm 6.14).

III. A TRÍPLICE FUNÇÃO DA LEI

1. “É a lei pecado?” (v.7). Agora cantamos juntamente com o apóstolo Paulo e, com muita alegria, que estamos livres da lei.
Todavia, temos de perguntar: A lei não veio de Deus através de Moisés? (Jo 1.17) Ela não condena o pecado? Por que essa alegria?
Antes que se levante conceitos errôneos sobre a visão paulina da lei, o apóstolo pergunta: “É a lei pecado?”. A resposta é dada imediatamente: “De modo nenhum!”. Então, ele começa a segunda seção do capítulo 7, que vai até ao v.12, justificando a sua resposta.
2. A lei veio revelar o pecado (v.7). O apóstolo disse que não conheceu o pecado senão pela lei. Isso, aliás, ele já havia dito antes: “Pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20). O apóstolo afirma ainda que a lei serviu como um holofote para trazer à tona o pecado: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça” (Rm 5.20).
Por conseguinte, Paulo atribui a lei uma função terapêutica. Ou seja: a lei serviu para mostrar a causa do pecado e o remédio para curá-lo. Esse remédio, logicamente, não é a lei, mas o sangue de Jesus (Rm 3.24-26).
3. A lei veio provocar o pecado (v.8). Paulo declara que a lei despertou nele toda a concupiscência: “Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado” (Rm 7.8).
a) Infância. No v.9, ele diz: “E eu, nalgum tempo, vivia sem lei”. É uma referência à sua infância.
b) O bar mitzvah. “Mas, vindo o mandamento”, uma referência ao bar mitzvah, expressão aramaica que significa “filho do mandamento”. É a maioridade espiritual do judeu, cerimônia religiosa em que o menino faz pela primeira vez a leitura pública da Torah — Lei de Moisés —, ao completar 13 anos. Os judeus dizem que, a partir daí, o menino passa a ser responsável diante de Deus. A passagem de Lucas 2.42 diz respeito ao bar mitzvah de Jesus.
c) O pecado foi ativado. Tendo passado por esse rito judaico, confessa o apóstolo: “Reviveu o pecado, e eu morri”. A lei provocou o pecado. Todos sabem que as proibições tendem a despertar o desejo (v.8).
4. A lei veio condenar o pecado (v.7). Dos dez mandamentos, o apóstolo tomou o último: “Não cobiçarás” (Êx 20.17). Esse mandamento era então o que mais incomodava Paulo, pois refletia algo interior; não era meramente uma ação exteriorizada. Ele estava mostrando que o pecado não consiste apenas em atos exteriores, mas no que se passa no interior do homem (Mt 5.27,28). Um exemplo é a cobiça.

IV. A SANTIDADE DA LEI

1. O problema é o pecado e não a lei (vv.10,11). O apóstolo viveu uma contradição tremenda quando professava o Judaísmo. O mandamento foi ordenado para a vida (Lv 18.5; Rm 10.5), porém, diz ele: “achei eu que me era para a morte” (v.10), por causa do pecado. Confessa Paulo “o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e, por ele, me matou” (v.11). Essa passagem faz-nos lembrar da queda de Adão: “A serpente me enganou” (Gn 3.13). Há uma ligação dessa experiência pessoal do apóstolo com o episódio do Éden. Isso, portanto, representa a experiência de todo o homem.
2. A lei é santa (v.12). Paulo responde a pergunta do v.7: “É a lei pecado?”. Depois dessa demonstração até ao v.11, ele conclui: “Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom” (v.12).
Neste sentido comentou o Dr. F. F. Bruce: “O vilão da peça é o pecado. O pecado agarrou a oportunidade que teve quando a lei me mostrou o que era certo e o que era errado, sem me dar poder para fazer o primeiro e evitar o último”. A lei não proveu condições para o homem ser salvo.
3. A queixa dos judeus não é justa. O criminoso, no cárcere, pode culpar o sistema legal que o levou à prisão, mas o culpado de ele estar na cadeia são os seus próprios atos, e não a lei. Essa analogia se aplica com relação à lei e ao pecado. Isso é o que os judeus ainda não entenderam. Por essa razão os judeus não conseguem simpatizar-se com o apóstolo Paulo. Dizem eles que João Batista nasceu judeu e morreu judeu. Jesus nasceu judeu e morreu judeu. Paulo, porém, nasceu judeu e morreu cristão.

CONCLUSÃO

Estávamos casados com o nosso primeiro marido: a lei. O apóstolo, porém, trouxe-nos uma notícia do céu: o nosso contrato de casamento fora dissolvido, pois morremos com Cristo (v.4). A lei não tem mais domínio sobre nós. Estamos livres dela para servir, na liberdade do Espírito, a outro Senhor — aquEle que morreu por nós. Que cada crente reconheça essa liberdade a fim de produzir frutos para Deus!

VOCABULÁRIO

Analogia: Ponto de semelhança entre coisas diferentes. Semelhança, similitude, parecença.
Holofote:
 Projetor de grande intensidade cuja luz ilumina os objetos à distância.
Terapêutica:
 Parte da medicina que estuda e põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes; terapia.

QUESTIONÁRIO

1. Qual é a definição dos judeus para a lei?
R. Os judeus definem a Lei de Moisés como a expressão máxima da vontade de Deus.

2. Quem cumpriu integral e perfeitamente a lei?
R. Jesus Cristo.

3. Qual é a aplicação da ilustração do casamento usada por Paulo?
R. Mostra que os cristãos estão mortos para a lei. Ou seja: estão livres dela, pois a lei só tem domínio sobre o homem enquanto este vive.

4. Qual é a tríplice função da lei?
R. A lei veio revelar o pecado; a lei veio provocar o pecado; e a lei veio condenar o pecado.

5. Que notícia o apóstolo trouxe-nos do céu?
R. O nosso contrato de casamento com lei fora dissolvido, pois morremos com Cristo.

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES

Subsídio Teológico

“A palavra traduzida ‘lei’ (gr. nomos; hb. torah) significa ‘ensino’ ou ‘instrução’. O termo lei pode referir-se aos Dez Mandamentos, ao Pentateuco ou a qualquer mandamento no AT. O uso por Paulo da palavra ‘lei’ pode incluir o sistema sacrificial do concerto mosaico. A respeito dessa lei. Paulo declara várias coisas:
(1) Ela foi dada por Deus ‘por causa das transgressões’, i.é., a fim de demonstrar que o pecado é a violação da vontade de Deus, e despertar os homens a verem sua necessidade de misericórdia, graça e salvação de Deus em Cristo (v.24; cf. Rm 5.20; 8.2).
(2) Embora o mandamento fosse santo, bom e justo (Rm 7.12), era inadequado, porque não conseguia transmitir vida espiritual nem força moral (3.21; Rm 8.3; Hb 7.18.19).
(3) A lei funcionou como ‘aio’ ou tutor do povo de Deus até que viesse a salvação pela fé em Cristo (vv.22-26). Nessa função, a lei revelou a vontade de Deus para o comportamento do seu povo (Êx 19.4-6; 20.1-17; 21.1—24.8), proveu sacrifícios de sangue para cobrir os pecados do seu povo (ver Lv 1.5; 16.33) e apontou para a morte expiatória de Cristo (Hb 9.14; 10.12-14).
(4) A lei foi dada para nos conduzir a Cristo a fim de sermos justificados pela fé (v.24). Mas agora que Cristo já veio, finda está a função da lei como supervisora (v.25). Por isso, já não se deve buscar a salvação através das provisões do antigo concerto, nem pela obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A salvação, agora, tem lugar de conformidade com as provisões no novo concerto, a saber, a morte expiatória de Cristo, a Sua ressurreição gloriosa e o privilégio subsequente de pertencer a Cristo (vv.27-29)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD).


Subsídio Devocional

No livro Carta aos Romanos, CPAD, o pastor Elienai Cabral oferece um comentário esclarecedor a respeito da analogia do casamento usada por Paulo nos versículos 1 a 6:
“‘Assim, meus irmãos, também vós’ (v.4). Paulo faz a aplicação da ilustração do matrimônio aos crentes em Cristo. Num sentido espiritual, o crente está morto para a lei do pecado, estando livre para pertencer a outro. — A quem pertence o crente, uma vez que está livre do poder da lei? — Pertence a Cristo! Aprendemos aqui, conforme a ilustração, que a mulher casada está sob o domínio da lei do matrimônio enquanto o marido estiver vivo. Porém, a morte encerra esse domínio e a mulher fica livre para casar-se outra vez. Entende-se, então, que a mulher casada está sujeita à lei do matrimônio durante o curso da existência do marido, ‘mas se morrer o marido, está livre da lei’ (7.3). Paulo fala especialmente a alguns judeus cristãos que tinham dificuldades de se desvencilharem das ‘amarras da lei’. Imaginavam-se presos a ela, porque nasceram sob a tutela da lei. Paulo ensina que, uma vez que Cristo morreu por todos, sua morte os libertou do poder da lei, ficando livres para um novo modo de vida”.



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