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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ESCOLA DOMINICAL METODOS DE ENSINO N.2


                                 METODOS DE ENSINO N.2



PASSO 2 -  Identificar o problema, assumi-lo e liderar escola dominical ediu

Nossa reflexão avança agora no tempo e tomamos o livro e, particularmente a vida de Neemias como fio condutor. Neemias, ocupando a função importantíssima de copeiro do rei Artaxerxes recebeu a visita de um de seus patrícios e, ao perguntar sobre a situação de Jerusalém, foi surpreendido pela informação de que, além de os muros fendidos e as portas queimadas, o povo da cidade estava em grande miséria (Ne 1.1-3).

Aqui Neemias toma consciência do problema e todos sabem que a identificação de um problema é o caminho mais curto para sua resolução. Os mais otimistas afirmam que só este ato constitui 50% de resposta para a equação. Mas, o que poderia ter acontecido? Ele simplesmente poderia ter ignorado. Mas, Neemias não fez isso, pelo contrário, ele não só identificou o problema e entristeceu-se por isso (v.4), mas o assumiu tornando-se parte dele e conseqüentemente ocupou a liderança do movimento (vv.5-11; 2.1-5).

Assim deve ocorrer conosco na Escola Dominical. Mesmo assumindo a postura mais otimista e considerando a metade do problema solucionado, existe ainda um longo caminho para implementarmos as mudanças exigidas e alcançarmos o nível ideal para termos uma ED de qualidade. É bom não esquecer que, Neemias, assim como Esdras, contava com “a boa mão do Senhor” (2.8). O pastor, superintendente, professores e todos os demais envolvidos na Educação Cristã para empreender as mudanças necessárias na Escola Dominical, deverão contar, acima de tudo, com a mão do Senhor.

Além disso, é preciso que saibam avaliar causas do problema, identificar essas causas, assumir-se como parte do problema e tomar a iniciativa de liderar o movimento de “reforma”. Isso implica em desgaste de imagem, impopularidade e até mesmo inimizades, pois, lamentavelmente, alguns (ignorante ou conscientemente) perseguem a Escola Dominical e acreditam que estão prestando um serviço a Deus.

PASSO 3 - Avaliar causas, planejar e preparar a operação

Neemias sabia? e todos os povos daquela época, principalmente os inimigos ? que uma das evidências de que uma cidade possuía liderança era o fato de o povo ter suprimentos e esta possuir muros e portas. Por este motivo, Neemias, como ótimo empreendedor, administrador e líder, realizou uma viagem com propósitos definidos: a) Fazer parcerias (2.9); b) Guardar os planos em segredo por um tempo (2.12,16); c) Avaliar as causas e inspecionar (2.13). É preciso proceder da mesma forma em relação à Escola Dominical.

PASSO 4 - Lançar uma campanha (divulgar)

O povo agora precisava de incentivo. Uma das formas de incentivar é fomentar boas notícias e reavivar a esperança de que nem tudo está perdido. Além disso, o trabalho e o envolvimento de todos, faz com que as pessoas amem o projeto, pois elas desenvolvem o senso de pertencimento. Foi o que fez Neemias (2.17,18). Envolver a todos no projeto de reformulação da Escola Dominical é uma das melhores formas de incentivar o crescimento da Escola Dominical.

PASSO 5 - Estar pronto à “colocar a mão na massa” e lidar com a oposição

O capítulo 3 do livro de Neemias é um vigoroso exemplo de como o trabalho em equipe é importante na Obra do Senhor. Quando o objetivo é o mesmo os cargos e as posições são esquecidos, pois prevalece o alvo comum. É preciso também entender que haverá oposição (Ne 2.19,20; 4.1-3), e, lamentavelmente, às vezes a oposição consegue desanimar a equipe (4.4-23; capítulos 5 e 6). Em nosso livro, dedicamos mais de 50 páginas somente a importância do trabalho em equipe. Vamos conferir um trecho introdutório ao trabalho grupal:

Organização da equipe

A equipe incumbida de determinada missão pode ou não levá-la a efeito. Tudo depende de sua organização, visão de trabalho, política de qualidade e acima de tudo coesão. Jesus Cristo expressou essa grande verdade ao dizer que um “país que se divide em grupos que lutam entre si certamente será destruído; a família que se divide em grupos que lutam entre si também será destruída” (Lc 11.17; NTLH). Não é raro atualmente, muitas Escolas Dominicais não progredirem pelo fato de não haver uma visão essencialmente unitária em sua equipe de trabalho. É bem verdade que cada pessoa possui suas diferenças, mas o alvo de uma equipe é o mesmo, logo não há motivo para os seus membros se digladiarem.

a) Estabelecimento de objetivos: Antes de formar qualquer equipe, devemos pensar em que cada pessoa irá se ocupar. Após esse procedimento, devemos estabelecer alguns parâmetros para recrutá-las e pedir a graça de Deus para a seleção dos membros. Jesus Cristo bem sabia o porquê de ter formado uma equipe (Jo 15.16). Após esse procedimento, o próximo passo é reunir periodicamente a equipe para a definição de objetivos mensuráveis para se alcançar, ou seja, de acordo com a direção de Deus e da liderança da Nova Escola Dominical.

b) Reuniões Periódicas: A equipe da Nova Escola Dominical deve reunir-se em todo final e início de novo trimestre, para fazer um balanço de suas atividades e auto-avaliação de cada membro. As reuniões devem servir como catalisação do trabalho e missão da equipe. Nela será visto os pontos fracos e fortes, onde a equipe acertou e falhou, o que é preciso fazer para o próximo trimestre etc.

c) Elaboração de Projetos: A projeção é vital para a consecução de grandes empreendimentos, por isso, a equipe precisa projetar os seus planos para campanhas de incentivo á Escola Dominical, para o exercício da filantropia, para a aquisição de algum bem para o educandário etc.

d) Quantidade de pessoas à Altura da Demanda na ED: O crescimento do corpo discente determinará o crescimento do corpo docente e da equipe da Nova Escola Dominical. É importante que esse “detalhe” seja observado. Nada de sobrecarregar uma só pessoa com a desculpa que não existe outras pessoas de confiança e competência. Lembremo-nos do conselho de Jetro (Êx 18.14-24). É bom atentar para as qualidades que os escolhidos deveriam ter (Êx 18. 21).

e) Qualidade na Prestação dos Serviços: Até pouco tempo atrás era comum ouvirmos pessoas dizerem ao serem convidadas para cantar: “Olhem irmãos, eu não ensaiei, mas é para louvar a Jesus mesmo, por isso, se houver alguma falha peço perdão”. Ora, usava-se esse argumento como se isso fosse humildade. Para louvarmos a Deus devemos estar o mais preparado possível. A Nova Escola Dominical exige a certificação qualitativa de todos que nela trabalham. Não há como prestar um bom serviço na Obra de Deus, se não houver qualificação para tal. A Obra de Deus pode ser glorificada ou banalizada segundo o nosso desempenho.

PASSO 6 - Promover uma festa de reinício

Em nosso livro Marketing para a Escola Dominical ? Como atrair, conquistar e manter alunos na Escola Dominical (CPAD), retratamos este momento e o contextualizamos para a realidade de uma Escola Dominical:

Observe como as coisas mudam, quando as pessoas entendem que o ensino ministrado é para o bem delas, e que poderá ser praticado:

"E levaram o livro, na Lei de Deus, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
E Neemias (que era o tirsata), e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo disseram a todo o povo: este dia é consagrado ao Senhor, vosso Deus, pelo que não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei.
Disse-lhes mais: Ide, e comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não tem nada preparado para si; porque esse dia é consagrado ao nosso Senhor, portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força.
E os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é santo; por isso, não vos entristeçais.
Então, todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a fazer grandes festas, porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber " (Ne 8.8-12; grifo do autor).

No texto acima vemos claramente os requisitos que uma boa Escola Dominical precisa preencher para que seu número de alunos cresça e a cada dia ela se torne mais popularizada.

A equipe possuía...

- Apoio do líder majoritário (Neemias; representando o pastor);
-Orientação do líder departamental (Esdras; representando o superintendente da ED);
-Auxiliares instruídos e capacitados (seis homens à direita de Esdras e sete à sua esquerda; representando os porteiros e introdutores da ED);
-Professores qualificados e entendidos (Os Levitas; representando os professores da ED).

...funcionava sincronicamente...

- O líder majoritário convocou o povo (Ne 8.1);
-O líder departamental “prendeu” a atenção de todos com a leitura do Livro (Ne 8.3);
-Os auxiliares estavam “em pé”, ou seja, prontos para orientar o povo (Ne 8.4);
-Os professores (re)liam, explicavam e interpretavam* a lição (Lei), para que os alunos (povo) entendessem (Ne 8.7).

...e unia-se no momento final para alcançar o objetivo geral:

E Neemias (pastor), e o sacerdote Esdras (superintendente), e os Levitas (professores), disseram a todos:

"Este dia é consagrado ao Senhor, vosso Deus, pelo que não lamenteis, nem choreis.
Então todo o povo saiu para comer, beber, repartir com os que nada tinham preparado e para celebrar com grande alegria, pois agora compreendiam as palavras que lhes foram explicadas" (Ne 8.12; Nova Versão Internacional, grifo do autor).

É necessário saber que esse acontecimento tinha toda uma estrutura preparada anteriormente, pois os muros da cidade foram reconstruídos em apenas 52 dias, equipes qualificadas foram estabelecidas para atender o povo, e o líder principal, Esdras, havia se habilitado para tal mister (Ed 7.8-10). Assim a necessidade precípua da nação que era a questão espiritual foi suprida. Não só essa, mas várias outras, como necessidade de auto-afirmação (Jerusalém era o símbolo do poderio da nação), de segurança com a reconstrução da “proteção” da cidade, de sociabilidade com a reabitação do povo etc.

Tudo o que aconteceu aqui, na verdade nada mais foi do que a conscientização do povo acerca de sua real necessidade (Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas, ou seja, as outras necessidades serão supridas, contidas ou dirigidas). Com essa atitude eles conseguiram fazer uma convergência entre o sentimento e o pensamento do povo, o que conseqüentemente resultou em uma ação. E essa ação era o objetivo que Neemias e toda a sua equipe havia vislumbrado previamente, por isso conseguiram atingi-lo.

Mas como conseguir isso em minha Escola Dominical?[1]

Uma das formas é exatamente observar os sete passos dessa reflexão.

PASSO 7- (R)estabelecer a Equipe

Após todo o trabalho de reestruturação, vemos que a equipe que se desdobrou deveria agora ser restabelecida, ocupando os membros suas funções originais (12.44-47; 13.30,31). Seria uma impropriedade deixar o serviço por fazer. Depois de todos se empenharem neste momento inicial, é preciso que novos postos de trabalho sejam criados e os demais voltem as suas atividades originais. Manter a supervisão nesse sentido é crucial para manter o esforço e o ritmo, combustível eficiente no trabalho.

Conclusão


Esse texto, e nossa fala, não objetivaram a pretensa esgotação do assunto em pauta, mas simplesmente oferecer uma nova visão acerca da organização, administração da Escola Dominical bem como dos seus métodos de crescimento. Convém ressaltar que nessa estrutura da Nova Escola Dominical, a descentralização organizacional deverá ser implementada, ou seja, o superintendente deve ser o diretor geral, mas nem sempre, dependendo do tamanho da Escola Dominical, ele terá condições de dar a importância devida aos quatro ciclos organizacionais do educandário. A posição mais sensata é aquela de Moisés perante o conselho de Jetro (Ex 18.13-26).

FONTE CPAD 

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