Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de
2011
Título: Neemias — Integridade e coragem em
tempos de crise
Comentarista: Elinaldo Renovato
Lição 7: Arrependimento, a base para o
concerto
Data: 13 de Novembro de 2011
TEXTO ÁUREO
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se
humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos,
então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2
Cr 7.14).
VERDADE PRÁTICA
Quando o povo de Deus arrepende-se de
seus pecados, além de receber o perdão divino, começa a viver uma fase de
copiosas bênçãos.
HINOS SUGERIDOS
15, 171, 175.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 3.19
Arrependimento e conversão
Terça - Lc 3.8
Frutos de arrependimento
Quarta - Lc 15.7
Alegria pelo arrependimento
Quinta - 2 Co 7.9
Contristados para o arrependimento
Sexta - Hb 12.7
Arrependimento tardio
Sábado - At 17.30
Arrependimento para todos
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Neemias 9.1-3,16,33-36.
1 - E, no dia vinte e quatro deste mês, se
ajuntaram os filhos de Israel com jejum e com pano de saco e traziam terra
sobre si.
2 - E a geração de Israel se apartou de todos
os estranhos, e puseram-se em pé e fizeram confissão dos seus pecados e das
iniquidades de seus pais.
3 - E, levantando-se no seu posto, leram no
livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia; e, na outra quarta
parte, fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus.
16 - Porém eles, nossos pais, se
houveram soberbamente, e endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus
mandamentos.
33 - Porém tu és justo em tudo
quanto tem vindo sobre nós; porque tu fielmente te houveste, e nós impiamente
nos houvemos.
34 - E os nossos reis, os nossos
príncipes, os nossos sacerdotes e os nossos pais não guardaram a tua lei e não
deram ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste
contra eles.
35 - Porque eles nem no seu
reino, nem na muita abundância de bens que lhes deste, nem na terra espaçosa e
gorda que puseste diante deles te serviram, nem se converteram de suas más
obras.
36 - Eis que hoje somos servos; e
até na terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis
que somos servos nela.
INTERAÇÃO
Israel
confessou o seu pecado diante de Deus e se arrependeu. O Senhor em sua infinita
misericórdia os perdoou e lhes restaurou a sorte. A natureza humana é
tendenciosa ao pecado, pois nascemos dele, mas se “confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça” (1 João 1.9). A fim de sermos restaurados, devemos seguir o exemplo
de Israel naquele tempo: arrepender-se, confessar e abandonar a prática do
pecado.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Saber que o arrependimento é condição para um
genuíno mover de Deus.
- Conscientizar se que Deus se faz presente em
todos os momentos.
- Confiar na grandeza da misericórdia divina.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de hoje
sugerimos que você reproduza o quadro abaixo e entregue aos alunos. O objetivo
é que os eles reconheçam que Deus sempre quis e quer perdoar os nossos pecados.
Assevere que o Senhor é misericordioso para conosco. Ele nos espera, pronto
para ouvir a nossa confissão e nos perdoar.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Arrependimento: Compunção, contrição.
Na lição de hoje, refletiremos sobre
o avivamento que o povo israelita experimentou após a reconstrução de
Jerusalém. Esse avivamento não se limitou aos cânticos e às celebrações. Mas
gerou contrição, confissão de pecados e arrependimento. O Senhor deseja usar a
Igreja, a fim de promover um grande despertamento espiritual sobre a nossa
nação. Todavia, isso somente acontecerá quando o povo que se chama pelo nome do
Senhor, “se humilhar e orar e se converter dos seus maus caminhos” (2 Cr 7.14).
I. OS RESULTADOS DE UM GENUÍNO AVIVAMENTO
1. Arrependimento e confissão de
pecados (Ne 9.1). Em Neemias capítulo oito, os judeus, quebrantados
com o ensino da Lei de Deus, renovaram o seu o pacto com o Senhor. Eles
jejuaram, vestiram-se de “pano de saco”, confessaram seus pecados e
arrependeram-se de suas iniquidades. Esse avivamento não foi superficial; seus
resultados duradouros são confirmados nas Escrituras (Leia os capítulos 10 a 12
de Neemias).
2. Sinais do verdadeiro
arrependimento. Ao se lamentarem, os israelitas não expressaram um
mero remorso. A partir de atitudes e gestos, demonstraram um sincero
arrependimento, pois vestiram-se de “pano de saco e traziam terra sobre si”.
Tais gestos evidenciavam, no Antigo Testamento, profunda humilhação diante de
Deus. O uso da terra sobre a cabeça, por exemplo, denotava tristeza pelos
pecados cometidos (Jó 2.12; 1 Sm 4.12; Lm 2.10). Hoje, tais gestos não são mais
necessários. Todavia, o Senhor continua a requerer, de seus filhos, sincero e
profundo arrependimento.
3. Apartaram-se dos povos idólatras
(Ne 9.2a). O relacionamento com povos estranhos levara Israel
à idolatria, contrariando frontalmente a Lei de Deus (Dt 18.9-12). Por isso, o
sacerdote Esdras determinou aos israelitas que despedissem suas mulheres estrangeiras
(Ed 10). Vivendo um grande e autêntico avivamento, o povo apartou-se dos
costumes pagãos e passou a andar segundo a vontade de Deus. Este é o fruto do
despertamento espiritual que vem do Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Ao viver um autêntico avivamento, o povo
de Israel passou a andar segundo a vontade de Deus.
II. A LEI DO SENHOR E REMINISCÊNCIA
1. Valorizando a Lei do Senhor. “E,
levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma
quarta parte do dia” (Ne 9.3a). Mais uma vez a Lei do Senhor é exposta. Sua
leitura e explicação tomaram a “quarta parte do dia”. Foram exatamente seis
horas de ensino da Palavra de Deus. E todos a ouviram atentamente. Ninguém
deixou o seu lugar. Tem você se alimentado regularmente da Palavra de Deus?
2. A confissão dos pecados. Igual
tempo foi dedicado à confissão de pecados: “Na outra quarta parte [do dia],
fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus” (Ne 9.3b). É importante
observar que a leitura da Palavra gerou contrição, resultando em confissão de
pecados. Assim, o avivamento espiritual não demorou a chegar.
3. Relembrando a história do seu
povo. Os judeus passaram a recordar os fatos que marcaram
a história da nação (Ne 9.7-9). Desde Abraão, passando pelo êxodo e a
peregrinação no deserto, o relato culmina com a posse da Terra Prometida, onde
foram eles abençoados em todos os seus empreendimentos. Os levitas enfatizaram,
ainda, os atos que envolveram a intervenção direta de Deus na vida de seus
antepassados (Ne 9.10). Os seus pecados também são trazidos à tona. Por isso,
era necessário e urgente o arrependimento nacional.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A lei de Deus foi lida e explicada ao
povo que confessou seus pecados e relembrou a história da nação.
III. A GRANDE MISERICÓRDIA DE DEUS
1. “Deus clemente e misericordioso”
(Ne 9.31). Apesar dos muitos pecados cometidos pelos judeus,
Deus não os desamparou (Ne 9.31). O Senhor é longânimo e misericordioso (Lm
3.22). E apesar de Israel permanecer na incredulidade, o Senhor continua, ainda
hoje, a zelar por ele e a abençoá-lo, levando sempre em conta os termos da
promessa que estabeleceu com Abraão.
2. A súplica de Israel. Já
arrependidos de seus pecados e prestes a firmar o concerto com o Senhor, os
judeus, sob a liderança de Neemias, suplicaram pela misericórdia divina (Ne
9.32). O povo clamou ao Senhor para que Ele não o abandonasse (Ne 9.34,35). E
reconheceu com temor e tremor que, mesmo diante da tragédia, Deus se fazia
presente (Ne 9.33).
3. Um firme concerto. “E,
com tudo isso, fizemos um firme concerto e o escrevemos; e selaram-no os nossos
príncipes, os nossos levitas e os nossos sacerdotes” (Ne 9.38). Quando o povo
se arrepende e compromete-se definitivamente com Deus, o Senhor restaura-lhe a
sorte (2 Cr 7.14-16). Ante a iminência do arrebatamento, faz-se necessário que
nos concertemos com Deus. Além disso, vivemos dias difíceis e trabalhosos.
Nossas igrejas veem-se ameaçadas por ensinos heréticos e muitos crentes já se
deixaram tomar pela frialdade espiritual. E o mercantilismo que ameaça a pureza
do Evangelho?
Não podemos ficar indiferentes!
Humilhemo-nos, confessemos nossos pecados e clamemos pelo favor divino (Dn
9.9). Somente assim, o Senhor nos mandará um poderoso e genuíno avivamento.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Israel suplicou ao Senhor que o
perdoasse e firmou um concerto com Ele.
CONCLUSÃO
Roguemos ao Senhor que nos avive no
poder do Espírito Santo. E que os resultados desse avivamento possam ser
claramente observados em vidas santas, transformadas e dedicadas ao serviço do
Reino de Deus. Não foi exatamente isso que se deu no tempo de Esdras e Neemias?
Somente um avivamento nos levará a cumprir integral e poderosamente as demandas
da Grande Comissão que nos confiou o Senhor (Mt 28.19,20).
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
LUCADO, M. Nas
Garras da Graça. 1.ed., RJ: CPAD, 1999.
EXERCÍCIOS
1. Qual
a primeira grande consequência do avivamento?
R. A
primeira grande consequência foi o arrependimento e confissão de pecados.
2. O
que os judeus usaram, para demonstrar tristeza?
R. Para
demonstrar tristeza os judeus vestiram-se de pano de saco e traziam terra sobre
suas cabeças.
3. O
que a leitura da Palavra gerou para o povo de Israel?
R. A
leitura da Palavra gerou um profundo arrependimento, o povo apartou-se dos
costumes pagãos e passou a andar segundo a vontade de Deus.
4. Que
fizeram os judeus após o arrependimento de pecados?
R. Após
o arrependimento dos pecados os judeus passaram a recordar os fatos que
marcaram a história da nação.
5. O
que acontece quando o povo se arrepende e se compromete definitivamente com o
Senhor?
R. Quando
o povo se arrepende e se compromete com o Senhor Ele restaura-lhes a sorte.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Devocional
“A
Pena foi paga
Pense deste modo. O pecado aprisionou
você. O pecado trancou você atrás das grades da culpa, da vergonha, da decepção
e do medo. O pecado não fez nada, mas acorrentou você ao muro da miséria. Então
Jesus veio e pagou sua fiança. Cumpriu a sua pena; satisfez a penalidade e
colocou-o em liberdade. Cristo morre, e quando você lançou sua sorte com Ele,
seu velho eu também morreu.
O único modo de se ver livre da
prisão do pecado é cumprindo a sua penalidade. Neste caso, a pena é a morte.
Alguém tem de morrer; você ou o substituto celeste. Você não pode deixar a
prisão a menos que haja uma morte. Porém, esta ocorreu no Calvário. E quando
Jesus morreu, você morreu para a reivindicação do pecado em sua vida. Você está
livre.
Cristo tomou o seu lugar. Você não
precisa permanecer na cela. Já ouviu um prisioneiro liberto dizer que quer
continuar preso? Nem eu. Quando as portas se abrem, os prisioneiros se vão. É
inconcebível o pensamento de alguém preferindo a jaula à liberdade. Uma vez
paga a penalidade, por que viver em cativeiro? Você está solto da penitenciária
do pecado. Por que, ó céus, você haveria de querer pôr os pés nessa prisão
outra vez?
Paulo recorda-nos: ‘O nosso velho
homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim
de que não sirvamos mais ao pecado, porque aquele que está morto, está
justificado do pecado’ (Rm 6.6,7)” (LUCADO, M. Nas
Garras da Graça. 1.ed., RJ: CPAD.1999, pp.112-13).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“O
Arrependimento e a Fé
O arrependimento e a fé são os dois
elementos essenciais da conversão. Envolvem uma ‘virada contra’ (o
arrependimento) e uma ‘virada para’ (a fé). As palavras primárias, no Antigo
Testamento, para expressar a ideia de arrependimento são shuv (‘virar para trás’, ‘voltar’) e nicham (‘arrepender-se’, ‘consolar’). Shuv ocorre mais de cem vezes no sentido teológico, seja
quanto ao desviar-se de Deus (1 Sm 15.11 ; Jr 3.19), seja no sentido de voltar
para Deus (Jr 3.7; Os 6.1). A pessoa também pode desviar-se do bem (Ez
18.24,26) ou desviar-se do mal (Is 59.20; Ez 3.19), isto é, arrepender-se. O
verbo nicham tem um aspecto emocional que não fica evidente em shuv, mas ambas as palavras transmitem a
ideia do arrependimento.
O Novo Testamento emprega epistrephō no sentido de ‘voltar-se’ para Deus (At 15.19; 2 Co
3.16) e metanoeō / metanoia para a ideia de ‘arrependimento’ (At 2.38; 17.30;
20.21; Rm 2.4). Utiliza-se de metanoeō para expressar o significado de shuv, que indica uma ênfase à mente e à
vontade. Mas também é certo que metanoia, no Novo Testamento, é mais que uma
mudança intelectual. Ressalta o fato de uma reviravolta da pessoa inteira, que
passa a operar uma mudança fundamental de atitudes básicas.
Embora o arrependimento por si só não
possa nos salvar, é impossível ler o Novo Testamento sem tomar consciência da
ênfase deste sobre aquele. Deus ‘anuncia agora a todos os homens, em todo
lugar, que se arrependam’ (At 17.30). A mensagem inicial de João Batista (Mt
3.2), de Jesus (Mt 4.17) e dos apóstolos (At 2.38) era ‘Arrependei-vos! Todos
devem arrepender-se, porque todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus’ (Rm 3.23)” (HORTON, S. M. et all. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed.,
RJ: CPAD, 2006, p.368).
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PAZ DO SENHOR
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