ULTIMA PAGINA POSTADA DA ESCOLA DOMINICAL TODOS ASSUNTOS DO BLOG

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

BIBLIOLOGIA


                                   
                    O Deus do Livro e o Livro de Deus                                                                                                                                      Bíblia: o código de ética divino




"Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho(Sl 119.105).

Na Bíblia encontramos todas as normas divinas para orientar a conduta do crente, nas esferas social, moral e espiritual.

 Mateus 5.13-19. 
Um importante educador escreveu que "o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo é o seu caráter formador".O ensino de conteúdos bíblicos deve estar obrigatoriamente acompanhado à formação da moral do aluno. E a melhor maneira de formar o caráter de alguém é ensinar com a própria vida. Portanto, professor, praticar aquilo que se ensina é requisito indispensável para aqueles que lecionam na Escola Dominical. 
Ética: Conjunto de princípios e valores nos quais a sociedade se pauta. O cristão, como sal da terra e luz do mundo, não adere aos valores da sociedade mundana rebelada contra Deus. Ao contrário, sua vida é orientada pelos altos princípios esposados pelas Escrituras. Enquanto os valores morais do mundo são relativos e mutáveis, os padrões éticos divinos mostram-se infalíveis no combate às trevas morais e espirituais da pós-modernidade: "Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho" (Sl 119.105).
Portanto, é imprescindível ao crente não apenar afastar-se dos pecados dessa sociedade, mas condená-los com veemência (Ef 5.11). É grande a nossa responsabilidade diante de Deus!

I. UM MUNDO SEM A ÉTICA BÍBLICA 

1. O mundo jaz no maligno (1 Jo 5.19). Satanás reina sobre os ímpios. Ele é o pai de todos os que mentem e praticam o mal, imitando-o em suas obras malignas (Jo 8.44; 1 Jo 3.8,10).
Jesus o chamou de "príncipe deste mundo" (Jo 12.31; 14.30; 16.11). Os homens sem Deus estão subordinados à sua sinistra vontade e, por conseguinte, dominados pelos desejos da carne, pela soberba da vida, e pelo pecado (1 Jo 2.16). Esta é a razão pela qual há tantos males nos corações dos ímpios: atitudes perniciosas, vícios, violência e crimes (Gn 6.2-6). Aqueles que não se orientam pela Palavra de Deus vivem, geralmente, afastados dos preceitos morais e éticos mais elevados.

2. A trágica situação espiritual do mundo e do Brasil. A sociedade descrente está perdida.
No que diz respeito à saúde e à valorização da vida humana, por exemplo, a situação é caótica. Mais de 40 milhões de abortos são realizados por ano, em todo o mundo. No Brasil, morre todos os anos mais gente vítima de acidente de trânsito (40.000) e de homicídio (50.000) do que nas mais sangrentas guerras do planeta. Os acidentes rodoviários, quase sempre, são causados por motoristas embriagados; e as vítimas dos homicídios, geralmente, são jovens entre 15 e 24 anos.
E as drogas? Infelizmente, elas têm dominado muitas escolas, faculdades e praças públicas. O sexo livre entre adolescentes e jovens, motivado pela mídia e por uma educação perniciosa, é outro grande problema que enfrentamos nesta sociedade pós-moderna. De fato, conforme diz a Bíblia, o mundo jaz no Maligno.

3. A falha da sociedade em educar os cidadãos. As instituições públicas e privadas, bem como as famílias, têm falhado na educação de nossas crianças, adolescentes e jovens. A razão é muito simples. A sociedade de hoje vem desprezando sistematicamente os princípios morais, éticos e espirituais ensinados pela Palavra de Deus. Muitos adolescentes são induzidos ao falso "sexo seguro" por determinadas associações tidas como educacionais. Nossos jovens recebem pouca ou nenhuma informação acerca do perigo das drogas e, apesar disso, nada é feito para combatê-la efetivamente. Sob o argumento de que as instituições devem ser amorais, a própria sociedade contribui para a falta de moral e ética no mundo. 
O mundo se encontra numa situação moral e espiritual de calamidade, porquanto não vive de acordo com a ética bíblica. 

II. PRINCÍPIOS ÉTICOS DA BÍBLIA 

1. O princípio da fé (Rm 14.22,23). Aqui vemos que o crente deve ter fé, ou seja, convicção diante de Deus quanto ao que faz ou deixa de fazer. Ele não precisa recorrer a modelos humanos para posicionar-se quanto aos seus atos ou palavras. Se tiver dúvida, não deve fazer, pois "tudo o que não é de fé é pecado".
2. O princípio da licitude e da conveniência (1 Co 6.12). O cristão não deve fazer as coisas simplesmente porque são lícitas, mas porque lhe convém à luz da Palavra de Deus. É lícito, por exemplo, ausentar-se da Escola Dominical para dedicar-se ao lazer? Claro que sim. Mas... Convém? O que não é proveitoso nem útil deve ser evitado. A licitude diz respeito à liberdade do crente, mas a conveniência fala de suas virtudes, valores e responsabilidades.
3. O princípio da licitude e da edificação (1 Co 10.23). Não basta ser lícita, é necessário que a conduta do crente seja proveitosa para sua edificação espiritual. Devemos rejeitar tudo aquilo que não edifica a vida cristã.
4. O princípio da glorificação a Deus (1 Co 10.31). Este é um princípio elevadíssimo. Tudo o que o crente faz deve ser feito "como ao Senhor e não aos homens" (Cl 3.23); isto é, toda a glória deve ser dada unicamente a Deus.
5. O princípio da ação em nome de Jesus (Cl 3.17). Tudo que o crente faz deve ser feito em nome de Jesus, isto é, debaixo da autoridade e do poder desse nome. Tudo o que você se dispõe a fazer pode ser feito em nome de Jesus?
6. O princípio do respeito ao irmão mais fraco (1 Co 8.9-13). Este princípio fala dos nossos relacionamentos. Aqui, o fundamento é o amor e não a liberdade cristã. A Palavra afirma que não devemos escandalizar o crente mais fraco, mesmo que tenhamos consciência de que o que estamos fazendo não é pecado. 
Os princípios da ética bíblica são os seguintes: a fé, a licitude e a conveniência, a licitude e edificação, a glorificação a Deus, a ação em nome de Jesus e o respeito ao irmão mais fraco.

III. A ÉTICA CRISTÃ É PARA TODAS AS FAMÍLIAS 

As leis de muitos países favorecem à imoralidade e à falta de ética na sociedade. Muitas delas são estabelecidas sob a égide de filosofias materialistas, relativistas e pluralistas. A Bíblia, todavia, trás em seu âmago todos os referenciais éticos e morais para a plena felicidade da família em qualquer civilização. Os que os rejeitarem ficarão perdidos, inseguros, sem rumo e orientação. O resultado disso é a tragédia moral que vem se abatendo, especialmente sobre a família, e a sociedade como um todo.

1. A ética para os pais (Ef 6.4). Deus estabeleceu um padrão ético e moral para toda a família. O marido não é apenas a cabeça da mulher, mas da família (Ef 5.22,23; 1 Tm 3.4). Ele deve amar sua esposa como Cristo amou a Igreja; e a mulher deve sujeitar-se ao marido como a Igreja está sujeita a Cristo (Ef 5.22-33). Contudo, a educação dos filhos é dever de ambos, marido e mulher: "E vós, pais" (Ef 6.1). Vejamos alguns princípios éticos para os pais.
a) O relacionamento com os filhos. A Bíblia ensina que os pais não devem provocar a ira a seus filhos, mas sim, criá-los na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.4). Eles devem ter pelos filhos o mesmo respeito, amor e paciência que o Pai celestial demonstra para com eles. Muitos pais modernos preocupam-se mais com o desempenho de seus filhos na escola, no trabalho e na igreja, do que com o bom relacionamento que devem ter com eles. Em função disso, tratam-lhes com austeridade e injustiça, razão pela qual alguns se tornam desobedientes e rebeldes. Quanto à disciplina, deve ser aplicada com moderação e sabedoria (Pv 19.18; 1 Tm 3.4).
b) O cuidado com a educação espiritual dos filhos. A responsabilidade dos pais sobre os filhos também envolve o crescimento espiritual deles: "criai-os na doutrina e na admoestação do Senhor" (Ef 6.4). "Criar" aqui refere-se tanto ao desenvolvimento do caráter (admoestar) quanto ao ensino no caminho da justiça (doutrina). Os filhos, quando bem instruídos, jamais se esquecem da Palavra de Deus (Pv 22.6). É a educação dos pais que os protege e previne contra as drogas, a prostituição, a imoralidade e todo tipo de vícios e males (Dt 11.18-21).

2. A ética para os filhos (Ef 6.1,2). A obediência dos filhos aos pais deve refletir a mesma submissão manifestada no relacionamento com o Senhor Jesus: "sede obedientes a vossos pais no Senhor" (Ef 6.1). Assim como obedecem a Deus, devem também obedecer aos pais, pois isto é justo e "agradável ao Senhor" (Cl 3.20). Os filhos devem "honrar" os pais porque é um mandamento do Senhor (Ef 4.2). É obedecendo aos pais que eles serão ricamente abençoados por Deus: "para que te vá bem". Dentre essas prósperas bênçãos está a longevidade: "e vivas muito tempo sobre a terra". 
Deus estabeleceu um padrão ético e moral para a família. Tanto pais como filhos receberam instruções bíblicas para o pleno desenvolvimento espiritual e crescimento harmonioso da família.A Palavra de Deus é um guia seguro e infalível para conduzir o crente neste mundo de trevas morais e espirituais. A Igreja do Senhor Jesus Cristo é formada de pessoas que são "sal da terra" e "luz do mundo". Portanto, sejamos exemplos para esta sociedade pós-moderna. ( NOTAS Palmer, M. D. (org.) Panorama do pensamento cristão. RJ: CPAD, 2001.)

 "A moral bíblica

Essa nova abertura para argumentos morais dá aos cristãos uma extraordinária oportunidade para defender a posição de que viver de acordo com a ordem moral bíblica é mais saudável tanto para indivíduos como para a sociedade. E há uma crescente gama de evidências científicas que podemos usar para apoiar nossa argumentação. Estudos médicos estão confirmando que aqueles que frequentam a igreja com regularidade e agem coerentemente com a fé têm melhor saúde física e mental. Considere alguns achados recentes.
Uso do álcool. O uso do álcool é maior entre aqueles com pouco ou nenhum compromisso religioso. Um estudo descobriu que quase 89% dos alcoólatras perderam o interesse pela religião durante sua juventude .

Estabilidade familiar. Vários estudos descobriram uma forte correlação inversa entre a frequência à igreja e o divórcio, enquanto outro determinou que a frequência à igreja é o indicador mais importante da estabilidade do casamento.(NOTAS COLSON, C.; PEARCEY, N. E agora, como viveremos. RJ: CPAD, 2000, p.367-69.) 


Exigimos verdade de nossas crianças, no entanto, naturalmente contamos nossas mentiras aqui e ali, sem nos darmos conta. Demandamos santidade de nossos jovens, entretanto, vivemos uma vida de pecados ocultos, por pensamentos, palavras ou obras. Pregamos a unidade da igreja, mas participamos de disputas e contendas entre nós mesmos. É hora de vivermos aquilo que ensinamos. 


 A inerrância da Bíblia 

Salmos 119.89-99. 

Um dos mais importantes pilares da doutrina cristã: a inerrância das Sagradas Escrituras. Através desta doutrina, aprendemos que a Bíblia é a Palavra de Deus e, portanto, fala com autoridade divina ao homem moderno. Foi este o pensamento dos reformadores quando substituíram a tradição pelo lema: Sola Scriptura (Somente a Escritura). Deus o abençoe! 
A inerrância da Sagrada Escritura deriva-se da natureza própria da Bíblia. Em inúmeras ocasiões a Bíblia descreve a si mesma como a inerrante Palavra de Deus. Solicite que um dos alunos leia Is 34.16 e, a seguir, faça um breve comentário da inerrância e infalibilidade das Escrituras. Depois, apresente aos alunos alguns nomes canônicos da Bíblia: a) Livro do Senhor (Is 34.16); b) Escritura da Verdade (Dn 10.21); c) Escritura de Deus (Êx 32.16); d) Lei do Senhor (Sl 1.1,2); e) Lei de Deus (Js 24.26); f) Palavra do Senhor (Jr 22.29); g) Oráculo de Deus (1 Pe 4.11); h) Palavra de Deus (Mt 15.6; At 6.7); i) Palavra de Cristo (Cl 3.16). A Bíblia procede do próprio Deus, portanto, é inerrante e infalível.
  

Inerrância: Qualidade do que é isento de erro. 
A Bíblia é a inerrante Palavra de Deus. Os ímpios e incrédulos têm feito de tudo para encontrarem erros nos textos bíblicos. Pode ser que haja falhas nas traduções, interpretações ou na gramática das cópias manuscritas, pois a Bíblia foi escrita originalmente em linguagem antiga: hebraico, grego, e aramaico. Todavia, essas possíveis incorreções, ou dificuldades, jamais podem ser consideradas "erros" quanto à mensagem bíblica. Menos de um por cento dessas inexatidões dos manuscritos, encontram-se na transmissão da mensagem, portanto, não afetam a integridade da Palavra de Deus. 

I. CONCEITUAÇÃO TEOLÓGICA DE INERRÂNCIA 

1. O que é "inerrância bíblica"? Significa que a Bíblia é totalmente isenta de erros; quer no campo lógico ou no histórico. Ela é inerrante nos fatos que apresenta e nas doutrinas que declara. Afirmar que a Bíblia não contém erros é também reconhecer sua inspiração, autoridade e infalibilidade divinas. Jesus afirmou categoricamente: "A Escritura não pode falhar" (Jo 10.35).
2. Inerrância e infalibilidade. O conceito de inerrância da Bíblia está intimamente associado ao de infalibilidade. Pelo fato de não conter erros, ela é infalível. Tudo o que a Bíblia diz cumpre-se cabalmente: "Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre" (1 Pe 1.24,25). Essa infalibilidade é consequência de a Palavra de Deus nunca ter sido "produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21). 
A inerrância e a infalibilidade bíblicas são doutrinas que descrevem a natureza própria da Bíblia. O fato de a Bíblia ser inerrante, assegura-lhe o caráter de infalível. 

II. RAZÕES PELAS QUAIS A BÍBLIA É INERRANTE 

1. Autoria divina. A autoria divina da Bíblia é o fundamento e a garantia de sua inerrância e infalibilidade. Há milhões de livros espalhados pelo mundo (Ec 12.12); e todos foram escritos por autores falhos, propensos a cometerem todo tipo de erro. Porém, o Autor da Bíblia, jamais falta: "Deus não é homem, para que minta [...] porventura, diria ele e não o faria? Ou falaria e não o confirmaria?" O Eterno não mente, não falha e não erra (Nm 23.19; Tg 1.17). Quando ele diz, faz; quando ele promete, cumpre.
2. Supervisão e orientação do Espírito Santo (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.19-21). Os livros da Bíblia foram escritos sob a supervisão e orientação do Espírito Santo (Mc 12.36; 1 Co 2.13). As Escrituras não são produto da perspicácia e criatividade da mente humana, mas é o resultado da ação sobrenatural de Deus sobre ela: o Espírito inspirou (2 Pe 1.19-21), ensinou (1 Co 2.13) e revelou seus mistérios (Gl 1.12; Ef 3.2,3).
3. A Bíblia é a exata Palavra de Deus. Do limiar ao fechamento do Cânon Sagrado, os escritores bíblicos reproduziram exatamente o que haviam recebido da parte de Deus: "Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor, vosso Deus, que eu vos mando" (Dt 4.2). A Bíblia é a precisa Palavra do Senhor: ela é correta (Sl 33.4), perfeita (Sl 19.7), pura (Sl 119.140), e eterna (Is 40.8; Lc 21.33). 
As razões pelas quais a Bíblia é inerrante são: autoria divina, supervisão e orientação do Espírito Santo, e ser a exata Palavra de Deus. 

III. O CUMPRIMENTO DA BÍBLIA DEMONSTRA SUA INERRÂNCIA 

1. O cumprimento das profecias. O principal fato que atesta a inerrância das Sagradas Escrituras é o cumprimento de suas profecias. Vejamos, pois, algumas das mais de 300 profecias messiânicas cabalmente cumpridas: a) a concepção virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.22); b) o local do nascimento de Jesus (Mq 5.2; Mt 2.6); c) mãos e pés de Jesus furados e sua túnica sorteada (Sl 22.16,18; Jo 19.24,37), etc. Além dessas, muitas outras profecias cumpriram-se literalmente na história dos impérios antigos, das nações modernas, e na vida de muitos indivíduos.
2. A História confirma a Bíblia. Centenas de fatos e eventos bíblicos têm sido confirmados pela história secular. Entre tantos, encontramos: a) as duas deportações, de Israel e Judá, pelos assírios e babilônicos respectivamente (2 Rs 17.6; 2 Rs 24.10-17; Jr 25.11); b) a destruição de Jerusalém, profetizada por Jesus e cumprida no ano 70 d.C. (Mt 24.2); c) a restauração de Israel, predita em Ezequiel 36.25-27 e cumprida em Maio de 1948. A Palavra de Deus é Fiel e verdadeira!
3. A verdadeira ciência confirma a Bíblia. A Bíblia não é um livro científico, mas a ciência inúmeras vezes constatou a veracidade das afirmações bíblicas nesta área, como por exemplo, a de que a Terra é "solta" no espaço. O patriarca Jó sabia disso há, aproximadamente, 1.500 anos a.C. (Jó 26.7); como também tinha conhecimento que no centro da Terra há fogo (Jó 28.5). Isaías, o profeta, há mais de mil anos antes da ciência moderna, já afirmava que a Terra é redonda (Is 40.22). Inúmeros achados arqueológicos também confirmam a veracidade da Bíblia. Deus vela sobre sua Palavra para cumpri-la (Jr 1.12; Lc 21.33). 
O cumprimento das profecias bíblicas e a relação entre a História e a Bíblia comprovam a inerrância das Escrituras.

IV. OS MANUSCRITOS BÍBLICOS 

1. Formatos e materiais dos manuscritos bíblicos. O termo "manuscrito" refere-se às cópias dos originais das Escrituras (autógrafos) feitas à mão pelos escribas. Os mais significativos manuscritos bíblicos foram feitos nos formatos de rolo ou códice (Sl 40.7; Jr 36.2). Os principais materiais usados na escrita foram o papiro e o pergaminho; que eram preparados segundo a tradição judaica.

2. Os autógrafos. Trata-se dos manuscritos originais da Bíblia. Eles já não existem. Todavia, os originais do Antigo Testamento, por exemplo, foram meticulosamente copiados, originando os manuscritos mais antigos de que dispomos.

3. Falhas na transmissão escrita das palavras da Bíblia. Se compararmos as cópias dos textos originais entre si, encontraremos algumas variações entre elas, mesmo diante das mais rigorosas normas impostas aos escribas. Esses copistas não podiam escrever uma só palavra de memória. Antes de registrarem um vocábulo tinham de pronunciá-lo bem alto e, ao escreverem o nome do Senhor, tinham de limpar a pena com muita reverência. Cada letra e cada palavra eram contadas cuidadosamente e, caso encontrassem um único erro, inutilizavam imediatamente aquelas folhas, ou até mesmo todo o rolo. Há mais de duzentas mil variantes textuais nas cópias dos autógrafos. Nessa quantidade, observa-se, desde a troca de uma letra por outra até a de um nome por um pronome e vice-versa. Contudo, as incorreções encontradas nas cópias dos manuscritos, e repassadas a diversas versões dos textos bíblicos (variantes textuais), quando analisadas à luz do contexto geral da Bíblia, em nada comprometem o valor da mensagem sagrada, nem se constituem motivos para descrer da inerrância da Bíblia. Podemos afirmar com absoluta certeza, que os textos das Escrituras são plenamente confiáveis, e que as possíveis contradições são aparentes e humanas.
A Bíblia, na versão portuguesa, contém 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, 773.692 palavras e 3.566.480 letras. Em tudo isso, há menos de 0,5% de falhas. Deus vela por sua Palavra (Jr 1.12). 

Apesar de a Bíblia ter sido escrita e copiada em vários formatos, os erros de transmissão são irrelevantes, e as possíveis contradições são aparentes e humanas. 
A Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus. Sua correção, autoridade e infalibilidade decorrem de sua inspiração divina. Podemos, com alegria e confiança, afirmar como o salmista Davi: "Louvarei o teu nome, por causa da tua misericórdia e da tua verdade, pois magnificaste acima de tudo o teu nome e a tua palavra" (Sl 138.2). 
(NOTAS BENTHO, E. C. Hermenêutica fácil e descomplicada. 7.ed., RJ: CPAD, 2008.
CONFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. RJ: CPAD, 1998.) 


                                              A Exatidão da Bíblia

Tanto a autenticidade quanto a historicidade dos documentos do Novo Testamento estão confirmadas de modo sólido. Norman Geisler indica que as evidências documentárias em favor da autenticidade do Novo Testamento são esmagadoras, e fornecem uma base, igualmente sólida, para a reconstrução do texto grego original. Bruce Metzger, especialista em crítica textual, informa que, no século III a.C, os estudiosos em Alexandria indicavam que as cópias que possuíam da Ilíada de Homero apresentavam cerca de 95% de fidedignidade. Indica, também, que os textos setentrional e meridional da Mahabharata da índia diferem entre si numa extensão de 26.000 linhas. Isto se contrasta com ‘mais de 99,55 de exatidão para as cópias manuscritas do Novo Testamento’. Esse meio-porcento de diferença consiste principalmente nos erros de ortografia dos copistas e, mesmo assim, passíveis de correção. Nenhuma doutrina da Bíblia depende de algum texto cuja forma original não possa ser determinada com exatidão".

(NOTAS HIGCINS, J. A palavra inspirada de Deus. In HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.94.).

"Alegrar-me-ei em teus mandamentos, que eu amo" (Sl 119.47). Em um outro belo e piedoso verso o salmista prorrompe: "Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia" (v.97). As igrejas de todo o Brasil costumam organizar gincanas, sorteios e usar estratégias de marketing para atrair cada vez mais alunos para a Escola Bíblica Dominical. Não há qualquer problema nesses métodos. Porém, nenhuma dessas estratégias seria necessária se cada crente amasse ardentemente as Escrituras assim como o salmista. O que deve incitar o crente à Escola Dominical é o incomensurável amor pela Palavra de Deus. Que todos os crentes exclamem como o poeta: "Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca... Pelo que amo os teus mandamentos mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino" (vv.103, 127).


                        A Bíblia é a Palavra de Deus 

Salmos 119.1-12.  

Bíblia: É a inspirada e inerrante Palavra de Deus. 
O Diabo tem feito de tudo para difamar a Bíblia; e uma de suas principais estratégias tem sido a disseminação do falso ensino de que as Escrituras não é a Palavra de Deus, mas apenas a contêm. Nesta lição, estudaremos alguns assuntos relacionados à transmissão, formação e inspiração divinas da Bíblia.

I. A TRANSMISSÃO DA BÍBLIA 

Como a Bíblia chegou até nós, na forma em que a conhecemos? Essa é a pergunta que não se cala entre crentes e descrentes. Em qualquer lugar do mundo é possível acessar a Bíblia na forma de livro. Ela á foi traduzida para mais de 1.600 idiomas e dialetos. Porém, há mais de 4.000 povos que ainda não podem ler as Escrituras em sua própria íngua. Eis aí um enorme desafio Dara a igreja do Senhor Jesus.

1. A transmissão oral. Nos tempos mais remotos, conforme registros do Antigo Testamento, o Senhor comunicava-se com o homem verbalmente. Tanto é que lá no Éden, ele fora advertido pessoalmente pelo Eterno que não comesse do fruto da "árvore da ciência do bem e do mal" (Gn 2.17). Todavia, ordem divina não foi cumprida, acarretando o drástico fim da comunhão entre Deus e sua principal criatura.

a) No período antediluviano. Antes do Dilúvio, a Palavra de Deus fora transmitida oralmente por 1.656 anos, aproximadamente. Esse período envolve os capítulos 1 a 5 de Gênesis, isto é, de Adão ao dilúvio. Época em que Deus criou os céus e a terra, o homem e os demais seres vivos; nesse período, deu-se o crescimento e o desenvolvimento do ser humano, e a corrupção geral do gênero humano, que culminou com o juízo divino sobre a humanidade.
b) Do dilúvio a Abraão. Esse período compreende 1.427 anos, e envolve os capítulos 6 a 11 de Gênesis. Nesta época, Deus alertara Noé acerca do dilúvio, salvando a vida de oito pessoas: o patriarca, sua esposa, os três filhos (Sem, Cão e Jafé), e suas três noras. Se fizermos uma leitura cuidadosa das Escrituras verificaremos que Abraão transmitiu a Palavra de Deus oralmente a Isaque, e que essa mesma tradição perdurou até os dias de Moisés. Este, bem informado sobre os fatos transmitidos por seus pais, teve plena condição de ser o primeiro escritor humano da Bíblia Sagrada. "Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué..." (Êx 17.14).

c) A Palavra de Deus transmitida por nove homens. Desde o dia em que Deus falara a Adão (Gn 1.28), até a época em que ordenara a Moisés escrever sua Mensagem (Êx 17.14), nove homens receberam o encargo da transmissão oral: Adão (930 anos) falou a Lameque (777 anos); este, a Noé (950 anos); este, a Abraão (175 anos); este, a Isaque (180 anos); este a Jacó (147 anos); este a Coate (133 anos); este a Anrão (137 anos); e este a Moisés (120 anos). A despeito da longevidade desses patriarcas, foi o próprio Deus que, milagrosamente, assegurou a fidelidade da transmissão de sua Palavra.

2. A transmissão escrita da Bíblia. Os chamados "livros canônicos" da Bíblia foram reunidos ao longo de 1600 anos; e isso se deu de forma especial e impressionantemente harmônica. Só a predominância da vontade de Deus sobre a mente humana pode explicar como cerca de 40 escritores puderam escrever os livros da Bíblia a partir de condições e circunstâncias tão diversas.

a) Deus, o único autor da Bíblia. A despeito de Deus ser o único autor da Bíblia e de ter inspirado a todos os demais escritores, Ele mesmo se incumbiu dos primeiros registros das Escrituras: "E deu a Moisés (quando acabou de falar com ele no monte Sinai) as duas tábuas do Testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus" (Êx 31.18; 32.16; Dt 4.13; 10.4). Trata-se, aqui, do Decálogo, um resumo eloquente e poderoso de toda ética bíblica.
b) Moisés, o primeiro escritor. Deus ordenou a Moisés que escrevesse num livro as orientações a seu sucessor, Josué: "Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e relata-o aos ouvidos de Josué..." (Êx 17.14). Moisés tornou-se, desta forma, o primeiro escritor humano das Sagradas Escrituras. A Bíblia afirma que ele "escreveu todas as palavras do Senhor" (Êx 24.4); e que também, por ordem divina, guardou o livro da Lei "ao lado da arca do concerto do Senhor" (Dt 31.26). 
Deus, o autor da Bíblia, inspirou os escritores sagrados.


              II. A COMPOSIÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA 

1. A biblioteca divina. A Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um período de 1600 anos. Durante esse tempo, Deus usou cerca de 40 homens para escrever, reunir e preservar o Sagrado Livro. Nela encontramos histórias, poesias, biografias, normas, orações, profecias e outros relevantes temas e diversos gêneros literários. Em todos os livros, Cristo é o tema central da Bíblia.
2. O cânon bíblico. A palavra "cânon", antigamente, referia-se a uma haste usada para medir (Ez 40.3). Mais tarde, passou a significar regra, norma, ou padrão de medida (Gl 6.16; Fp 3.16). Aplicada à Bíblia, "cânon" é o conjunto de livros inspirados por Deus que transmitem a vontade do Eterno para sua Igreja, regulamentando a vida e a conduta de fé dos cristãos. O cânon do Antigo Testamento foi plenamente concluído em 1.046 anos, aproximadamente; e o do Novo, por volta do ano 100 d.C. 
A Bíblia é constituída de 66 livros, e foi escrita em um período de 1600 anos. Deus usou cerca de 40 homens para compô-la. 


         III. INSPIRAÇÃO E REVELAÇÃO DA BÍBLIA 

1. A inspiração da Bíblia. Compreende-se por "inspiração" a influência e a ação divina exercidas sobre os escritores da Bíblia (2 Tm 3.16; 1 Pe 1.19-21). Os homens santos escreveram a Palavra de Deus valendo-se do próprio estilo, vocabulário e cultura, sem prescindirem da direção sobrenatural do Espírito Santo.
2. A inspiração verbal e plenária. Por inspiração verbal entende-se que os escritores sagrados atuaram sob a direção incondicional do Espírito Santo. Eles escreveram exatamente o que o Senhor desejava que fosse escrito. Portanto, a inspiração verbal das Escrituras não é uma mera teoria, mas a natureza própria da Bíblia (2 Sm 23.2; 1 Co 2.13; Hb 3.7).
A inspiração plenária indica que o conteúdo, o ensino, e a doutrina das Escrituras, foram completamente inspirados por Deus. Não há na Bíblia qualquer parte que não seja inspirada e autorizada por Deus: "Toda a Escritura é divinamente inspirada" (2 Tm 3.16 - ARA).
3. Traduções Bíblicas. As fontes originais dos escritos bíblicos, os chamados autógrafos ou manuscritos foram inspirados por Deus. Porém, as inúmeras cópias deles extraídas, bem como as traduções ou versões, muitas vezes modificadas pelos copistas ou tradutores, nem sempre são consideradas escritos inspirados. Somente as traduções ou versões comprovadamente fiéis aos originais, acham-se dignas dessa reputação.
4. A revelação bíblica. Por "revelação", entende-se o agir de Deus pelo qual Ele dá a conhecer ao escritor sagrado coisas ignoradas, isto é, o que este, por si só, não poderia saber. Ver Dn 12.8; 1 Pe 1.10,11. A inspiração nem sempre implica revelação. Toda a Bíblia foi inspirada por Deus, mas nem toda ela foi dada por revelação. Lucas, por exemplo, foi inspirado a examinar trabalhos já conhecidos e escrever o Evangelho que traz o seu nome (Lc 1.1-14). O mesmo se deu com Moisés, que foi inspirado a registrar o que presenciara, como relata o Pentateuco. 
Os homens santos escreveram a Palavra de Deus valendo-se do próprio estilo, vocabulário, cultura e da direção do Espírito Santo. 
A Bíblia é a fonte mais fidedigna sobre a origem da vida e do homem; bem como do desenvolvimento da humanidade a partir da criação, passando pela Queda e Redenção, até o final de todas as coisas, na consumação dos séculos.
Conforme o estudo em apreço, a Bíblia é a Palavra de Deus. Ainda que os ateístas ou materialistas, invistam de forma grosseira contra o Santo Livro, este permanece inabalável em seu conteúdo, revelado e inspirado por Deus. NOTAS A. GILBERTO, A. A Bíblia Através dos Séculos. RJ: CPAD, 1987./NOTAS HORTON, S. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1996.


                           “O vocábulo ‘Bíblia’

Este vocábulo não se acha no texto das Sagradas Escrituras. Consta apenas na capa. Donde, pois, nos vem? Vem do grego, a língua original do Novo Testamento. É derivado do nome que os gregos davam à folha de papiro preparada para a escrita - biblos. Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado biblion e vários destes eram uma bíblia. Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer dizer 'coleção de livros pequenos'. Com a invenção do papel, desapareceram os rolos, e a palavra biblos deu origem a livro, como se vê em biblioteca, bibliografia, bibliófio, etc. É consenso geral entre os doutos no assunto que o nome Bíblia foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV.

E porque as Escrituras formam uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural, como acabamos de ver, passou a ser singular, significando o LIVRO, isto é, o Livro dos livros; Livro por excelência. Como Livro divino, a definição canônica da Bíblia é 'A revelação de Deus à humanidade'".(NOTAS GILBERTO, A. A Bíblia Através dos Séculos. RJ: CPAD, 1987, p.18)
A Bíblia tem sido banida, queimada, escarnecida e ridicularizada. Eruditos têm zombado dela como se fosse uma tolice. Reis tem estigmatizado as Escrituras como algo ilegal. Milhares de vezes a cova tem sido aberta e a canção fúnebre começa, mas, de alguma forma, a Bíblia nunca fica enterrada. Ela não só tem sobrevivido, mas também florescido. Trata-se do livro mais popular de toda a história. É o best-seller mundial há anos!
Não há explicação para isso na terra. O que talvez seja a única explicação. A resposta?
A durabilidade da Bíblia não se encontra na terra; ela vem do céu. Para os milhões de pessoas que têm praticado seus ensinamentos e confiado em suas promessas existe apenas uma resposta - a Bíblia é o livro divino, a voz de Deus.
O propósito da Bíblia é proclamar o plano de Deus para a salvação dos seus filhos.
Essa é razão por que esse Livro tem permanecido durante séculos. Ele é o mapa que nos leva ao maior tesouro de Deus, a vida eterna.(NOTAS LUCADO, M. Promessas Inspiradoras de Deus. RJ: CPAD, 2005, p. 53..



Nenhum comentário:

Postar um comentário

PAZ DO SENHOR

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.