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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Subsidio CPAD Israel na grande tribulação 21/2/2016

             

                            ISRAEL NA GRANDE TRIBULAÇÃO

                                  Apocalipse 12.1-12.




1 — E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.
2 — E estava grávida e com dores de parto e gritava com ânsias de dar à luz.
3 — E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete diademas.
4 — E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.
5 — E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
6 — E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.
7 — E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos,
8 — mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus.
9 — E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
10 — E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.
11 — E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram a sua vida até à morte.
12 — Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar! Porque o diabo desceu a vós e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.
A palavra disciplina na Bíblia tem a ver com correção e castigo com punição. A Grande Tribulação tem como alvo a disciplina da nação de Israel. Ou seja; corrigi-la da desobediência e obstinação para com Deus. “O Senhor corrige ao que ama...”, (Hb 12.6). Portanto, por mais que seja difícil aceitar, a Grande Tribulação é um ato do amor de Deus para com Israel.

DIDÁTICA

Através de Hebreus 12.6 entendemos que Deus deseja a restauração de Seus filhos, e não apenas aplicar punição pelo seus erros. Para ajudar sua classe a entender essa atitude do amor de Deus para com Israel leve-os a refletir sobre as diferenças entre castigo e disciplina usada no livro Socorro temos filhos do doutor Bruce Narramore. Use uma folha de papel pardo ou um quadro-de-giz com linhas verticais, formando duas colunas. Transcreva conforme descrito abaixo:É o povo de Israel a razão mais evidente da Grande Tribulação. Ele é o alvo principal por causa das suas relações com o plano redentor de Deus para com a humanidade. Israel foi escolhido para representar os interesses divinos na Terra. Mas, lamentavelmente, não foi fiel aos pactos e, por isso, houve a mudança no plano divino. Sua desobediência, prevaricação e idolatria serão castigadas nesse período. No entanto, o propósito de Deus não é só o de castigar Israel, mas também o de mostrar sua fidelidade e amor para com o Seu povo.

I. A MULHER VESTIDA DE SOL (Ap 12.1,2)

Depois dos vários eventos catastróficos efetivados pela abertura dos sete selos e das sete trombetas, surge um intervalo com uma série de visões e, então, haverá o derramamento das sete taças de pragas sobre a Terra.
Três personagens são destacados no capítulo 12 de Apocalipse: a mulher vestida de sol, o grande dragão vermelho e o filho varão.
1. Quem é a mulher vestida de sol? Há várias interpretações acerca dessa mulher e o que ela representa. Segundo a linha de interpretação que adotamos entendemos que ela não representa a Igreja de Cristo, uma vez que esta estará no céu com Cristo. Também a mulher não representa a Igreja do Antigo Testamento, nem tampouco representa Maria, a mãe humana de Jesus. Indiscutivelmente, representa o povo de Israel.
2. Os símbolos da mulher. Os símbolos que estão em torno da mulher — o sol, a lua e 12 estrelas — estão associados aos filhos de Israel (Gn 37.9; Jr 31.35,36; Js 10.12-14; Jz 5.20; Sl 89.35-37).

II. O GRANDE DRAGÃO VERMELHO (Ap 12.3,4)

1. Quem é o grande dragão vermelho. Representa Satanás (Ap 12.9). Essa criatura animalesca e vermelha é a figura do poder do mal e da destruição que virá sobre a nação israelita naqueles dias. O vermelho indica o seu poder sanguinário objetivando matar especialmente a mulher e seu filho.
2. O poder do dragão. Um detalhe especial desse dragão são as sete cabeças e dez chifres, além de sete coroas sobre essas cabeças (Ap 12.3). As mesmas características desse dragão aparecem sobre a Besta nos capítulos 13 e 17 de Apocalipse. Os poderes que a Besta (Anticristo) demonstrará nos dias da Grande Tribulação serão advindos de Satanás. As sete cabeças e os diademas sobre elas simbolizam os grandes reinos e os poderes desses reinos. Satanás usará de toda a sua força para destruir Israel naqueles dias. Ele é o dragão vermelho que se lançará contra o povo de Deus representado pela mulher.
3. Que representam as estrelas do céu? (Ap 12). Alguns intérpretes afirmam que serão homens proeminentes do mundo que se levantarão contra Israel para destruí-lo da face da Terra. Porém, a interpretação mais aceitável indica que se trata de demônios sob a égide de Satanás, os quais, lançados sobre o mundo, promoverão grande desordem moral, social e espiritual no seio da humanidade.

III. O FILHO VARÃO (Ap 12.5)

1. Quem é o filho varão. Os intérpretes divergem aqui. Há os que afirmam se tratar da Igreja, equivocadamente. Outros entendem que se trata dos mártires da Grande Tribulação, e outros afirmam que esse filho varão representa o remanescente judeu de então.
2. Jesus, o mais evidente. A interpretação mais aceitável diz que esse filho varão representa Jesus, uma vez que somente Ele, o Messias, “regerá as nações com vara de ferro”. O Salmo 2 é messiânico e se constitui num rico contexto profético no cumprimento da profecia de Apocalipse 12.5. Israel representa a mulher, e o filho varão representa Jesus. Ele nasceu de mulher israelita. Por isso, quando o texto diz que a mulher (Israel) deu à luz um filho varão, está, na realidade, falando do nascimento humano de Jesus. Quando fala que o “filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”, refere-se à ascensão vitoriosa de Cristo depois da Sua ressurreição.
Há um paralelo entre Ap 12 e Miquéias 5, que identifica a mulher como a nação israelita. Mq 5.2 fala sobre o nascimento dAquele que seria o Senhor em Israel, o Messias. Entretanto, por causa da rejeição deste governante (o Messias) na Sua primeira vinda, a nação foi posta de lado. O texto de Mq 5.3 declara assim: “os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz”, indicando que a nação estará com dores de parto até ao tempo de dar à luz o filho. Também, em Rm 9.4,5 o apóstolo Paulo fala dos israelitas e declara que Cristo veio de Israel, segundo a carne.
3. A tentativa inútil do grande dragão contra o filho varão. Satanás, o grande dragão vermelho não conseguirá alcançar o filho varão porque ele foi arrebatado para o seu trono. O filho varão de Israel, arrebatado do poder de Satanás, um dia descerá em grande pompa sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.1-9) e, então, tomará as rédeas do governo mundial sob o poder do Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta.
Na vinda poderosa do filho, o Anticristo e o Falso Profeta serão lançados no Lago de Fogo (Ap 19.19,20). No mesmo ímpeto da gloriosa vinda do filho varão, o grande dragão, que é Satanás, será amarrado e lançado no Poço do Abismo (Ap 12.7-9; 20.1-3).

IV. A FUGA DA MULHER PARA O DESERTO (Ap 12.6)

1. O deserto (Ap 12.6). Não se refere aqui especificamente a um lugar geográfico, mas metafórico. Nas terras do Oriente Médio o deserto é o lugar mais apropriado para fugitivos. A mulher representa a nação de Israel, depois de perseguida pelo grande dragão vermelho, que foge para um lugar de refúgio no deserto, para escapar à fúria do dragão, o Diabo.
2. O período do refúgio (Ap 12.6). As pressões sobre Israel serão enormes naquele período, mas o grupo fiel encontrará refúgio por 1.260 dias. No calendário judaico de 360 dias, os 1.260 dias equivalem à metade da semana profética de Daniel 9.27, ou seja, três anos e meio. Essa mesma cifra de 1.260 dias equivale a outras cifras tais como quarenta e dois meses, ou “um tempo, tempos e a metade de um tempo”. Essa diferença de linguagem não muda o sentido real da profecia, porque a cifra é a mesma. E exatamente o período mais terrível que sobrevirá sobre Israel na sua terra.
3. O remanescente judeu (Ap 12.17). No período final da Grande Tribulação, o remanescente judeu, constituído de israelitas fiéis ao antigo pacto, não se submeterá ao sistema do Anticristo, que é a Besta que subiu do mar de Ap 13.1,2, e terá de fugir para o deserto (Ap 12.17). É, sem dúvida, o remanescente judeu salvo na Grande Tribulação.

V. UMA BATALHA ANGELICAL NO CÉU (Ap 12.7-9)

1. O arcanjo Miguel. Nessa batalha os anjos de Deus sob o comando do arcanjo Miguel, o protetor dos filhos de Israel, abatem completamente os anjos caídos sob o comando de Satanás, o grande dragão vermelho. É interessante notar que Miguel está ligado ao destino do povo de Israel (Dn 12.1). Ele é o guardião dos interesses divinos para com Israel, conforme vemos em Dn 10.13,21; Jd v.9.
2. Satanás, o dragão vermelho. Nessa batalha vemos o esforço de Satanás para neutralizar o plano vindicativo de Deus através dos anjos na história do mundo e, especialmente, quanto a Israel. E um conflito entre o bem e o mal. Satanás é o grande dragão vermelho que, mais uma vez investe contra o poder de Deus representado pelo arcanjo Miguel e seus anjos. Mas o dragão é derrotado fragorosamente e expulso do céu. Os seus domínios foram desfeitos.
3. A vitória do bem sobre o mal. Na visão de João, o dragão quis devorar o filho varão da mulher, mas foi impedido por uma força maior, uma milícia superior a dele. Essa batalha indica que os poderes de Satanás foram reduzidos, e o mundo começa a se preparar para receber o Messias. Aprendemos aqui que o direito sempre terá de triunfar sobre o erro, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira. As vantagens de Satanás foram anuladas para que a vitória do povo de Deus prevalecesse no mundo. No texto de Ap 12.9, o dragão vermelho é definido como “o acusador” (Diabo), a “antiga serpente”.
Depois da vitória de Miguel e seus anjos contra o dragão e seus aliados (demônios), diz a Bíblia que houve regozijo e alegria no céu (Ap 12.10). Esta alegria resulta do fato que a Grande Tribulação findará para Israel e para o mundo, quando Cristo voltar gloriosamente.
“Em sua perseguição para destruir os judeus, a Besta conduzirá seus exércitos contra Jerusalém.
“‘... E contra ela (Jerusalém) se ajuntarão todas as nações da terra’ (Zc 12.3b); ‘Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da cidade’ (Zc 14.2).
“Nessa ocasião crítica, parte de Israel refugiar-se-á nos montes e abrigos naturais de Edom, Moabe e Amom. (Ler Isaías 16.1-5; Salmo 60.9; Ezequiel 20.35-38; Daniel 12.6,13,14.) Estas passagens todas tratam disso. Esses antigos países bíblicos (Edom, Moabe e Amom) constituem hoje em dia o centro-sul da Jordânia. Durante o Milênio eles pertencerão a Israel (Nm 24.17,18; Sl 60.8,9; Is 11.14). Em Isaías 16.1 é mencionada a capital de Edom — Selá (em grego: Petra), a elevada cidade-fortaleza, plantada nas rochas. Isso fica a 96 km ao sul do mar Morto. Edom, Moabe e Amom serão poupados por Deus durante a investida arrasadora do Anticristo contra Israel, a fim de que para aí os judeus escapem. (Ler Daniel 11.41.) Já uma vez Israel refugiou-se aí, quando Babilônia os hostilizou (Jr 40.11,12).” (O Calendário da Profecia, CPAD)
Apocalipse 12.2-4 trata sobre o conflito dos séculos. “É a luta do Diabo, tudo fazendo para que o Messias não viesse ao mundo. Esse conflito vemo-lo de Gênesis aos Evangelhos. Momentos houve em que parecia que o inimigo tinha ganhado a batalha. As cinco piores ocasiões na história de Israel foram: 1) na apostasia do bezerro de ouro, quando apenas uma tribo ficou leal a Deus (a de Levi); 2) no caso da corrupção moral de Israel, em Sitim, durante u peregrinação no deserto, por conselho de Balaão; 3) no caso do pecado de Davi, com o qual Deus fizera aliança quanto ao nascimento do futuro Messias; 4) no caso do livro de Ester, quando houve um plano para exterminar todos os judeus: 5) no caso de Belém, quando o rei Herodes decretou a matança dos inocentes, para naquele meio, Jesus ser morto. Em todos esses momentos críticos o inimigo perdeu a batalha. Por fim, numa noite, os anjos anunciaram o nascimento do Salvador, o qual caminhou resoluto em direção ao Calvário, onde, por fim, bradou agonizante, mas triunfantemente: ‘Tudo está consumado!’ Aleluia!
“Versículo 3. O dragão com sete cabeças. Isso fala de sua plenitude de astúcia. Sete chifres representam seu imenso poderio. Sete diademas, seu domínio. O dragão era vermelho, que é a cor do sangue e do fogo. Isso indica, como sabemos, que ele é o provocador de mortes, guerras, intrigas, contendas e tensões individuais e coletivas, quentes como o fogo e que terminam explodindo. (Ler Gênesis 4.5,8 comparando com 1 João 3.12.)

“Versículo 4. ‘a terça parte das estrelas do céu’. Isto refere-se aos anjos que caíram com Lúcifer, conforme Isaías 14.12 e Ezequiel 28.16. Muitas referências na Bíblia apontam os anjos como estrelas. Exemplo: Juízes 5.20; Jó 38.7: 25.5; Isaías 14.13, etc. ‘A sua cauda arrasta a... ’. É conhecida a grande força que a serpente e outros répteis, como o jacaré, têm na cauda. Os animais pré-históricos do tipo réptil tinham gigantesca força nas suas caudas para ataque e defesa. O termo dragão significa animal monstruoso; serpente gigantesca. O dragão no versículo 3 figura o Diabo, e é chamado serpente em 12.9. O termo no original deriva de um verbo que significa ver de modo penetrante.” (Daniel e Apocalipse, CPAD)

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