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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

lições CPAD jovens ausencia de relacinamentos 4 trim-6/12/2015



                Lições CPAD   4º Trimestre de 2015



Título: Estabelecendo relacionamentos saudáveis — Vivendo e aprendendo a viver
Comentarista: Esdras Costa Bentho  
Lição 10: Ausência de relacionamentos
Data: 06 de Dezembro de 2015


TEXTO DO DIA

Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca(Sl 68.6).

SÍNTESE

O aumento da solidão nas cidades é consequência do individualismo e impessoalidade dos relacionamentos sociais nas grandes metrópoles.O aumento da solidão nas cidades é consequência do individualismo e impessoalidade dos relacionamentos sociais nas grandes metrópoles.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA — 1Sm 1-2
Sozinha, mas não desamparada


TERÇA — Ec 4.9-12
Lamento sobre o solitário


QUARTA — Sl 102.3-11
Os males da solidão


QUINTA — Sl 128.1-6
A bênção da companhia familiar


SEXTA — Ec 3.1-8
Há tempo para tudo: abraçar e se afastar


SÁBADO — Gn 32.22-32
A sós com Deus 





INTERAÇÃO

O ônus de se viver em solidão não é algo que se administra facilmente. O ser humano é um ser social e sociável. Viver em solidão é uma desventura. Mesmo as pessoas que vivem sozinhas e não sofrem de solidão, cedo ou tarde, sentem a necessidade de uma maior aproximação com outras a ponto de dividir seu espaço e vida. É a vida que se encaminha para cumprir o mandato do Éden: “Não é bom que o homem esteja só”!

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para a dinâmica desta lição você precisará de uma urna (caixa de sapato), papel e canetas. Antes de os alunos chegarem à sala, coloque a urna fechada em local de fácil acesso, juntamente com papel e caneta. Em frente a urna ou em local visível coloque um cartaz com a seguinte pergunta: “Viver em solidão é algo que se administra facilmente?”. Dê sua opinião ou faça uma pergunta. Depois de todos participarem, abra a urna e discuta os comentários e perguntas feitas com base na lição.

TEXTO BÍBLICO

Gênesis 2.15-25.

15 — E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
16 — E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente,
17 — mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
18 — E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19 — Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20 — E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21 — Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22 — E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23 — E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24 — Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25 — E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Segundo as estatísticas mais recentes do IBGE, aumentou o número de pessoas que vivem sozinhas no Brasil, de 7% para 12%, nesses vinte últimos anos. Pesquisas realizadas nos EUA afirmam que a solidão é mais prejudicial à saúde do que o vício do fumo e a obesidade, pois é fator de risco para várias doenças. O Senhor, no entanto, criou o homem como ser social, para habitar e interagir com outras pessoas (Gn 2.15-25; Sl 68.6). Nesta lição estudaremos a solidão sob os vieses das Escrituras e da vida social.

I. SOZINHO, MAS NÃO SOLITÁRIO

1. O que é solidão? (Sl 25.16-18). A solidão é um sentimento que traz uma sensação de angústia, isolamento e vazio na pessoa capaz de deprimi-la e prejudicar os poucos relacionamentos que lhe restam. Ela é um “pacote” com muitos itens prejudiciais à vida afetiva e relacional do homem, entre eles: isolamento, pena de si mesmo, irritação, ansiedade, estresse, falta de identidade e vazio existencial.
2. Filosofia e solidão. Certo filósofo existencialista definiu a solidão como a condição do homem no mundo: ele nasce, cresce e assim morre. O homem luta em toda sua existência para fugir dessa inelutável condição, criando mecanismos sociais que aliviem o sentimento de solidão. Sem Deus, a criatura está “lançada” no mundo para viver a angústia que esse estado provoca. Todavia, o ensino das Escrituras é muito distinto. Ela afirma que “o Senhor faz que o solitário viva em família” (Sl 68.6), porque disse Deus ao criar o homem: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18).
3. Solidão e solitude (Mt 14.23). Sentir solidão e “estar sozinho” são coisas diferentes. Há pessoas que estão sozinhas, mas não sentem solidão, e outras rodeadas de gente que sentem-se solitárias. A solitude é voluntária, consciente e, na maioria das vezes, criativa e necessária para o autoconhecimento. Ela é percebida quando o estudante se “afasta” para se dedicar a pesquisa ou um crente se retira para orar (Lc 5.16; Mc 14.32). Diferente da solidão, a solitude é positiva e necessária ao crescimento espiritual e pessoal.


Pense!

“Solidão: um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim de adotar como morada” (Josh Billings).


Ponto Importante

O cristão nunca está sozinho, mesmo quando a solidão o atinge, pois o Consolador divino é sua eterna companhia.


II. SOLIDÃO E ISOLAMENTO SOCIAL: MALES MODERNOS

1. Solidão e isolamento (Pv 27.10). Algumas pessoas sofrem de solidão e não poucas encontram-se nesse estado devido ao isolamento social. Este último é caracterizado por um afastamento do convívio com outras pessoas provocado por fatores psicológicos, como a sociofobia, condições sociais, como a exclusão e marginalização social, e a exclusão do indivíduo da convivência com o grupo social. Essas formas de isolamento contribuem para a solidão, algumas vezes o indivíduo contribui para a situação, noutras ele é “jogado” para ela.
2. Dificuldade de se integrar e fazer amigos. Embora o homem seja um ser social, não poucas pessoas têm dificuldade em se integrar e fazer amigos. Algumas dificuldades partem do caráter e personalidade do indivíduo. Ser conhecido como fofoqueiro, brigão, mexeriqueiro (Pv 11.13; Lv 19.16) e mal humorado (Sl 32.4) dificulta a inserção social. A timidez também dificulta a inserção. A reclusão também pode estar relacionada a fatores psicológicos como a distimia, uma depressão moderada responsável pela baixa autoestima, mau humor, tristeza, isolamento social e desânimo do indivíduo, na qual é necessário tratamento especializado.
3. Como integrar-se e fazer amigos. Apesar dos milhares de indivíduos que circundam os espaços sociais (escola, igreja, transportes, trabalho) integrar-se e fazer amigos é um desafio para todos, indistintamente. As pessoas cada vez mais privatizam seus espaços e não permitem que outros se acheguem. Noutra instância, o desafio de integrar-se ocorre quando se muda de escola, de cidade, de igreja. O que fazer? As regras básicas e universais compreendem: ser gentil (Pv 16.24), respeitador, asseado, motivado e inspirador. Criar laços leva-se tempo, assim, tenha paciência e sabedoria.


Pense!

“A felicidade de um amigo deleita-nos. Enriquece-nos. Não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe” (Jean Cocteau).


Ponto Importante

“Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto” (Francis Bacon).


III. REDES SOCIAIS E SOLIDÃO

1. Redes sociais e interação humana. Não é novidade alguma o fato de que as redes sociais procuram conectar as pessoas e, no entanto, a solidão dos que estão plugados à rede não diminui, mas avança. Elas foram criadas com a intenção de unir e fortalecer as interações humanas, mas segue trajetória oposta. Primeiramente, pelo fato de que na vida real não é possível se relacionar com tantos “amigos” como se propõe a rede virtual. Segundo porque os relacionamentos virtuais permitem “editar” a conversa e por meio das ferramentas apresentar o “melhor de si” numa artificialidade impossível no mundo concreto. Terceiro, os instrumentos de acesso às redes virtuais cancelam o mistério do encontro do olhar e das expressões faciais que carregam sentido às palavras e os sentimentos que elas comunicam, de modo que a hipocrisia é latente. Quarto, o tempo que as pessoas dedicam aos seus aparelhos conectados a web a distanciam daquelas que estão mais próximas.
2. Interações sociais — relações efêmeras. Várias pessoas abandonaram as interações humanas reais e concretas e as trocaram pelas virtuais e fantasiosas na esperança de não se ferirem como é comum nas relações reais. Todavia, pesquisas revelam que uma em cada três pessoas conectadas ao Facebook sentem-se solitárias e frustradas com as experiências negativas na rede. Vivemos a era do “amor líquido”, de laços afetivos instáveis, fluidos e fáceis para deletar, na qual a rede social está na vanguarda. É óbvio que isto não é consequência das redes sociais, mas da modernidade. A rede é apenas um espelho daquilo que nos transforma no contexto social.


Pense!

“A maioria das pessoas não navega na internet... Naufraga!” (Ton Gadioli).


Ponto Importante

“A rede é apenas um espelho daquilo que nos transforma no contexto social”.


CONCLUSÃO

A rede social está mudando tanto os relacionamentos quanto as pessoas. A solidão está sendo reinventada na artificialidade das interações. Seja verdadeiro na vida real, inspire confiança na concretude da vida, valorize a pessoa humana pelo que ela é, e tudo isso será manifesto na web, como também o oposto.

ESTANTE DO PROFESSOR

BLOMBERG, Graig L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.
ZUCK, Roy B.
 Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009.

HORA DA REVISÃO

1. O que é solidão?
É um sentimento que traz uma sensação de angústia, isolamento e vazio na pessoa capaz de deprimi-la.

2. Qual o conceito de solidão na filosofia existencialista?
A condição do homem no mundo: ele nasce, cresce e assim morre.

3. Diferencie solidão de solitude.
Há pessoas que estão sozinhas, mas não sentem solidão, e outras rodeadas de gente que se sentem solitárias.

4. Defina isolamento social.
É um afastamento do convívio com as pessoas provocado por fatores psicológicos, condições sociais, e a exclusão do indivíduo da convivência com o grupo social.

5. O que diz a pesquisa a respeito da solidão nas redes sociais?
Que uma em cada três pessoas conectadas ao Facebook sentem-se solitárias e frustradas com as experiências negativas na rede.

SUBSÍDIO I

“Caráter, sua dimensão antropo-teológica
Deus criou o homem em duas fases distintas. Na primeira o Eterno forma (hb. asah) a parte somática, corporal e visível do homem, a partir do ‘pó da terra’ (Gn 2.7a). Esse primeiro estágio é chamado de criação mediata ou formativa. Na segunda fase Deus cria (hb. bara) o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27; 2.7b). Essa imagem entende-se por moral e natural. A natural diz respeito àquilo que o homem é: ser racional (intelecto), emocional e volitivo (vontade). A moral relaciona-se à constituição do caráter, da moral e da ética. Diz respeito à constituição moral do homem, suas disposições intrínsecas que inclui o caráter e a qualidade deste: justo e santo. Antes da Queda, o homem era perfeito em santidade, retidão e justiça. Essas qualidades não procediam do próprio homem, mas eram reflexos dos atributos morais e imanentes do Senhor. Os atributos morais de Deus refletiam-se na constituição do sujeito (Ef 4.24; Lv 20.7; 1Jo 2.29; 3.2,3). Porém, após a Queda, a natureza moral do homem foi corrompida pelo pecado (Rm 1.18-32; 3.23). Somente a obra salvífica de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante a ministração do Espírito Santo, é capaz de revestir o homem de uma nova natureza, criada segundo Deus (Ef 4.24; 1Co 1.30)” (BENTHO, Esdras C.Revista Ensinador Cristão, 2008).

SUBSÍDIO II

“Para que você se torne o homem ou a mulher que Deus deseja é necessário que o seu temperamento, personalidade e caráter se tornem subservientes dos projetos de Deus para a tua vida. Até que Deus prevaleça sobre nossas vidas (2Co 2.14), alguns precisam ser jogados numa cisterna, como José (Gn 37.20); outros, ser alimentado por corvos, como Elias (1Rs 17.6); e, alguns, apresentar sua língua aos serafins, como fez Isaías (Is 6.6,7).
O caminho que Deus escolhe para forjar o caráter de seus cooperadores algumas vezes é íngreme e inóspito. Mas, quando eles saem da fornalha, é perceptível até mesmo para os pagãos que eles andaram com o quarto Homem na fornalha (Dn 3.25-27). Deus jamais chamou alguém para uma grande missão sem que esse escolhido passasse por uma profunda transformação moral.

Se desejas que o Deus de José, Elias e Isaías realize em você o mesmo que fez com eles, coloque o seu caráter no altar do Espírito; apresente a sua personalidade Àquele que a todos transforma segundo a imagem de Cristo. Só assim serás a pessoa que Deus deseja que você seja” (BENTHO, Esdras C. Revista Ensinador Cristão, 2008).

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