ETICA NO CASAMENTO SUBSIDIO N.3
1 Pedro
8.1,2,7.
1 - Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao
vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo
procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra,
2 - considerando a vossa vida casta, em temor.
7 - Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com
entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os
seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas
orações.
Confiança significa entre outras coisas “entregar-se
aos cuidados de outrem” e “deixar-se persuadir”. Ela representa um pilar do
relacionamento conjugal por isso é imprescindível. Imagine um casamento entre
um homem e uma mulher em que não haja confiança. Sobreviveria uma relação onde
habitam a suspeita e a dúvida? Há algum limite para a confiança? Oculta-se
alguma coisa de quem se confia? Pense nisso.
Para que a família viva feliz e vitoriosa, o casal
deve desempenhar fielmente o propósito para o qual Deus o designou, cumprindo
com todas as responsabilidades determinadas. A mulher deve submeter-se ao seu
marido e através de seu procedimento conquistá-lo para Cristo. Da mesma
maneira, os maridos devem amar, respeitar e honrar a sua própria mulher; apesar
delas serem fisicamente mais frágeis, são espiritualmente iguais aos homens,
afinal para Deus todos os salvos são um em Cristo Jesus (Gl 3.28). Se o casal
não exercer o seu papel, esta instituição será prejudicada: os filhos ficarão
suscetíveis a deformações no caráter e no comportamento porque os meninos
precisam ter um referencial de pai, marido e chefe de família, e as meninas
necessitam de um modelo de mãe, esposa e dona de casa.
ORIENTAÇÃO
Leve para a sala de aula um quebra-cabeça infantil
(poucas peças) e uma tira de pano. Solicite a colaboração de dois voluntários.
Coloque as peças em cima da mesa. Um aluno terá os olhos vendados e poderá
ficar sentado ou em pé, mas sempre diante da turma. Este deverá montar o
quebra-cabeça somente com a orientação do outro aluno, pois não é permitido
receber qualquer ajuda com as mãos. Observe o comportamento dos participantes e
veja que será impossível montarem o quebra-cabeça se não desenvolverem a confiança,
a cooperação e a interação. Relacione o resultado desta atividade ao assunto da
lição.
A Bíblia quando trata de pessoas, quase sempre o faz
juntamente no seu espaço social e no tempo em que viveram, mas também discorre
sobre o papel que lhes coube nesse espaço ou contexto. São raros os casos
expostos pela Bíblia sem tal contexto, como o de Agur (Pv 30.1), Lemuel (Pv
31.1), Noadias (Ne 6.14), etc.
Deus, ao estabelecer neste mundo a família, determinou
também a missão, os deveres e as responsabilidades de seus membros a partir do
marido e da mulher que são os esteios da família. A Bíblia é também o manual da
família.
I. O PADRÃO BÍBLICO DO PAPEL DO MARIDO
1. O pai/marido: modelo masculino para os filhos.
Hoje, verifica-se um elevado e crescente percentual de crianças e adolescentes
do sexo masculino com atitudes e gesticulações femininas. Isso não é apenas
influência furtiva e pestilenta do Príncipe das Trevas, mas também a condenável
ausência do modelo masculino no lar, isto é, falta-lhes o referencial masculino
do pai, do marido e do chefe de família.
2. Comprometido com o amor. Raramente a Bíblia exorta
a mulher para amar o seu marido. O marido, porém, é advertido a amar a sua
mulher (Ef 5,25.28.33; Cl 3.19). O homem naturalmente se volta com muita
facilidade e exagero para o sucesso profissional e para o poder, negligenciando
o seu compromisso maior com o casamento: o cultivo do amor pela esposa,
acompanhado do esforço prático e sincero para agradá-la (1Co 7.33). Por sua vez,
a esposa retribui ao amor do marido e tudo faz para também agradá-lo (1Co
7.34).
3. Modelo afetivo para os filhos. Quando o marido
manifesta seu amor espontâneo pela mulher na prática, e ao mesmo tempo procura
agradá-la, ele torna-se um modelo específico para os filhos. Só assim, é que o
lar se torna um laboratório para a formação de jovens qualificados para suprir
e abençoar a sociedade, construir lares estáveis, tementes a Deus e abençoados
e servir na causa do Senhor.
4. Cabeça do lar. Quanto ao homem, a sua predisposição
psíquica é mais racional que emocional, por isso Deus lhe confiou a condução do
lar. A ele compete enxergar os problemas, estudar e prover as suas soluções. O
marido deve também ser o líder espiritual da família, a começar por uma vida
cristã de testemunho santo, leitura da Bíblia no lar, prática da oração e do
jejum, a frequência à Casa do Senhor, o dízimo e as ofertas como atos de
adoração a Deus, os cânticos de louvor, o culto doméstico, a participação no
trabalho do Senhor, etc. Além disso, se requer dele maturidade, sabedoria e
equilíbrio em cada situação que surgir.
5. Companheiro. O companheirismo conjugal amoroso,
pleno, mútuo e franco é um princípio essencial da estabilidade do casamento e
de toda família. Quando os filhos do casal deixam o lar, o marido e a esposa
superam o vazio deixado, desde que haja esse companheirismo sob as bênçãos de
Deus.
II. O PADRÃO BÍBLICO DO PAPEL DA MULHER
1. A mulher: modelo para as filhas. O apóstolo Paulo
diz que as mulheres de mais idade devem ser um exemplo para as mais novas (Tt
2.3-5). Quem está no primeiro círculo de influência destas mulheres são suas
filhas, dentro de casa. Assim, as mulheres precisam estar conscientes de que
devem ensinar (principalmente com o exemplo) suas filhas a serem cristãs
dedicadas, a amarem seus maridos, a serem boas donas-de-casa, bondosas e
submissas a seus cônjuges.
2. Companheira: parceira em tudo. Da mesma forma que o
marido, a mulher deve investir no companheirismo. Ela é a auxiliadora do marido
(Gn 2.18).
3. Comprometida com o amor. Nenhuma mulher pode pensar
que o marido é apenas um meio de torná-la feliz. Ela deve amá-lo de coração. É
importante que ela compartilhe, dê de si mesma e se dedique à busca da
felicidade familiar.
4. Administradora do lar. As pressões e demandas
sociais e econômicas dos últimos tempos têm levado multidões de mulheres a
buscar o incremento dos recursos financeiros da família, o que não fere os
princípios bíblicos. Porém, isso não a isenta da responsabilidade de cumprir as
orientações do seu marido no lar, principalmente na educação dos filhos, além
da própria manutenção e bem-estar da família (Pv 31). Por mais que esta mulher
disponha de pessoas para executar as tarefas rotineiras do lar, sobre ela recai
a responsabilidade final das atribuições de uma mãe de família e dona de casa.
III. OS MALES DA OMISSÃO DOS PAPÉIS
1. Quando o homem não assume. Muitos maridos e pais
acham que basta gerarem filhos e tão somente marcarem sua presença em casa.
Entretanto, se ele não cumpre seu papel como referencial para os filhos do sexo
masculino, bem como na liderança em geral da família, é como se estivesse
ausente, de maneira a não imprimir nos filhos um padrão de formação e
comportamento social ideal. Se este homem é um cristão, está desqualificado
para exercer qualquer função na casa de Deus (1Tm 3.4,12).
2. Quando o homem é omisso no lar (1Pe 3.7). O
matrimônio é uma situação de “dar e receber”. Quase todas as dificuldades e
problemas matrimoniais surgem do egoísmo de um dos cônjuges ou de ambos. Em 1Pe
3.7, o apóstolo Pedro exorta o marido cristão a coabitar (vocábulo que inclui
todos os aspectos físicos, psíquicos e espirituais da vida cotidiana) com sua
esposa, com entendimento (ou seja, prudência e compreensão embasadas num bom conhecimento
da constituição psicológica da mulher).
3. Quando a mulher é negligente com sua casa (Pv
14.1). Muitas famílias estão arruinadas por causa da má administração, desleixo
ou preguiça das mulheres. É papel da mulher ser prudente e diligente nas
questões do lar. As ocupações da mulher na igreja não devem sacrificar estes
deveres. Do contrário, ao invés de edificar a sua casa, ela a destrói.
Novamente colocamos que não é proveniente do Pai celestial um cristão trabalhar
tanto que prejudique a família. A prioridade da mulher casada é cuidar dos seus
encargos familiares e agradar a seu marido (1Co 7.34).
Como acabamos de ver, os noivos antes do casamento
precisam conhecer plenamente à luz da Bíblia os deveres e responsabilidades
conjugais, éticos e sociais de cada um. Quando isto não ocorre, a ruína é
certa. Se você que é casado percebeu que não está cumprindo seu papel no
casamento, ainda é tempo de mudar. Reconheça seu erro, busque o perdão de Deus,
do seu cônjuge e dos seus filhos, e recomece com oração e fé em Deus, firmado
nas promessas da sua Palavra. O Senhor lhe dará graça e força. O propósito
original de Deus é que tanto você quanto sua família vivam uma vida feliz e
vitoriosa.
“Pedro observa que a submissão de uma esposa cristã a
seu marido pode ter um propósito evangelístico: ‘Para que também, se algum não
obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra’.
Ao dirigir-se a essas esposas, Pedro emprega um jogo
de palavras. Embora, seus maridos desobedeçam às palavras do evangelho
(1.12,23-25), essas mulheres testemunham sem dizer sequer uma palavra; isto é,
em silêncio. Segundo a opinião de Pedro, o bom comportamento e a submissão da
esposa serão muito eficientes para conseguir que o desobediente passe a
obedecer a Cristo.
Este testemunho silencioso torna-se ainda mais eficaz
quando cada marido considera a ‘vida casta, em temor’ de sua esposa. 0
comportamento das esposas deve incluir conduta e atitude: deverão ser
moralmente castas ou puras e respeitosas. Nesse ponto, Pedro aplica
características que devem ser válidas para todos os cristãos, especialmente
para as esposas. Isto é, assim como todos os cristãos devem ser santos
(1.15,16), as esposas devem ser castas. Além disso, pelo fato de todos os
cristãos e os escravos terem de respeitar seus senhores (2.18), as esposas
deverão respeitar (literalmente ‘temer’) seus maridos” (Comentário Bíblico
Pentecostal — Novo Testamento. CPAD, p.1712).FONTE CPAD
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