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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

AUXILIO PARA OS PROFESSORES DA REVISTA BETEL"fidelidade"

         

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Jesus e os valores do sal e da luz 


Ao comparar seus discípulos como sal e luz, Jesus os alertava sobre suas responsabilidades e influência perante a sociedade que os observavam como exemplos e os ouviam como fonte de esperança.

1.      Jesus e seu discur­so sobre os valores do sal

O crente, como o sal da terra e a luz do mundo tem o dever de demonstrar, em todo o lugar, para todos, que tem uma nova vida, um novo proceder, como salvo em Cristo Jesus. Uma das maio­res utilidades do sal é preservar certos alimentos da putrefação. Do mesmo modo, os crentes em Cristo têm a responsabilidade de preservar a sociedade humana da putrefação moral e espiritual.

1.1.   Como o sal era visto pelos antigos

No Antigo testamento o sal era ingrediente indispensável nos ofí­cios sagrados, era exigido em to­dos os sacrifícios oferecidos no al­tar (Lv 2.13); O sal representava a validade da duração de um pacto (Nm 18.19; 2 Cr 13.5); o sal simboli­zava, para os antigos, a fidelidade. Os orientais até hoje têm o costu­me de ratificar suas promessas através de presentes de sal. O pro­feta Eliseu usou sal para saneamen­to das águas que tornavam a terra improdutiva, simbolizando o poder do sal e sua influência no ato de transformar (2 Rs 2.20-22).

1.2.   O sal não cura a cor­rupção, mas influi na sua prevenção

O Dr. G. Campbell Morgan, ao referir-se ao sal fez a seguinte co­locação: "O sal não é antisséptico, mas asséptico. Antisséptico é algo contrário ao veneno, capaz de cu­rar. Asséptico é algo destituído de veneno. O sal nunca cura a cor­rupção. Previne a corrupção. Se a carne está contaminada e corrom­pida, o sal não a descontaminaránem purificará; mas o sal ao re­dor impedirá que se espalhe a cor­rupção que, de outro modo, tor­naria a carne contaminada" (Co­mentado por Herbert Lockyer -Todas as parábolas da Bíblia).

1.3.   Nem todos podem ser considerados como sal

O sal que não impede a putre­fação é insípido, inservível e que perdeu o seu sabor, (Mc 9.49,50). Jesus não chamou crentes para desfrutarem apenas de gracejo so­cial, Ele espera que tenhamos uma vida influenciada por seu ca­ráter e que esse inunde a vida dos pecadores a nossa volta. Nossa vida e palavra devem ser tempe­radas com sal, de sabor agradável, que manifesta uma graça sobre­natural (Cl 4.6).

A única esperança da socieda­de é a vinda do Reino de Deus ao coração humano. A vida do crente deve revelar o que Ele é no ín­timo, do mesmo modo que a luz revela o que está oculto pelas tre­vas. Fomos chamados como um povo especial, com a finalidade de mostrar a glória de Deus através de um comportamento exemplar em todas as relações. Em relação ao mundo, teremos que exercer o papel de sal e luz, dar sabor e dissipar as trevas. Em relação à comunidade cris­tã, viver no mais profundo amor e com uma verdadeira unidade, como um corpo sadio e bem tratado. Ser sal da terra é ter sabor agradável de uma vida pura e santa, é crucificar a car­ne com suas paixões, isto é o que Jesus espera de cada um de nós.

2.      Jesus afirmou que o sal pode perder seu sabor

O sal usado pelos antigos era a gema, e o dos lagos de água sal­gada. Era um sal impuro, que pos­suía sua parte exterior sem sabor, por isso esse sal muitas vezes ti­nha que ser jogado fora, como coisa inútil. Jesus disse que uma vez esgotado esse poder de salgar, a existência do sal fica compro­metida e se perde seu real valor. Pois não prestará mais para nada.

2.1.   E se o sal for insípi­do, com que se há de sal­gar?

Ninguém fala de sal, de gosto, de tempero, sem falar de uma existência com sabor, alegria, in­citamento, desafio e sem aventu­ra. Quando Jesus nos diz que so­mos o sal da terra, Ele nos afirma que a nossa vida tem que ser a mais saborosamente fantástica que esse mundo já viu, uma vez que ela tem de ter, no seu cerne, um conteúdo de gosto para o desgosto da terra. Somos o paladar de Deus nessa terra insípida, o antídoto para uma existência inteira­mente destituída de sabor.

Quando o sal torna-se insípido, vira monturo, não sendo possível diferenciá-lo de um monte qualquer. Para ser sal, tendo sentido e significação, torna-se necessário manter o conteúdo imaculado. A diferença está relacionada com as demais di­mensões da vida, começando com as de natureza mais privada e indo para aquelas mais públicas. O que estará pesando na balança será o nosso caráter, o espírito de justiça, de verdade, de bondade, que se tra­duz em comportamento bondoso, que jamais se torna frouxo, e de uma liberalidade humana que ja­mais se torna libertina, mas que mantém um conteúdo de verdade, a qual não se transforma num "justicismo" executor, mas de uma ver­dade vivida em amor.

2.2.   Sal que não tempe­ra só presta para se jo­gado fora

Jesus afirmou que o sal que per­de sua virtude ou qualidade não tem mais razão de existir (Mc 9.49,50; Ef 4.29). O sal pode conser­var sua aparência de sal, mas não seu caráter que será transformado noutra substância. Estamos na era dos genéricos, onde tudo tem a mes­ma fórmula, porém não é o origi­nal. Conhecemos igrejas genéricas que pregam um evangelho gene-
rico para crentes genéricos. Tudo se tornou uma questão de preço.

2.3.   O sal não pode ter apenas aparência tem que agir

O que será que as pessoas esperam de nós? Será que as pessoas querem seguir heróis fracassados? Que motivo leva­ria uma dona de casa a ter sal em sua despensa se soubesse que ele não teria utilidade? Se de algum modo algumas pes­soas perderam a credibilidade e fracassaram é porque não se deram conta de que tinham uma responsabilidade a cum­prir e um nome para zelar, que é o do Senhor Jesus Cristo.

Ser sal da terra, nesse con­texto, significa ser gente para os desumanizados; significa trazer esperança de Deus àqueles cujos horizontes são limitados. Há pessoas que vi­vem uma vida tão limitada que não conseguem perceber que um dia nasceram e que um dia vão morrer. Mas há pessoas que nem lembram que nasceram e que um dia vão morrer, até que vem Jesus in­vadindo tais vidas, ajudan­do-as a olhar para trás e di­zer: "Eu nasci para um pro­pósito". O que Jesus queria que entendêssemos é que sen­do Seus representantes aqui na terra, fomos gerados com o mesmo propósito.

3.      Jesus destacou as fundamentais importâncias do sal

Jesus conhecia o valor do sal quando afirmou: "Bom é o sal, mas, se o sal se tornar insípido, com o que se há de salgar? Ten­de sal em vós mesmos e paz uns com os outros". A Palavra de Deus firma que o sal que se tor­na insípido perde três coisa prin­cipais: 1) perde o sabor: "Se o sal for insípido com o que se há de salgar?"; 2) perde o seu valor: "Para nada mais presta"; 3) per­de o seu lugar: "Para se lançar fora" (Mt 5.13).

3.1.   O sal preserva

Este mundo ainda existe por­que, apesar de sua degeneração, a Igreja, formada pelos crentes, está preservando o que resta de saúde moral e espiritual no mun­do. Quando a Igreja for retirada da terra, a podridão tomará con­ta dos povos sem Deus, levando-os a decomposição final, que os levará ao Inferno, (Ts 1.9).

Deveria haver um silêncio em muitas conversas, quando da nossa chegada. Ser sal é ser san­to, é ser diferente e contagiante. Sendo nós uma luz, algumas pes­soas deveriam ser impactadas ao ponto de se sentirem reprovadas e perdidas. Conta-se que Charles Finney ao passar de trem por uma determinada cidade, a unção que estava em sua vida comoveu os homens que bebiam em um bar. Atônitos, eles correram até uma igreja, onde chorando copiosamente, entregaram suas vidas ao Senhor. Ele apenas passou de trem.

3.2.   O sal é valioso e importante

O sal preserva e dá sabor sem aparecer. Quando o sal aparece pelo excesso ninguém o suporta. O dis­curso do crente sal é o mesmo de João Batista: "Que Ele cresça e eu diminua" (Jo 3.30). Sal em excesso representa o fanatismo religioso, que em vez de dar sabor afugenta as pessoas, (Mt 23.13). São os liberalistas que se acomodam com mundanismo, dizendo que nada é peca­do. Ser sal é ser equilibrado (Cl 4.6).

3.3.   O sal deve atender a uma expectativa divina

Jesus deixou muito claro que o sal existe para atender a uma expectativa. Ele disse: "Com que se há de salgar". É impossível acreditar que pessoas regenera­das e nascidas, outra vez, não compreendam o valor de sua exis­tência. Uma nova vida deve ser revestida de novas atitudes, deve produzir impacto, pois nada no evangelho é estático, tudo é di­nâmico. Falando aos romanos, Paulo disse que até a natureza espera que saiamos dessa prisão chamada inércia, (Rm 8.19).

Uma coisa que tem sido obser­vada e criticada entre as pessoas em nossos dias é o farisaísmo cris­tão. Pessoas que vivem apenas de aparência, que todos os vêem como sal, mas são inúteis e improduti­vos. Um belo exemplo é Ló. A Bíblia o chama de Justo, mas era um tipo de justo que nada influenciou, que teve sua luz apagada e que ainda deu trabalho na hora de se salvar, pois estava atrapalhando o serviço dos anjos (Gn 19.15, 16, 22). Sua esposa representa o sal que para nada mais presta, apenas para ser pisado pelos homens.

4. Jesus afirmou que seus discípulos eram a luz do mundo

O mundo vive constantemente sob o domínio das trevas, o deus deste século cegou "os entendimen­tos" dos incrédulos para que não lhes resplandeça a "luz" do evan­gelho da glória de Cristo (Co 4.4). Parece incrível, mas Jesus nos com­parou com uma qualidade ineren­te de Si mesmo, pois Ele é a luz do mundo (Jo 8.12). Será que não de­veríamos valorizar tal declaração?

4.1.   A luz foi feita para iluminar

Jesus disse que não se pode es­conder uma cidade edificada sobre um monte (Mt5.14). Isto fala de posição de destaque. O monte so­bre o qual estamos edificados é o próprio Cristo e Sua afirmação nos ensina que fomos feitos para brilhar num mundo de trevas (Fp 2.15). A igreja brilha e sua luz alcança os povos que estão distantes, isto fala de unidade e serviço. A cidade está acima e ilumina os que estão em­baixo. Assim como Jesus nos con­feriu o título que tomou para Si mes­mo (Jo 8.12), nos colocou em uma posição elevada para iluminar os habitantes das trevas (Ef 2.6).

4.2.   Os crentes são refle­tores, não estrelas

Ninguém ouse brilhar além dAquele que é a luz. O crente em Je­sus não tem luz própria. Cristo é a verdadeira estrela (Pe 1.19; Ap 22.16). Nele, e em torno dEle, nós vivemos, e recebemos Sua luz. Uma lâmpada precisa de combustível para iluminar determinado local, mas deve sempre ser preenchida, pois sua luz depende inteiramente desse processo. Tem muita gente queimando o pavio e apenasfumaçando, pois o óleo há muito já va­zou e a luz sabe-se lá onde está.

4.3.   Sal e luz uma com­binação perfeita

Ao comparar seus discípulos como "sal e luz" Jesus falou de coi­sas distintas, mas que combinadas agem de acordo com Seus objeti­vos principais para toda humani­dade. O sal opera internamente na massa com a qual ele entra em con­tato. A luz opera externamente, ir­radiando tudo o que está ao seu al­cance. O sal representa a santificação e a luz à ação provocada pelo ato da mesma. Da mesma manei­ra a luz, deverá cobrir todo o ca­minho de trevas e apresentar-se mostrando os locais manchados pela sujeira do pecado. Jesus con­clui Seu discurso dizendo que as nossas boas obras glorificam o nos­so Pai que está nos céus (Mt 5.16).

Uma lâmpada é um corpo escu­ro, não pode irradiar luz se não for acesa. Do mesmo modo não pode­mos deforma alguma dar luz se não tivermos recebido a divina graça e iluminação do Espírito de Deus. A lua é uma luminária, não tem luz própria, ela reflete a luz que vem do sol. O que temos nunca foi nos­so, nós o recebemos. Só poderemos brilhar em virtude de sermos de Cristo. Tolo é aquele que acha que vence por seus próprios esforços.

Conclusão

Disse Jesus: "Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus" (Jo 3.21). "nem se acende uma candeia e se coloca debaixo do alquei­re" (Mt 5.15). De outro modo, existem pessoas que se colo­cam debaixo do alqueire do comodismo, da indiferença da falta de fé e da ação. Pessoas que se apagam pela ausência do oxigênio da presença de Deus.
Filipenses 2.15

2.15: para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus imaculados no meio de uma geração corrupta e perversa, entre a qual resplandeceis como luminares no mundo,

O termo «...irrepreensíveis...» é tradução do vocábulo grego «memptos», que significa «culpado», «faltoso». Mas o original usa o prefixo grego «a», que dá a idéia exatamente do oposto. Portanto, não devemos praticar qualquer vício e nem ter qualquer atitude que leve outros a se escandalizarem ou a «censurarem» as nossas ações. Paulo exige aqui uma elevada integridade moral.

«...sinceros...» No original grego temos «akeraiso», que literalmente significa «sem mistura», ou seja, «puro», «inocente», alguém cujos motivos são inatacáveis, acima de qualquer reprimenda, alguém que vive para agradar ao Senhor, que não visaauto-exaltar-se, que serve a seus semelhantes por puro altruísmo, sem qualquer atitude egoísta ou perversa. Essa palavra tenciona falar do «puro caráter intrínseco» de pessoas boas. (Ver os trechos de Mt 10:16 e Rm 16:19, onde se vê que os crentes devem ser «singelos», e não complexos, no tocante ao mal, sem «racionalizarem» a maldade, como se não houvesse ruindade nela, sem se desculparem por estarem praticando algo condenável). É possível que uma vez mais o apóstolo dos gentios estivesse pensando no antigo povo de Israel, cujo caráter Moisés lamentou em seu cântico de despedida, dizendo: «Procederam corruptamente contra ele, já não são seus filhos, e, sim, suas manchas: é geração perversa e deformada» (Dt 32:5). Paulo queria que os libertos crentes filipenses vivessem muito acima do mau exemplo dos israelitas libertados do Egito.

Essas duas palavras, por conseguinte, irrepreensíveis e «sinceros», aludem à natureza «interna» e à natureza «externa». Internamente deveriam ser «puros», «singelos», «sem mistura»; e externamente deveriam ser «inculpáveis», não atraindo qualquer censura da parte de Deus ou dos homens. Paulo, pois, queria que os crentes filipenses fossem inculpáveis tanto no tocante à sua reputação como no concernente à realidade diária.

«...filhos de Deus...» Temos aqui o termo grego «tekna», e não «uioi». Com freqüência essas duas palavras são empregadas como sinônimos; porém, quando se tenciona estabelecer alguma distinção, «teknon» subentende relação natural, isto é «filhos gerados», ao passo que «uios» indica a posição legal ou ética. A pureza interna e a reputação inatacável era a de filhos de Deus, que se mantinham nessa condição devido ao respeito que tinham por Deus Pai, devido à comunhão desfrutada com ele, porquanto Deus é a origem suprema de toda a santidade. É a santidade de Deus que estamos absorvendo gradualmente (ver Mt 5:48 e Rm 3:21).

«Aqueles que exibem uma autêntica disposição filial são descritos como 'gerados' ou 'nascidos' de Deus... (ver Jo 1:13; 3:3,7; I Jo 3:9; 4:7; 5:1,4,18). Também é verdade que, com freqüência, Paulo reputou as relações cristãs de um ponto de vista puramente legal, como se fora uma adoção. Somente ele emprega o termo 'uiosethia' (ver Rm 8:15,23; Gl 4:5 e Ef 1:5). Entretanto, em Rm 8:14,17, temos tanto a palavra 'uioi' como a palavra 'tekna'. Aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus são 'uioi'; e o Espírito Santo testifica com eles que são 'tekna' de Deus. Mas essas são questões éticas». (Vincent, in loc).

«...inculpáveis...» No grego temos o termo «amomos», «sem culpa», termo usado para indicar a ausência de qualquer defeito nos animais que deveriam ser sacrificados em holocausto, bem como para indicar a pessoa de Cristo como o Cordeiro que foi sacrificado (ver I Pe 1:19). Portanto, o mais elevado grau de pureza nos é requerido. (Ver o trecho de Ef 5:27, onde ela ocorre novamente, aludindo à «pura noiva de Cristo», como uma «virgem pura e casta»). O trecho de II Co 11:2 também expressaa necessidade que os crentes têm de pureza. Essa expressão explica melhor ainda as duas expressões anteriores. Quanto à «reputação», os crentes devem ser «inculpáveis»; e isso porque, no tocante à sua vida «real», são «sem defeito». Devem ser crentes «sinceros», «sem mácula», «puros», e isso internamente, visto que realmente não tem defeito.

«...geração pervertida...» No grego original temos aqui a palavra «skolia», que significa «sem escrúpulos», «desonesto», «duro», «injusto», «distorcido», ou seja, moralmente perverso. Isso descreve «...um comportamento externo desonesto e pervertido; mas o segundo termo descreve o caráter íntimo distorcido». (Braune', inloc). (Quanto à primeira dessas palavras, ver igualmente os trechos de At 2:40; I Pe 2:18; Sl 78:8 e Pv 2:15).

«...corrupta...» No grego temos o termo «diestrammenos», uma forma do verbo «diastrepho», que quer dizer «distorcer», «perverter», ou, em sentido moral, «depravar». Essa palavra denota uma condição moral «anormal»; e assim parecia opaganismo aos olhos de Paulo. Ele advertiu aos filipenses, portanto, que não se fizessem participantes com os pagãos, em seus pecados morais.

«...resplendeceis como luzeiros no mundo...» (Quanto a um total desenvolvimento das metáforas da «luz» e das «trevas», como símbolos representativos do «bem» e do «mal», ou daqueles que são «bons» ou «maus», ver Ef 5:8. Quanto às pessoas que vivem no pecado, as quais são «trevas» por si mesmas, ver a mesma referência). Os crentes foram feitos «...luzeiros...» no Senhor. (Quanto à idéia que aquilo que é iluminado transforma-se em «luz» por si mesmo, e não apenas um reflexo da luz, ver Ef 5:13. No tocante a Cristo como «a luz do mundo», ver Jo 1:9). Devido à graça de Deus, os homens iluminados não somente se fazem lâmpadas que transportam luz; mas eles mesmos são luz, adquirindo a natureza mesma do divino Iluminador. E assim podem habitar nas regiões da luz, a saber, as regiões celestes.

«...luzeiros...» No grego temos o vocábulo «phoster», que significa «corpo luminoso», geralmente usado para indicar as estrelas, ou até mesmo o sol. Os crentes, por conseguinte, são mais que meras «lâmpadas» que levam a luz, mas que não são a própria luz. Por semelhante modo, não se assemelham à lua, que reflete a luz do sol mas não produz luz própria. Pelo contrário, os crentes são fontes luminosas, que compartilham da natureza da Luz. Os crentes precisam ser corpos luminosos, fontes de luz, em meio às trevas deste mundo.


Bibliografia Champlin



Cristo nos chamou das trevas para a maravilhosa luz



"Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo".  Fp 2.15omos regenerados e transformados pela Palavra para viver neste mundo o novo estilo de vida segundo o padrão celestial. 
"Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre" (Pe 1.23).

A saúde do nosso corpo está diretamente relacionada ao que comemos e bebemos. Por isso, á ausência deliberada do "pão de cada dia" conduz-nos automatica­mente ao desequilíbrio, à inanição orgânica e até à morte.
Este fenômeno físico ilustra perfeitamente a situação espiritu­al daqueles que, ao contrário dos ensinamentos do apóstolo Pedro
"desejai afetuosamente o leite racional", indignam e despreza a farta mesa divina, trocando-a pelos "farelos" do mundo.

Para receber alimento espiritu­al, chegamo-nos a Cristo, a pedra viva. E, seguindo-o, tornamo-nos também "pedras vivas", que for­mam a grande casa espiritual de Deus. Um crente sozinho não cons­titui a casa espiritual, que é inte­grada por todos os crentes como pedras vivas. Devemos, pois, saber conviver uns com os outros, tolerando-nos com toda sinceridade, O propósito deste plano divino de edificação é sermos um sacerdócio santo, capacitado para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cris­to.

É portanto, sumamente impor­tante, o amor fraternal.

A leitura da Palavra, a renún­cia ao pecado e a prática do bem são os três pontos fundamentais para o crescimento do novo cren­te em Cristo. Não é suficiente o cristão se apartar do mal; é preci­so que faça o bem (SI 34.14). Esta lição destaca a inestimável impor­tância da Palavra de Deus como alimento para todos os que acei­taram Jesus como salvador pesso­al e passaram a fazer parte da grande família cristã.

Bebês Espirituais

1. O novo crente. Quando Nicodemos foi à procura de Cristo, ficou pasmo ao ouvi-lo dizer que o homem precisava nascer de novo (Jo3.7). Ele pensava que o único modo disso acontecer seria alguém entrar no ventre materno e nascer outra vez. Na verdade, Jesus salientou a necessidade mais profunda e univer­sal dos homens: uma mudança radi­cal e completa da natureza e do ca­ráter. O homem não pode efetuar semelhante mudança por si mesmo, pois essa transformação vem de cima. O apóstolo Paulo, escrevendo aos gálatas, confirma esta necessida­de de nova formação (mudança ra­dical), que só acontece através do novo nascimento: "meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós." (Gl 4.19). Estes e outros tex­tos bíblicos realçam a idéia do cris­tão como recém-nascido, que neces­sita de cuidados especiais para o seu desenvolvimento espiritual.

2. A vida cristã é um pro­cesso. Enquanto a velha nature­za carnal procura apegar-se às coi­sas mundanas que a cercam, o novo homem luta em busca do crescimento espiritual.
O novo nascimento espiritual implica aperfeiçoamento constante, que se constitui numa dupla ação: renunciar o mal e apegar-se ao bem. A natureza humana nada poderá produzir além de natureza humana, e nenhuma criatura pode se erguer acima da natureza que lhe é própria. A vida espiritual não pode ser trans­mitida de pai para filho através de procriação natural; é transmitida da parte de Deus para os homens me­diante o novo nascimento.
"O destino supremo do homem é viver com Deus para sempre; a natureza humana, no entanto, não possui em si as condições neces­sárias para viver no reino celestial; assim sendo, a vida celestial tem que ser trazida do céu para trans­formar a vida humana na terra, preparando-a para o reino de Deus."

Males que o Cristão deve deixar

São males que minam e enfra­quecem a vida cristã se o crente os tolerar e permitir que eles o in­fluencie.

1.         Maldade. Trata-se aqui da "depravação", "vício", isto é, toda e qualquer prática má, e de ativi­dade degradante. (Compare Rm 1.29; 1 Co 5.8; 14.20.)
2.         Dolo. Isto tem a ver com engano, falsidade maliciosa, má-fé, ludibrio, esperteza negativa e destrutiva que esconde o motivo indigno que procura alcançar ou, em sentido mais negativo, traição. (Jo 1.47; Rm 1.29; At 13.10; 1Ts 2.3; 1Pe 2.22; 3.10).
3.         Hipocrisia. Trata-se do fingimento sob todas as suas for­mas, sejam patentes ou ocultas que aparenta uma honestidade que não existe. Os fariseus procediam assim (Mt 23.29).
4.         Inveja. Este é um outro pecado contra o próximo, mas que seus efeitos danificam em grande escala a alma do próprio invejoso. Tal pessoa, quando vê alguém prosperar, fica triste e chega até a amargura, depreciando sua pró­pria capacidade, prosperidade e realizações (vide Gl 5.21; Rm 1.29; 1Tm 6.4,5).
5.         Maledicência. Finalmen­te o escritor sacro menciona todas as formas de maledicência, que pode significar a abordagem mal­dosa da vida alheia que prejudica os outros para o seu próprio bem, assim como falar mal dos outros. Ver a expressão "todas as murmurações" (v.1).

O crente deve evitar todos es­tes males tratados no v.1, e assim viver para a glorificação do nome do Senhor Jesus (compare com Mt5.13ss).
O que se deve buscar
1.         Leite materno. Não é difí­cil entender esta linguagem bíblica, visto que o leite materno tem a ver com recém-nascidos, os quais, quan­do saudáveis, têm intenso apetite. "Desejai" (v.2). No desejo de cres­cer espiritualmente, o novo conver­tido deve anelar pela Palavra de Deus, tal como uma criança recém-nascida anela pelo leite materno.
2.         Chegar-se a Deus. O pro­feta Isaías já dizia da parte do Se­nhor: "Vinde a mim; ouvi, e a vos­sa alma viverá" (Is 55.3). O pró­prio Senhor Jesus disse: "vinde a mim..." (Mt 11.28). Chegar-se ao Filho é chegar-se ao Pai (Jo 14.6).
3.         Crescimento. A salvação plena do crente na glória celestial é o alvo para o qual o apóstolo Pedro leva todo o cristão a mirar (1Pe 1.9). Para isso, todo crente precisa alimentar-se continuamen­te da Palavra de Deus, e crescer na graça e no conhecimento do Se­nhor (Pe 3.18). É preciso que nos alimentemos para que o organis­mo seja beneficiado. Da mesma forma, precisamos nos alimentar espiritualmente para crescermos, e este alimento é a Palavra de Deus. Devemos estar alerta quan­to à perda de fome e sede pela Pa­lavra, pois não haverá crescimen­to espiritual independente dos Santos Oráculos (v.2).

Pedras Vivas

No v.4 o ensino sobre o cresci­mento espiritual do crente avança para outro patamar. O apóstolo compara a Igreja a um templo es­piritual, no qual Jesus é a pedra viva principal da esquina (v.6), tanto porque está vivo para sem­pre (Ap 1.8), como porque é o do­ador da vida (Jo 1.4; 11.25). E os que se chegam a Ele tornam-se por sua vez pe­dras vivas, e sobre Ele todos juntos são edificados "casa espiritual" (v.5) ou tem­plo: "Vós jun­tamente  sois edificados para morada de Deus no Espírito" (Ef 2.22). A metáfora tem origem no templo sagrado em Jerusalém, cujo material pri­mário da construção eram as pe­dras. O apóstolo fala de Jesus como, a pedra principal do templo espi­ritual, olugar da habitação de Deus, onde Ele manifesta sua von­tade, sua graça e seu poder (cf. SI 118.22).

1. A solidez da pedra. Em Cristo temos a requerida estabili­dade para a vida e a indispensá­vel segurança ante aos impactos, às pressões e às intempéries de todas as formas, enquanto a igreja estiver na terra. Cristo como "A Pedra" principal da igreja é inaba­lável, eterno e imutável. Ele é o "Príncipe [ou Autor] da vida" (At 3.15). Ele disse a João, quando pri­sioneiro em Patmos: "estou vivo para todo o sempre".

2.  A pedra que vive. Cris­to, como a "pedra viva", consti­tui-se num dos pontos salientes da nossa fé. A Bíblia diz que se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé e ainda permanecemos nos nossos pecados (Co 15.17). O próprio Jesus prometeu aos seus discípu­los que viveria (Mt 20.19).

João ouviu o próprio Jesus ressurreto proclamar: "estou vivo para todo o sempre" (Ap 1.18). Ele pode ter dito isso para levar João a refletir que, embora a morte traga a idéia do fim da existência humana, tal não acon­tece com Ele, por ser eterno (cf. Jo 10.17,18; Hb 13.8).

3.  A igreja - pedras vivas. Além da revelação divina naquele momento em que escrevia, Pedro ouvira Jesus dizer: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna..." (Jo 5.24). Trata-se da vida divina que nos foi comunicada por Jesus quando nascemos de novo, pelo Espírito Santo (Jo 3.5).

Quem tem o Filho tem a vida (Jo 5.12). Tê-lo é aceitá-lo como Salvador pessoal e segui-lo como Senhor e Rei.

Pedro deixa óbvio que nós, realmente, já experimentamos ser o Senhor cheio de graça (1 Pe 2.3). Ou seja: Ele é bondoso e fiel, de tal forma, que nos sentimos bem em sua presença. Este gosto pela bondade torna-se no apeti­te que nos fará alimentar sempre da Palavra. Somente com o seu estudo fiel, acompanhado pela obediência, é que poderemos crescer na graça e no conheci­mento do Senhor. Agora, Pedro muda de figura. Do crescimento da criança passa ao crescimento de uma construção (Pe 2.4). Nosso crescimento espiritual nunca será atingido isoladamen­te. Embora obtenhamos algumas coisas de Deus, quando estamos a sós com Ele, há outras que nun­ca obteremos até que entremos à sua presença como um corpo, preocupados uns pelos outros e com o bem-estar do todo. Existe apenas um corpo e, conseqüen­temente, apenas um Templo Sagrado de Deus (Ef 1.23; 2.15,16, 20-22; 4.12,13,16). Por conseguinte, precisamos uns dos outros para que o todo se complete.
Concluindo

Todos os que aceitam Cristo como Salvador devem deixar to­dos os vícios e a prática de pecados conhecidos e conscientes. A comunhão intensa com o Senhor mediante a submissão, a oração, a adoração e a santida­de de vida é fundamental aqui. Numa obra, é o construtor que faz uso das pedras e as coloca onde quer, e não ao contrário. O crente como, "pedra viva", deve ser submisso ao Senhor e permitir que Ele faça a sua von­tade em sua vida.