subsidio n.5 TRIBULAÇÃO.
Daniel
7.7-14.
7 - Depois disso, eu continuava olhando nas visões da
noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso e muito forte, o qual
tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos
pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele
e tinha dez pontas.
8 - Estando eu considerando as pontas, eis que entre
elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram
arrancadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca
que falava grandiosamente.
9 - Eu continuei olhando, até que foram postos uns
tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e
o cabelo da sua cabeça, como a limpa lã; o seu trono, chamas de fogo, e as
rodas dele, fogo ardente.
10 - Um rio de fogo manava e saía de diante dele;
milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele;
assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
11 - Então, estive olhando, por causa da voz das grandes
palavras que provinha da ponta; estive olhando até que o animal foi morto, e o
seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo.
12 - E, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o
domínio; todavia, foi-lhes dada prolongação de vida até certo espaço de tempo.
13 - Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e
eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao
ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
14 - E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino,
para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um
domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.
Os versículos 33-35 do capítulo 2 do livro de Daniel
referem-se ao final do período dos gentios, no vale do Armagedom, onde os dez
reinos escatológicos (que são uma extensão do Império Romano), serão destruídos
pela pedra, que é Cristo, surgindo um novo reino.
No capítulo 7 de Daniel, temos a visão dos quatro
animais que representam a história moral e religiosa desses quatro reinos: o
leão — Babilônia (4); o urso — Média e Pérsia (5); o leopardo — Grécia (6); o
animal terrível — Roma (7). Os dez dedos da estátua correspondem aos dez
chifres do animal e aos dez da besta (Dn 2.41; 7.24; Ap 13.1; 17.12), que
representam dez regiões administrativas que abrangerão um território maior do
que o Antigo Império Romano. O Novo Império Romano dará apoio ao Anticristo (Dn
7.25), mas será um governo instável (Dn 2.41-43), marcado por guerras (Dn 7.24)
e por sistemas políticos distintos — ferro e barro (Dn 2.33).
ORIENTAÇÃO
Professor, nesta lição, usaremos uma Correspondência
Lógica entre as profecias. Este recurso apresenta a relação entre duas
profecias que se completam (Dn 2.31-45 7.3-28). Preencha o quadro diante dos
alunos. Solicite a participação de todos.
O renascimento do Império Romano não é uma hipótese.
Se ao término da Segunda Guerra Mundial, parecia ele utopia numa Europa
humilhada e destruída, hoje mostra-se mais real do que nunca. Não importa o
nome que se lhe dê: União Europeia ou Novo Império Romano. O terrível animal,
visto por Daniel, acha-se prestes a pisar e a despedaçar a quantos se lhe
opuserem. Esse reino, que não terá paralelo na história dos grandes impérios,
devido a sua maldade, dará todo o suporte político, econômico e religioso ao
Anticristo, a fim de que este venha a dominar o mundo todo.
O Senhor Jesus, porém, o abaterá, reduzindo-o a um
monturo. O Rei dos reis e Senhor dos senhores não tolerará a soberba do
inimigo.
A Europa reunificada, por conseguinte, não é um mero
fenômeno político, mas o cumprimento da profecia bíblica. É o que veremos nesta
lição.
I. A ORIGEM DO IMPÉRIO ROMANO
Fundada em 753 a.C, foi a cidade de Roma estendendo-se
até assenhorear-se dos mais distantes e desconhecidos reinos. Seus domínios iam
da Europa à Babilônia, englobando o Norte da África e o Oriente Médio.
Em 66 a.C, as forças romanas chegaram à Terra Santa.
Comandadas pelo general Pompeu, conquistaram o território israelita e
subjugaram Jerusalém. Mostrando nenhum respeito ao vencido, Pompeu invade a
Casa de Deus, escarnece dos ministros do altar e profana o Santo dos santos.
O terrível animal começava a exibir suas garras.
II. O IMPÉRIO ROMANO NA BÍBLIA
1. A profecia de Moisés. A Europa era praticamente
desabitada, quando Moisés profetizou a ascensão de Roma como a grande opressora
dos filhos de Israel: “O SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da
extremidade da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás;
nação feroz de rosto, que não atentará para o rosto do velho, nem se apiedará
do moço” (Dt 28.49,50).
Foi exatamente isso o que aconteceu no ano 70 de nossa
era, quando os exércitos romanos, comandados por Tito, destruíram Jerusalém,
derribaram o Santo Templo e dispersaram os poucos judeus que sobreviveram à ira
romana.
2. A profecia de Daniel. Em duas ocasiões distintas, o
profeta Daniel refere-se tipologicamente ao Império Romano. No capítulo dois,
descreve ele a aparência exterior deste; ao passo que, no capítulo sete, revela
sua índole e caráter.
a) Sua aparência exterior. “E o quarto reino será
forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra
todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará” (Dn 2.40).
b) Seu caráter. “Depois disso, eu continuava olhando
nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso e muito
forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços,
e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que
apareceram antes dele e tinha dez pontas” (Dn 7.7).
No capítulo 13 de Apocalipse, o Império Romano é
mostrado como a base para os dois representantes de Satanás: a Besta e o Falso
Profeta. Veja como as profecias de Daniel acham-se em perfeita harmonia com as
de João.
III. TENTATIVAS DE SE ERGUER O IMPÉRIO ROMANO
Não foram poucas as tentativas de se ressuscitar o
Império Romano. O que dizer do Sacro Império Romano Germânico? Ou das
tentativas da Igreja Católica em ocupar o espaço deixado pelos imperadores de
Roma?
No início do século XIX, o imperador francês, Napoleão
Bonaparte, à frente de um formidável exército, saiu a unificar uma Europa
retalhada por ódios e nacionalismos irreconciliáveis. Ele, porém, fracassou
como haveria de fracassar Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.
Se por um lado, ostenta a Europa a dureza do ferro;
por outro, mostra ser tão frágil quanto o barro. Além do mais, como pode o
ferro unir-se ao barro?
IV. O IMPÉRIO ROMANO NA ERA ESCATOLÓGICA
Que ninguém se engane! A era escatológica já chegou. E
uma de suas maiores evidências é o ressurgimento do Império Romano que, desta
feita, terá as seguintes características:
1. Apesar das aparências, estará cronicamente
dividido. “E, como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro,
assim por uma parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que
viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana,
mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro”
(Dn 2.42,43).
Houve um tempo na Europa que, não obstante o
parentesco de seus monarcas, estavam estes sempre em guerra. Foram-se quase
todos os reis, e veio a União Europeia; a situação, porém, em nada foi
alterada. Os ingleses continuam a não aturar os franceses, que desconfiam dos
alemães, que não se dão com os italianos, que não aturam os espanhóis...
É justamente sobre bases tão frágeis que está sendo
construído o Novo Império Romano.
2. A formação administrativa do Novo Império Romano.
Tanto Daniel como João mostram o Novo Império Romano constituído a partir de
dez unidades (Dn 2.41,42; Ap 13.1). Pensava-se, de início, que seria ele
formado por apenas dez nações. Hoje, porém, já são 25 os países que formam a
União Europeia. Como entender esta aparente contradição?
Na verdade, não são dez países; e, sim, dez regiões
administrativas que abrangerão um território maior do que o Antigo Império
Romano. Logo, o Novo Império Romano ocupará não somente a Europa, mas também o
Norte da África e o Oriente Médio. Por conseguinte, cada região administrativa
será composta por mais de um país.
3. O objetivo do Novo Império Romano. Terá o Novo
Império Romano, por objetivo, sustentar o governo que Satanás, através da Besta
e do Falso Profeta, implantará no mundo logo após o arrebatamento da Igreja. De
acordo com Apocalipse 13, o domínio do Anticristo abrangerá tanto a economia e
a política como a religião. Todavia, este reino não subsistirá; Cristo fará
dele um monturo.
4. A destruição do Novo Império Romano. Ainda que o
Império Romano se reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é aquela pedra que,
sem esforço humano, abateu-se sobre a estátua vista por Nabucodonosor (Dn
2.34,35,44).
Daniel continua a descrever a ruína do Novo Império
Romano, agora mostrado como aquele animal terrível: “Estive olhando até que o
animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo
fogo” (Dn 7.11). Por quem foi o animal morto? Pelo Filho de Deus! E. assim,
recebe o Senhor Jesus o poder, a glória e a majestade.
Por mais poderosos que se mostrem os reinos deste
mundo, não subsistirão ante a soberania divina. Roma dominou nações e reinos;
pisou os mais aguerridos povos e humilhou os mais altivos soberanos. Mas nada
poderá fazer contra o Senhor Jesus. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos
senhores.
Não tarda o dia em que o Império Romano, base do
governo do Anticristo, haverá de prestar contas a Deus por todos os seus
pecados e iniquidades. Ainda que renascido, não subsistirá.
Senhor Jesus, quem poderá subsistir ante o teu poder?
Que a honra, a força e a glória sejam-te tributadas para todo o sempre.
“[...]
Consideração das principais escolas escatológicas:
Preterista. Interpreta as profecias de Daniel e do
Apocalipse como já cumpridas, com exceção de umas poucas....
Nessa visão das profecias, quase todo o livro de
Daniel se cumpriu no período interbíblico (antes de Cristo) e o Apocalipse, na
sua quase totalidade, foi cumprido nos primeiros três séculos da Era Cristã....
Progressista. Como o próprio nome já indica,
interpreta Daniel e o Apocalipse como o desenvolvimento histórico do mundo.
[...] Ela procura os cumprimentos proféticos nos grandes eventos, como o
papado, a Reforma, a Revolução Francesa etc, e seus adeptos chegaram a marcar
diversas datas para a volta de Cristo, sendo a principal delas a de 22 de
outubro de 1844....
Futurista. Segundo essa escola, quase todas as
profecias de Daniel e do Apocalipse se cumprirão durante os sete anos que se
seguirão ao arrebatamento da Igreja, que, por sua vez, ocorrerá
repentinamente.” (ALMEIDA, A. Israel, Gogue e o Anticristo. 11.ed., RJ: CPAD,
1999, pp.122-3).FONTE CPAD
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