Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de
2011
Título: Neemias — Integridade e coragem em
tempos de crise
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 4: Como enfrentar a oposição à obra de
Deus
Data: 23 de Outubro de 2011
TEXTO ÁUREO
“Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda
contra eles, de dia e de noite, por causa deles” (Ne
4.9).
VERDADE PRÁTICA
Não devemos nos amedrontar com os que
se opõem à obra de Deus, porque o Senhor está conosco e por nós batalha.
HINOS SUGERIDOS
8, 9, 11.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 2 Rs 17.39
Deus livra dos inimigos
Terça - Rm 8.37
Mais que vencedores por Cristo
Quarta - Êx 14.14
O Senhor peleja por nós
Quinta - Is 34.8
A vingança do Senhor predita
Sexta - Rm 12.21
Vencendo o mal com o bem
Sábado - 1 Co 15.57
A vitória por nosso Senhor Jesus Cristo
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Neemias 4.1-9.
1 - E sucedeu que, ouvindo Sambalate que
edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos
judeus.
2 - E falou na presença de seus irmãos e do
exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á
isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as
pedras que foram queimadas?
3 - E estava com ele Tobias, o amonita, e
disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro
de pedra.
4 - Ouve, ó nosso Deus, que somos tão
desprezados, e caia o seu opróbrio sobre a sua cabeça, e faze com que sejam um
despojo, numa terra de cativeiro.
5 - E não cubras a sua iniquidade, e não se
risque diante de ti o seu pecado, pois que te irritaram defronte dos
edificadores.
6 - Assim, edificamos o muro, e todo o muro se
cerrou até sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar.
7 - E sucedeu que, ouvindo Sambalate, e
Tobias, e os arábios, e os amonitas, e os asdoditas que tanto ia crescendo a
reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar,
iraram-se sobremodo.
8 - E ligaram-se entre si todos, para virem
atacar Jerusalém e para os desviarem do seu intento.
9 - Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos
uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles.
INTERAÇÃO
O
capítulo 4 mostra-nos como Sambalate e Tobias zombaram, escarneceram e
atacaram, até moralmente, Neemias e o povo judeu. Eles agiram assim porque
queriam impedir que os israelitas iniciassem a reconstrução dos muros de
Jerusalém. Não obstante a oposição dos inimigos da obra, Neemias clamou e
humilhou-se perante o Senhor rogando-lhe a providência divina. Ato contínuo, o
povo inclinou o “coração” para reconstruir o muro da Cidade de Davi e Deus os
abençoou. Com Neemias aprendemos que face a qualquer oposição e dificuldade, o
nosso caminho deve ser o da oração e da humildade na presença de Deus, o nosso
Justo Juiz.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Identificar a oposição ferrenha dos
adversários de Neemias.
- Compreender a importância da união do povo de
Deus diante da oposição.
- Saber que a oração e a vigilância devem ser
prioridades na vida cristã.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor, a lição de hoje
nos ensina como o crente deve portar-se quando se encontra num contexto de
oposição e dificuldade. Para concluir esta aula, leia e medite no texto de
Mateus 5.43,44 com os alunos. Fale que o Evangelho ensina como o cristão deve
agir a respeito daquele que o persegue. O crente não deve ser dominado pelo sentimento
de vingança, ao contrário, deve pautar-se pelo amor e, orando e fazendo o bem,
caminhar no discipulado de Jesus Cristo. Finalmente, é bom lembrar que a nossa
luta não é “contra carne e sangue” (Ef 6.12).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Oposição: Caráter ou disposição do que
se opõe; oposto; contrário.
Embora nos esforcemos e nos
empenhemos pela expansão do Reino de Deus, sempre haverá os que, inspirados por
Tobias e Sambalate, farão oposição à obra do Senhor. Todavia, não devemos nos amedrontar.
Quem se levanta contra a obra de Deus, contra o próprio Deus se levanta.
O mesmo Senhor que esteve com
Neemias, também estará conosco. Aos seus servos dará Ele sabedoria, graça e
unção, a fim de que conduzam a Igreja de Cristo na sã doutrina e de acordo com
a vontade divina.
I. OPOSIÇÃO FERRENHA
1. A ira dos adversários. “E
sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se
indignou muito” (Ne 4.1). Sambalate, que tinha um cargo importante em Samaria,
era o cabeça da oposição a Neemias. Ele usou várias táticas intimidatórias para
dissuadir Neemias a levar avante a reconstrução dos muros de Jerusalém. Que
estratégia o Diabo está utilizando para fazê-lo abandonar a obra do Senhor? Não
se esqueça: o adversário lança-nos contínuos dardos inflamados (Ef 6.16). Por
isso, revistamo-nos da armadura de Deus (Ef 6.11).
2. A falsa acusação. A
reconstrução não tinha sequer começado, e os adversários já estavam se opondo.
“O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o
arábio, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e disseram: Que é isso que fazeis?
Quereis rebelar-vos contra o rei?” (Ne 2.19). Se a acusação fosse verdadeira,
Neemias e seus auxiliares seriam enforcados publicamente pelo governo persa.
Todavia, era mais uma das mentiras do bando de Sambalate. Sendo Satanás o pai
da mentira (Jo 8.44), deleita-se em lançar falsas acusações contra os servos de
Deus.
3. A resposta à insinuação caluniosa. Neemias
não se intimidou diante da oposição. Ele tinha cartas e alvarás reais que lhe
autorizavam reconstruir os muros da Cidade Santa. A resposta de Neemias contra
aquela insinuação foi enérgica: “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e
nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos” (Ne 2.20). Neemias sabia que
ninguém pode impedir a obra do Senhor (Is 43.13).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Neemias não se intimidou diante da
oposição, da ira e da falsa acusação de seus adversários.
II. A CRÍTICA DOS ADVERSÁRIOS
1. O conteúdo das críticas (Ne
4.1-3). Sambalate ficou furioso com o sucesso dos
edificadores. Por isso, jocosamente, perguntou: “Que fazem estes fracos judeus?
Permitir-se-Ihes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos
montões do pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Sambalate e Tobias
apelaram para a crítica, visando desqualificar o trabalho dos judeus. Neemias,
porém, não se deixou abater. Ele sabia que Deus está no controle de todas as
coisas.
2. Oposição ao culto a Deus. “Permitir-se-lhes-á
isso? Sacrificarão?” (Ne 4.2). Os inimigos sabiam que Deus garante a vitória ao
povo que o adora. Não é por acaso que o Diabo continua a utilizar essa velha
tática contra o verdadeiro culto a Deus. Além disso, tudo faz para levar a sã
doutrina ao desprezo. Em seu lugar, apresenta como alternativas mensagens
vazias de unção, mas recheadas de técnicas psicológicas. Haja vista a teologia
da prosperidade e a confissão positiva.
3. Crítica à união. Percebendo
Sambalate que os edificadores estavam unidos, indagou: “Acabá-lo-ão num só dia?
Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Não se
esqueça. A união é indispensável para o sucesso de qualquer ministério. Sem
união, o povo perde as forças, distancia-se de Deus e deixa-se derrotar pelo
Inimigo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A união dos israelitas foi indispensável
contra a crítica dos adversários e a oposição ao culto a Deus.
III. A GUERRA CONTRA OS EDIFICADORES
1. Os inimigos se uniram (Ne 4.7,8). Os
inimigos usaram diferentes táticas para impedir a obra de reconstrução levada a
efeito por Neemias. Todas elas, porém, falharam. Furiosos, eles fizeram uma
coalizão contra os judeus. A situação, hoje, não é diferente.
Não obstante a liberdade religiosa de
que desfrutamos, os legisladores, contrários aos valores absolutos e
inegociáveis do Cristianismo, não cessam de apresentar projetos de lei, visando
barrar a atuação da Igreja como representante do Reino de Deus. Haja vista os
que tentam, legislando sobre a homofobia, calar os que declaram, baseados na
Bíblia Sagrada, ser o homossexualismo um pecado contra Deus (Lv 18.22; 1 Co
6.9). E o que dizer dos que se dizem defensores dos direitos humanos, mas
levantam a bandeira da legalização do aborto? A Lei de Deus é clara: “Não
matarás” (Êx 20.13).
2. Oração e vigilância. “Porém
nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite,
por causa deles” (Ne 4.9). Diante da ação insistente dos inimigos, Neemias
tomou uma atitude firme e decidida. Convocou o povo para orar e vigiar dia e
noite, enquanto a obra progredia: “Pelo que pus guardas nos lugares baixos por
detrás do muro e nos altos; e pus o povo, pelas suas famílias, com as suas
espadas, com as suas lanças e com os seus arcos” (Ne 4.13).
Não podemos deixar brecha alguma ao
adversário. Quer na igreja, quer em casa, vigiemos e oremos. Que os pais
eduquem os filhos no temor e na admoestação do Senhor e que os filhos honrem e
obedeçam aos pais conforme ordena a Palavra de Deus. Cuidemos para que
conteúdos abomináveis da TV, internet e outras mídias, não venham destruir
nossos lares. É hora de se reerguer os muros que o adversário deitou por terra.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Neemias, diante das táticas malignas dos
inimigos, convocou o povo para orar e vigiar.
CONCLUSÃO
À semelhança de Neemias, enfrentamos,
hoje, grande oposição. Essa luta, porém, não é contra a carne e o sangue. Por
isso, oremos e vigiemos. Trabalhemos, pois, na seara do Mestre com sabedoria e
prudência. E jamais permitamos que o Inimigo impeça o avanço do Reino de Deus
até aos confins da terra.
VOCABULÁRIO
Confissão Positiva: Movimento
que teve sua origem em mensagens cuja ênfase está na palavra da fé, na
determinação e na declaração de palavras bíblicas sobre a saúde e a
prosperidade.
Homofobia: Aversão a homossexuais.
Teologia da Prosperidade: Uma teologia centrada na saúde e na prosperidade material, não na salvação em Jesus Cristo.
Homofobia: Aversão a homossexuais.
Teologia da Prosperidade: Uma teologia centrada na saúde e na prosperidade material, não na salvação em Jesus Cristo.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
MERRIL, E. H. História
de Israel no Antigo Testamento. O
reino de sacerdotes que colocou entre as nações. 7.ed., RJ: CPAD, 2008.
ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. Quem
era o cabeça da oposição a Neemias?
R. Sambalate.
2. Qual
foi a resposta de Neemias à insinuação caluniosa dos adversários?
R. Foi
uma resposta enérgica: “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus
servos, nos levantaremos e edificaremos” (Ne 2.20).
3. De
acordo com a lição, o que é indispensável para o sucesso de qualquer
ministério?
R. A
união.
4. Qual
foi a atitude de Neemias diante da ação insistente dos inimigos?
R. Convocou
o povo para orar e vigiar dia e noite.
5. Segundo
a Palavra de Deus, contra quem é a nossa luta?
R. Contra
principados e potestades (Ef 6.12).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Devocional
“Por
que não retaliar? [Mateus 5.38-48]
[...] Jesus levantou essa questão,
mais uma vez, à luz do espírito legalista dos fariseus aliado ao exacerbado
sentimento de vingança entre o povo judaico, que extrapolava os tribunais para
fazer justiça com as próprias mãos. O princípio, aqui, é o mesmo que pontua
todo o discurso: ter controle sobre as nossas atitudes, a partir do coração,
para que elas não nos levem a um ponto sem retorno. Por outro lado, é preciso
levar em conta que, no Sermão do Monte, o Mestre dirigiu-se exclusivamente a um
público específico — os súditos do Reino — para mostrar-lhe que a retaliação
pessoal não é própria dos que o seguem. Retaliação é o mesmo que represália,
desagravo, desforra, revide. Em outras palavras, é a disposição, como se diz na
linguagem popular, de não levar desaforos para casa, mas resolver a pendência
com a arma da vindita. Aqui, entra, todavia um dado extremamente relevante: não
se deve retaliar” (COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã. Comentário Devocional do Sermão do Monte. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, p.139).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Histórico
“O motivo para esses antagonistas
[Sambalate e Tobias] resistirem à obra de restauração da cidade não se
concentrava necessariamente no culto a Yahweh. Setenta e cinco anos antes do
episódio, é verdade que as razões estavam diretamente relacionadas com o culto
(Ed 5.3). Porém agora a resistência era contra o restabelecimento de mais um
estado rival e poderoso dentre os demais daquela região. Certamente eles se
uniram a Megabyzus em sua revolta contra a administração persa, e passaram a
ver o governador Neemias como um líder a favor da dominação persa naquelas
províncias, tornando-se uma espécie de vigia para o rei Artaxerxes. O próprio
fato de eles se sentirem no direito de interferir nas reformas comandadas por
Neemias é uma prova de que já havia uma certa independência desses povos para
com o governo persa, especialmente depois de tomarem ciência do conteúdo da
carta de autorização dada por Artaxerxes.
Neemias não perdeu tempo: em três
dias ele empreendeu uma grande pesquisa do perímetro exato da cidade para, com
os números exatos à mão, poder determinar os passos necessários para a
reconstrução dos muros. Imediatamente os líderes se aproximaram e se dispuseram
a ajudar na tarefa, de maneira que a obra não tardou a começar. Depois de uma
tentativa fracassada, Sambalate, Gesém e Tobias, que tentaram desestimular o
povo escarnecendo da obra, partiram para uma tática diferente: argumentaram
sobre a deslealdade dos judeus para com o trono da Pérsia, mas isto foi em vão,
pois a obra tinha sido autorizada pelo próprio rei. À medida que a construção
chegava ao fim, os inimigos de Israel desesperavam, percebendo que a cidade
ficaria novamente invulnerável à ação de exércitos estrangeiros. Para eles,
tudo isso tinha dois significados básicos: os judeus automaticamente proclamariam
sua independência dos persas, e depois buscariam o controle de toda a região,
criando um reino redivivo de Davi, o que não estava distante das perspectivas
dos profetas. Neemias teve de defender a obra contra todos esses ataques”
(MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as
nações. 7.ed., RJ: CPAD, 2008, p.543).
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PAZ DO SENHOR
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