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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Discipulado (9) sal da terra e luz

               



                           SAL DA TERRA LUZ DO MUNDO' 
                      Jesus e os valores do sal e da luz



                                           Introdução

Ao comparar seus discípulos como sal e luz, Jesus os alertava sobre suas responsabilidades e influência perante a sociedade que os observavam como exemplos e os ouviam como fonte de esperança.

1.       Jesus e seu discur­so sobre os valores do sal

O crente, como o sal da terra e a luz do mundo tem o dever de demonstrar, em todo o lugar, para todos, que tem uma nova vida, um novo proceder, como salvo em Cristo Jesus. Uma das maio­res utilidades do sal é preservar certos alimentos da putrefação. Do mesmo modo, os crentes em Cristo têm a responsabilidade de preservar a sociedade humana da putrefação moral e espiritual.

1.1.   Como o sal era visto pelos antigos

No Antigo testamento o sal era ingrediente indispensável nos ofí­cios sagrados, era exigido em to­dos os sacrifícios oferecidos no al­tar (Lv 2.13); O sal representava a validade da duração de um pacto (Nm 18.19; 2 Cr 13.5); o sal simboli­zava, para os antigos, a fidelidade. Os orientais até hoje têm o costu­me de ratificar suas promessas através de presentes de sal. O pro­feta Eliseu usou sal para saneamen­to das águas que tornavam a terra improdutiva, simbolizando o poder do sal e sua influência no ato de transformar (2 Rs 2.20-22).

1.2.   O sal não cura a cor­rupção, mas influi na sua prevenção

O Dr. G. Campbell Morgan, ao referir-se ao sal fez a seguinte co­locação: "O sal não éantisséptico, mas asséptico. Antisséptico é algo contrário ao veneno, capaz de cu­rar. Asséptico é algo destituído de veneno. O sal nunca cura a cor­rupção. Previne a corrupção. Se a carne está contaminada e corrom­pida, o sal não a descontaminará nem purificará; mas o sal ao re­dor impedirá que se espalhe a cor­rupção que, de outro modo, tor­naria a carne contaminada" (Co­mentado por Herbert Lockyer -Todas as parábolas da Bíblia).

1.3.   Nem todos podem ser considerados como sal

O sal que não impede a putre­fação é insípido, inservível e que perdeu o seu sabor, (Mc 9.49,50). Jesus não chamou crentes para desfrutarem apenas de gracejo so­cial, Ele espera que tenhamos uma vida influenciada por seu ca­ráter e que esse inunde a vida dos pecadores a nossa volta. Nossa vida e palavra devem ser tempe­radas com sal, de sabor agradável, que manifesta uma graça sobre­natural (Cl 4.6).

A única esperança da socieda­de é a vinda do Reino de Deus ao coração humano. A vida do crente deve revelar o que Ele é no ín­timo, do mesmo modo que a luz revela o que está oculto pelas tre­vas. Fomos chamados como um povo especial, com a finalidade de mostrar a glória de Deus através de um comportamento exemplar em todas as relações. Em relação ao mundo, teremos que exercer o papel de sal e luz, dar sabor e dissipar as trevas. Em relação à comunidade cris­tã, viver no mais profundo amor e com uma verdadeira unidade, como um corpo sadio e bem tratado. Ser sal da terra é ter sabor agradável de uma vida pura e santa, é crucificar a car­ne com suas paixões, isto é o que Jesus espera de cada um de nós.

2.       Jesus afirmou que o sal pode perder seu sabor

O sal usado pelos antigos era a gema, e o dos lagos de água sal­gada. Era um sal impuro, que pos­suía sua parte exterior sem sabor, por isso esse sal muitas vezes ti­nha que ser jogado fora, como coisa inútil. Jesus disse que uma vez esgotado esse poder de salgar, a existência do sal fica compro­metida e se perde seu real valor. Pois não prestará mais para nada.

2.1.   E se o sal for insípi­do, com que se há de sal­gar?

Ninguém fala de sal, de gosto, de tempero, sem falar de uma existência com sabor, alegria, in­citamento, desafio e sem aventu­ra. Quando Jesus nos diz que so­mos o sal da terra, Ele nos afirma que a nossa vida tem que ser a mais saborosamente fantástica que esse mundo já viu, uma vez que ela tem de ter, no seu cerne, um conteúdo de gosto para o desgosto da terra. Somos o paladar de Deus nessa terra insípida, o antídoto para uma existência inteira­mente destituída de sabor.

Quando o sal torna-se insípido, vira monturo, não sendo possível diferenciá-lo de um monte qualquer. Para ser sal, tendo sentido e significação, torna-se necessário manter o conteúdo imaculado. A diferença está relacionada com as demais di­mensões da vida, começando com as de natureza mais privada e indo para aquelas mais públicas. O que estará pesando na balança será o nosso caráter, o espírito de justiça, de verdade, de bondade, que se tra­duz em comportamento bondoso, que jamais se torna frouxo, e de uma liberalidade humana que ja­mais se torna libertina, mas que mantém um conteúdo de verdade, a qual não se transforma num "justicismo" executor, mas de uma ver­dade vivida em amor.

2.2.   Sal que não tempe­ra só presta para se jo­gado fora

Jesus afirmou que o sal que per­de sua virtude ou qualidade não tem mais razão de existir (Mc 9.49,50; Ef 4.29). O sal pode conser­var sua aparência de sal, mas não seu caráter que será transformado noutra substância. Estamos na era dos genéricos, onde tudo tem a mes­ma fórmula, porém não é o origi­nal. Conhecemos igrejas genéricas que pregam um evangelho gene-
rico para crentes genéricos. Tudo se tornou uma questão de preço.

2.3.   O sal não pode ter apenas aparência tem que agir

O que será que as pessoas esperam de nós? Será que as pessoas querem seguir heróis fracassados? Que motivo leva­ria uma dona de casa a ter sal em sua despensa se soubesse que ele não teria utilidade? Se de algum modo algumas pes­soas perderam a credibilidade e fracassaram é porque não se deram conta de que tinham uma responsabilidade a cum­prir e um nome para zelar, que é o do Senhor Jesus Cristo.

Ser sal da terra, nesse con­texto, significa ser gente para os desumanizados; significa trazer esperança de Deus àqueles cujos horizontes são limitados. Há pessoas que vi­vem uma vida tão limitada que não conseguem perceber que um dia nasceram e que um dia vão morrer. Mas há pessoas que nem lembram que nasceram e que um dia vão morrer, até que vem Jesus in­vadindo tais vidas, ajudan­do-as a olhar para trás e di­zer: "Eu nasci para um pro­pósito". O que Jesus queria que entendêssemos é que sen­do Seus representantes aqui na terra, fomos gerados com o mesmo propósito.

3.       Jesus destacou as fundamentais importâncias do sal

Jesus conhecia o valor do sal quando afirmou: "Bom é o sal, mas, se o sal se tornar insípido, com o que se há de salgar? Ten­de sal em vós mesmos e paz uns com os outros". A Palavra de Deus firma que o sal que se tor­na insípido perde três coisa prin­cipais: 1) perde o sabor: "Se o sal for insípido com o que se há de salgar?"; 2) perde o seu valor: "Para nada mais presta"; 3) per­de o seu lugar: "Para se lançar fora" (Mt 5.13).

3.1.   O sal preserva

Este mundo ainda existe por­que, apesar de sua degeneração, a Igreja, formada pelos crentes, está preservando o que resta de saúde moral e espiritual no mun­do. Quando a Igreja for retirada da terra, a podridão tomará con­ta dos povos sem Deus, levando-os a decomposição final, que os levará ao Inferno, (2 Ts 1.9).

Deveria haver um silêncio em muitas conversas, quando da nossa chegada. Ser sal é ser san­to, é ser diferente e contagiante. Sendo nós uma luz, algumas pes­soas deveriam ser impactadas ao ponto de se sentirem reprovadas e perdidas. Conta-se que Charles Finney ao passar de trem por uma determinada cidade, a unção que estava em sua vida comoveu os homens que bebiam em um bar. Atônitos, eles correram até uma igreja, onde chorando copiosamente, entregaram suas vidas ao Senhor. Ele apenas passou de trem.

3.2.   O sal é valioso e importante

O sal preserva e dá sabor sem aparecer. Quando o sal aparece pelo excesso ninguém o suporta. O dis­curso do crente sal é o mesmo de João Batista: "Que Ele cresça e eu diminua" (Jo 3.30). Sal em excesso representa o fanatismo religioso, que em vez de dar sabor afugenta as pessoas, (Mt 23.13). São os liberalistas que se acomodam com mundanismo, dizendo que nada é peca­do. Ser sal é ser equilibrado (Cl 4.6).

3.3.   O sal deve atender a uma expectativa divina

Jesus deixou muito claro que o sal existe para atender a uma expectativa. Ele disse: "Com que se há de salgar". É impossível acreditar que pessoas regenera­das e nascidas, outra vez, não compreendam o valor de sua exis­tência. Uma nova vida deve ser revestida de novas atitudes, deve produzir impacto, pois nada no evangelho é estático, tudo é di­nâmico. Falando aos romanos, Paulo disse que até a natureza espera que saiamos dessa prisão chamada inércia, (Rm 8.19).

Uma coisa que tem sido obser­vada e criticada entre as pessoas em nossos dias é o farisaísmo cris­tão. Pessoas que vivem apenas de aparência, que todos os vêem como sal, mas são inúteis e improduti­vos. Um belo exemplo é Ló. A Bíblia o chama de Justo, mas era um tipo de justo que nadainfluenciou, que teve sua luz apagada e que ainda deu trabalho na hora de se salvar, pois estava atrapalhando o serviço dos anjos (Gn 19.15, 16, 22). Sua esposa representa o sal que para nada mais presta, apenas para ser pisado pelos homens.

4.       Jesus afirmou que seus discípulos eram a luz do mundo

O mundo vive constantemente sob o domínio das trevas, o deus deste século cegou "os entendimen­tos" dos incrédulos para que não lhes resplandeça a "luz" do evan­gelho da glória de Cristo (2 Co 4.4). Parece incrível, mas Jesus nos com­parou com uma qualidade ineren­te de Si mesmo, pois Ele é a luz do mundo (Jo 8.12). Será que não de­veríamos valorizar tal declaração?

4.1.   A luz foi feita para iluminar

Jesus disse que não se pode es­conder uma cidade edificada sobre um monte (Mt 5.14). Isto fala de posição de destaque. O monte so­bre o qual estamos edificados é o próprio Cristo e Sua afirmação nos ensina que fomos feitos para brilhar num mundo de trevas (Fp 2.15). A igreja brilha e sua luz alcança os povos que estão distantes, isto fala de unidade e serviço. A cidade está acima e ilumina os que estão em­baixo. Assim como Jesus nos con­feriu o título que tomou para Si mes­mo (Jo 8.12), nos colocou em uma posição elevada para iluminar os habitantes das trevas (Ef 2.6).

4.2.   Os crentes são refle­tores, não estrelas

Ninguém ouse brilhar além dAquele que é a luz. O crente em Je­sus não tem luz própria. Cristo é a verdadeira estrela (2 Pe 1.19; Ap 22.16). Nele, e em torno dEle, nós vivemos, e recebemos Sua luz. Uma lâmpada precisa de combustível para iluminar determinado local, mas deve sempre ser preenchida, pois sua luz depende inteiramente desse processo. Tem muita gente queimando o pavio e apenas fumaçando, pois o óleo há muito já va­zou e a luz sabe-se lá onde está.

4.3.   Sal e luz uma com­binação perfeita

Ao comparar seus discípulos como "sal e luz" Jesus falou de coi­sas distintas, mas que combinadas agem de acordo com Seus objeti­vos principais para toda humani­dade. O sal opera internamente na massa com a qual ele entra em con­tato. A luz opera externamente, ir­radiando tudo o que está ao seu al­cance. O sal representa a santificação e a luz à ação provocada pelo ato da mesma. Da mesma manei­ra a luz, deverá cobrir todo o ca­minho de trevas e apresentar-se mostrando os locais manchados pela sujeira do pecado. Jesus con­clui Seu discurso dizendo que as nossas boas obras glorificam o nos­so Pai que está nos céus (Mt 5.16).

Uma lâmpada é um corpo escu­ro, não pode irradiar luz se não for acesa. Do mesmo modo não pode­mos deforma alguma dar luz se não tivermos recebido a divina graça e iluminação do Espírito de Deus. A lua é uma luminária, não tem luz própria, ela reflete a luz que vem do sol. O que temos nunca foi nos­so, nós o recebemos. Só poderemos brilhar em virtude de sermos de Cristo. Tolo é aquele que acha que vence por seus próprios esforços. 
Disse Jesus: "Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus" (Jo 3.21). "nem se acende uma candeia e se coloca debaixo do alquei­re" (Mt 5.15). De outro modo, existem pessoas que se colo­cam debaixo do alqueire do comodismo, da indiferença da falta de fé e da ação. Pessoas que se apagam pela ausência do oxigênio da presença de Deus.

fonte CPAD 



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