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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Avivamento em atos dos apostolos (3)




ANTIOQUIA (sobre o Orontes, Síria)





Essa cidade, localizada às margens do rio Orontes, foi o berço das missões cristãs. Era conhecida como Antioquia da Síria, a fim de ser distinguida de Antioquia da Pisídia. Antioquia da Síria foi fundada em cerca de 300 A.C. e cresceu a ponto de contar com numerosa população nos tempos de Paulo, incluindo muitos judeus, os quais, desde tempos remotos haviam obtido o direito de cidadania. Durante o período das guerras dos Macabeus, muitas famílias judaicas se estabeleceram em Antioquia. Na época de Paulo, era a terceira maior cidade do império romano, perdendo em importância numérica apenas para Roma e Alexandria. Os romanos fizeram-na capital da província romana da Síria.
Paulo começou e terminou ali a sua segunda viagem missionária. Não sabemos exatamente quão grande era a cidade nos dias de Paulo, mas, à base da informação dada por Crisóstomo, deve ter contado com uma população de cerca de oitocentos mil habitantes, em 300 D.C. A atual Antikiyeh assinala o local da cidade antiga, mas é comparativamente pequena, cobrindo apenas pequena parte da área original. As escavações arqueológicas têm descoberto numerosas ruínas do passado, algumas das quais anteriores à era cristã. O circo, um dos maiores dos tempos romanos, a acrópole, numerosos banhos, vilas e cemitérios romanos, têm sido descobertos. Belos pisos de mosaico, que datam do período apostólico até o século VI D.C, também têm sido descobertos. O Caronion (busto de Caron, deus grego mitológico, que transportava as almas para o outro lado do rio Estige), de cerca de 170 A.C., com cinco metros e pouco de altura, entalhado em uma penedia(Reunião de penedos; penedal. Rocha, rochedo) de pedra calcária, a nordeste da cidade, continua visível, embora bastante estragada pelas intempéries. Nos dias de Paulo certamente ainda era um marco notável. Mais de uma vintena(Grupo de vinte) de edifícios cristãos tem sido ali descoberta, embora nenhuma dessas constru­ções date dos dias apostólicos. O famoso Cálice de Antioquia foi descoberto ali por alguns trabalhadores que cavavam um poço, em 1910. No início foi declarado pertencente à última parte do século I D.C., e alguns chegaram a imaginar que fosse o cálice original em que Cristo serviu a Ceia. Há nele gravadas efígies que representam Cristo e os apóstolos. A maioria das autoridades concorda que se trata de um produto da primitiva arte cristã, datando entre os séculos II e VI de nossa era.
Antioquia sobre o Orontes era sede do legado imperial da província romana da Síria e Cilícia, e aparecia como a capital do Oriente, Josefo, o historiador judeu do tempo dos apóstolos, diz-nos que era a terceira maior cidade do império romano, perdendo em importância somente para Roma e Alexandria. A grande maioria da população era síria, embora houvesse numerosa colônia judaica. Sua cultura era tipicamente greco-helenista. Seu porto era Selêucia (Atos 13:4), a qual era reputada cidade comercial e centro marítimo. Não muito distante dali ficava Dafné, quartel-general do culto de Apolo e Artêmisa, culto esse que se tornou famoso por sua degradação. Isso era tanto verdade que Juvenal, ao queixar-se da degradação moral que invadia Roma, disse que «...o Orontes sírio desaguou no Tibre» (Sátiras III. 62). O centro da igreja cristã passou de Jerusalém, seu berço original, para Antioquia da Síria, seu centro gentílico, pois a igreja cristã, cada vez mais, se foi tornando uma instituição gentílica. A tradição associa o apóstolo Pedro a essa cidade, considerando-o primeiro de seus bispos. Nomes ilustres posteriores, associados a essa cidade, foram Inácio e João Crisóstomo, ambos chamados bispos de Antioquia. Crisóstomo foi grande escritor de comen­tários bíblicos e exerceu notável influência sobre o desenvolvimento doutrinário da igreja cristã.
A cidade de Antioquia foi fundada por Seleuco Nicator, um dos generais de Alexandre, em 300 A.C., que lhe deu nome em honra a seu pai, Antíoco. Antíoco havia devastado e poluído a cidade de Jerusalém, mas os seus sucessores, de conformidade com o que dizJosefo (Guerras dos Judeus, 1:7, cap. 3 seção 3), foram mais liberais, tendo criado uma boa atmosfera para o desenvolvimento do judaísmo naquele lugar; e isso teria atraído a muitos judeus, até que, finalmente, Antioquia se tornou grande centro de erudição judaica, bem como cidade onde havia numerosa colônia judaica. Com base nessa circunstância, o caminho ficou preparado para a entrada e o crescimento do cristianismo em Antioquia.

Bibliografia E. B. T. F


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