Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de 2002
Título: Ética Cristã — Confrontando as questões
morais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição
1: A
ética cristã face a ética dos homens
Data: 7 de Julho de 2002
TEXTO ÁUREO
“De tudo o que
se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é
o dever de todo homem”(Ec
12.13).
VERDADE PRÁTICA
O cristão, como sal da terra e luz do mundo, não só deve ser
diferente, mas seu comportamento como cristão deve ser um referencial para a
sociedade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Mt 5.20
O crente e
a justiça
Terça - Mt
5.28
O crente e
o pensamento
Quarta -
Mt 5.37
O crente e
o falar
Quinta -
Mt 7.12
O crente e
a lei áurea
Sexta - Mt
18.22
O crente e
o perdão
Sábado -
Mt 7.1
O crente e
o julgamento
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Romanos
14.22,23; 1 Coríntios 10.1-12,23,31,32.
Romanos 14
22 - Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo
diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que
aprova.
23 - Mas aquele que tem dúvidas, se
come, está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é
pecado.
1
Coríntios 10
1 - Ora, irmãos, não quero que
ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram
pelo mar,
2 - e todos foram batizados em Moisés,
na nuvem e no mar,
3 - e todos comeram de um mesmo manjar
espiritual,
4 - e beberam todos de uma mesma
bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra
era Cristo.
5 - Mas Deus não se agradou da maior
parte deles, pelo que foram prostrados no deserto.
6 - E essas coisas foram-nos feitas em
figura para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
7 - Não vos façais, pois, idólatras,
como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber
e levantou-se para folgar.
8 - E não nos prostituamos, como
alguns deles fizeram e caíram num só dia vinte e três mil.
9 - E não tentemos a Cristo, como
alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes.
10 - E não murmureis, como também
alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.
11 - Ora, tudo isso lhes sobreveio como
figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins
dos séculos.
12 - Aquele, pois, que cuida estar em
pé, olhe para que não caia.
23 - Todas as coisas me são lícitas,
mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas
as coisas edificam.
31 - Portanto, quer comais, quer bebais
ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
32 - Portai-vos de modo que não deis
escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.
PONTO DE CONTATO
As lições desse trimestre colocam em pauta temas pertinentes
tanto à sociedade em geral como aos cristãos de modo particular. Argua seus
alunos informalmente sobre o significado de ética. O que entendem por
comportamento ético? Como a ética pode ser aplicada ao cotidiano? Peça-lhes
para descrever características do que consideram atitudes antiéticas. Não
espere deles definições científicas. Explore todas as possibilidades
expressadas em suas respostas. Não se preocupe em tratar o assunto como uma questão
fechada. Conduzi-los à reflexão deve ser o ponto alto desta lição.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Definir e conceituar a ética como ciência secular e a ética
cristã.
·
Reconhecer a Palavra de Deus como o maior e melhor referencial
ético do mundo.
·
Destacar que a ética cristã deve ser fundamentada no
conhecimento de Deus como revelado na Bíblia.
SÍNTESE TEXTUAL
Como investigadora da conduta ideal, a ética propõe questões que
avaliam os passos do homem apreciadas do ponto de vista do bem e do mal.
Sendo assim, seu estudo foge do âmbito estritamente humano e
passa a ser motivo de aferição fundamentada na Palavra de Deus, a Bíblia
Sagrada que não muda ao sabor das circunstâncias.
Ética é uma questão pessoal ou coletiva? Quais as implicações
decorrentes do comportamento antiético para a igreja local, para a comunidade
onde ela está inserida e para a comunidade cristã como um todo? É possível ser
ético sem afastar-se do convívio com não crentes? Isolar-se seria uma solução?
A não observação dos preceitos éticos é a mesma coisa que pecar?
Se fosse possível reduzir o conceito de ética, a máxima poderia
ser: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também
vós...” (Mateus 7.12).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Prepare-se convenientemente para as próximas lições! Como você
pode constatar, os temas deste trimestre não são fáceis. Portanto, não perca
tempo, pesquise o máximo que puder. Visite uma boa biblioteca. Estude com
afinco todos os dias da semana. Observe os seguintes princípios:
1. Preparar
cada lição, estudando-a como assunto novo, mesmo que este lhe pareça conhecido.
2. Estudar
bem a lição até que o assunto se torne bem conhecido e bem claro.
3. Estudar
bem o assunto até que a lição se desenvolva em uma sequência lógica.
4. Ao
preparar a lição, procurar relacionar cada parte dela às necessidades dos
alunos.
5. Usar
métodos e materiais adequados.
6. Planejar
tudo de modo que todos os alunos participem.
7. Ter alvos
específicos: sabendo o que seus alunos devem sentir, saber, e fazer como
resultado do estudo desta lição.
COMENTÁRIO
introdução
Entender o que é certo e o que é errado, num mundo em que estão
invertidos os valores morais gravados por Deus na consciência do ser humano e
ao mesmo tempo exarados no Livro do Senhor, não é tarefa fácil. Graças a Deus,
temos o maior e melhor referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de
Deus. Ela é lâmpada e luz divinas, tanto para nosso ser interior como para
nosso viver exterior. Neste trimestre, apresentaremos uma visão panorâmica da
Ética partindo do ponto de vista bíblico sobre o qual o cristianismo fundamenta
seus valores. Esperamos contribuir para o entendimento do assunto, tecendo
considerações sobre alguns casos éticos típicos, considerando o limitado espaço
dos comentários que não permite uma abordagem mais ampla.
I.
CONCEITUAÇÃO E DEFINIÇÕES
1. Ética como ciência secular. A Ética é um aspecto da filosofia. A Filosofia
está segmentada em seis sistemas tradicionais: Política, Lógica, Gnosiologia,
Estética, Metafísica e Ética que é o objeto de estudo de Lições Bíblicas neste
trimestre.
Para compreendermos melhor o sentido de Ética, vejamos, de forma
sintética, em que se constituem os outros aspectos aos quais ela está agregada
no contexto filosófico.
Dentre suas muitas acepções, filosofia é o saber a respeito das
coisas, a direção ou orientação para o mundo e para a vida e, finalmente, consiste
em especulações acerca da forma ideal de vida. Em suma, é a história das
ideias. Tudo isto sob a ética humana. Precisamos aferir o pensamento humano com
os ditames da Palavra de Deus que são terminantes, peremptórias, finais. O
homem, seja ele quem for, é criatura, mas Deus é o Criador (Os 11.9; Nm 23.19;
Rm 1.25; Jó 38.4).
Todos os campos de pensamento e de atividades têm suas
respectivas filosofias. Há uma filosofia da biologia, da educação, da religião,
da sociologia, da medicina, da história, da ciência etc. Consideremos
entretanto, os seis sistemas acima mencionados que foram sistematizados por
três antigos pensadores: Sócrates, Platão e Aristóteles.
a) Política — Este
vocábulo vem do grego polis e significa “cidade”. A política procura
determinar a conduta ideal do Estado, pelo que seria uma ética social. Ela
procura definir quais são o caráter, a natureza e os alvos do governo. Trata-se
do estudo do governo ideal.
b) Lógica — É um
sistema que aborda os princípios do raciocínio, suas capacidades, seus erros e
suas maneiras exatas de expressão. Trata-se de uma ciência normativa, que
investiga os princípios do raciocínio válido e das inferências corretas quer
seja partindo da lógica dedutiva quer seja da indutiva.
c) Gnosiologia — É a
disciplina que estuda o conhecimento em sua natureza, origem, limites,
possibilidades, métodos, objetos e objetivos.
d) Estética — É
empregada para designar a filosofia das belas-artes: a música, a escultura e a
pintura. Esse sistema procura definir qual seja o propósito ou ideal orientador
das artes, apresentando descrições da atividade que apontam para certos alvos.
e) Metafísica —
Refere-se a considerações e especulações concernentes a entidades, agências e
causas não materiais. Aborda assuntos como Deus, a alma, o livre arbítrio, o
destino, a liberdade, a imortalidade, o problema do mal etc.
f) Ética — É a
investigação no campo da conduta ideal, bem como sobre as regras e teorias que
a governam. A ética, o homem distanciado de Deus por sua incredulidade e seus
pecados, a estuda, entende e até se propõe a observá-la, mas não consegue, por
estar subjugado pelo seu eu, pelos vícios, pelo mundo, pelo pecado (Rm
2.15-19). Já os servos de Deus, pelo Espírito Santo que neles habita, triunfam
sobre o pecado (Rm 8.2).
Existem inúmeros argumentos e considerações acerca deste tema,
que será tratado aqui do ponto de vista da ética bíblica a qual expõe Deus como
fundamento e alvo da conduta ideal.
2. Origem da palavra. Ética vem do grego, ethos, que
significa “costume”, “disposição”, “hábito”. No latim, vem de mos(mores), com o sentido de
vontade, costume, uso, regra.
3. Definição. Ética é,
na prática, a conduta ideal e reta esperada de cada indivíduo. Na teoria, é o
estudo dos deveres do indivíduo, isolado ou em grupo, visando a exata
conceituação do que é certo e do que é errado. Reiterando, Ética Cristã é o
conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por fundamento a Palavra
de Deus. Para nós, crentes em Jesus, o certo e o errado devem ter como base a
Bíblia Sagrada, a nossa “regra de fé e prática”.
O termo ética, ethos, aparece
várias vezes no Novo Testamento, significando conduta, comportamento, porte e
compostura (habituais).
A ética cristã deve ser fundamentada no conhecimento de Deus
como revelado na Bíblia, principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que
“...ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas
para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15; Ef 2.10).
II. VISÃO
GERAL DA ÉTICA SECULAR E DA ÉTICA CRISTÃ
1. Antinomismo. Esse
ensino errôneo é humanista e secular. Tudo depende das pessoas, e das
circunstâncias. O filósofo incrédulo e existencialista Jean Paul Sartre, um dos
seus promotores, afirma que o homem é plenamente livre. Num dos seus textos,
ele escreve: “Eu sou minha liberdade; eu sou minha própria lei”.
a) Posicionamento cristão. Esta teoria não serve para o cristão. Nela, o
homem se faz seu próprio deus. A Bíblia diz: “Há caminho que ao homem parece
direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12). “De tudo o que se
tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o
dever de todo homem” (Ec 12.13). O antinomismo é relativista, isto é, cada um
age como quiser. É o que ocorria com o povo de Israel quando estava desviado,
sem líder e sem pastor (Jz 17.6 e 21.25).
2. Generalismo. Essa falsa
doutrina prega que devem haver normas gerais de conduta, mas não universais. A
conduta de alguém para ser chamada de certa ou errada depende de seus
resultados. É o que ensinava, no século XV, o descrente, político e filósofo
italiano Nicolau Maquiavel: “Os fins justificam os meios”.
a) Posicionamento cristão. O generalismo não se coaduna com a ética
cristã, pois, para o crente em Jesus, não são os fins, nem os meios, que
indicam se uma conduta ou ação é certa ou errada. A Palavra de Deus é que é a
regra absoluta que define se um ato é certo ou errado. Ela tem aplicação
universal. O dever de todo homem é temer a Deus e guardar seus mandamentos (Ec
12.13). A Palavra de Deus não muda de acordo com as circunstâncias, os meios ou
os resultados. Deus vela para a cumprir (Jr 1.12b; Mc 13.31).
Há outras modalidades, formas e expressões da ética secularista,
como o situacionismo, o absolutismo e o hierarquismo, mas nada disso se coaduna
ou se enquadra na ética bíblica, tanto a declarativa, como a tipológica e a
ilustrativa. Estamos mencionando estas formas aqui porque o mundo fala muito
nelas, mas não as cumpre.
O cristão ortodoxo na sua fé, e fiel ao seu Senhor, terá sempre
no manancial da Palavra de Deus tudo o que carece sobre a ética, na sua
expressão prática em forma de conduta, compostura, costumes, usos, hábitos e
práticas diuturnas da nossa vida para agradar a Deus e dar bom testemunho dEle
diante dos homens.
CONCLUSÃO
As abordagens éticas humanas são todas contraditórias. Como seus
autores, humanos e falhos. Uma, como vimos, procura suprir as deficiências das
outras. As abordagens éticas conflitam entre si, deixando um rastro de dúvida e
confusão em sua aplicação. Por isso, devemos ficar com a Palavra de Deus, que
não confunde o crente, nem pode ser deixada de lado ao sabor dos meios, dos
fins ou das situações. A Palavra de Deus satisfaz plenamente.
VOCABULÁRIO
Absolutista: Dominador, tirânica, despótica.
Circunstância: Situação, estado ou condição de coisa(s) ou pessoa(s), em determinado momento.
Coadunar: Juntar, incorporar, reunir; conformar, combinar.
Estética: Tradicionalmente, estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem.
Gnosiologia: Conhecimento, sabedoria.
Induzir: Causar, inspirar, incutir; inferir, incitar, sugerir, persuadir.
Lógica: Conjunto de estudos que visam a determinar os processos intelectuais que são condição geral do conhecimento verdadeiro.
Metafísica: Filosofia, ou parte da filosofia, cujo objetivo é a investigação da realidade última das coisas. Seu ramo de estudo é a essência do ser. É o estudo do ser enquanto ser. A Metafísica é também conhecida como Filosofia Primeira.
Radicalista: Doutrina ou comportamento dos que visam a combater pela raiz as anomalias sociais mediante a implantação de reformas absolutas.
Subjetivista: Tendência a reduzir toda a existência à existência do pensamento em geral; idealismo subjetivo.
Circunstância: Situação, estado ou condição de coisa(s) ou pessoa(s), em determinado momento.
Coadunar: Juntar, incorporar, reunir; conformar, combinar.
Estética: Tradicionalmente, estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem.
Gnosiologia: Conhecimento, sabedoria.
Induzir: Causar, inspirar, incutir; inferir, incitar, sugerir, persuadir.
Lógica: Conjunto de estudos que visam a determinar os processos intelectuais que são condição geral do conhecimento verdadeiro.
Metafísica: Filosofia, ou parte da filosofia, cujo objetivo é a investigação da realidade última das coisas. Seu ramo de estudo é a essência do ser. É o estudo do ser enquanto ser. A Metafísica é também conhecida como Filosofia Primeira.
Radicalista: Doutrina ou comportamento dos que visam a combater pela raiz as anomalias sociais mediante a implantação de reformas absolutas.
Subjetivista: Tendência a reduzir toda a existência à existência do pensamento em geral; idealismo subjetivo.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã. CPAD.
CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã. Um Desafio à Ética dos Tempos Modernos. CPAD.
HOLMES, A. F. Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD.
PALMER, M. D. (ed.) Panorama do Pensamento Cristão. CPAD.
CABRAL, E. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã. Um Desafio à Ética dos Tempos Modernos. CPAD.
HOLMES, A. F. Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD.
PALMER, M. D. (ed.) Panorama do Pensamento Cristão. CPAD.
EXERCÍCIOS
1. Qual a origem da palavra ética?
R. Ética vem do grego, ethos, que
significa costume, disposição, hábito.
2. De acordo com a lição, o que é Ética Cristã?
R. É o conjunto de regras de conduta,
aceitas pelos cristãos, tendo por fundamento a Palavra de Deus.
3. Como se pode resumir o Antinomismo?
R. É a ausência de normas.
4. O que se deve levar em conta no Generalismo?
R. Os resultados absolutos.
5. Cite outras modalidades da ética secularista.
R. Situacionismo, absolutismo e
hierarquismo.
AUXÍLIOS
SUPLEMENTARES
Subsídio
Teológico
“Princípios morais, que são os mais abrangentes e importantes
conceitos éticos, não se aplicam a algumas atividades, mas a todas.
São, portanto, princípios sem exceção, que não cedem a qualquer
tipo de conveniência. ‘Que é o que o Senhor pede de ti... senão que pratiques a
justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?’ (Mq 6.8).
Nunca estamos dispensados de agir em justiça e amor.
Observe esses dois princípios neste contexto. Ambos se referem a
pessoas, à maneira justa de tratá-las, e interesse em seu bem (bem mais
elevado, e não apenas alegria ou sucesso na vida). ‘O Senhor faz... justiça a
todos os oprimidos’ (Sl 103.6) e devemos fazê-lo também. Leis justas, governo
justo, economia justa, preços justos, salários justos, relações equânimes entre
marido e mulher fiéis um ao outro, relação pacífica equânime também entre as
nações deste mundo. Devem ser esses os nossos conceitos, pois procedem de Deus
(Is 9.2-7; 11.1-5). A justiça é um princípio distributivo que trata igualmente
as pessoas” (Ética:As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, pág.60).
“A relevância do sal e da luz pode ser notada pelos efeitos que
exercem. Se o sal for insípido, perderá totalmente o seu valor. Se a luz
estiver apagada ou escondida, nenhum benefício trará ao ambiente. Partindo
desse pressuposto, há três aspectos em que se espera a valorização da
relevância cristã.
O primeiro é pelo exemplo. Atitudes falam mais alto do que mil
palavras. Quando o nosso comportamento não condiz com o que falamos, de nada
adianta eloquência e verbosidade, porque o que fica é a marca do que fazemos.
As palavras vão ao vento, mas os traços do nosso exemplo, bom ou ruim,
permanecem. A falta de lisura e nitidez em nossas ações leva-nos à perda da
credibilidade naquilo que propomos e à consequente ausência de relevância do
ponto de vista da fé. Foi o testemunho de Eliseu que permitiu à sunamita
identificá-lo como homem de Deus.
Nossos atos podem ser positivos ou negativos e sempre terão
influência para o bem ou para o mal. Quanto mais a nossa vida é exposta ao
público, os rastros de nossas ações terão número cada vez mais considerável de
seguidores, que, em muitos casos, não questionarão o que fazemos, mas
simplesmente copiarão o nosso modelo tal é a força do exemplo” (A
Transparência da Vida Cristã. CPAD,
pp.51,52).
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