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terça-feira, 2 de setembro de 2014

LIÇÕES FE E OBRAS CPAD N.10,11,12,13

Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos



3º Trimestre de 2014


Título:  Fé e Obras - Ensinos de Tiago Paragrafo UMA Vida Cristã Autêntica
Comentarista:  Eliezer de Lira e Silva


Lição 10:  O Perigo da Busca Pela Autorrealização Humana
Dados:  7 de Setembro de 2014

TEXTO Áureo


" Humilhai-vos perante o Senhor, e ELE vos exaltará " (Tg 4.10) . 

VERDADE PRÁTICA


A Realização Humana, A Parte de Deus, E Impossível de Acontecer, POIS UMA Criatura Localidade: Não PODE Viver Longe do Criador.

Hinos SUGERIDOS


60, 77, 201.

Leitura Diaria


Segunda - Jó 30.15
A passageira Felicidade


Terça - Cl 2,20-23
A frustração advinda dos preceitos Humanos


Quarta - 2Tm 3,1-5
A dissimulação Humana


Quinta - Lc 12,13-21
A insensatez Fazer materialista


Sexta - 1Tm 6,17
A riquezas Esperança na incerteza Das


Sábado - Ap 3.17
A Tragédia da autoconfiança Humana

Leitura Bíblica EM CLASSE


Tiago 4,1-10.

1 -  Donde Vem Como Guerras e pelejas Entre Vos? Porventura, Nao Vem DISTO, um sabre, dos Vossos Deleites, Que Nos Vossos Membros guerreiam?
2 -  Cobiçais tendes e Nada; sois invejosos e cobiçosos e Localidade: Não Podeis alcançar; combateis e guerreais e tendes Nada, o de o Porque: Não pedis.
3 -  Pedis e Localidade: Não recebeis, mal o o Porque pedis, Para O gastardes los Vossos Deleites.
4 -  Adúlteros e adúlteras, Nao sabeis vos Que a amizade Fazer Mundo e inimizade contra Deus? Portanto, QUALQUÉR Que Quiser Ser Amigo do Mundo constitui-se Inimigo de Deus.
5 -  Ou cuidais que Vos los VAO Diz a Escritura: O Espírito que em ciúmes NÓS Habita TEM?
6 -  Antes, DA Maior Graça. Portanto, faça do diz: Deus resiste soberbos EAO, DA, porem, Graça AOS Humildes.
7 -  Sujeitai-vos, POIs, um deus; resisti AO Diabo, e ELE fugirá de Vos.
8 -  Chegai-vos a Deus, e ELE se chegará a Vos. Limpai Como Maos, pecadores; e, VOS de duplo Ânimo, purificai o Coração.
9 -  Senti Como vossas misérias, e lamentai e chorai ,; converta-se o Vosso riso los pranto, EO Vosso gozo, lhes tristeza.
10 -  Humilhai-vos perante o Senhor, e ELE vos exaltará.

Interação


Todo SER HUMANO almeja se Realizar profissionalmente, None Ministério, em Família e NAS DIVERSAS ÁREAS da Vida. Este ee Busca legítima normal. Ela FAZ COM Que venhamos a trabalhar, Estudar, casar, ter Filhos, nos lev hum los Busca correr dos NOSSOS Sonhos e Projetos. Todavía, a Realização Pessoal se Torna Pecado quando ELA E colocada Acima de Deus. A Palavra de Deus e Bem Clara Quanto a Isto É: "Mas buscai o Reino de Deus, ea SUA Justiça, e TODAS essas Encontra los em Coisas vos Serao acrescentadas" (Mt 6,33). Deus deseja Que venhamos ter UMA Vida Abundante, de Realizações, mas Localidade: Não PODEMOS deixar de LeVar e apresentar hum Ele de Todos os NOSSOS Projetos. Se NOSSOS alvos São alcançados, Nao E POR merecimento proprio, mas o o Porque Deus permitiu ASSIM SUA Pela Graça e BONDADE Infinitas. Localidade: Não SEJA arrogante OU autossuficiente, mas se humilhe perante o Senhor e de He o exaltará.

OBJETIVOS


APOS ESTA aula, o Aluno Devera Estar apto a:
·      Analisar  quali E a Origem dos Conflitos e discórdias na Vida do crente e da Igreja.
·      Mostrar  Que o crente Localidade: Não PODE flertar com o Sistema do Mundo.
·      Compreender  Que a autorealização Localidade: Não PODE vir em Primeiro Lugar em Nossas Vidas.

Orientação Pedagógica


Professor, Paragrafo Iniciar o Primeiro Tópico da Lição, escreva no Quadro a Primeira Parte do versiculo hum Fazer Capítulo Quatro de Tiago: "Donde Vem Como Guerras e pelejas Entre Vos?". Peca Que OS Alunos discutam e respondam ESTA indagação. Em SEGUIDA explique que Como disputas Entre crentes São Semper prejudiciais. Nestas Contendas de: Não existem Vencedores. Toda a Igreja sofre, Geral POIs los Como DISCUSSÕES e disputas São Resultado de desejos egoístas e perversos. Explique Que a cura Paragrafo OS desejos egoístas e malignos E a humildade. Encerre lendo Com Os Alunos 1 Pedro 5.5,6.

Comentario


INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Autorrealização:  Ato OU Efeito de Realizar um proprio si.

Realização Profissional, Pessoal EO Desejo de UMA Melhor Qualidade de Vida São anseios legítimos do SER HUMANO. Entretanto, o Problema existe quando ESSE anseio Torna-se UMA Obsessão, um Desejo Cego, colocando o Senhor Nosso Deus A Margem da Vida Pará eleger hum ídolo: O Sonho Pessoal. Concluirmos O Estudo fazer Ao Dessa Semana Veremos Que Localidade: Não se PODE abrir Mão de Deus Para realizarmos OS NOSSOS Sonhos, POIs OS dEle devem Estar los Primeiro lugar!

I. A ORIGEM DOS Conflitos e DAS DISCÓRDIAS (Tg 4,1-3)

? 1 Que Sentimentos São cessos  Tiago abre o Capítulo 4 perguntando: "Donde Vem Como Guerras e pelejas Entre Vos? ". Em SEGUIDA, Responde retoricamente: "porventura, Nao Vem DISTO, um sabre , dos Vossos Deleites, Que Nos Vossos Membros guerreiam? "(v.1). Aqui, o Líder da Igreja de Jerusalém denuncia o Tipo de Sabedoria Que estava predominando na Igreja: a terrena, animal e Diabólica. Por Que? Ora, Entre aqueles crentes havia "Guerras e pelejas" e "Interesses dos próprios Deleites", enquanto OS Menos favorecidos estavam à Margem dessas ambições. Estava Nitido que eles Localidade: Não semeavam a paz.     
2 A ORIGEM DOS HOMENS (Tg 4.2).  "Combateis e guerreais" (v.2), E a afirmação do Meio-Irmão do Senhor lhes Relação àquelas Igrejas. Tiago Localidade: Não mascara o Que ESTA no Coração Humano: a inveja ea Cobiça. Estás São Como predisposições Básicas da Nossa Natureza Paragrafo desenvolver UMA atitude combativa e de guerra contra a PESSOAS, COMEU MESMO em Nome de Deus (Jo 16,2). QUEM PROCEDE ASSIM AINDA Localidade: Não entendeu o Evangelho e NEM MESMO atina Paragrafo de A Verdade Que Deus Não Tem Compromisso com algum OS desejos egoístas, mas atenta à Pureza ea Verdadeira Motivação do Coração (1Sm 16,7; Lc 18,9-14 ).
3 O porqué de Nao recebermos bênçãos (Tg 1.3).  Texto O sagrado Mostra o porqué de Como PESSOAS Que AGEM ASSIM Localidade: Não receberem Como bênçãos de Deus, apesar de aparecerem muitas vezes "Profetas" profetizando o Contrário. Em Primeiro Lugar, Deus Localidade: Não E hum Garçom que este diuturnamente AO Nosso Serviço. Segundo, Como VIMOS, de He Não Tem Compromisso com OS NOSSOS Interesses Mundanos. E, Finalmente, pedimos que, o pedimos mal, POIs Localidade: Não E a Vontade divina Que ESTA los Nosso Coração, mas o Desejo egoístico da Natureza Humana pedindo hum par Deus chancela-lo.


SINOPSE DO topico (I)

Como Guerras e pelejas Entre OS crentes São frutos dos Desejos egoístas e carnais que carregamos los Nosso interior.


II. Um BUSCA Egoísta (Tg 4.4,5)

1. Adúlteros e amigos do Sistema Mundano (Tg 4.4).  Tiago Chama de "adúlteros e adúlteras" Os crentes que flertaram com o Sistema do Mundo. Mas a qua Sistema Mundano o Escritor da Epistola se REFERÊ? Olhando Para O Contexto anterior da Passagem los apreço, Veremos que Tiago se atitudes REFERÊ ÀS MAS (a inveja, a Cobiça, o Deleite carnal, Como pelejas e Como Guerras, Isto É, o egoísmo do Coração Humano) que caracterizam o Sistema Presente dEste Mundo. Os que flertaram com tal Sistema fizeram-se Inimigos de Deus.
. 2 "Inimigos de Deus"  Ó Líder da Igreja de Jerusalém FAZ ESTA afirmação baseado NAS Duas Imagens linguísticas Usadas POR ELE Paragrafo configurar a amizade dos crentes com o Sistema Mundano: "adúlteros e adúlteras". Quando Tiago EUA essas DUAS Imagens, ELE Quer mostrar que da MESMA forma que Israel procurou estabelecer Acordos de: Não Só com o Deus de Abraão, o MAS também com Baal, Asera e Outras divindades de Canaã, Os Leitores de Tiago também procuraram estabelecer Tanto um amizade com O Mundo, Quanto com Deus. Todavía, Tiago Mostra Que a amizade com Deus e com o Mundo, transformará Como PESSOAS em "inimigas de Deus".
3. O Espírito um dez "ciúmes" (Tg 4,5).  Ó Espírito Santo que habita em NÓS E zeloso. ELE É O selo Que marca-nn Como Propriedade Exclusiva de Deus (2Co 1.21,22; 1Pe 2.9). No versiculo Cinco fazer Capítulo Quatro, OS Leitores de Tiago aparecem Como o Objeto dos "ciúmes do Espírito". Por ISSO, o autor sagrado OS confronta chamando-os de "adúlteros e adúlteras". Tal advertencia E a admoestação de Deus Para o Seu Povo. Aqui, cabe lembrar também-SOE de UMA Promessa Registrada na Primeira Epístola Universal de João: TEMOS UM Advogado à destra de Deus (2.1,2).


SINOPSE DO topico (II)

Os crentes Que o Estação Divididos Entre a Igreja eo Mundo São denominados POR Tiago de "adúlteros e adúlteras". O crente jamais DEVE flertar com o Sistema do Mundo.


III. A BUSCA DA AUTORREALIZAÇÃO (Tg 4,6-10)

1. Humilhando-se perante Deus (Tg 4.6,7).  Uma Vez admoestados Pelo Espírito Santo, TEMOS UMA Promessa de que Ele Nos Dara "Maior Graça". Tal Maior Graça E o Fato de Que "Deus resiste soberbos AOS", mas "Da, porem, Graça AOS Humildes". Se acolhermos a advertencia FAZ Senhor, um GAT almejada Realização Humana acontecerá de Maneira Completa los Deus. Humilharmo-SOE Diante do Senhor E reconhecermos Quem Somos à luz da SUA admoestação. E Acolher com humildade o Confronto FAZ Senhor. O arrogante, o soberbo EO ganancioso Nunca Terao ESTA atitude e, POR ISSO, abatidos Serao. E AINDA, à luz do ensino de Tiago, Resistir AO Diabo significa Localidade: Não desejar Quanto mesmas Coisas que UMA falsa Sabedoria Nos oferece: egoísmo, Orgulho, soberba, etc E Localidade: Não almejarmos UMA posição dos mestres orgulhosos e soberbos, mas contentarmo -SOE com hum vocação de servirmos AO Senhor, Voluntária e espontaneamente, lhes Espírito e Verdade los (Jo 4.23).
2 Convertendo UMA humildade soberba em (Tg 4.8,9).  Se o orgulhoso EO soberbo decidirem-se POR se achegarem a Deus, o Senhor lhes Sera, Será, será Propício. A Mão de Deus "Localidade: Não ESTA encolhida, Paragrafo Que POSSA Localidade: Não SALVAR; NEM o Seu Ouvido, agravado, Paragrafo Localidade: Não Poder Ouvir" (Is 59,1). O Que Precisa Acontecer E Um verdadeiro Arrependimento! A exortação Bíblica de Tiago de essas Pessoas e Qué O "RISO" ea "aparente" Felicidade delas, produzidos Pela amizade do Mundo, convertam-SE EM "choro", "Lamento" e "Miséria" (v.9; cf. 2Co 7,10), Assim Que ELAS perceberem-se Como "inimigas de Deus". Isso E uma atitude genuina de Um verdadeiro Arrependimento.
3 "Humilhai-vos perante o Senhor" (Tg 4.10).  Ao abrir Mão de Nossa autorrealização soluço Como Perspectivas mundanas Fazer egoísmo, individualismo Fazer, da soberba e da inveja, seremos PESSOAS satisfeitas e realizadas com o Dono da Vida. Como poderemos Ser Felizes SEM a Presença do Doador da Vida (Jo 12.25)? A exaltação do Senhor ser-nos-á dada Mediante UMA SUA Graça Infinitas e BONDADE. Humilhemo-nos, portanto, debaixo da potente Mão de Deus (1Pe 5.6)!


SINOPSE DO topico (III)

Como Criaturas, precisamos Nos humilhar Diante do Nosso Criador, reconhecendo que SEM Ele Nada Somos PODEMOS e Nada a Fazer.


CONCLUSÃO

Um dos ensinamentos Partir FAZ Senhor Jesus, desfrutaremos da Verdadeira Felicidade los Deus. Que venhamos atentar par o ensinamento Desta Lição, humilhando-Nós na Presença de Deus atraves de Cristo Jesus.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. . RJ: CPAD, 2007 ARRINGTON, L Francês; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009.  
  

Exercicios


1.  Tiago abre o Capítulo 4 Fazendo qua pergunta?
R.  "Donde Vem Como Guerras e pelejas Entre Vos?".

2.  Como Tiago denomina crentes OS que flertaram COM O Sistema do Mundo?
R.  Tiago OS Chama de "adúlteros e adúlteras".

3.  Segundo A Lição, O Que significa "humilharmo-SOE Diante do Senhor"?
R.  Humilharmo-SOE Diante do Senhor E reconhecermos Quem Somos à luz da SUA admoestação. E Acolher com humildade o Confronto FAZ Senhor.

4.  De um a Acordo com o ensino de Tiago, O Que significa Resistir AO Diabo?
R.  Resistir AO Diabo significa Localidade: Não desejar Quanto mesmas Coisas que UMA falsa Sabedoria Nos oferece.

5.  Uma exaltação do Senhor ser-nos-á dada Mediante hum Quê?
R.  A exaltação do Senhor ser-nos-á dada Mediante UMA SUA Graça Infinitas e BONDADE.

Auxílio Bibliográfico I


Subsídio Teológico

"Guerras e pelejas
Dentro Essas 'Guerras e pelejas' fazer individuo, Que levam à 'Guerras e pelejas' Dentro da Comunidade, poderiam Ser evitados se Como PESSOAS Simplesmente pedissem a Deus Como Coisas que necessitam, particularmente uma UO 'Sabedoria' a 'Palavra', que conformaria SEUS desejos à Vontade de Deus. Pois, MESMO quando pedem Realmente, SEUS Motivos divinos e pecaminosos (manifestado aqui Pelo Desejo de 'Gastar los Vossos Deleites') representam UMA Certeza de Que Localidade: 'Senhor receberão Fazer alguma Coisa' nao.
Existem Entre OS comentaristas UMA acentuada Tendência Para interpretar a exortação de Tiago 'combateis e guerreais' (4.2), Uma Simples Como Figura de Retórica. De um a Acordo com Estes estudiosos, Tiago ESTA acompanhando a precedência de Jesus se referiu quando AO Ódio Como Assassinato (Veja Mt 5.21,22). (Porem, PODE Existir hum Aspecto Pelo qua Tiago acredita que ESSA alegação SEJA apropriada Dentro de hum SENTIDO Mais literal " Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.  Volume 2 4ª Edição RJ, CPAD.: 2009, p 877.).

Auxílio Bibliográfico II


Subsídio Bibliológico

"A Expressão Que Tiago EUA Paragrafo Chamar UMA Audiência de 'adúlteros e adúlteras" (v.4), provavelmente se originou de: Não So de mandamentos UMA anterior Associação Com Os que condenam o adultério Assassinato OE (2,11), Como também da Associação habitual de 'Deleites' (4,3) com O Desejo sexual. ISSO DUAS lembra Poderosas Imagens do Antigo Testamento: UMA DELAS E UMA Descrição do 'Caminho da Mulher adultera' que 'vir' (um eufemismo Pará Como Relações sexuais) E Depois fazer Diz, 'de: Não cometi maldade "(Pv 30.20). Suá declaração esta de um a Acordo com aquela atitude de impunidade e de vulgaridade, à qua Tiago Acusa de LeVar SEUS Leitores a cometer Pecados.
Outra Imagem e Tradição Profética hum que considerava Israel Como UMA Esposa infiel de Deus (Jr 3,20; Ez 16; Os 2,2-5; 3.1). Da MESMA forma Como Israel procurou estabelecer Acordos de: Não Só com o Deus de Abraão, o MAS também com Baal, Asera e Outras divindades de Canaã, Os Leitores de Tiago também procuraram estabelecer Tanto a 'amizade com o Mundo ", Quanto com Deus. Mas TÃO Certo Como o adultério destroi o Relacionamento Entre OS Casais, o Desejo ambivalente Pelo Bem E Pelo mal - amizade com Deus e com o Mundo - ao transformará Como último PESSOAS em 'Inimigos de Deus' "(Arrington, L Francês; STRONSTD ( .. Eds) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.  Volume 2 4ª Edição RJ, CPAD .: 2009, p.877).

SUBSÍDIOS ENSINADOR Cristão


O Perigo da Busca Pela Autorrealização Humana

Por Que existem Conflitos, discórdias e machos Entre Como PESSOAS Cristas? Tiago, o meio-Irmão do Senhor, retoricamente, pergunta: "porventura, Nao Vem DISTO, um sabre, dos Vossos Deleites Que Nos Vossos Membros guerreiam?" (V.1). Isso E uma Origem dos Conflitos e das discórdias Que o autor da Epistola descreve na Seção Bíblica 3.1-3. Quão enganoso e destrutivo E o Coração Humano!
No Capítulo Terceiro, Tiago demonstra Que a maioria das Nossas desavenças e Tramas Perversas E Fruto da ambição, ignomínia e sede de vermos O Nosso Desejo Realizado. E Qual o Objetivo Desta Realização? O Deleite! O Líder da Igreja de Jerusalém expõe a nudez da alma Humana. Dai E que surgem muitas frustrações espirituais e da Própria alma. O individuo TEM UMA Relação com Deus Localidade: Não Segundo a Vontade divina, mas UMA SUA Própria, POIs colocaram los SUA Cabeça que Como bênçãos de Deus São Paragrafo OS SEUS Deleites e prazeres. Neste Ponto, Tiago E taxativo: "Cobiçais tendes e Nada; sois invejosos e cobiçosos e Localidade: Não Podeis alcançar; combateis e guerreais e tendes Nada, o de o Porque: Não pedis Pedis e NAO recebeis, o o Porque pedis mal, Pará S. gastardes los Vossos Deleites "(4.2,3).
"O de o Porque: Não pedis", Tiago Destaca ESTA Expressão Pará COMPARA-la, SEGUIDA logotipo em, com hum posterior outra: "Pedis e Localidade: Não recebeis". O o Porque alguem Pede a Deus e Localidade: Não recebe, JA Que o Nosso Senhor Prometeu dar-SOE Tudo O Que pedíssemos los Seu Nome? Este E UMA pergunta que até PODE Ser respondida à luz de hum autoexame sincero, POIS uma Palavra Responde com clareza: "Pedis e Localidade: Não recebeis, o o Porque pedis mal, par o gastardes los Vossos Deleites". TEMOS de ter o Cuidado, Paragrafo Localidade: Não confundirmos a Vontade de Deus com a Própria Nossa. PODEMOS NAO USAR o Nome de Deus Paragrafo Realizar Como vontades e prazeres OS Particulares. Deus Localidade: Não se EUA!
Portanto, desafie a classe Paragrafo hum autoexame honesto, sincero e transparente à luz da Palavra de Deus. Nada E Melhor Que O Homem desnudar-se na Presença do Altissimo. O Nosso Pai SABE O Que ESTA los Nosso Coração e qua A Nossa Verdadeira Motivação de Vida Diante dEle. Num Andamento dominado pelas ambições e prazeres Humanos, UMA POR Palavra ensinada Tiago Chega hum UMA Ótima Hora e desafia-SOE hum olharmos Paragrafo NÓS e perguntarmo-SOE: O Que HÁ los Meu Coracao?

Auxilios Complementares


Elaboração:  Escriba Digital

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Autorrealização:  Desenvolvimento Pleno das Nossas Habilidades hum Ponto de Nós sentirmos realizados Como Pessoa.

Um com grande POTENCIALIDADE da Mente Humana DEVE Fazer Que ELE Localidade: Não se Conforme NEM SE acomode com a Vida Que Leva, levando-o a compreender Que existe de Semper uma possibilidade de Crescimento interior, Aperfeiçoamento e Realizações Pessoais, Profissionais ministeriais UO. Definitivamente, o SER HUMANO E Localidade: Não existirá Um produto de Semper a possibilidade de Crescimento. QUEM Localidade: Não gostaria de se destacar na ATIVIDADE que executa? De ter o devido reconhecimento. Uma citação de Seu Nome los Público, um elogio, Aparição uma, MESMO Que momentânea? ISSO IRA adular Seu ego e auto-estima Alimentar SUA. Na Vida Profissional UO ministerial, ESSA Pessoa esforça-se Paragrafo Ser UMA Especialidade Melhor los SUA. ISSO Chama Atenção Fazer Público Para Si e reforça SUA auto-estima. O Problema nessa fase E a facilidade Que o Sucesso Pessoal TEM los inchar o ego. A Pessoa PODE tornar-se hum ególatra. ISSO a impedem de ir par Frente los Seu Desenvolvimento Espiritual, POIs Deus e Os Irmãos começam a Ficar de Lado, E ELE los Seu Objetivo Cego Passa a Valorizar Mais um Encontra los Coisas que Fazer UMA PESSOAS. O Fato E Que Localidade: Não QUEM estiver Preparado Para resolver essas questões existenciais e espirituais entrará num Estado de Queda, e com o passar do Tempo SUA Vida de Cristão estara los hum profundo Colapso. Por ISSO SE FAZ necessario o Estudo Desta Lição.

I. A ORIGEM DOS Conflitos e DAS DISCÓRDIAS (Tg 4,1-3)

1. Qué Sentimentos cessos São? (V.1).  Tiago Inicia ESSE Ponto Com UMA pergunta: De Onde procedem Guerras e Contendas Que HÁ Entre Vos? O Objetivo DELE E Leva-los a refletir Sobre a Origem dos Conflitos que aconteciam Entre OS que aspiravam mestres SER. Muito embora a Expressão "Que ha" Localidade: Não esteja None original E requerida Pela Construção da frase e aponta par UMA Realidade dos Conflitos. Tiago havia Tomado Conhecimento de Taís Conflitos e desejava ajudar SEUS Leitores UMA Cessa-los. Mas, ISSO Pará, era necessario identificar a Origem SUA. Nosso autor menciona "Guerras" e "Contendas". O Termo Guerras significa literalmente "armado conflito" (cf. Mt 24,6). Localidade: Não devemos Pensar, contudo, que hum SITUAÇÃO havia chegado UMA ESSE Ponto naquelas Igrejas. O Termo E USADO Aqui Como hum Estado Geral de hostilidade e antagonismo Entre PESSOAS. O Outro Termo de e Contendas, Que literalmente significa UMA "Luta Corpo a Corpo" OU MESMO UMA "peleja com armas". Mais UMA Vez, pensemos Nao que havia hum situacao degenerado a tal Ponto; contudo, havia Enguias Combate de Palavras Entre. ELES se opunham uns AOS Para nós Ligação Como se estivessem lutando uns contra OS To Us Link. TERMOS de Os fortes fazem questionamento de Tiago despertam Como Igrejas Pará UMA seriedade da atitude de hostilidade Que havia Enguias. A Unidade da Igreja Deveria Ser o Fator que deveríamos Mais Valorizar. Deus abençoa UMA Igreja unida. A maioria das Igrejas TEM UM Enorme potencial, MAS Nunca alcançam o Que Deus deseja, o OS SEUS Membros o Porque gastam o Seu ritmo a lutarem uns para US link COM OS. Toda a possuem Energia Que ESTA centrada no interior Seu. A Biblia Fala Mais Sobre a Unidade da Igreja do que SOBRE O Céu UO o ​​inferno. Isto É demonstra a importancia ASSUNTO dEste. Como Igrejas São formadas POR Pessoas e Localidade: Não HÁ PESSOAS Perfeitas. Por ISSO Como PESSOAS Entram los Conflitos UMAs com Como Otras. De Os pastores precisam Aprender a situações LIDAR COM ESTAS. Especificamente, Os Líderes São chamados a Encontra Fazer SEIS los em Coisas quando a desunião Ameaça Como SUAS Igrejas. A biblia ENSINA A MEDIDA que que a Igreja Cresce, Satanás FARA TODO o Possível Para trazer Divisão. ATE MESMO PESSOAS dóceis, crentes fervorosos, PODEM Ser Ferramentas NAS Mãos de Satanás Paragrafo prejudicarem o Corpo de Cristo. O Salmo 133.1 Diz: "Oh quão bom e quão suave E Que OS Irmãos vivam los União". Certamente, Os Irmãos deveriam Viver unidos, EM harmonia, mas muitas vezes Enguias Vivem los guerra. Por ISSO E vigiemos Preciso Que.
Tambem enguemos hum muro de intolerâncias e de divergências Que Fazer campo Teológico (Pensamento) ergueu-se Paragrafo Dentro de Nós é Isso estabeleceu hum Embate Pessoal (Comportamento) de Tradicionais pentecostais contra; de evangelicalismo fundamentalismo contra, de calvinismo contra arminianismo e etc é Preciso estarmos unidos.
Localidade: Não me refiro a Convergência interpretativa das denominações Cristas Fazer Brasil em Aspectos Gerais da Teologia; mas o Que UMA Igreja Localidade: Não PODE se conformar e Com posicionamentos divisionistas que Tanto mal fazem à Unidade do povo de Deus Neste Século de incredulidades. Localidade: Não Serao apenas Conselhos, Alianças Cristas, Acordos Cooperativos entre Representantes Maiores Das denominações que resolverão o Problema. Sera necessario LeVar ESSA MENSAGEM de União Fraterna Paragrafo Dentro de Nossas Igrejas. Precisamos da Demonstração dEste de amor Que une, de compreensão Que Nutre e de Santidade Que Revela QUEM É O Povo Deus; carecemos LeVar ESSA MENSAGEM de agregação Pará As Nossas ministrações hum Fim de conscientizarmos OS NOSSOS ouvintes a perceberem a necessidade Desta ignorada Realidade Bíblica, necessitamos de Viver A Essência dos Sentimentos evangélicos de Irmão Pará Irmão, Tais Como: compreensão e Fraternidade. Precisamos Alcar Nossa Visão e Atuação Para Além de Nossa Comunidade Fechada e mostrarmos hum ESSE Mundo Cão o Que É o verdadeiro amor amor Cristão. Quebremos essas Placas mentalizadas e fixadas no Coração; destruamos essas Barreiras de Orgulho Religioso afirmadas los Nosso Comportamento; destruamos hum dos paradigmas interpretativos Barreiras Que n.os isolacionistas fizeram; humilhemo-SOE Diante de Deus e ouçamos a Voz do Espírito Santo Pará de Estes ultimos dias - E ritmo de União los Torno da Vontade de Deus Paragrafo SUA Igreja militante.
2 A ORIGEM DOS HOMENS (Tg 4.2).  Tiago escolhe Dois TERMOS Paragrafo descrever OS Conflitos e DISCUSSÕES que prevalecem na Comunidade. "Guerras" (Gr.  Polemon , Conflitos) seriam rixas Que se travam Pelos Interesses Pessoais. "Combates" (Gr.  Machai ) significa Batalhas e inimizades Que separam Como PESSOAS. A pergunta, "De Onde VEM?", TEM SUA RESPOSTA NA FRASE "Das Paixões" (Gr. ek hedonon tonelada , dos Prazeres Procurados com intenso Desejo). "Guerreiam" (Gr.  strateuomenon ) CRIAM e manejam a Guerra quando OS desejos Pelo Prazer de alguns Entram los conflito com OS desejos dos Outros. Contendas Entre Maridos e Mulheres, Entre Pais e Filhos e Entre Irmãos na Igreja de Semper se levantam o o Porque OS indivíduos o Estação PROCURANDO alguma Vantagem, algum Prazer Que corrompe OU prejudica.
Ele Afirma Que "Combates e Guerras" se evidenciam Entre Enguias; e, se o zelo cobiçoso Localidade: Não E refreado, o Perigo de Violência Torna-se real, concreto. Entao, com UMA perspicácia penetrante, Tiago fornece-SOE UMA Poderosa Análise Do conflito Humano. Argumentos verbais, Violência especial Nacional UO conflito - UMA Causa de Tudo Isto É PODE Ser encontrada nenhuma Desejo frustrado de querermos Fazer Mais Que TEMOS, de cobiçarmos Aquilo Que É dos Outros, Cargas SEJA OS Das PESSOAS posses OU SUAS.
3 O porqué de Nao recebermos bênçãos (Tg 1.3).  se Como orações de UMA Pessoa São Simplesmente Paragrafo Compatilhe Coisas que satisfaçam SEUS desejos carnais, entao essas orações São essencialmente carnais e egoístas e, portanto, Nao E Possível Que Deus Como responda favoravelmente o o Porque ESSA RESPOSTA Localidade: Não Seria outra Coisa Senao provador de O Homem de Meios de Pará pecar. O verdadeiro Propósito da Oração Quer DiZer a Deus: "SEJA Feita Tua Vontade"; mas UMA Oração do Homem Que ESTA dominado Pelo Desejo de prazeres e: "Sejam desejos satisfeitos Os Meus". Entao, se quando UMA Pessoa ora, SUA petição E ATÉ pelas Coisas que PODEM Ajuda-la a satisfazer SEUS próprios desejos, Nesse Caso dirigiu a Deus UMA Oração que Ele Localidade: Não PODE responder. Um dos Atos Mais desalentadores E Que O Homem egoísta dificilmente PODE ORAR dirigindo-se a Deus em Forma Correta. Nunca poderemos ORAR Como E devido ATÉ Que Localidade: Não arranquemos Nosso ego do Centro de Nossa Vida e ponhamos hum Deus ali.

II. Um BUSCA Egoísta (Tg 4.4,5)

1. Adúlteros e amigos do Sistema Mundano (Tg 4.4).  Uma Palavra grega  kosmos  FOI empregada los hum Ético SENTIDO, Paragrafo INDICAR UMA Sociedade Corrupta, uo o Princípio do Mal Que ópera Homens SOBRE OS. O Mundo Aqui E UMA Sociedade Humana Valores SEUs com, Princípios e Filosofia Vivendo A Parte de Deus. ESSE Sistema Que rege o Mundo e anti-Deus. Se o Mundo Valoriza a discordia, começamos UMA Valorizar a discordia também. Se o Mundo Valoriza OS Deleites, começamos a Valorizar OS Deleites. Se o Mundo Valoriza a inveja começamos UMA Valorizar a inveja. Se o Mundo Valoriza a Cobiça, começamos UMA Valorizar a Cobiça. TEMOS UMA Tendência de assimilar sos Valores do Mundo.
Um crente PODE tornar-se amigo do Mundo gradativamente: Primeiro, Sendo amigo do Mundo (4.4). Segundo, Sendo contaminado Pelo Mundo (1,27). Terceiro, amando o Mundo (1Jo 2,15-17). Quarto, conformando-se com o Mundo (Rm 12.2). O Resultado E Ser Condenado com o Mundo (1 Corintios 11,32). Tiago Mostra Que amizade com o Mundo E UMA especie de adultério Espiritual. O crente ESTA casado com Cristo (Rm 7,4) e DEVE Ser fiel a de He (Is 54,5; Jr 3,1-5; Ez 23; Os 1-2; 1Co 11.2). Localidade: Não Dá Para Ser Amigo do Mundo e de Deus AO MESMO ritmo. TEMOS Que Tomar Cuidado com Como Pequenas Encontra los em Coisas. O Mundo desenvolva de Como PESSOAS pouco a pouco. Ninguem se Torna hum Viciado em alcool do Dia Pará A Noite. Ninguem se Lança de Cabeça NAS Aventuras loucas das Drogas no Primeiro trago UO na Primeira picada. Ninguem comeca UMA Vida licenciosa num flerte Primeiro. A Sedução do Mundo e Como UMA fenda n'uma barragem, comeca Pequena, mas PODE conduzir um zumbido grande desastre.
2 "Inimigos de Deus".  MANTER UMA amizade com o Mundo e "ter boas Relações com Poderes e Coisas que São Pelo Menos indiferentes com par Deus, Caso sejam Localidade: Não Abertamente hostis AO Criador". Ser Cristão E a sumir hum Compromisso de amar O Que Deus ama e aborrecer o Que Deus aborrece. Como Ser Amigo de Deus tornando-se amigo daquilo Que Deus Localidade: Não E?
O Mundo Aqui, Como lhes Otras contraditório Fazer Novo Testamento, significa Tudo Que Como PESSOAS pensam e fazem que desconsidera Deus ee Contrário à SUA Vontade. Retumbantes Por Meio de Palavras, Tiago declaração Que O Povo de Deus DEVE Tomar UMA decisão clara Entre Deus e TODAS Como atitudes Nao-Cristas. Se pertencemos a Deus, a amizade do Mundo Precisa nn deixar. Agarramos Se n.os hum QUALQUÉR Caminho Errado, nutrindo-o Como hum amigo, nos tornamos Inimigos de Deus e de: Não TEMOS UMA Mais de Base Bíblica Crer Que ESTAMOS los hum Relacionamento de Salvação com Ele.
3. O Espírito um dez "ciúmes" (Tg 4.5).  Tiago terminou a SUA Purificação da Conduta Má e comeca o Seu Apelo AO Arrependimento. Quando fomentamos UMA amizade COM O Mundo, PODEMOS Nos desviar e deixar Deus fóruns da Nossa Vida. Mas ISSO Localidade: Não ocorre fácilmente. DEUS É UM Deus zeloso, Que Localidade: Não rivais tolerabilidade. Convertemos quando nsa, Ele nsa DEU Um Novo Espírito. Deus se enternece POR ESSA Nova Vida na alma. Ele Procura de TODAS Como Formas Nos analisar quando começamos a descuidar nn. ELE Quer Que ESSA Vida Cresça, o o Porque deseja Que sejamos Totalmente SEUS. Localidade: Não HÁ nenhuma Passagem Específica de: Não Antigo Testamento Que corresponda A Última Parte do versiculo. As Palavras fazer Diz a Escritura, que Tiago cita, Nao São citação UMA ", mas hum Resumo dos ensinamentos do Antigo Testamento: Deus Quer UMA Pessoa inteira, Nossa Lealdade completa" (Berk, nota de rodapé.). Deus FICA condoído com a Nossa simpatia dividida e Nossa amizade com O Mundo Que Resulta Disso. Aquele que deseja a plenitude do Seu Espírito Controle A Nossa Vida; Ele nn ConVida hum chegarmos a Ele e nn submetermos AO Ministério Seu. Àqueles Deus Dá ESSA AJUDA especial que humildemente um aceitam.
O Espírito Que Passou a habitar los NÓS TEM Ciúme. O Termo Grego que CONSTA Pará "ciúmes" Expressa o Desejo amoroso de ter inteiramente a Pessoa Amada. ESSA Maneira de trocadilho ESSE Texto None pressupõe originais Que o Espírito SEJA o Espírito Santo. Ele certamente de: Não Fomenta inveja Nos indivíduos SEM cais cais Quais d'Orsay d'Orsay ELE habita. Buscar UMA amizade DO MUNDO É O MESMO Que Viver debaixo da SUA Influência, DEPENDÊNCIA e Segurança Como se ISSO Fosse o Mais Importante de Tudo. ESSE Tipo de namoro com o Mundo, ESSE andar de Mãos Dadas, Nao E apenas Perigoso, mas de e fatal, POIS UMA infidelidade Leva à apostasia. Nenhum Marido UO Esposa se contentaria com Menos Que Fazer EXCLUSIVIDADE Seu Total em Relacionamento conjugal. ASSIM, Deus jamais tolerará QUALQUÉR Tipo de Divisão entre ELE eo Mundo. Pois Deus é "ciumento" quando se Trata de SUA "Esposa" ou "noiva", Uma Igreja.

III. A BUSCA DA AUTORREALIZAÇÃO (Tg 4,6-10)

1. Humilhando-se perante Deus (Tg 4.6,7).  Desnecessário mencionar E Que Deus ESTA Infinitamente Acima de Nós Tudo em. Desta Forma PODEMOS entendre Que Como PESSOAS De Coracao humilde TEM UM Lugar Especial no Coração de Deus. O proprio mestre Disse: "Bem-aventurados OS Humildes de espírito, o DELES E o Porque o reino dos Céus" (Mt 5.3 - ARA ). Em Tiago 4,6-10, o apóstolo estabelece UMA Relação entre a humildade, a sujeição a Deus ea Resistência AO Nosso Inimigo. De Fato, PODEMOS entao nn sujeitar a Deus se formos Humildes, e PODEMOS entao Resistir AO Diabo se tivermos humildade identificarmos Suficiente Pará, mesmos EM NOS, Os reflexos das setas Que nsa foram lançadas POR ELE. 
AINDA Localidade: Não Texto de Tiago, e Dito que "EAO Deus da Graça Humildes". Mas Que Graça Seria ESTA? A Graça que Deus Nos admitem E hum Paragrafo Força, nos sujeitando a Ele, resistirmos AO Inimigo de Nossas Almas. E Graça Pará, nos Chegando a Ele, TERMOS SUA Presença Conosco. E sermos purificados Graça Pará, TERMOS NOSSOS Corações Limpos, e TERMOS o bálsamo curador Derramado SOBRE NOSSOS Corações. AINDA Localidade: Não Texto de Tiago, e Dito que "EAO Deus da Graça Humildes". Mas Que Graça Seria ESTA? A Graça que Deus Nos admitem E hum Paragrafo Força, nos sujeitando a Ele, resistirmos AO Inimigo de Nossas Almas. E Graça Pará, nos Chegando a Ele, TERMOS SUA Presença Conosco. E sermos purificados Graça Pará, TERMOS NOSSOS Corações Limpos, e TERMOS o bálsamo curador Derramado SOBRE NOSSOS Corações. O Homem Nunca Perdeu bênçãos Pela humildade, AINDA Mais Diante do Senhor Deus. Mas a humilhação E UM ATO interno, Uma atitude conhecida somente Pelo proprio Deus, POIs Ele Sonda OS Corações e Pensamentos, e Sabera exatamente se o Orador ESTA MESMO sentindo-se Como manifes. E Localidade: Não faltou Conselhos e advertências SOBRE ESSA posição a Ser Tomada. Quando Nos humilhamos Diante de Deus, ESTAMOS Deixando de Lado TODO O Nosso ego, Tudo Que achamos Que sabemos, toda a Nobreza que julgamos ter, e nn colocamos Diante do Senhor Como Localidade: Não merecedores Fazer TEMOS QUE Deus (2Co 7.14 Ler; 34 , 27; Dn 10,12; Mt 23.12; 1Pe 5.6).
2 Convertendo UMA humildade soberba em (Tg 4.8,9).  Um dos piores Pecados para Vida Fazer Cristão E o Pecado Fazer Orgulho Espiritual. Poderiamos Definir o Orgulho Espiritual Como Sendo UMA atitude de TÃO grande que despreza OS Para nós Ligação Irmãos. Seria abrigar UMA sensação de se Acar possuidor de UMA Visão superior. Seria o Desenvolvimento de UMA atitude de rejeição do Aprendizado, contraria à humildade Que Deus requer dos SEUS servos. Seria Acar que Sé e conhecedor de UMA faceta de compreensão Que OS Demais Irmãos AINDA Localidade: Não alcançaram. A amizade com o Mundo PODE deixar O Homem Nesse Estado Espiritual. Por ISSO FAZ ESTA Tiago exortação: "Alimpai Como Maos, pecadores; e, VOS de duplo ANIMO Corações purificai OS Senti Como vossas misérias, e lamentai e chorai.: Converta-se o Vosso riso los pranto, EO Vosso gozo los tristeza". Tiago OS ConVida AO Arrependimento atraves de UMA evidenciados Demonstração de UMA tristeza de Coração. Um dos Tristeza hipócritas Evidencia-se somente los SUA face. "Desfiguram o Rosto" (Mt 6,16). Mostram hum Melancolico Rosto, mas UMA tristeza DELES Localidade: Não Vai de Além Disso, Como o Orvalho Que umedece a Folha, mas Localidade: Não Penetra a Raiz. O Arrependimento de ACABE FOI UMA exibição exterior. SEUs vestidos foram rasgados, mas Localidade: Não o Seu Espírito (1 RS 21.27). Um Segundo tristeza Deus Avança Mais do Além; E Como UMA veia que sangra internamente. O Coração sangra POR Causa do Pecado - "Compungiu-se-lhes o coração" (At 2,37). ASSIM Como o Coração TEM A Parte Diretor no ato de pecar, o MESMO DEVE Acontecer não Caso não entristecer-se humildemente. Paulo lamentava POR Causa da lei Membros los SEUS (Rm 7,23). AQUELE Que lamenta verdadeiramente o Pecado se entristece POR CONTA incitações Das fazer Orgulho e da concupiscência. ELE se entristece POR Causa da "Raiz de amargura", embora ELA Nunca Prospere ATÉ AO Ponto de lev-lo a Agir. ASSIM, UMA humildade PODE nn Fazer lamentar OS Pecados do Coração e Os Que estao los plena Evidência.
3 "Humilhai-vos perante o Senhor" (Tg 4.10).  TEMOS UMA Tendência de TRATAR O Nosso Pecado de forma Muito leve e condescendente. Tiago exorta-SOE a enfrentar seriamente o Nosso Pecado (4.9). A porta da exaltação E a humilhação Diante de Deus (4.10). Deus Localidade: Não despreza o Coração quebrantado (Sl 51.17). Deus Olha Para O Homem Que É humilde de Coração e treme Diante da Suá Palavra (Is 66,2). Quando ESTAMOS los paz com Deus, TEMOS paz uns com OS Para nós Ligação e entao, Uma Fonte de paz comeca a jorrar de Dentro de Nós!
Humildade E UMA condição de parágrafo Deus trabalhar, Paragrafo desfrutar de Tudo O Que Ele Quer nn dar. A humildade Verdadeira fazer Consiste los estabelecer UMA Relação de submissão a Deus, Resistencia AO Diabo e AOS NOSSOS próprios desejos egoístas. Viver los Comunhão com Deus se Dá atraves da Palavra, Oração e Adoração. Quando SUA Razão de Viver Para a exaltação, a Satisfação ea Honra Fazer Senhor, Ele Fara Algo novo los Nossa Vida.

CONCLUSÃO

Do Ao estudarmos OS TEXTOS Desta Lição percebemos Que grande Parte das desavenças e Problemas existentes em Nossas Igrejas locais São frutos da ambição e da sede desonrosa de TERMOS de Todos os NOSSOS desejos realizados, e quando sos desejos de: Não se tornam Concretos VEM UMA frustação OE desânimo, abalando Emoções Como Localidade: Não Cristão. NOSSOS desejos e ambições Só Serao legítimos quando Seu Objetivo ÚLTIMO Localidade: Não E o Deleite.


Vivemos los UMA Época Onde a ambição e Os prazeres Humanos TEM se apoderado da Vida e do Coração de muitas PESSOAS, portanto è necessario fazermos UMA Reflexão a Fim de sabre ATÉ Que Ponto essas Encontra los em Coisas Nossas Vidas TEM atingido Nos levando a UMA decadencia Espiritual .



Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos



3º Trimestre de 2014


Título: Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

Lição 11: O Julgamento e a Soberania pertencem a Deus
Data: 14 de Setembro de 2014

TEXTO ÁUREO


Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem? (Tg 4.12).

VERDADE PRÁTICA


Não podemos estar na posição de juízes contra as pessoas, pois somente Deus é o Justo Juiz.

HINOS SUGERIDOS


225, 454, 578.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Sl 62.11
O poder pertence a Deus


Terça - Gn 17.1
Deus é o Todo-Poderoso


Quarta - Pv 21.31
A vitória vem do Senhor


Quinta - 1Sm 2.7
A soberania divina


Sexta - Cl 4.1
O verdadeiro Senhor


Sábado - Mt 28.18
Todo poder no céu e na terra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Tiago 4.11-17.

11 - Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12 - Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
13 - Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.
14 - Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.
15 - Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
16 - Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
17 - Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.

INTERAÇÃO


Tiago nos ensina que falar mal do irmão e julgá-lo nos torna juiz da lei. Sabemos que só existe um único juizes e legislador — Deus. Quem somos nós para julgar nossos irmãos em Cristo? Como seres humanos somos falhos, imperfeitos e não conhecemos o que vai no interior de cada um. Deus é santo, justo e conhece as nossas verdadeiras intenções, por isso, somente Ele tem como julgar as pessoas com retidão. Em o Novo Testamento, Jesus afirmou que a lei se resume em dois mandamentos, amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Quem ama o seu irmão não o julga. E quem não ama já está descumprindo a lei divina. Quais têm sido suas atitudes para com seus irmãos? Você os ama, os compreende, ou tem se colocado diante de cada um como um juiz impiedoso? Não se esqueça da advertência do nosso Mestre: “Não julgueis, para que não sejais julgados [...]” (Mt 7.1,2).

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        Analisar os perigos de se colocar como juiz dos irmãos.
·        Conscientizar-se da brevidade da vida.
·        Mostrar que a arrogância e a autossuficiência são pecados.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, inicie o primeiro tópico da lição fazendo a seguinte indagação: “Qual o perigo de se julgar alguém ou falar mal?” Ouça os alunos com atenção. Explique que falar mal de um irmão ou julgá-lo é tornar-se juiz. Quando condenamos uma pessoa, estamos condenando o nosso próximo e aquEle que o criou, o próprio Deus. Somente o Todo-Poderoso tem poder para julgar e legislar em favor das suas criaturas. Diga que o Mestre nos ensinou que antes de julgar o nosso próximo devemos examinar a nós mesmos. Em seguida leia e discuta com os alunos o texto de Mateus 7.1-3.

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Julgar: Pronunciar sentença (de condenação ou de absolvição); sentenciar.

A lição dessa semana é a continuação dos conselhos práticos de Tiago aos seus leitores. Os assuntos com maior destaque são a “relação social entre os irmãos” e o “planejamento da vida”. Aprenderemos que, uma vez nascidos de novo, não podemos nos relacionar de maneira conflituosa com os outros. Outro aspecto importante que estudaremos é que o planejamento da nossa vida tem de estar de acordo com a soberana vontade de Deus — único legislador e juiz da vida. Ele é quem sempre terá a última palavra.

I. O PERIGO DE COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)

1. A ofensa gratuita. Não há postura mais problemática em uma igreja local quanto a do “disse-me-disse”. Infelizmente, tal comportamento parece ser uma questão cultural. Algumas pessoas parecem ter satisfação em destilar palavras que machucam. O que ganham com isso? Um ambiente incendiado por insinuações maldosas, onde elas mesmas passam a maior parte das suas vidas sofrendo e levando outros a sofrerem. Assim, Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento interpessoal entre os crentes (v.11). Devemos evitar as ofensas e as agressões gratuitas, pois o “irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como ferrolhos de um palácio” (Pv 18.19). As ofensas só trazem angústias, tristezas e desgraças.
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O pecado de falar mal do outro foi por Tiago tratado com clareza ainda no versículo 11. Quem empresta os seus lábios para caluniar e emitir falso testemunho, além de estar pecando, coloca-se como o juiz do outro, mas não cumpridor da lei. Nós, servos de Cristo, fomos chamados para ser discípulos, não juízes. Quem busca estabelecer condições para amar o próximo não pode ser discípulo de Jesus de Nazaré. Já imaginou se hoje, Deus, o nosso Pai, tratasse-nos numa posição de Juiz? Provavelmente estaríamos perdidos!
3. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). Com o objetivo de demonstrar o porquê de não podermos nos colocar como juízes dos outros, o texto bíblico recorda do quanto somos pecadores e declara que há apenas um Legislador (criador das leis) e Juiz (apto para julgar a todos) (v.12). Apenas o Criador tem o poder de salvar e destruir. Portanto, antes de emitir uma palavra de julgamento contra uma pessoa, responda a esta questão: “Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?”.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Falar mal de um irmão e julgá-lo é pecado, pois só existe um único Juiz e Legislador entre os crentes, Jesus Cristo.


II. A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)

1. Planos meramente humanos (Tg 4.13). É comum algumas vezes falarmos “daqui tantos anos vou fazer isso”, “em 2018 eu farei aquilo”, etc. É verdade que precisamos planejar a vida. Entretanto, todo planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de Deus. Todavia, infelizmente nos acostumamos à mera rotina e tendemos a planejarmos o futuro sem ao menos nos lembrarmos de que Deus, o autor da vida, tem de ser consultado, pois tudo o que temos é fruto da sua bondade e misericórdia.
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). “A vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”. Eis uma séria advertência de Tiago para nós! O ser humano muitas vezes se esquece da sua real condição. Fazemos os planos para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do futuro que lhe espera. A nossa vida é breve, passa como a fumaça. Lembre-se de que a nossa existência terrena é passageira e que, por isso, devemos viver a vida segundo a vontade de Deus, esperança nossa.
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após compreendermos que a existência humana é finita e Deus é o infinito Absoluto, o versículo 15 nos ensina a ter um estilo de vida diferente. A consciência da nossa limitação, bem como da transitoriedade e a brevidade da vida, deve incidir sobre o nosso modo de viver ao mesmo tempo em que deve servir como ponto de partida para confiarmos ao Senhor todos os nossos planos. Só com essa consciência, buscaremos realizar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Portanto, agiremos assim: “Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou não”. Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é fé na Palavra de Deus.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

A vida do homem é frágil e breve, por isso, precisamos reconhecer que somos dependentes do Criador.


III. OS PECADOS DA ARROGÂNCIA E DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)

1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a). Pensar que podemos controlar a nossa vida é de uma presunção orgulhosa que afronta o próprio Deus. Nós somos as criaturas e Deus, o Criador. Infelizmente, muitos fazem os seus planos desprezando o Senhor como se fosse possível deixá-lo fora do curso da nossa vida. Não sejamos presunçosos e arrogantes! Reconheçamos as nossas fragilidades, pois somos pó e cinza (Gn 18.27; Jó 30.19). Mas Deus, o nosso Pai, é tudo em todos por Cristo Jesus, o nosso Senhor (Cl 3.11).
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A gravidade da presunção e da arrogância humana pode ser comprovada na segunda parte do versículo dezesseis: “toda glória tal como esta é maligna”. O livro de Ezequiel conta-nos a história do rei de Tiro. Ali, a malignidade, a arrogância e o orgulho humano levaram um poderoso rei a perder tudo o que tinha. Ele era poderoso em sabedoria e entendimento, acumulando para si riquezas e poder. Mas seu coração tornou-se arrogante, enchendo o interior de violência, iniquidades, injustiças do comércio e profanação dos santuários (Ez 28.4,5,16,18). Em pouco tempo o seu fabuloso império desmoronou. Não há ser humano no mundo que resista às tentações da arrogância, do poder e do orgulho. Triste é o final de quem se entrega à malignidade do orgulho das presunções humanas.
3. Faça o bem (v.17). Fazer o bem é uma afirmação da Epístola de Tiago que lembra as suas primeiras recomendações de não sermos apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra (Tg 1.22-25). Ora, se nós ouvimos, entendemos, compreendemos e podemos fazer o que deve ser feito, mas não o fazemos, estamos em pecado. Deus condena o pecado de omissão! Não sejamos omissos quanto àquilo que podemos e devemos fazer! Como discípulos de Cristo não podemos recuar. Antes, temos de perseverar em perseguir o alvo que nos foi proposto até o fim (Fp 3.14).


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Que jamais venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida.


CONCLUSÃO

Vimos nesta lição as duras advertências de Tiago. Infelizmente, as transgressões descritas na epístola são quase que naturais na atualidade. Não são poucos os que difamam, caluniam e falam mal do próximo. Comportam-se como os verdadeiros juízes, ignorando que com a mesma medida com que medem os outros, eles mesmos serão medidos (Mc 4.24). Vimos também que ainda que façamos os melhores planos para a nossa vida, devemos nos lembrar de que a vontade de Deus é sempre o melhor. Que aprendamos com Tiago a perdoar ao outro e submetermo-nos à vontade do Pai.

VOCABULÁRIO


Destilar: Deixar sair, insinuar, provocar.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L.; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS


1. Quais os assuntos de maior destaque nesta lição?
R. Os assuntos com maior destaque são a “relação social entre os irmãos” e o “planejamento da vida”.

2. Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando qual assunto?
R. Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento interpessoal entre os crentes.

3. Como Tiago descreve a vida?
R. “A vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”.

4. Como deve ser feito todo planejamento humano?
R. Todo planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto.

5. Qual foi a consequência da malignidade, arrogância e o orgulho do rei de Tiro?
R. Ele perdeu tudo o que tinha.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Bibliológico

“Julgar ou Submeter-se à Lei?
Tiago inicia uma transição da convocação dos crentes para o seu preparo para o iminente julgamento, exortando-os a cumprir sua responsabilidade perante os semelhantes que, por sua vez, também o enfrentarão. Faz essa mudança de retórica e repetindo o aviso feito em 3.1, que voltará a focalizar em 5.1-9, aconselhando a respeito da atitude que as pessoas devem ter para com seus semelhantes.
Tiago é claramente enfático na sua denúncia sobre como os crentes às vezes tratam os outros (‘não faleis mal uns dos outros’, v.11). Essa tendência de falar julgando e condenando os outros, talvez sem um verdadeiro motivo (calúnia), certamente representa uma das razões pelas quais ele previne contra o orgulho de assumir as responsabilidades de um ensinador (3.1). O adequado papel de um mestre é ‘convencer do erro do seu caminho um pecador’ (5.20), e não condená-lo (cf. 7.1-5)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1683).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Bibliológico

“Tiago identifica dois problemas que se originam quando as pessoas reivindicam as prerrogativas de um julgamento que por direito pertence somente a Deus, o ‘único Legislador e Juiz’ (v.12).
Ao condenarmos outros, estamos principalmente condenando a própria lei. Talvez Tiago acreditasse que esse era o caso porque quando condenamos as pessoas estamos condenando aqueles que foram ‘feitos à semelhança de Deus’ (3.9), e assim, implicitamente, estamos condenando o próprio Deus (cf. Rm 14.1-8).
Aqueles que julgam os semelhantes estão se posicionando como juízes acima da lei ao invés de submeterem-se a ela (‘se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz’, Tg 4.11); isto é, inevitavelmente o padrão de comportamento reproduz o desejo do juiz humano e não a vontade de Deus (veja 4.13-17). Ao invés de nos atermos às omissões dos semelhantes na obediência à lei de Deus, deveríamos nos concentrar em nossa submissão a Ele (4.7) e à sua lei” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.).Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1683).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


O Julgamento e a Soberania pertencem a Deus

Diz um ditado popular: “Antes de apontar um dedo para alguém, lembre que há quatro apontados para você”. Se esta simples recomendação fosse levada em consideração, muitos mal entendidos seriam evitados. É impressionante como há pessoas que se julgam acima do bem e do mal. Com isso não queremos dizer que não temos a legitimidade de interpretar quando alguém está ou não agindo de maneira dissimulada. Mas o que está em questão nesta seção bíblica de Tiago (4.11-17) é o estilo de vida que a pessoa desenvolve sob a perspectiva de ser superior a outra pessoa.
Nos versículos 13-15, Tiago lembra-nos da brevidade da vida e da soberania de Deus sobre ela. Quem é verdadeiramente o juiz perfeito, senão Deus? Nós somos simples assistentes, e muitas vezes, os próprios réus necessitados do perdão divino. Quanta misericórdia Deus teve por você, por mim e tantos outros seres humanos! Torna-se uma tarefa impossível de relatar em alguma folha de papel tamanha misericórdia e amor. Com a exceção da direção divina, a nossa vida é incerta e breve. Hoje estamos vivos, mas amanhã podemos estar mortos. Por isso, quem somos nós para posicionarmo-nos como juízes algozes de alguém?
Caro professor, veja quanta riqueza de temas práticos podemos trabalhar nesta aula com os nossos alunos! É imprescindível que os estimulemos a pensarem estas questões práticas de maneira inteligente e franca. O tema da lição desta semana é vivenciado por eles a cada dia das suas vidas. Não podemos desperdiçar a oportunidade de convencermos os nossos alunos à adequarem as suas consciências à luz da Palavra. Não é normal que as pessoas vivam julgando as outras, e nunca parem para fazer um exame da própria consciência. Este exame pode ser feito de maneira bem prática. Basta, no final de um dia, ao chegar em casa, perguntar-se sinceramente: Hoje magoei alguém com o meu comportamento? Há dentro de mim algum sentimento que reflete a ambição, o egoísmo e o prazer sórdido?
Essas perguntas ajudam-nos a conhecer nós mesmos. Se as fizermos à nossa consciência e respondermo-las com sinceridade não ficará pedra sobre pedra. Então, nos conheceremos melhor, desenvolveremos uma autocrítica mais eficaz e teremos toda a independência para odiar o pecado que tento nos assombra.

AUXÍLIOS COMPLEMENTARES


Elaboração: Escriba Digital

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Julgar: Decidir um litígio na qualidade de juiz ou árbitro; formar juízo acerca de; pronunciar sentenças.

Na Idade Média os monges classificaram os pecados em sete fundamentais (capitais) que são: Orgulho, Inveja, Glutonaria, Lascívia, Ira, Ganância e Preguiça. É interessante notar que não consta desta lista a Maledicência, e se esta lista fosse elaborada nos dias de hoje, creio que também não entraria. Quer saber por quê? Porque sua popularidade e aceitação social são imensas. Porém o fato da maledicência ser aceita socialmente, não a torna aprovada por Deus. Pense nos “sete pecados” alistados por Deus em Provérbios 6.16-19. A maledicência tem a capacidade de destruir pessoas e relacionamentos. Infelizmente muitos não conseguem enxergar essa triste realidade. Tiago, a partir dos versículos 13-17, vai falar sobre o risco da presunção. A presunção vem de um entendimento errado de nós mesmos e das nossas ambições. Presunção é assegurar a nós mesmos que o tempo está do nosso lado e à nossa disposição. Presunção é fazer os nossos planos como se estivéssemos no total controle do futuro. Presunção é viver como se nossa vida não dependesse de Deus.

I. O PERIGO DE COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)

1. A ofensa gratuita. A palavra que Tiago emprega para expressar a ideia de falar mal de outros é o verbo grego katalalein. Geralmente este verbo significa falar mal de alguém que está ausente, criticá-lo, insultá-lo, caluniá-lo sem que esteja presente para defender-se. Este pecado de caluniar, de insultar, de falar mal do próximo é condenado através de toda a Bíblia. O salmista acusa ao homem mau: “Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe” (Sl 50.20). O salmista ouve a Deus dizendo: “Aquele que difama o seu próximo, às escondidas, eu o destruirei” (Sl 101.5). Nas cartas paulinas, o substantivo katalaliaé traduzido como maledicência, murmuração. Paulo o menciona entre os pecados característicos do irredento e ímpio mundo pagão (Rm 1.30) e é um dos pecados que teme encontrar na belicosa Igreja de Corinto (2Co 12.20). É significativo destacar que nessas duas passagens, katalalia está imediatamente relacionada com a ideia de murmurar. Katalalia é o pecado daqueles que se reúnem em pequenos grupos e fazem circular confidencialmente informações fragmentárias recebidas através de rumores que destroçam a reputação e o bom nome de pessoas que não estão ali para defender-se. O mesmo pecado, traduzido neste caso como detrações, é condenado em 1 Pedro 2.1. Assim, pois, esta é uma falta condenada universalmente. Há uma grande necessidade a respeito de que somos advertidos, pois somos lentos para entender que poucos pecados haverá que a Bíblia tão consequentemente condena como o pecado da murmuração irresponsável e maliciosa.
Muitas vezes, por considerar a maledicência menos grave, nos damos o direito de falar mal de alguém. A maledicência é tão discreta, que às vezes até vem disfarçada de correção e preocupação com o caráter do outro. Para detectar as necessidades de mudança no caráter alheio, somos levados a revelar as áreas menos nobres e fracas de algum irmão. Veremos que a maledicência é explicitamente condenada por trazer consigo outros pecados que funcionam como suas raízes.
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O que será que Tiago quis dizer com a ideia de que ao falar mal do irmão ou julgá-lo, falamos mal da Lei e a julgamos? Será que nossos irmãos representam a Lei? É claro que não! Deus representa Sua própria Lei; e Ele mesmo proíbe falar mal ou julgar o irmão. Todo aquele que fala mal ou julga o irmão está quebrando essa Lei. O pecado é a transgressão da Lei (1Jo 3.4) e o maledicente a transgride. Não importa se o mal que falamos do irmão corresponde a uma verdade ou não, importa que a Palavra nos proíbe de fazê-lo. E aquele que tropeça num só ponto é culpado de todos (Tg 2.10). Vemos em Tito que por causa do nosso comportamento, a Palavra de Deus pode ser difamada (Tt 2.1-5).
3. O ser humano coloca-se acima da Lei. Desobedecer é a forma mais direta de desprezar e rejeitar a Lei de Deus. Ao desobedecê-la estamos dizendo que não concordamos com ela. Quando tomamos a liberdade de não cumprir a Lei, é porque já avaliamos em nossa mente e julgamos desnecessário obedecê-la. Neste ponto, deixamos de ser cumpridores e passamos a ser o seu juiz. Assim nos colocamos acima da Lei e a julgamos.
4. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). A proibição de Tiago não se restringe ao ato de falar mal, mas também ao ato de julgar o irmão. Ele mistura as duas advertências, e a quebra de qualquer uma delas constitui um mesmo pecado, que é a transgressão da Lei. Em ambos os casos, a pessoa ainda comete uma usurpação, porque falar mal é algo próprio do diabo, e julgar é especifico de Deus. Se falamos mal, nos associamos a algo errado que é a maledicência do diabo; se julgamos, usurpamos algo que é correto e justo, porém, pertence exclusivamente a Deus. Um só é legislador e juiz (Tg 4.12).
5. Capacidade exclusiva de Deus. Quando alguém julga o irmão, é porque supostamente está detectando algo de mal na vida dele; e com base no que detectou, se acha no direito de declarar as más qualidades do outro. Mas o grande problema do nosso julgamento é que ele é ineficaz. Não temos a capacidade de salvar ou fazer perecer. Nosso julgamento só tem poder de expor a situação do pecador, mas nada pode fazer para mudá-la. Deus, porém, é o juiz capaz de salvar ou fazer perecer (v.12); Ele não apenas expõe a situação do pecador, mas também define o resultado final dele. Deus é quem atribui justiça (Rm 4.6). Nós só podemos ver o pecado, mas não podemos fazer algo eficaz contra ele. Deus pode ver e definir Sua sentença. Se houver arrependimento, há salvação, se não houver, há condenação.

II. A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)

1. Planos meramente humanos (Tg 4.13). Temos aqui o exemplo de pessoas que fazem todo o seu planejamento e trabalham sem pensar em Deus. Ao ignorar Deus, elas mostram tanta arrogância como aquele que difama seu irmão. O pecado de não se dirigir a Deus em oração é uma das ofensas mais comuns que um cristão comete.
Tiago se dirige a uma parte da igreja, a saber, os negociantes. Ele chama sua atenção com a expressão idiomática “prestem atenção”. Outras traduções trazem a expressão “dai ouvidos”. Então, ele cita as próprias palavras dessas pessoas que falam sobre ir de um lugar para outro, passando algum tempo lá, a fim de negociar e ganhar dinheiro. Na verdade, não podemos culpar um vendedor viajante por ir de um lugar para outro fazendo negócios. Faz parte de sua vida. Há um certo paralelo com o discurso de Jesus sobre o fim dos tempos, quando se refere aos dias de Noé: “Porquanto assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos” (Mt 24.38,39; comparar também com Lc 17.26-29). Apesar de ninguém culpar uma pessoa por comer, beber e casar-se, a questão é que, na vida dos contemporâneos de Noé, não havia lugar para Deus. Essas pessoas viviam como se Deus não existisse, e o mesmo aplica-se aos negociantes aos quais Tiago se dirige.
Observe que Tiago não tem nada contra a ocupação dos negociantes, nem tampouco escreve sobre as questões éticas de vender e comprar. Ele apenas afirma que os comerciantes negociam e têm lucros, e é isso que esperamos quando os negócios estão indo bem. Tiago usa esses homens como exemplo por causa de sua falta de consideração para com Deus. Para eles, o dinheiro é muito mais importante do que servir ao Senhor. Eles vivem como o homem descrito na parábola do rico louco (Lc 12.16-21). Não percebem que não podem acrescentar à sua vida um minuto sequer. São completamente dependentes de Deus.
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). Tiago aqui destaca duas coisas: Em primeiro lugar, a incerteza da vida (4.14a). Esta expressão é baseada em Provérbios 27.1: “Não te glories do dia de amanhã; porque não sabes o que produzirá o dia”. Esses negociantes estavam fazendo planos seguros para um ano, enquanto não podiam ter garantia de um dia sequer. Eles diziam: nós iremos, nós permaneceremos, nós compraremos e teremos lucro. Essa postura é a mesma que Jesus reprovou na parábola do rico insensato em Lucas 12.16-21. Aquele que pensa que pode administrar o seu futuro é tolo. A vida não é incerta para Deus, mas é incerta para nós. Somente quando estamos dentro da vontade de Deus é que podemos ter confiança no futuro. Em segundo lugar, a brevidade da vida (4.14b). Tiago compara a duração da vida com uma neblina. O livro de Jó revela de forma clara a brevidade da vida: 1) “Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão...” (Jó 7.6); 2) “...porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra” (Jó 8.9); 3) “...E os meus dias são mais velozes do que um correio” (Jó 9.25); 4) “O homem, nascido da mulher, é de poucos dias e cheio de inquietação. Nasce como a flor, e murcha; foge também como a sombra, e não permanece” (Jó 14.1,2 —ARA). Moisés diz: “...acabam-se os nossos anos como um suspiro... pois passa rapidamente, e nós voamos” (Sl 90.9,10 — ARA). Porque a vida é breve não podemos desperdiçá-la nem vivê-la na contramão da vontade de Deus.
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Tiago ensina que Deus é soberano sobre nossa vida. Em nossos planos, ações e realizações devemos reconhecer nossa submissão a Deus. Assim, depois de um comentário sobre a brevidade da vida, ele volta ao assunto apresentado no versículo 13. Diz que, ao invés de ignorar Deus em nossas atividades diárias, devemos colocá-lo em primeiro lugar e dizer: “Se for da vontade do Senhor, viveremos e faremos isto ou aquilo” — ARA.
Em alguns meios e culturas, o clichê se Deus quiser é um tanto comum. Esse é um clichê religioso que, por causa de seu uso repetitivo, começa a perder o significado original. Mas por que Tiago diz aos negociantes para usarem essa frase? Ele lhes mostra que sua vida está nas mãos de um Deus soberano e que eles devem reconhecê-lo em todos os seus planos, mas não diz a eles quando e como usar a frase se Deus quiser.

III. OS PECADOS DA ARROGÂNCIA E DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)

1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a). Esse versículo serve para nos lembrar da advertência séria feita por Tiago quando citou o Antigo Testamento: “Deus se opõe ao soberbo, mas dá graça ao humilde” (v.6; Pv 3.34). Alguns dos negociantes haviam se aventurado; tinham corrido riscos e alcançado lucro. Como sempre acontece, o sucesso gera mais sucesso e, junto com a prosperidade, vem o orgulho e a autossuficiência. Esses comerciantes apoiavam-se em suas próprias ideias e orgulhavam-se das suas realizações. J. B. Phillips nos oferece a seguinte paráfrase: “Como não poderia deixar de ser, você sente orgulho dentro de si ao planejar o futuro com tamanha segurança. Esse tipo de orgulho nada tem de bom”.
A jactância humana não vale nada, pois dá a glória ao homem, e não a Deus. Essa jactância inclui gloriar-se em suas realizações. Não só isso é injustificável, como também é totalmente inaceitável diante de Deus. É mau. Por meio da experiência pessoal com um espinho na carne, Paulo é capaz de ensinar que a única coisa da qual podemos nos gloriar é nossa fraqueza; nessa fraqueza, o poder de Cristo tona-se evidente (2Co 11.30; 12.5,9). Um cristão, portanto, pode gloriar-se apenas “de que sua vida é vivida na dependência de Deus e em responsabilidade para com ele”.
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A palavra grega ponerós, “mau”, que consta aqui e cuja forma substantiva designa o diabo, é um indício de que o maligno tem participação nessa atitude. Em outras palavras, pensar que vamos fazer o que bem entendemos sem considerar a vontade de Deus é sinal de arrogância, e essa arrogância nada mais é do que pecado. Sua procedência não é de Deus, ela é maligna por substituir Deus e seu conselho e sabedoria, pela nossa própria vontade. O problema do orgulho arrogante está no fato de que ele nos leva a acreditar em uma autossuficiência e confiança demasiada do valor de nossos próprios esforços e empreendimentos. Essa atitude nos faz desconsiderar Deus como o centro dos nossos planejamentos, e passamos a focar o eu e esquecemo-nos de Deus.
Mas é importante dizer que, com isso, Tiago não quis dizer que não devemos jamais fazer qualquer tipo de planejamento. Jesus mesmo disse, que o próprio discipulado requer de nós planejamento, como ele mostrou em Lucas 14.25ss, dando o exemplo de uma pessoa que quer construir uma torre. A primeira coisa que ela faz é sentar e calcular o custo envolvido para saber se ela terá dinheiro suficiente para começar e terminar a obra. Da mesma forma que um rei que vai a guerra. Só que antes de partir, ele verifica se seu exército é grande e capaz o suficiente para ir combater contra o outro rei. Ou seja, o planejamento não é proibido nem ignorado, mas submisso a vontade de Deus. Ele é importante e necessário, mas não substitui a vontade de Deus, ele depende dela.
3. Faça o bem (v.17). Tiago termina esta seção de sua carta com um provérbio que talvez fosse comum no mundo judaico de sua época. O advérbio portanto liga o provérbio ao texto anterior. O tom de seu discurso muda, pois Tiago não está mais falando diretamente aos negociantes, mas a todos os leitores de sua epístola.
O provérbio transmite uma advertência muito séria contra o pecado da negligência. Não o pecado de ação, mas o pecado de omissão. Esse pecado particular mostra seu semblante horrível quando o ser humano ignora Deus, faz planos, alcança o sucesso e gloria-se de suas realizações (Tg 4.13-16). O ser humano repete o pecado de omissão ao não praticar o bem, quando sabe que deve fazê-lo. Jesus deixou claro esse pecado quando falou do sacerdote e do levita na parábola do bom samaritano (Lc 10.30-35) e do homem rico que desprezou Lázaro (Lc 16.19-31) e das pessoas que durante sua vida na terra deixaram de alimentar os famintos, hospedar os forasteiros, vestir os pobres e visitar os enfermos e prisioneiros (Mt 25.40-46).
Tiago se dirige à pessoa que sabe que deve fazer o bem. Ele não está falando para pessoas que cometem o pecado na ignorância. Assim diz Paulo para os filósofos atenienses no Areópago: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (At 17.30). Pecado é transgressão da lei, diz João em uma de suas epístolas (1Jo 3.4). Quer seja este o pecado de ação ou omissão, é uma afronta a Deus, especialmente quando o pecador conhece os mandamentos de Deus.
O pecado nunca deve ser atenuado. Isso vale especialmente para o pecado de omissão, que muitas vezes tem, à primeira vista, uma aparência inofensiva. Mas esse não é o caso. Tome, por exemplo, o discurso de despedida de Samuel. Ele diz aos israelitas: “E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós” (1Sm 12.23). Samuel reprovou o pecado da negligência. A negligência é equivalente a ignorar Deus e o próximo e, portanto, é um pecado contra a lei de Deus.

CONCLUSÃO

Os crentes são propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9) e são também seus filhos (Jo 1.12). Falar mal de um irmão é falar mal de um filho de Deus, uma propriedade de Deus — Ele o defende como advogado. Portanto, para o apóstolo é inconcebível que o crente mantenha boas relações com Deus e não cultive sadia comunhão com o seu irmão.
Muita gente tem a ideia equivocada de que a vontade de Deus é uma fórmula para a infelicidade. Mas é justamente o contrário! É a desobediência à vontade de Deus que nos torna infelizes. Tanto a Bíblia quanto a experiência humana dão testemunho dessa verdade. Mesmo que um cristão desobediente pareça escapar incólume das dificuldades desta vida, o que dirá quando estiver diante do Senhor? “Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites” (Lc 12.47,48).

Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos


3º Trimestre de 2014

Título: Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva


Lição 11: O Julgamento e a Soberania pertencem a Deus
Data: 14 de Setembro de 2014

TEXTO ÁUREO

Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12).

VERDADE PRÁTICA

Não podemos estar na posição de juízes contra as pessoas, pois somente Deus é o Justo Juiz.

HINOS SUGERIDOS

225, 454, 578.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 62.11
O poder pertence a Deus


Terça - Gn 17.1
Deus é o Todo-Poderoso


Quarta - Pv 21.31
A vitória vem do Senhor


Quinta - 1Sm 2.7
A soberania divina


Sexta - Cl 4.1
O verdadeiro Senhor


Sábado - Mt 28.18
Todo poder no céu e na terra

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Tiago 4.11-17.

11 - Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12 - Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
13 - Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.
14 - Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.
15 - Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
16 - Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
17 - Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.

INTERAÇÃO

Tiago nos ensina que falar mal do irmão e julgá-lo nos torna juiz da lei. Sabemos que só existe um único juizes e legislador — Deus. Quem somos nós para julgar nossos irmãos em Cristo? Como seres humanos somos falhos, imperfeitos e não conhecemos o que vai no interior de cada um. Deus é santo, justo e conhece as nossas verdadeiras intenções, por isso, somente Ele tem como julgar as pessoas com retidão. Em o Novo Testamento, Jesus afirmou que a lei se resume em dois mandamentos, amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Quem ama o seu irmão não o julga. E quem não ama já está descumprindo a lei divina. Quais têm sido suas atitudes para com seus irmãos? Você os ama, os compreende, ou tem se colocado diante de cada um como um juiz impiedoso? Não se esqueça da advertência do nosso Mestre: “Não julgueis, para que não sejais julgados [...]” (Mt 7.1,2).

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        Analisar os perigos de se colocar como juiz dos irmãos.
·        Conscientizar-se da brevidade da vida.
·        Mostrar que a arrogância e a autossuficiência são pecados.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, inicie o primeiro tópico da lição fazendo a seguinte indagação: “Qual o perigo de se julgar alguém ou falar mal?” Ouça os alunos com atenção. Explique que falar mal de um irmão ou julgá-lo é tornar-se juiz. Quando condenamos uma pessoa, estamos condenando o nosso próximo e aquEle que o criou, o próprio Deus. Somente o Todo-Poderoso tem poder para julgar e legislar em favor das suas criaturas. Diga que o Mestre nos ensinou que antes de julgar o nosso próximo devemos examinar a nós mesmos. Em seguida leia e discuta com os alunos o texto de Mateus 7.1-3.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Julgar: Pronunciar sentença (de condenação ou de absolvição); sentenciar.

A lição dessa semana é a continuação dos conselhos práticos de Tiago aos seus leitores. Os assuntos com maior destaque são a “relação social entre os irmãos” e o “planejamento da vida”. Aprenderemos que, uma vez nascidos de novo, não podemos nos relacionar de maneira conflituosa com os outros. Outro aspecto importante que estudaremos é que o planejamento da nossa vida tem de estar de acordo com a soberana vontade de Deus — único legislador e juiz da vida. Ele é quem sempre terá a última palavra.

I. O PERIGO DE COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)

1. A ofensa gratuita. Não há postura mais problemática em uma igreja local quanto a do “disse-me-disse”. Infelizmente, tal comportamento parece ser uma questão cultural. Algumas pessoas parecem ter satisfação em destilar palavras que machucam. O que ganham com isso? Um ambiente incendiado por insinuações maldosas, onde elas mesmas passam a maior parte das suas vidas sofrendo e levando outros a sofrerem. Assim, Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento interpessoal entre os crentes (v.11). Devemos evitar as ofensas e as agressões gratuitas, pois o “irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como ferrolhos de um palácio” (Pv 18.19). As ofensas só trazem angústias, tristezas e desgraças.
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O pecado de falar mal do outro foi por Tiago tratado com clareza ainda no versículo 11. Quem empresta os seus lábios para caluniar e emitir falso testemunho, além de estar pecando, coloca-se como o juiz do outro, mas não cumpridor da lei. Nós, servos de Cristo, fomos chamados para ser discípulos, não juízes. Quem busca estabelecer condições para amar o próximo não pode ser discípulo de Jesus de Nazaré. Já imaginou se hoje, Deus, o nosso Pai, tratasse-nos numa posição de Juiz? Provavelmente estaríamos perdidos!
3. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). Com o objetivo de demonstrar o porquê de não podermos nos colocar como juízes dos outros, o texto bíblico recorda do quanto somos pecadores e declara que há apenas um Legislador (criador das leis) e Juiz (apto para julgar a todos) (v.12). Apenas o Criador tem o poder de salvar e destruir. Portanto, antes de emitir uma palavra de julgamento contra uma pessoa, responda a esta questão: “Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?”.


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Falar mal de um irmão e julgá-lo é pecado, pois só existe um único Juiz e Legislador entre os crentes, Jesus Cristo.


II. A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)

1. Planos meramente humanos (Tg 4.13). É comum algumas vezes falarmos “daqui tantos anos vou fazer isso”, “em 2018 eu farei aquilo”, etc. É verdade que precisamos planejar a vida. Entretanto, todo planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de Deus. Todavia, infelizmente nos acostumamos à mera rotina e tendemos a planejarmos o futuro sem ao menos nos lembrarmos de que Deus, o autor da vida, tem de ser consultado, pois tudo o que temos é fruto da sua bondade e misericórdia.
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). “A vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”. Eis uma séria advertência de Tiago para nós! O ser humano muitas vezes se esquece da sua real condição. Fazemos os planos para amanhã ou depois, mas ninguém tem a certeza do futuro que lhe espera. A nossa vida é breve, passa como a fumaça. Lembre-se de que a nossa existência terrena é passageira e que, por isso, devemos viver a vida segundo a vontade de Deus, esperança nossa.
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Após compreendermos que a existência humana é finita e Deus é o infinito Absoluto, o versículo 15 nos ensina a ter um estilo de vida diferente. A consciência da nossa limitação, bem como da transitoriedade e a brevidade da vida, deve incidir sobre o nosso modo de viver ao mesmo tempo em que deve servir como ponto de partida para confiarmos ao Senhor todos os nossos planos. Só com essa consciência, buscaremos realizar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Portanto, agiremos assim: “Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou não”. Tal postura não é falta de fé, ao contrário, é fé na Palavra de Deus.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

A vida do homem é frágil e breve, por isso, precisamos reconhecer que somos dependentes do Criador.


III. OS PECADOS DA ARROGÂNCIA E DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)

1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a). Pensar que podemos controlar a nossa vida é de uma presunção orgulhosa que afronta o próprio Deus. Nós somos as criaturas e Deus, o Criador. Infelizmente, muitos fazem os seus planos desprezando o Senhor como se fosse possível deixá-lo fora do curso da nossa vida. Não sejamos presunçosos e arrogantes! Reconheçamos as nossas fragilidades, pois somos pó e cinza (Gn 18.27; Jó 30.19). Mas Deus, o nosso Pai, é tudo em todos por Cristo Jesus, o nosso Senhor (Cl 3.11).
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A gravidade da presunção e da arrogância humana pode ser comprovada na segunda parte do versículo dezesseis: “toda glória tal como esta é maligna”. O livro de Ezequiel conta-nos a história do rei de Tiro. Ali, a malignidade, a arrogância e o orgulho humano levaram um poderoso rei a perder tudo o que tinha. Ele era poderoso em sabedoria e entendimento, acumulando para si riquezas e poder. Mas seu coração tornou-se arrogante, enchendo o interior de violência, iniquidades, injustiças do comércio e profanação dos santuários (Ez 28.4,5,16,18). Em pouco tempo o seu fabuloso império desmoronou. Não há ser humano no mundo que resista às tentações da arrogância, do poder e do orgulho. Triste é o final de quem se entrega à malignidade do orgulho das presunções humanas.
3. Faça o bem (v.17). Fazer o bem é uma afirmação da Epístola de Tiago que lembra as suas primeiras recomendações de não sermos apenas ouvintes, mas praticantes da Palavra (Tg 1.22-25). Ora, se nós ouvimos, entendemos, compreendemos e podemos fazer o que deve ser feito, mas não o fazemos, estamos em pecado. Deus condena o pecado de omissão! Não sejamos omissos quanto àquilo que podemos e devemos fazer! Como discípulos de Cristo não podemos recuar. Antes, temos de perseverar em perseguir o alvo que nos foi proposto até o fim (Fp 3.14).


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Que jamais venhamos permitir que a presunção e o orgulho dominem os nossos corações e que nos faça acreditar que podemos controlar nossa vida.


CONCLUSÃO

Vimos nesta lição as duras advertências de Tiago. Infelizmente, as transgressões descritas na epístola são quase que naturais na atualidade. Não são poucos os que difamam, caluniam e falam mal do próximo. Comportam-se como os verdadeiros juízes, ignorando que com a mesma medida com que medem os outros, eles mesmos serão medidos (Mc 4.24). Vimos também que ainda que façamos os melhores planos para a nossa vida, devemos nos lembrar de que a vontade de Deus é sempre o melhor. Que aprendamos com Tiago a perdoar ao outro e submetermo-nos à vontade do Pai.

VOCABULÁRIO

Destilar: Deixar sair, insinuar, provocar.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L.; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS

1. Quais os assuntos de maior destaque nesta lição?
R. Os assuntos com maior destaque são a “relação social entre os irmãos” e o “planejamento da vida”.

2. Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando qual assunto?
R. Tiago inicia a segunda seção bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento interpessoal entre os crentes.

3. Como Tiago descreve a vida?
R. “A vida é um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece”.

4. Como deve ser feito todo planejamento humano?
R. Todo planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto.

5. Qual foi a consequência da malignidade, arrogância e o orgulho do rei de Tiro?
R. Ele perdeu tudo o que tinha.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

“Julgar ou Submeter-se à Lei?
Tiago inicia uma transição da convocação dos crentes para o seu preparo para o iminente julgamento, exortando-os a cumprir sua responsabilidade perante os semelhantes que, por sua vez, também o enfrentarão. Faz essa mudança de retórica e repetindo o aviso feito em 3.1, que voltará a focalizar em 5.1-9, aconselhando a respeito da atitude que as pessoas devem ter para com seus semelhantes.
Tiago é claramente enfático na sua denúncia sobre como os crentes às vezes tratam os outros (‘não faleis mal uns dos outros’, v.11). Essa tendência de falar julgando e condenando os outros, talvez sem um verdadeiro motivo (calúnia), certamente representa uma das razões pelas quais ele previne contra o orgulho de assumir as responsabilidades de um ensinador (3.1). O adequado papel de um mestre é ‘convencer do erro do seu caminho um pecador’ (5.20), e não condená-lo (cf. 7.1-5)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1683).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“Tiago identifica dois problemas que se originam quando as pessoas reivindicam as prerrogativas de um julgamento que por direito pertence somente a Deus, o ‘único Legislador e Juiz’ (v.12).
Ao condenarmos outros, estamos principalmente condenando a própria lei. Talvez Tiago acreditasse que esse era o caso porque quando condenamos as pessoas estamos condenando aqueles que foram ‘feitos à semelhança de Deus’ (3.9), e assim, implicitamente, estamos condenando o próprio Deus (cf. Rm 14.1-8).
Aqueles que julgam os semelhantes estão se posicionando como juízes acima da lei ao invés de submeterem-se a ela (‘se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz’, Tg 4.11); isto é, inevitavelmente o padrão de comportamento reproduz o desejo do juiz humano e não a vontade de Deus (veja 4.13-17). Ao invés de nos atermos às omissões dos semelhantes na obediência à lei de Deus, deveríamos nos concentrar em nossa submissão a Ele (4.7) e à sua lei” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1683).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O Julgamento e a Soberania pertencem a Deus

Diz um ditado popular: “Antes de apontar um dedo para alguém, lembre que há quatro apontados para você”. Se esta simples recomendação fosse levada em consideração, muitos mal entendidos seriam evitados. É impressionante como há pessoas que se julgam acima do bem e do mal. Com isso não queremos dizer que não temos a legitimidade de interpretar quando alguém está ou não agindo de maneira dissimulada. Mas o que está em questão nesta seção bíblica de Tiago (4.11-17) é o estilo de vida que a pessoa desenvolve sob a perspectiva de ser superior a outra pessoa.
Nos versículos 13-15, Tiago lembra-nos da brevidade da vida e da soberania de Deus sobre ela. Quem é verdadeiramente o juiz perfeito, senão Deus? Nós somos simples assistentes, e muitas vezes, os próprios réus necessitados do perdão divino. Quanta misericórdia Deus teve por você, por mim e tantos outros seres humanos! Torna-se uma tarefa impossível de relatar em alguma folha de papel tamanha misericórdia e amor. Com a exceção da direção divina, a nossa vida é incerta e breve. Hoje estamos vivos, mas amanhã podemos estar mortos. Por isso, quem somos nós para posicionarmo-nos como juízes algozes de alguém?
Caro professor, veja quanta riqueza de temas práticos podemos trabalhar nesta aula com os nossos alunos! É imprescindível que os estimulemos a pensarem estas questões práticas de maneira inteligente e franca. O tema da lição desta semana é vivenciado por eles a cada dia das suas vidas. Não podemos desperdiçar a oportunidade de convencermos os nossos alunos à adequarem as suas consciências à luz da Palavra. Não é normal que as pessoas vivam julgando as outras, e nunca parem para fazer um exame da própria consciência. Este exame pode ser feito de maneira bem prática. Basta, no final de um dia, ao chegar em casa, perguntar-se sinceramente: Hoje magoei alguém com o meu comportamento? Há dentro de mim algum sentimento que reflete a ambição, o egoísmo e o prazer sórdido?
Essas perguntas ajudam-nos a conhecer nós mesmos. Se as fizermos à nossa consciência e respondermo-las com sinceridade não ficará pedra sobre pedra. Então, nos conheceremos melhor, desenvolveremos uma autocrítica mais eficaz e teremos toda a independência para odiar o pecado que tento nos assombra.

AUXÍLIOS COMPLEMENTARES

Elaboração: Escriba Digital

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Julgar: Decidir um litígio na qualidade de juiz ou árbitro; formar juízo acerca de; pronunciar sentenças.

Na Idade Média os monges classificaram os pecados em sete fundamentais (capitais) que são: Orgulho, Inveja, Glutonaria, Lascívia, Ira, Ganância e Preguiça. É interessante notar que não consta desta lista a Maledicência, e se esta lista fosse elaborada nos dias de hoje, creio que também não entraria. Quer saber por quê? Porque sua popularidade e aceitação social são imensas. Porém o fato da maledicência ser aceita socialmente, não a torna aprovada por Deus. Pense nos “sete pecados” alistados por Deus em Provérbios 6.16-19. A maledicência tem a capacidade de destruir pessoas e relacionamentos. Infelizmente muitos não conseguem enxergar essa triste realidade. Tiago, a partir dos versículos 13-17, vai falar sobre o risco da presunção. A presunção vem de um entendimento errado de nós mesmos e das nossas ambições. Presunção é assegurar a nós mesmos que o tempo está do nosso lado e à nossa disposição. Presunção é fazer os nossos planos como se estivéssemos no total controle do futuro. Presunção é viver como se nossa vida não dependesse de Deus.

I. O PERIGO DE COLOCAR-SE COMO JUIZ (Tg 4.11,12)

1. A ofensa gratuita. A palavra que Tiago emprega para expressar a ideia de falar mal de outros é o verbo gregokatalalein. Geralmente este verbo significa falar mal de alguém que está ausente, criticá-lo, insultá-lo, caluniá-lo sem que esteja presente para defender-se. Este pecado de caluniar, de insultar, de falar mal do próximo é condenado através de toda a Bíblia. O salmista acusa ao homem mau: “Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe” (Sl 50.20). O salmista ouve a Deus dizendo: “Aquele que difama o seu próximo, às escondidas, eu o destruirei” (Sl 101.5). Nas cartas paulinas, o substantivo katalalia é traduzido como maledicência, murmuração. Paulo o menciona entre os pecados característicos do irredento e ímpio mundo pagão (Rm 1.30) e é um dos pecados que teme encontrar na belicosa Igreja de Corinto (2Co 12.20). É significativo destacar que nessas duas passagens, katalalia está imediatamente relacionada com a ideia de murmurar. Katalaliaé o pecado daqueles que se reúnem em pequenos grupos e fazem circular confidencialmente informações fragmentárias recebidas através de rumores que destroçam a reputação e o bom nome de pessoas que não estão ali para defender-se. O mesmo pecado, traduzido neste caso como detrações, é condenado em 1 Pedro 2.1. Assim, pois, esta é uma falta condenada universalmente. Há uma grande necessidade a respeito de que somos advertidos, pois somos lentos para entender que poucos pecados haverá que a Bíblia tão consequentemente condena como o pecado da murmuração irresponsável e maliciosa.
Muitas vezes, por considerar a maledicência menos grave, nos damos o direito de falar mal de alguém. A maledicência é tão discreta, que às vezes até vem disfarçada de correção e preocupação com o caráter do outro. Para detectar as necessidades de mudança no caráter alheio, somos levados a revelar as áreas menos nobres e fracas de algum irmão. Veremos que a maledicência é explicitamente condenada por trazer consigo outros pecados que funcionam como suas raízes.
2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg 4.11). O que será que Tiago quis dizer com a ideia de que ao falar mal do irmão ou julgá-lo, falamos mal da Lei e a julgamos? Será que nossos irmãos representam a Lei? É claro que não! Deus representa Sua própria Lei; e Ele mesmo proíbe falar mal ou julgar o irmão. Todo aquele que fala mal ou julga o irmão está quebrando essa Lei. O pecado é a transgressão da Lei (1Jo 3.4) e o maledicente a transgride. Não importa se o mal que falamos do irmão corresponde a uma verdade ou não, importa que a Palavra nos proíbe de fazê-lo. E aquele que tropeça num só ponto é culpado de todos (Tg 2.10). Vemos em Tito que por causa do nosso comportamento, a Palavra de Deus pode ser difamada (Tt 2.1-5).
3. O ser humano coloca-se acima da Lei. Desobedecer é a forma mais direta de desprezar e rejeitar a Lei de Deus. Ao desobedecê-la estamos dizendo que não concordamos com ela. Quando tomamos a liberdade de não cumprir a Lei, é porque já avaliamos em nossa mente e julgamos desnecessário obedecê-la. Neste ponto, deixamos de ser cumpridores e passamos a ser o seu juiz. Assim nos colocamos acima da Lei e a julgamos.
4. O autêntico Legislador e Juiz pode salvar e destruir (Tg 4.12). A proibição de Tiago não se restringe ao ato de falar mal, mas também ao ato de julgar o irmão. Ele mistura as duas advertências, e a quebra de qualquer uma delas constitui um mesmo pecado, que é a transgressão da Lei. Em ambos os casos, a pessoa ainda comete uma usurpação, porque falar mal é algo próprio do diabo, e julgar é especifico de Deus. Se falamos mal, nos associamos a algo errado que é a maledicência do diabo; se julgamos, usurpamos algo que é correto e justo, porém, pertence exclusivamente a Deus. Um só é legislador e juiz (Tg 4.12).
5. Capacidade exclusiva de Deus. Quando alguém julga o irmão, é porque supostamente está detectando algo de mal na vida dele; e com base no que detectou, se acha no direito de declarar as más qualidades do outro. Mas o grande problema do nosso julgamento é que ele é ineficaz. Não temos a capacidade de salvar ou fazer perecer. Nosso julgamento só tem poder de expor a situação do pecador, mas nada pode fazer para mudá-la. Deus, porém, é o juiz capaz de salvar ou fazer perecer (v.12); Ele não apenas expõe a situação do pecador, mas também define o resultado final dele. Deus é quem atribui justiça (Rm 4.6). Nós só podemos ver o pecado, mas não podemos fazer algo eficaz contra ele. Deus pode ver e definir Sua sentença. Se houver arrependimento, há salvação, se não houver, há condenação.

II. A BREVIDADE DA VIDA E A NECESSIDADE DO RECONHECIMENTO DA SOBERANIA DIVINA (Tg 4.13-15)

1. Planos meramente humanos (Tg 4.13). Temos aqui o exemplo de pessoas que fazem todo o seu planejamento e trabalham sem pensar em Deus. Ao ignorar Deus, elas mostram tanta arrogância como aquele que difama seu irmão. O pecado de não se dirigir a Deus em oração é uma das ofensas mais comuns que um cristão comete.
Tiago se dirige a uma parte da igreja, a saber, os negociantes. Ele chama sua atenção com a expressão idiomática “prestem atenção”. Outras traduções trazem a expressão “dai ouvidos”. Então, ele cita as próprias palavras dessas pessoas que falam sobre ir de um lugar para outro, passando algum tempo lá, a fim de negociar e ganhar dinheiro. Na verdade, não podemos culpar um vendedor viajante por ir de um lugar para outro fazendo negócios. Faz parte de sua vida. Há um certo paralelo com o discurso de Jesus sobre o fim dos tempos, quando se refere aos dias de Noé: “Porquanto assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos” (Mt 24.38,39; comparar também com Lc 17.26-29). Apesar de ninguém culpar uma pessoa por comer, beber e casar-se, a questão é que, na vida dos contemporâneos de Noé, não havia lugar para Deus. Essas pessoas viviam como se Deus não existisse, e o mesmo aplica-se aos negociantes aos quais Tiago se dirige.
Observe que Tiago não tem nada contra a ocupação dos negociantes, nem tampouco escreve sobre as questões éticas de vender e comprar. Ele apenas afirma que os comerciantes negociam e têm lucros, e é isso que esperamos quando os negócios estão indo bem. Tiago usa esses homens como exemplo por causa de sua falta de consideração para com Deus. Para eles, o dinheiro é muito mais importante do que servir ao Senhor. Eles vivem como o homem descrito na parábola do rico louco (Lc 12.16-21). Não percebem que não podem acrescentar à sua vida um minuto sequer. São completamente dependentes de Deus.
2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14). Tiago aqui destaca duas coisas: Em primeiro lugar, a incerteza da vida (4.14a). Esta expressão é baseada em Provérbios 27.1: “Não te glories do dia de amanhã; porque não sabes o que produzirá o dia”. Esses negociantes estavam fazendo planos seguros para um ano, enquanto não podiam ter garantia de um dia sequer. Eles diziam: nós iremos, nós permaneceremos, nós compraremos e teremos lucro. Essa postura é a mesma que Jesus reprovou na parábola do rico insensato em Lucas 12.16-21. Aquele que pensa que pode administrar o seu futuro é tolo. A vida não é incerta para Deus, mas é incerta para nós. Somente quando estamos dentro da vontade de Deus é que podemos ter confiança no futuro. Em segundo lugar, a brevidade da vida (4.14b). Tiago compara a duração da vida com uma neblina. O livro de Jó revela de forma clara a brevidade da vida: 1) “Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão...” (Jó 7.6); 2) “...porquanto nossos dias sobre a terra são como a sombra” (Jó 8.9); 3) “...E os meus dias são mais velozes do que um correio” (Jó 9.25); 4) “O homem, nascido da mulher, é de poucos dias e cheio de inquietação. Nasce como a flor, e murcha; foge também como a sombra, e não permanece” (Jó 14.1,2 — ARA). Moisés diz: “...acabam-se os nossos anos como um suspiro... pois passa rapidamente, e nós voamos” (Sl 90.9,10 — ARA). Porque a vida é breve não podemos desperdiçá-la nem vivê-la na contramão da vontade de Deus.
3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15). Tiago ensina que Deus é soberano sobre nossa vida. Em nossos planos, ações e realizações devemos reconhecer nossa submissão a Deus. Assim, depois de um comentário sobre a brevidade da vida, ele volta ao assunto apresentado no versículo 13. Diz que, ao invés de ignorar Deus em nossas atividades diárias, devemos colocá-lo em primeiro lugar e dizer: “Se for da vontade do Senhor, viveremos e faremos isto ou aquilo” — ARA.
Em alguns meios e culturas, o clichê se Deus quiser é um tanto comum. Esse é um clichê religioso que, por causa de seu uso repetitivo, começa a perder o significado original. Mas por que Tiago diz aos negociantes para usarem essa frase? Ele lhes mostra que sua vida está nas mãos de um Deus soberano e que eles devem reconhecê-lo em todos os seus planos, mas não diz a eles quando e como usar a frase se Deus quiser.

III. OS PECADOS DA ARROGÂNCIA E DA AUTOSSUFICIÊNCIA DO SER HUMANO (Tg 4.16,17)

1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a). Esse versículo serve para nos lembrar da advertência séria feita por Tiago quando citou o Antigo Testamento: “Deus se opõe ao soberbo, mas dá graça ao humilde” (v.6; Pv 3.34). Alguns dos negociantes haviam se aventurado; tinham corrido riscos e alcançado lucro. Como sempre acontece, o sucesso gera mais sucesso e, junto com a prosperidade, vem o orgulho e a autossuficiência. Esses comerciantes apoiavam-se em suas próprias ideias e orgulhavam-se das suas realizações. J. B. Phillips nos oferece a seguinte paráfrase: “Como não poderia deixar de ser, você sente orgulho dentro de si ao planejar o futuro com tamanha segurança. Esse tipo de orgulho nada tem de bom”.
A jactância humana não vale nada, pois dá a glória ao homem, e não a Deus. Essa jactância inclui gloriar-se em suas realizações. Não só isso é injustificável, como também é totalmente inaceitável diante de Deus. É mau. Por meio da experiência pessoal com um espinho na carne, Paulo é capaz de ensinar que a única coisa da qual podemos nos gloriar é nossa fraqueza; nessa fraqueza, o poder de Cristo tona-se evidente (2Co 11.30; 12.5,9). Um cristão, portanto, pode gloriar-se apenas “de que sua vida é vivida na dependência de Deus e em responsabilidade para com ele”.
2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg 4.16b). A palavra grega ponerós, “mau”, que consta aqui e cuja forma substantiva designa o diabo, é um indício de que o maligno tem participação nessa atitude. Em outras palavras, pensar que vamos fazer o que bem entendemos sem considerar a vontade de Deus é sinal de arrogância, e essa arrogância nada mais é do que pecado. Sua procedência não é de Deus, ela é maligna por substituir Deus e seu conselho e sabedoria, pela nossa própria vontade. O problema do orgulho arrogante está no fato de que ele nos leva a acreditar em uma autossuficiência e confiança demasiada do valor de nossos próprios esforços e empreendimentos. Essa atitude nos faz desconsiderar Deus como o centro dos nossos planejamentos, e passamos a focar o eu e esquecemo-nos de Deus.
Mas é importante dizer que, com isso, Tiago não quis dizer que não devemos jamais fazer qualquer tipo de planejamento. Jesus mesmo disse, que o próprio discipulado requer de nós planejamento, como ele mostrou em Lucas 14.25ss, dando o exemplo de uma pessoa que quer construir uma torre. A primeira coisa que ela faz é sentar e calcular o custo envolvido para saber se ela terá dinheiro suficiente para começar e terminar a obra. Da mesma forma que um rei que vai a guerra. Só que antes de partir, ele verifica se seu exército é grande e capaz o suficiente para ir combater contra o outro rei. Ou seja, o planejamento não é proibido nem ignorado, mas submisso a vontade de Deus. Ele é importante e necessário, mas não substitui a vontade de Deus, ele depende dela.
3. Faça o bem (v.17). Tiago termina esta seção de sua carta com um provérbio que talvez fosse comum no mundo judaico de sua época. O advérbio portanto liga o provérbio ao texto anterior. O tom de seu discurso muda, pois Tiago não está mais falando diretamente aos negociantes, mas a todos os leitores de sua epístola.
O provérbio transmite uma advertência muito séria contra o pecado da negligência. Não o pecado de ação, mas o pecado de omissão. Esse pecado particular mostra seu semblante horrível quando o ser humano ignora Deus, faz planos, alcança o sucesso e gloria-se de suas realizações (Tg 4.13-16). O ser humano repete o pecado de omissão ao não praticar o bem, quando sabe que deve fazê-lo. Jesus deixou claro esse pecado quando falou do sacerdote e do levita na parábola do bom samaritano (Lc 10.30-35) e do homem rico que desprezou Lázaro (Lc 16.19-31) e das pessoas que durante sua vida na terra deixaram de alimentar os famintos, hospedar os forasteiros, vestir os pobres e visitar os enfermos e prisioneiros (Mt 25.40-46).
Tiago se dirige à pessoa que sabe que deve fazer o bem. Ele não está falando para pessoas que cometem o pecado na ignorância. Assim diz Paulo para os filósofos atenienses no Areópago: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (At 17.30). Pecado é transgressão da lei, diz João em uma de suas epístolas (1Jo 3.4). Quer seja este o pecado de ação ou omissão, é uma afronta a Deus, especialmente quando o pecador conhece os mandamentos de Deus.
O pecado nunca deve ser atenuado. Isso vale especialmente para o pecado de omissão, que muitas vezes tem, à primeira vista, uma aparência inofensiva. Mas esse não é o caso. Tome, por exemplo, o discurso de despedida de Samuel. Ele diz aos israelitas: “E quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós” (1Sm 12.23). Samuel reprovou o pecado da negligência. A negligência é equivalente a ignorar Deus e o próximo e, portanto, é um pecado contra a lei de Deus.

CONCLUSÃO

Os crentes são propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2.9) e são também seus filhos (Jo 1.12). Falar mal de um irmão é falar mal de um filho de Deus, uma propriedade de Deus — Ele o defende como advogado. Portanto, para o apóstolo é inconcebível que o crente mantenha boas relações com Deus e não cultive sadia comunhão com o seu irmão.
Muita gente tem a ideia equivocada de que a vontade de Deus é uma fórmula para a infelicidade. Mas é justamente o contrário! É a desobediência à vontade de Deus que nos torna infelizes. Tanto a Bíblia quanto a experiência humana dão testemunho dessa verdade. Mesmo que um cristão desobediente pareça escapar incólume das dificuldades desta vida, o que dirá quando estiver diante do Senhor? “Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites. Aquele, porém, que não soube a vontade do seu senhor e fez coisas dignas de reprovação levará poucos açoites” (Lc 12.47,48).



Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos


3º Trimestre de 2014

Título: Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva


Lição 12: Os pecados de Omissão e de Opressão
Data: 21 de Setembro de 2014

TEXTO ÁUREO

Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado” (Tg 4.17).

VERDADE PRÁTICA

Os pecados de omissão e opressão são tão repulsivos diante de Deus quanto às demais transgressões.

HINOS SUGERIDOS

5, 50, 155.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 3.1-24
A queda do ser humano


Terça - Is 59.2
O pecado nos separa de Deus


Quarta - Jo 1.29
O Cordeiro de Deus que tira o pecado


Quinta - Hb 9.22
Remissão pelo sangue de Jesus


Sexta - 1Jo 1.7
O sangue de Jesus purifica de todo pecado


Sábado - 1Rs 8.46
Não há quem não peque

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Tiago 4.17; 5.1-6.

Tiago 4
17 - Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.

Tiago 5
1 - Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir.
2 - As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça.
3 - O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.
4 - Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos.
5 - Deliciosamente, vivestes sobre a terra, e vos deleitastes, e cevastes o vosso coração, como num dia de matança.
6 - Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.

INTERAÇÃO

Professor, na lição de hoje estudaremos a respeito dos pecados de omissão e opressão. Também veremos a exortação de Tiago em relação ao julgamento dos ricos impiedosos. O meio-irmão do Senhor adverte os ricos, não pela posse de bens materiais, mais porque estes não eram bons mordomos dos seus bens. Segundo Tiago, estes ricos exploravam os pobres (Tg 2.5,6). Atitude esta que Deus abomina. O Senhor deseja que venhamos utilizar nossos recursos para ajudar as pessoas necessitadas, não somente para o nosso deleite e prazer. Que possamos utilizar nossos bens para promover o Evangelho e ajudar as pessoas, pois “a fé sem obras é morta”. Tiago mostra que os ricos estavam tão absortos em seus deleites que nem se deram conta do juízo divino e da desgraça que se abateu sobre eles: “As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça” (5.2). Que venhamos utilizar nossos bens com sabedoria.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        Conscientizar-se dos perigos do pecado de omissão.
·        Mostrar que adquirir bens à custa da exploração alheia é pecado.
·        Saber que Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza o quadro abaixo para os alunos. Utilize-o para mostrar como a Palavra de Deus identifica a riqueza. Enfatize que a riqueza não é e jamais será um sinal de fé ou do favor divino. Explique que Jesus fez duras críticas àqueles que amam os bens materiais. O Mestre declarou: “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas” (Lc 18.24).


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Pecado de comissão: Realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus.

Nesta lição, estudaremos a contundente reprimenda da Palavra de Deus à opressão dos ricos contra os pobres. A denúncia de Tiago é semelhante a dos profetas do Antigo Testamento: de Isaías, de Ezequiel, de Amós, de Miqueias e de Zacarias (Is 3.14,15; 58.7; Ez 16.49; Am 4.1; 5.11,12; 8.4-8; Mq 6.12; Zc 7.10) contra os senhores que oprimiam os pobres. É importante refletirmos sobre este assunto, pois alguns pensam que as advertências dos santos profetas ficaram restritas à época da Lei (Lv 25.35; Dt 15.1-4,7,8). Entretanto, o mesmo tema é alvo do ensinamento do próprio Senhor Jesus (Lc 6.24,25). Igualmente, o livro de Atos nos informa que a Igreja do primeiro século cuidava dos pobres (At 2.42-45). Isso significa que o tema abordado nesta lição é atual e urgente.

I. O PECADO DE OMISSÃO (Tg 4.17)

1. A realidade do pecado. Um dia o homem resolveu voluntariamente desobedecer a Deus (Gn 3.1-24). O pecado, então, tornou-se uma realidade fatal. A partir dessa atitude rebelde, todas as relações dos seres humanos entre si, com o Criador e com a criação, foram distorcidas (Rm 1.18-32). Assim, a humanidade e a criação sofrem e gemem como vítimas da vaidade humana (Rm 8.19-22). Não somos capazes de, por nós mesmos, vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda essa grave realidade pode ser superada, pois o Pai enviou o seu Filho para que morresse por nós e, assim, resgatasse-nos da miséria do pecado (Rm 8.3; Hb 10.1-39).
2. O pecado de comissão (Gn 3.17-19). A partir da realidade do pecado algumas formas de pecados podem ser verificadas nas Escrituras. Uma delas é o pecado de comissão, ou seja, realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus. Os nossos pais, Adão e Eva, foram proibidos de comer do fruto da árvore do bem e do mal. Entretanto, ainda assim dela comeram. Realizar conscientemente o que Deus de antemão condenou é um atentado a sua santidade e justiça (Sl 106.6).
3. O pecado de omissão (Tg 4.17). Outra forma muito comum é o pecado de omissão. Essa forma de transgredir as leis divinas, muitas vezes, é ignorada entre o povo de Deus. Porém, as consequências do seu julgamento não serão menores diante do Altíssimo (Mt 25.31-46). Não é apenas deixando de obedecer a lei expressa de Deus que incorremos em pecado, mas de igual modo, quando omitimo-nos de fazer o bem, pecamos contra Deus e a sua justiça (Lc 10.25-37; Jo 15.22,24).


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Deus é santo e abomina tanto o pecado de comissão como o de omissão.


II. O PECADO DE ADQUIRIR BENS ÀS CUSTAS DA EXPLORAÇÃO ALHEIA (Tg 5.1-3)

1. O julgamento divino sobre os comerciantes ricos (v.1). Não é a primeira vez que Tiago menciona os ricos em sua epístola (Tg 1.9-11; 2.2-6). Entretanto, aqui há uma particularidade. Enquanto nos outros textos o meio-irmão do Senhor faz advertências ou denúncias contra os ricos, o quinto capítulo apresenta o juízo divino contra eles. Da forma em que o texto da epístola está construído, percebemos que não há indício algum de que a sentença divina é exclusiva para os que conhecem a Deus, deixando “os ricos ignorantes” de fora do juízo divino. O alvo aqui são todos os ricos, crentes ou descrentes, que conduzem os seus negócios de maneira desonesta e opressora contra os menos favorecidos.
2. O mal que virá (v.2). De modo geral, onde se encontra a confiança dos ricos? A Bíblia afirma que a confiança dos ricos está amparada nos bens que possuem (Pv 10.15; 18.11; 28.11). Não atentando para a brevidade da vida e a transitoriedade dos bens materiais, eles orgulham-se e confiam na quantidade de bens que possuem (Jr 9.23; 1Tm 6.9,17). Tiago diz que as riquezas dos ricos desonestos e arrogantes estão apodrecidas e as suas roupas comidas pela traça, isto é, brevemente elas se mostrarão ineficazes para garantir-lhes o futuro. Os ricos opressores terão uma triste surpresa em suas vidas!
3. A corrosão das riquezas e o juízo divino (v.3). Jesus de Nazaré falou do mesmo assunto no Sermão da Montanha, ao advertir que “não [devemos ajuntar] tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt 6.19). Sabemos que nos dias atuais, muitos ignoram esta admoestação do Senhor, dizendo que não é bem isso que Ele quis dizer. Ora, então do que se tratava o assunto do nosso Senhor, senão do perigo de se acumular bens neste mundo? A arrogância demonstrada pelo rico insensato revela esse desvario do nosso tempo (Lc 12.15-21). Olhando para os dois textos citados, tanto o de Mateus quanto o de Lucas, é impossível não atentarmos para essas duas perspectivas: a denúncia para o mal da riqueza e a revelação profética do juízo divino contra a confiança nela (Ap 3.17; 6.15; 13.16).


SINOPSE DO TÓPICO (II)

A Palavra de Deus condena àqueles que adquirirem riquezas às custa da exploração dos pobres e necessitados.


III. O ESCASSO SALÁRIO DOS TRABALHADORES “CLAMA” A DEUS (Tg 5.4-6)

1. O clamor do salário dos trabalhadores (v.4). O Evangelho alcança pessoas de todos os tipos e classes sociais. Muitos que constituem a classe alta econômica de nossa nação têm crido em Cristo. Outros filhos do nosso meio têm emergido e alcançado altos patamares econômicos. De funcionários, tornaram-se patrões, juízes, políticos, etc. Por isso, é preciso advertir que a Bíblia tem conselhos divinos claros para a ética do homem cristão que se tornou rico ou do rico que se tornou cristão. Neste quarto versículo, com tons graves, o líder da igreja de Jerusalém levanta-se como um profeta veterotestamentário bradando contra a injustiça social (Jr 22.13; Ml 3.5). Para tal exercício, Tiago evoca a Lei, isto é, utiliza a Escritura do primeiro testamento para fundamentar a sua redação epistolar (Dt 24.14,15). O meio-irmão do Senhor adverte que o Todo-Poderoso certamente se levantará contra toda a sorte de opressão e injustiça!
2. A regalia dos ricos que não temem a Deus cessará (v.5). O versículo cinco lembra a denúncia proferida por Jesus em Lucas 16.19-31, quando o Senhor fala acerca do mendigo Lázaro e do rico opressor: uma vida regalada que não se importava com o futuro e com o próximo, vivendo festejos como se o fim nunca fosse chegar. Deleitando-se em suas riquezas, mal pensava o rico que entesourava para si juízos de Deus.
3. O pobre não resiste à opressão do rico (v.6). Há severas condenações no Antigo Testamento contra a opressão dos menos favorecidos (Êx 23.6; Dt 24.17). O fato de essa advertência aparecer em o Novo Testamento indica a gravidade dessa atitude (1Tm 6.17-19). Muitos podem se perguntar por que a Bíblia é tão dura contra os ricos injustos. Uma vez que eles estão economicamente bem posicionados, o pobre, ou “justo”, sucumbe à sua opressão, restando a eles apenas Deus para defendê-los. Assim, mesmo que o pecado de opressão continue sendo consumado, entendemos biblicamente que o Senhor dos Exércitos continua a ouvir o clamor dos pobres!


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Deus ouve o clamor dos trabalhadores injustiçados. Ele é justo e não aceita nenhuma forma de opressão e injustiça.


CONCLUSÃO

As advertências de Tiago são relevantes e oportunas para os nossos dias. Quanto engano tem sido cometido por ensinamentos deturpados em nome de uma suposta prosperidade. Tal teologia tem levado muitas pessoas a tornarem-se materialistas. Tiago nos exorta a demonstrarmos uma fé verdadeira, não apenas de palavras, mas principalmente em obras (Tg 2.14-26). De igual maneira, conforme a lição de hoje, o nosso desafio é vivermos um estilo de vida segundo o Evangelho, onde a simplicidade, a modéstia e o contentamento devem ser as suas marcas.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS

1. O que é o pecado de comissão?
R. É realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus.

2. O que é o pecado de omissão?
R. Quando omitimo-nos de fazer o bem.

3. O que Tiago apresenta no quinto capítulo?
R. O quinto capítulo apresenta o juízo divino contra os ricos opressores.

4. De modo gerai, onde se encontra a confiança dos ricos?
R. Nos seus bens materiais.

5. Cite uma referência bíblica no Antigo Testamento e uma em o Novo que mostram as severas condenações contra a opressão dos menos favorecidos.
R. Êxodo 23.6 e 1 Timóteo 6.17-19.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Biblíológico

“Por que contra o rico? (5.1-6)
Em Jerusalém, eram poucas as pessoas da classe alta que se mostravam sensíveis ao Evangelho. Enquanto crescia a perseguição contra a igreja primitiva, muitos crentes perderam sua fonte de subsistência e passaram a ser explorados pelos poderosos. As investidas de Tiago contra os ricos são: 1) eles anseiam aumentar a riqueza com o sofrimento dos outros; 2) defraudam seus empregados; 3) vivem de maneira extravagante, e amam a boa vida; e, 4) matam os justos.
Temos condições de ser pacientes até mesmo quando provocados pela avidez dos exploradores da riqueza. Pois, sabemos que Cristo, o Juiz, está às portas (Tg 5.7-9)” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 9ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.875).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“Riqueza
A Bíblia Sagrada traz muitas advertências para que não depositemos a nossa confiança nas riquezas materiais (Sl 49.6,7). Também não podemos colocar o nosso coração nas riquezas.
Tiago deixou registradas fortes palavras de advertência aos ricos (Tg 5.1), que também servem, sem dúvida, para os ricos de todas as épocas. Estes, a quem Tiago se referiu, não foram julgados por serem ricos, mas porque haviam feito um mau uso de suas riquezas. Os cristãos também podem fazer um mau uso da riqueza que possuem, seja ela pequena ou grande. Eles também podem, sem dúvida, como vários crentes nos dias de Tiago, invejar aqueles que possuem riquezas. A inveja é um pecado tão grande quanto o mau uso da riqueza. É também muito importante que os meios utilizados para se alcançar a riqueza sejam adequados. Evidentemente, aqueles a quem Tiago se dirige em 5.1 haviam enriquecido às custas da exploração dos trabalhadores” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1680).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Os Pecados de omissão e de opressão

O amor cristão deve se manifestar em todo e qualquer ambiente que demanda o relacionamento humano. Principalmente nos círculos cristãos. Naturalmente, o amor de Cristo, não é nem pode ser um amor de viés obrigatório, pois amor compelido não é amor verdadeiro. O amor demonstrado por Jesus nos designa a ser um e somente um corpo com Ele. Por isso podemos destacar alguns desdobramentos do amor na relação profissional entre funcionário e patrão.
Enquanto funcionários de uma empresa, nossa real motivação deve ser a do respeito, pois somos chamados a viver numa dimensão de serviço a Deus, mas também aos homens. De sorte, não há como honrar a Deus se a minha dimensão relacional com os homens de autoridade está confusa ou quebrada. É impossível viver um dualismo entre “servir a Deus” e “não servir o próximo”.
O discípulo de Jesus é convidado a fazer o bem e a se aperfeiçoar naquilo que faz, não somente por causa do patrão, mas acima de tudo por Cristo. E aí que se revela a própria realização humana, pois patrão e funcionário têm um mesmo Senhor! Não há favoritismo de Deus nessa relação. O mesmo Senhor que auxilia o patrão é o mesmo que auxilia o funcionário. NEle, ambos são irmãos.
Prezado professor, trabalhe estas questões com a classe perguntando o seguinte: Se você é patrão o que pensar sobre o que a Palavra diz a respeito da tua relação com o teu funcionário? E você que é funcionário, como enxergar esta relação com o teu patrão? Certa feita o nosso Senhor disse que o mais forte subjugava o mais fraco no mundo gentílico, e isso, era perfeitamente normal. Mas entre nós, não! Entre os cristãos, o amor mútuo dos irmãos é o que deve sobrepujar. Cada qual exercerá o seu próprio papel, seja na função de patrão ou na de funcionário.
Ambos não podem esquecer: “Sujeitai-vos um ao outro em amor” a qualquer tempo e em qualquer dimensão profissional, seja ou não cristã. Professor lembre a classe de que o que Tiago está condenando em sua epístola é a injustiça, a exploração econômica e toda sorte de males que os ricos deste mundo, crentes ou não, poderiam evitar se assumissem a consciência “de ter fome e sede de justiça” que emana do Evangelho.

AUXÍLIOS COMPLEMENTARES

Elaboração: Escriba Digital

INTRODUÇÃO

Palavras Chave
Pecado de comissão: Fazer aquilo que a Bíblia diz que não devemos fazer; prática do mal.

O autor da lição inicia seu estudo mostrando que ninguém pode refugiar-se na desculpa de que não tenha feito nada de absolutamente errado; como a Escritura deixa bem claro, os pecados de omissão são tão reais e graves como os de comissão.
No capítulo cinco parece que Tiago não critica os ricos simplesmente por serem ricos. Aqui há a suposição de que este acumulou sua fortuna desonestamente e gastou consigo só. Riqueza pode ser bênção ou pode ser uma grande maldição. Depende de como ela é adquirida e administrada.
Alguém disse que há quatro classes de pessoas em termos de posses:
1. Aquelas que são ricas em coisas materiais e pobres nas coisas de Deus.
2. Aquelas que são pobres neste mundo e ricas para com Deus.
3. Aquelas que são pobres neste mundo e no próximo.
4. Aquelas que têm uma quantidade considerável de bens materiais e por saberem como aplicar, também são ricas no mundo vindouro. Mas essas pessoas não são numerosas.
Em Tiago 5.1-6, o Espírito Santo parece enfatizar duas verdades importantes: 1) O texto mostra que há falta de importância em bens materiais. Ao contrário da crença popular, o dinheiro não compra felicidade; 2) Mostra a depravação da alma que coloca toda a sua confiança nos bens materiais, ao invés de confiar apenas em Deus. No mundo materialista em que vivemos, é um alerta correto.

I. O PECADO DE OMISSÃO (Tg 4.17)

1. A realidade do pecado. As Escrituras declaram, a observação descobre e a experiência humana comprova que o pecado é um fato inconteste. O pecado é um vírus que atingiu toda a raça humana. É uma chaga universal. E um tormento coletivo. Somente Jesus pode libertar o homem de seus funestos efeitos. O pecado é uma realidade que leva o homem à prática do mal e como consequência gera a opressão, a luta, a guerra, o sofrimento e por fim a morte.
Negar a existência do pecado é negar por extensão a veracidade da Escritura. Ela, no seu escopo geral, afirma do princípio ao fim que o pecado existe. O pecado é qualquer transgressão contra a vontade revelada de Deus. Para quem tem olhos para ver, o pecado está manifesto por toda parte. Realmente deve estar com visão enfraquecida quem não vê as operações arruinantes, maléficas, torcidas, brutais e bestiais do pecado, no mundo em geral e na vida humana. E além disso, após pecar contra Deus, o homem tornou-se sensível ao pecado. Quando o homem peca por qualquer razão ou motivo, ele sente o remorso da consciência, devido ao mal praticado e, em alguns casos, sofre as consequências da ação praticada contra Deus ou contra a sociedade. O homem é dotado de uma consciência sensível. O animal não possui esta consciência com sensibilidade de culpa. O homem quando comete um crime (peca), sua tendência é fugir do local e ocultar qualquer prova de seu delito. O animal não. Ele comete um ato errado, mas permanece no local como se nada tivesse acontecido (1Rs 13.24,28). A besta não tem traço algum de consciência de Deus; não tem, portanto, natureza religiosa. Para ela não há sensibilidade do pecado nem o peso da consciência. Quando o homem peca, através de sua consciência, ele sente em sua alma ou em seu sistema psicossomático o peso do pecado (Nm 32.23). Se o pecado não fosse uma realidade, jamais isso seria possível de acontecer. Também presenciamos a realidade de morte, que entrou no mundo por causa do pecado. ”Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens; por isso que todos pecaram” (Rm 5.12).
2. O pecado de comissão (Gn 3.17-19). Que é o pecado? Pecado é transgredir a lei de Deus. A Bíblia diz em 1 João 3.4 “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei” (NVI). A Bíblia diz em 1 João 5.17 “Toda a iniquidade é pecado”.
O que é a lei de Deus? São os ensinos de Sua Palavra registrados na Bíblia, a fim de nos levar a uma vida sem pecado.
O pecado de comissão começa dentro de nós. A Bíblia diz em Marcos 7.20-23 “Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”.
O pecado de comissão é um ato, palavra ou desejo contrário à lei eterna. Isto significa que o pecado de comissão é um ato humano, já que requer o concurso da liberdade, e se expressa em atos externos, palavras ou atos internos. Além do mais, este ato humano é mau, isto é, opõe-se à lei eterna de Deus, que é a primeira e suprema regra moral, fundamento das demais. De modo mais geral, pode-se dizer que o pecado é qualquer ato humano oposto à norma moral, isto é, à reta razão iluminada pela fé. Trata-se, portanto, de uma tomada de posição negativa com respeito a Deus e, em contraste, um amor desordenado a nós mesmos. Esse foi o grande motivo da queda de nossos primeiros pais.
Antes de sermos salvos não sentíamos o prejuízo desse pecado. Tudo o que sentíamos era o pequeno remorso dos muitos pecados. Mesmo depois que nos tornamos cristãos, o que nos entristecia eram os nossos muitos pecados, não o pecado em si. Apesar de salvos agora, ainda podemos cair no pecado de comissão como mentir ou perder a calma, ter ciúmes e ser orgulhosos, ou sermos inadvertidamente relaxados com os pertences alheios. Portanto, esses pecados individuais nos aborrecem. Que devemos fazer? Chegar diante de Deus e pedir perdão por esses itens um a um. Podemos dizer: “Ó Deus, eu agi mal hoje. Pequei novamente. Por favor, perdoe-me” e Ele a pronto a nos perdoar.
3. O pecado de omissão (Tg 4.17). As Escrituras Sagradas revelam em alguns textos o pecado de omissão:
1) Lucas 10.30-37: Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o Levita pecaram não fazendo o que eles sabiam ser bom e direito. Eles pecaram não amando o próximo deles.
2) Mateus 25.24-30: O homem que recebeu um talento do seu Senhor sabia de sua responsabilidade. Entretanto, escolheu enterrar o talento, em vez de trabalhar. Assim, ele pecou contra o seu Senhor e foi castigado por isso.
3) Mateus 25.41-46: Jesus adverte muitos serão lançados no fogo eterno porque não fizeram o que era correto com seus irmãos.
Isto nos leva a uma reflexão a respeito daquilo que fazemos e deixamos de fazer, pois a partir do instante que chegamos a essa conclusão, muitas das coisas que não estamos fazendo e a respeito das quais achávamos estar tomando a atitude correta, está nos levando a ser tão pecadores quanto as pessoas que cometem seu erros, pois conhecimento implica em responsabilidade. As pessoas conhecem a vontade de Deus, mas deliberadamente a desobedecem. Nosso pecado torna-se mais grave, mais hipócrita e mais danoso do que o pecado de um incrédulo ou ateu. Mais grave porque pecamos contra um maior conhecimento. Mais hipócrita porque declaramos que cremos, mas desobedecemos. Mais danoso porque os nossos pecados são mestres do pecado dos outros. O apóstolo Pedro diz: “Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado” (2Pe 2.21).
Por que as pessoas que conhecem a vontade de Deus, deliberadamente a desobedecem? Em primeiro lugar, por orgulho. O homem gosta de considerar-se o dono do seu próprio destino, o capitão da sua própria alma. Em segundo lugar, pela ignorância da natureza da vontade de Deus. Muitas pessoas têm medo da vontade de Deus. Pensam que Deus vai fazê-las miseráveis e infelizes. Mas a infelicidade reina onde o homem está fora da vontade de Deus. O lugar mais seguro para uma pessoa estar é no centro da vontade de Deus.
O que acontece àqueles que deliberadamente desobedecem a vontade de Deus? Eles são disciplinados por Deus até se submeterem (Hb 12.5-11). Eles perdem recompensas espirituais (1Co 9.24-27). Finalmente, eles sofrerão consequências sérias na vinda do Senhor (Cl 3.22-25).

II. O PECADO DE ADQUIRIR BENS ÀS CUSTAS DA EXPLORAÇÃO ALHEIA (Tg 5.1-3)

1. O julgamento divino sobre os comerciantes ricos (v.1). Num linguajar mais claro o que Tiago diz é: Se vocês soubessem o que estão fazendo — diz aos ricos — vocês chorariam e uivariam de terror por causa do juízo que vem agora sobre vocês com a chegada do Dia do Senhor. O vívido deste quadro é reforçado pelo uso que Tiago faz do verbo ololuzein, traduzido como uivar. Ololuzein é uma palavra onomatopéica, leva seu significado em seu próprio som, mas significa ainda mais que uivar: é dar alaridos, é ulular. No Antigo Testamento frequentemente aparece para descrever o terrível pânico daqueles sobre quem cai o juízo de Deus (Is 13.6; 14.31; 15.3; 16.7; 23.1,14; 65.14; Am 8.3). Bem poderíamos dizer que este vocábulo descreve aqueles que estão passando pelas torturas da condenação.
“Chorai e pranteai”. Os leitores da epístola são exortados a purificar-se do pecado (“aflijam-se, pranteiem e lamentem” [4.9]) e a arrepender-se. Tiago não dá aos ricos nenhuma esperança de arrependimento, mas diz a eles que “chorem e pranteiem”. O termo chorar, na verdade, significa “gemer”. Ele descreve o som de uma pessoa que está sofrendo grande dor ou tristeza. Qual é, então, a diferença entre chorar de arrependimento e chorar sem arrependimento? João Calvino observa: “O arrependimento tem, de fato, o seu choro, mas este é misto de consolação, não se transforma em gemido”. A vida de luxo dos ricos está prestes a tomar-se uma vida repleta de miséria que inclui sofrimento, a “dor causada por doenças físicas”.
2. O mal que virá (v.2). Tiago começa agora a expor as desventuras a que se referiu no verso anterior. A primeira delas é que as riquezas que os ímpios acumularam zelosamente ao longo da vida estão sendo destruídas (5.2,3). É nesse sentido que Tiago declara: vossas riquezas estão apodrecidas. As riquezas dos ímpios, ajuntadas e entesouradas cuidadosamente, preservadas e protegidas zelosamente, na verdade, do ponto de vista da eternidade e do ponto de vista de Deus, estão apodrecidas, rotas, corroídas. Ou seja, não têm valor algum, pois “as riquezas de nada aproveitam no dia da ira” (Pv 11.4; Pv 10.2). O que dará o homem em troca de sua alma?
Tiago especifica dois tipos de riqueza comuns em seus dias. O primeiro eram as roupas: as vossas roupagens [estão] comidas de traça. Roupas finas eram consideradas como parte das riquezas que uma pessoa tinha. O rico, no Antigo Oriente, era descrito geralmente como alguém que se vestia de forma esplendorosa, com roupas caras, como o rico da história de Lázaro, que “se vestia de púrpura e linho finíssimo” (Lc 16.19). O próprio Tiago, ao descrever a entrada de um rico na Igreja, se refere a ele como alguém com “anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo” (2.2). A realidade, porém, quanto àquelas roupas esplêndidas, é que, aos olhos de Deus, e da perspectiva do juízo, eram como roupas comidas pela traça, praga comum naqueles dias. “Eram roupas caras que vieram como herança de família, mas comidas pela traça. Um quadro muito vívido” (A. T. Robertson). Roupas roídas pela traça são usadas na Escritura como figura do castigo divino sobre a arrogância e a opulência dos ímpios (Ver Sl 39.11; Is 50.9; 51.8; Os 5.12). Sobre esses ricos sobreveio aquilo que disse o Senhor: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam” (Mt 6.19). O segundo tipo de riqueza eram o ouro e a prata, que Tiago menciona no verso seguinte.
3. A corrosão das riquezas e o juízo divino (v.3). Tiago admoesta os ricos, pois estes permitiram que sua riqueza se corrompesse. O verbo, na verdade, significa “decompor-se” e parece aplicar-se a suprimentos de comida. Deus criou a natureza de maneira tal que cada estação de colheita trouxesse um novo suprimento de comida para homens e animais. Os suprimentos, portanto, não deveriam ser acumulados (Lc 12.16-20), pois estavam sujeitos a estragar-se. O que Deus oferece por meio da natureza deve ser usado para o sustento diário de suas criaturas (Mt 6.19). Com uma distribuição adequada desses suprimentos ninguém deveria passar fome, pois a terra abundante de Deus produz alimento suficiente para todos. Os ricos guardam suas vestes caras e, com o tempo, veem que foram destruídas pelas larvas que as devoraram. Um inseto noturno insignificante deposita ovos que se abrem nos trajes de luxo. Esses trajes ficam arruinados e perdem seu valor (Jó 13.28; Is 51.8). “O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram”. É claro que metais preciosos não enferrujam. Portanto, é preciso que expliquemos o verbo enferrujar de modo figurativo, e não literal. O acúmulo de prata e ouro com o simples fim de tê-los não serve para nenhum propósito importante. De certa forma, esses metais são tão inúteis quanto se estivessem enferrujados. Tiago fala da ferrugem para indicar como as posses terrenas não têm valor. Num outro sentido, a corrosão dos metais tem uma conotação negativa. Num tribunal, por exemplo, isso pode ser usado como evidência contra o rico, ou seja, alguém pode acusar o rico de não ser um administrador digno de suas riquezas. Ao invés de ajudar o pobre e ir ao encontro de suas necessidades, essas pessoas ricas acumulam suas riquezas, usando-as para os próprios prazeres egoístas ou não usando para propósito algum. Tiago é um tanto descritivo nas denúncias que faz contra os ricos. Ele diz que “[a ferrugem] comerá como fogo a vossa carne”. O fogo é uma força devastadora; a temperaturas suficientemente altas, ele consome tudo o que estiver no seu caminho. Tiago faz uma alusão ao julgamento de Deus que está para vir sobre eles (ver Dt 24.4; Is 10.16,17; 30.27; Ez 15.7; Am 5.6). Desse julgamento, eles não podem escapar. Em outras palavras, apesar de um dia todos terem que se apresentar diante do trono de julgamento, a ira de Deus pode cair sobre o pecador ainda em vida, de modo que seu corpo físico seja destruído. O rei Herodes, gloriando-se de seu próprio poder e riquezas, experimentou o julgamento imediato de Deus quando “um anjo do Senhor o feriu” (At 12.23 — ARA).

III. O ESCASSO SALÁRIO DOS TRABALHADORES “CLAMA” A DEUS (Tg 5.4-6)

1. O clamor do salário dos trabalhadores (v.4). O rico egoísta obteve sua riqueza mediante a injustiça. A Bíblia sempre insiste em que o trabalhador é digno de seu salário (Lc 10.7; 1Tm 5.18). Na Palestina o trabalhador vivia sempre à beira da própria inanição. Seu salário era muito exíguo e, portanto, resultava-lhe impossível economizar algo. Por isso que se o salário lhe era retido, ainda que fosse um só dia, tanto ele como sua família não poderiam comer, e isto dito literalmente. É por isso que as sensíveis leis da Escritura várias vezes insistem no pago imediato do salário aos operários contratados. “Não oprimirás o jornaleiro pobre e necessitado de teus irmãos, ou de teus estrangeiros, que estão, na tua terra e nas tuas portas. No seu dia lhe darás o seu jornal, e o sol se não porá sobre isso: porquanto pobre é, e sua alma se atém a isso: para que não clame contra ti ao Senhor, e haja em ti pecado” (Dt 24.14,15); “A paga do jornaleiro não ficará contigo até à manhã” (Lv 19.13); “Não digas ao teu próximo: Vai e volta amanhã; então, to darei, se o tens agora contigo” (Pv 3.27-28 — ARA). “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça e os seus aposentos, sem direito! Que se vale do serviço do seu próximo, sem paga, e não lhe dá o salário” (Jr 22.13 — ARA). Os que “defraudam o salário do jornaleiro” estão sob a condenação de Deus (Ml 3.5 — ARA). A lei da Bíblia é nada menos que o contrato do jornaleiro. A preocupação social da Bíblia se expressa por igual nos preceitos da Lei, nas palavras dos profetas e no pensamento dos sábios. Diz-se que o clamor dos trabalhadores defraudados chegou aos ouvidos do Senhor dos Exércitos, e estes exércitos são as hostes do céu, as estrelas e as potências celestiais. O ensino consequente da Bíblia nos assegura que o Senhor do universo, que mantém as estrelas em sua mão e que ordena aos anjos, preocupa-se com os direitos do trabalhador.
2. A regalia dos ricos que não temem a Deus cessará (v.5). Apesar da fome e da miséria que campeiam ao seu redor, o rico avarento, não temente a Deus, deliciosamente vive sobre a terra, a engordar o seu coração com a gordura dos prazeres terrenos. Para ele não importa a existência de pessoas as quais falta o mínimo para sua subsistência. Se ele possui o bastante e de sobra, não importa quem não possui nada. Ou seja, além de roubar dos pobres, os ricos são condenados também por viverem regaladamente . Eles vivem em extravagante conforto, com o dinheiro que eles roubaram dos pobres famintos. Os ricos viviam além das fronteiras do conforto, eles viviam no território dos vícios, onde nunca negavam a si mesmos qualquer prazer. Em segundo lugar, os ricos estavam cada vez mais opulentos controlando as coortes (5.6a). A regra de ouro do mundo é que aqueles que têm o ouro é que fazem as regras. Os ricos se fortalecem porque compram as sentenças, subornam os tribunais e assim oprimem ainda mais os pobres que não podem oferecer resistência. Tiago chama a vítima de “o justo”. Os ricos roubam-lhe os bens, negam-lhe os direitos, abafam-lhe a voz. Os ricos compram os tribunais, torcem as leis, violam a justiça, oprimem os fracos e fecham-lhes a porta da esperança.
3. O pobre não resiste à opressão do rico (v.6). Como entender o termo “matastes o justo”? Podemos interpretá-lo literalmente ou figurativamente. Aqueles ricos que talvez tenham arrastado os pobres aos tribunais agora são culpados de homicídio. Direta ou indiretamente eles mataram um ser humano que era incapaz de se defender.
Também podemos entender a palavra metaforicamente. Um homem rico que deixa de pagar o salário de um trabalhador, por exemplo, está privando-o de seu ganha-pão e, assim, indiretamente, comete um ato de homicídio. No século segundo antes de Cristo, Josué bem Sira disse: “oferecer em sacrifício o produto da injustiça é uma oferta defeituosa, e os dons dos que violam a Lei não poderão ser bem aceitos”.
Ao considerarmos os dois verbos, condenar e assassinar, em conjunto, podemos compreender que o texto afirma que os ricos tinham ido ao tribunal e usado sua riqueza para subverter a justiça. Estavam determinados a livrar-se do pobre, mesmo que este fosse reto e não tivesse feito oposição aos ricos. Com a lei do seu lado, haviam cometido homicídio. Os detalhes exatos de tempo, lugar e circunstâncias não são revelados por Tiago. Ele está interessado apenas no fato de que os ricos mataram homens inocentes.
Os ricos se fortalecem porque compram as sentenças, subornam os tribunais e assim oprimem ainda mais os pobres que não podem oferecer resistência. Tiago chama a vítima de “o justo”. Os ricos roubam-lhe os bens, negam-lhe os direitos, abafam-lhe a voz. Os ricos compram os tribunais, torcem as leis, violam a justiça, oprimem os fracos e fecham-lhes a porta da esperança. Os pobres não tinham como resistir os ricos. Eles controlavam as próprias cortes. Eles só podiam apelar para Deus, o justo juiz.

CONCLUSÃO

A procura de uma vida luxuosa, egoísta e despreocupada com as necessidades dos outros é condenada por Deus e aponta o seu aborrecimento. Deus já tinha condenado a fraude e consequentemente a retenção dos salários. Agora temos a condenação de pecados específicos, fruto de uma opressão econômica e fraudulenta.
Lendo esta passagem, pode ser que você diga: “Ainda bem que eu não sou rico, isto não é comigo!” Será que não? Como podemos classificar quem são os ricos aqui? Talvez você não tenha tanto dinheiro quanto gostaria de ter. Ou talvez não seja tão rico quanto o Sílvio Santos. Mas pense que assim como existem homens muito mais ricos do que ele, existem também muito mais pobres que você. Dependendo da perspectiva, você é rico sim, então esta palavra é para você. Não há nada de errado em ser rico, e não é contra isso que esta passagem trata, mas há uma linha tênue quando se trata de finanças, pois elas revelam muito sobre o nosso coração: nossa atitude com finanças rege nosso coração, ou seja, nossa atitude com o dinheiro tem poder de desqualificar nossa fé em Deus.

     Lições Bíblicas CPAD

Jovens e Adultos



3º Trimestre de 2014


Título: Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva


Lição 13: A atualidade dos últimos conselhos de Tiago
Data: 28 de Setembro de 2014

TEXTO ÁUREO


Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16).

VERDADE PRÁTICA


Se vivermos os princípios da Epístola de Tiago teremos uma vida cristã que agradará ao nosso Deus.

HINOS SUGERIDOS


231, 299, 378.

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Tg 5.7,8
Pacientes até a vinda do Senhor


Terça - Tg 5.9
Não nos acusemos mutuamente


Quarta - Tg 5.10,11
O exemplo da paciência de Jó


Quinta - Tg 5.12
Ninguém seja falso


Sexta - Tg 5.13-16
A oração da fé


Sábado - Tg 5.17,18
O exemplo da oração de Elias

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Tiago 5.7-20.

7 - Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.
8 - Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima.
9 - Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.
10 - Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
11 - Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
12 - Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.
13 - Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
14 - Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;
15 - e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 - Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
17 - Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
18 - E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.
19 - Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,
20 - saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.

INTERAÇÃO


Professor, chegamos ao final da série de lições a respeito da Epistola de Tiago. O meio-irmão do Senhor Jesus dá inicio a sua carta trazendo aos crentes uma palavra de encorajamento, pois ao que tudo indica, eles estavam sendo duramente provados (1.2,3). Sabemos que as provações não são para nos abater, mas para nos lapidar, fortalecer e amadurecer. Tiago finda sua carta, também com uma consolação. Ele fala a respeito da paciência em meio às aflições e cita Jó como exemplo de vida e paciência (5.11). Este servo de Deus, depois de experimentar terríveis sofrimentos, recebe do Todo-Poderoso a sua vitória. Tiago lembra aos irmãos que Jesus em breve voltará e que toda tribulação terá o seu fim, pois desfrutaremos da misericórdia e bondade de Deus para todo o sempre.

OBJETIVOS


Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        Compreender o valor da paciência e da proibição de juramento.
·        Saber a respeito do real significado da unção dos enfermos.
·        Conscientizar-se da importância da conversão de um irmão.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, chegamos ao final do estudo da Epístola de Tiago. Para esta última aula, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo no quadro. Utilize-o para fazer um resumo geral dos últimos conselhos de Tiago.

CAPÍTULO 5

   •    O mau uso dos bens materiais (5.1-6);
   •    Paciência e constância nas provações até a volta de Jesus (5.7-11);
   •    Não ao juramento (5.12);
   •    A oração e unção em favor dos enfermos (5.13-18);
   •    A restauração dos irmãos que se desviaram (5.19,20).

COMENTÁRIO


INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Conselho: Ensino ou aviso ao que cabe fazer.

Depois de estudarmos os principais assuntos da Epístola de Tiago, nessa última lição do trimestre, chegamos às seções finais da carta (vv.7-20). Nessa ocasião, analisaremos os ensinos práticos e atuais que o meio-irmão do Senhor escreveu para os seus leitores. São conselhos bíblicos práticos, perenes e necessários ao nosso relacionamento com Deus e a uma boa convivência na igreja local bem como em sociedade.

I. O VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5.7-12)

1. O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8). No versículo sete Tiago evoca uma imagem agrícola para exemplificar o valor da paciência e da perseverança. Tal imagem é comum aos destinatários de sua época. O líder da Igreja em Jerusalém nos ensina que tanto a paciência quanto a perseverança são valores que devem ser cultivados, não em alguns momentos, mas durante a vida toda. A fim de vencermos as dificuldades, privações, inquietações e sofrimentos da existência terrena, precisaremos da paciência e da perseverança. Essas características também estão relacionadas à nossa esperança na vinda do Senhor. Sejamos pacientes e perseverantes em aguardá-la, pois ela, conforme nos diz as Escrituras, está próxima (Fp 4.5; Hb 10.25,37; 1Jo 2.18; Ap 22.10,12,20).
2. O valor da tolerância de uns para com os outros (v.9). Mais uma vez a Palavra do Senhor reitera o cuidado com a língua, pois se não soubermos usá-la acabaremos por cometer falsos julgamentos contra as pessoas. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O Juiz está às portas! Ele sim julgará com retidão e, justamente por isso, não podemos nos ocupar emitindo opiniões e comentários falsos contra quaisquer pessoas, quer sejam estas parte da igreja, quer não.
3. Aflição, sofrimento e juramento (vv.10-12). O ensino desses três versículos, primeiramente, alude à aflição e a paciência dos profetas que falaram em nome do Senhor. De igual modo, posteriormente, trata da paciência de Jó e o fim que o Senhor lhe concedeu após tamanha aflição e sofrimento (Ez 14.14,20; Hb 11.23-38). Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos personagens do Antigo Testamento. Ao experimentar as aflições, eles sabiam que assim como Deus concedera graça a Jó (Jó 42.10-17), da mesma forma daria a eles. No versículo doze, após o exemplo do poder de Deus em relação aos seus servos, os profetas e Jó, Tiago admoesta-nos a que não caiamos no erro de jurar pelo céu ou pela terra. Nossas palavras não são poderosas para garantir o juramento. Não! Tudo depende de Deus e da sua vontade. Tiago nos ensina que não devemos fazer tais juramentos, pois a palavra do discípulo de Jesus deve se resumir ao sim ou ao não (Mt 5.33-37). Isto deve ser suficiente!


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Como cristãos devemos cultivar a paciência e a perseverança até a volta de Jesus.


II. A UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU A ELIAS (Tg 5.13-18)

1. Oração e cânticos (Tg 5.13). Diante das adversidades, ou nos períodos de bonança, a Bíblia nos recomenda a adorar a Deus. Se estivermos tristes e angustiados, devemos buscar o Senhor em oração; se estivermos alegres, devemos cantar louvores a Deus. Em ambas as situações, Deus deve ser adorado! Como é bom sermos acolhidos pelo Senhor. Se tivermos de chorar, choremos na presença dEle; se tivermos de cantar, entoemos louvores diante dEle. Dessa maneira, seremos maravilhosamente consolados pelo Criador.
2. A oração da fé (vv. 14,15). A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de respeito que os crentes tinham com esses ministros. Os presbíteros serviam ao povo de Deus com alegria. Isso também indica que a atitude de ungir o enfermo com o óleo não deve ser banalizada em nosso meio. Hoje, as pessoas ungem bens materiais, bairros e até cidades. Isso é esoterismo! A base bíblica em o Novo Testamento fala do acolhimento ao enfermo para que ele seja curado. É a “oração da fé” que, além de curar o doente, faz com que ele sinta igualmente o perdão dos seus pecados.
3. Oração e confissão (v.16-18). Esse é um texto maravilhoso, mas infelizmente, desprezado por muitos. Ele rechaça a “confissão entre os irmãos”. É um incentivo a koinonia, ou seja, à união e ao amor fraternal entre os salvos. Como todos somos pecadores, em vez de acusarmo-nos uns aos outros, devemos realizar confissões públicas para ajudarmo-nos mutuamente. Uma vez confessada a nossa culpa e tendo orado uns pelos outros, seremos sarados. Tiago lança ainda mão do conhecido profeta Elias, para mostrar que até mesmo um homem como ele, que foi usado poderosamente por Deus, era igual a nós e sujeito às mesmas paixões. Todavia, o profeta orou e Deus ouviu o seu clamor. De fato, a oração de um justo pode muito em seus efeitos.


SINOPSE DO TÓPICO (II)

Precisamos acolher os enfermos com nossas interseções e orações.


III. A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5.19,20)

1. O cuidado de uns para com os outros (v.19). Nos versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada como literalmente retornar à verdade original da qual alguém um dia se afastou. A mensagem é bem clara: só podemos alcançar quem se desviou da verdade se formos em busca de tal pessoa. Para ir precisamos exercer um cuidado especial e amoroso de uns para com os outros (Fp 2.4).
2. A proximidade do ensino de Tiago com o de Jesus. É importante ressaltarmos que o ensino da Epístola de Tiago encontra-se em plena harmonia com o Evangelho de Jesus (Mc 12.30,31). Com muita clareza percebemos que o fio condutor que perpassa toda a epístola é justamente o da Lei do Amor: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração” e o “o teu próximo como a ti mesmo”.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

Precisamos buscar aqueles que se desviaram e cuidar destes para que se reconciliem com o Senhor e sejam restaurados.


CONCLUSÃO

Chegamos ao fim do estudo panorâmico e conciso da Epístola de Tiago. Que cada professor e, igualmente cada aluno, não importando a idade, cresça mais e mais em Cristo, para a glória e o louvor de Deus Pai. O nosso desejo é que a Igreja do Senhor cresça diariamente no temor de Deus, em sua santidade, demonstrando a fé em Cristo Jesus através das boas obras, pois esta é a vontade do nosso Pai (Tg 1.22,23,25).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ARRINGTON, French L.; STRONSTD (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 2. 4ª Edição. RJ, CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS


1. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do quê?
R. No versículo nove, Tiago adverte-nos acerca do dia do juízo divino. O Juiz está às portas!

2. Como se sentiam os crentes a quem Tiago escreveu?
R. Os crentes a quem Tiago escreveu sentiam-se orgulhosos por ser comparados aos personagens do Antigo Testamento.

3. Diante das adversidades, ou nos períodos de bonança, o que a Bíblia nos recomenda?
R. A Bíblia nos recomenda adorar a Deus.

4. O que denota a orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite?
R. A orientação de se chamar os presbíteros, ou anciãos da comunidade cristã, para orar por um enfermo e ungi-lo com azeite, denota a ideia de respeito que os crentes tinham com esses ministros.

5. Como a conversão é ilustrada nos versículos finais da Epístola de Tiago?
R. Nos versículos finais da epístola, a conversão é ilustrada como literalmente retornar à verdade original da qual alguém um dia se afastou.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Bibliológico

“A paciência de Jó (5.10,11)
Esses versos marcam a transição dos ensinamentos de Tiago sobre a nossa responsabilidade por aqueles que estão fora da comunidade da Igreja, para com os que estão dentro dela, à luz do julgamento de Deus. Faz essa transição através de dois exemplos que os crentes devem seguir; ‘os profetas que falaram em nome do Senhor’ (v.10) e a fidelidade de Jó em suas adversidades (v.11). Nos dois exemplos, o ponto que Tiago deseja enfatizar é que devemos considerar aqueles que perseveram como abençoados. Por saberem que ‘o Senhor é muito misericordioso e piedoso’, Jó e os profetas foram pacientes frente às aflições que sofreram.
Os crentes precisam imitar o exemplo da perseverança de Jó sem se ‘desviarem da verdade’ (5.19) de que Deus é a imutável fonte de ‘toda boa dádiva e de todo dom perfeito’ (1.17). Precisam imitar o exemplo dos profetas falando ‘em nome do Senhor’, isto é, usando de seu discurso para mostrar a divina ‘misericórdia e piedade’ (v.11) para que possamos trazer de volta aqueles que se desviaram da verdade por atos pecaminosos ou por terem acusados a Deus por suas dificuldades (1.13). Aqueles que assim fizerem serão abençoados com a vida eterna e com o perdão de seus pecados (5.20)” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.)Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.1687).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II


Subsídio Bibliológico

“Cobrindo uma Multidão de Pecados (5.19,20)
Tiago conclui sua carta encorajando-nos a fazer, por nossos semelhantes, o mesmo que ele fez por meio de seus escritos ao povo de Deus, ‘às doze tribos que andam dispersas’ (1.1). Se observarmos uma pessoa ‘desviando-se da verdade’, a vontade de Deus é que façamos com que ela volte (v. 19), porque ‘o Espírito que em nós habita tem ciúmes’ (4.5, nota NVI), quando ‘segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade’ (1.18). Dessa forma, nós também nos tornamos ‘servos de Deus e do Senhor Jesus Cristo’ (1.1).
A ‘verdade’, da qual alguns se ‘desviavam’, representa a convicção de Tiago de que Deus é a fonte de ‘toda dádiva e de todo dom perfeito’ (1.17), e de nada que seja mau ou pecaminoso. Para Tiago, esse ‘erro’ teológico (v. 20) tem profundas consequências éticas. Aqueles que creem que Deus é a fonte de todas as coisas ruins em sua vida (1.13) duvidarão que Deus esteja disposto e desejoso de lhes conceder como dádiva generosa, a sabedoria de que necessitam (1.5-8). Seus esforços frustrados de aprender essa sabedoria através das lutas da vida, mostrarão que permanecem ‘inconstantes’, desejosos de agradar a Deus, mas ao mesmo tempo possuidores de uma ‘concupiscência’ que tenta a ‘pecar’ (1.14,15). Tais pessoas não podem ser trazidas de volta para Deus através de palavras de condenação (4.11,12), somente sendo novamente convencidas de sua misericórdia serão capazes de confiar nEle e de ‘receber com mansidão a palavra nela enxertada’” (1.21; cf. 4.7-10) (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds.).Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ, CPAD, 2004, p.1689).

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


A Atualidade dos últimos conselhos de Tiago

Caro professor, mais um trimestre se finda. Nesta oportunidade é hora de fazermos um balanço da nossa atividade de magistério cristão. E necessário que algumas perguntas sejam feitas, tais como: Tenho alcançado os objetivos propostos em cada lição? Os meus alunos têm crescido espiritualmente e como pessoas? Estas, são perguntas que só você pode fazê-las e respondê-las.
O autoexame sincero é fundamental para nortear o nosso árduo trabalho no magistério cristão.
Antes de iniciar a última lição faça uma síntese dos temas tratados ao longo de todo o trimestre. É importante o professor fazer este procedimento para que os alunos percebam o fio condutor da lição trimestral e saibam que cada lição está concatenada desde a primeira até a décima terceira. Escolha os temas que, como professor, você achar mais importante fazendo um sintético comentário sobre eles. Então poderás anunciar o assunto da última lição que é a conclusão da carta de Tiago, destacando os últimos conselhos que servem de auxílios atuais para a vida cristã hoje. E necessário destacar os quatro os conselhos principais expostos na presente seção da carta de Tiago (5.7-20): o valor da paciência; a proibição de juramentos; a unção dos enfermos e a disposição de converter um irmão do erro.
Vale a pena também recordar que no início da epístola o tema da tentação foi evocado por Tiago como um evento que gerava Paciência. Agora a paciência é retomada no capítulo cinco. Aqui, um conselho de Tiago chama atenção: “Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima”. Num tempo marcado pela dor, em que o povo de Deus vive, este conselho do meio-irmão do Senhor continua atual e em plena vigência: “fortalecei o vosso coração”. Mas para quê? Para não se enfraquecer com as ilusões da vida, os escândalos divulgados, sabendo que o tempo que precede a vinda de Cristo é um tempo marcado pela falta de fé e pela falta de esperança em Deus. Por isso, o conselho para sermos pacientes!
Com paciência vamos peregrinando a nossa vida aqui no mundo, amando a Deus e ao próximo. Buscando viver a autenticidade da fé segundo o Evangelho de Cristo. Não abrindo mão da nova aliança estabelecida por Deus a todos os quantos creem no seu Filho.

AUXÍLIOS COMPLEMENTARES


Elaboração: Escriba Digital

INTRODUÇÃO

Palavra Chave
Conselho: Opinião refletida quanto ao que se deve fazer, parecer, advertência, aviso.

Tiago caminha para o fechamento de sua carta. Ele escreve sua conclusão abordando uma série de recomendações úteis à vida do crente, em particular, e da igreja em geral, como era o costume na literatura grega. Ele faz recomendações quanto à paciência, o juramento, a oração, alegria e louvor, doença, unção com óleo e cura, confissão e perdão. Ele encerra tratando da restauração de desviados à comunhão da Igreja. Tiago abre deu coração pastoral e demonstra preocupação com as ovelhas (irmãos) que se desviaram da verdade. Ao fazer isto, nos ensina como devemos agir diante de tal realidade. Que seus conselhos práticos sirvam de edificação para a vida de todos nós.

I. O VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5.7-12)

1. O valor da paciência e da perseverança (vv.7,8). Tiago começa sua carta com uma chamada à perseverança sob as provações (1.2-4). As provas, e não as experiências místicas, são o caminho da santificação e do aperfeiçoamento (1.4). Tiago se volta agora dos ricos para os pobres que estavam sendo oprimidos e dá-lhes uma palavra de encorajamento. Eles devem ser pacientes, sabendo que é a Deus que estão servindo e que de Deus é que vem a recompensa. Os pobres são encorajados a confiar no provedor e não na provisão.
A paciência é uma virtude que poucos têm e muitos procuram. Vivemos numa sociedade que defende a palavra instantâneo. Mas ser paciente, da maneira como Tiago usa a palavra, é muito mais do que esperar passivamente que o tempo passe. Paciência é a arte de suportar alguém cuja conduta é incompatível com a de outros e por vezes opressiva. Uma pessoa paciente acalma uma briga, pois controla sua ira e não busca vingança (comparar com Pv 15.18; 16.32).
O termo longânimo (N.T. — no inglês da época, long suffering) não significa sofrer por um pouco, mas tolerar alguém por um longo tempo. Em outras palavras, paciência é o contrário de ser irascível. Deus demonstra paciência ao ser “tardio em irar-se” quando o ser humano continua a pecar, mesmo depois de muitas admoestações (Êx 34.6; Sl 86.15; Rm 2.4; 9.22; 1Pe 3.20; 2Pe 3.15). O ser humano deve refletir essa virtude divina em sua vida diária.
Tiago sabe que os leitores de sua epístola são incapazes de se defender contra seus opressores. Portanto, ele sugere que exercitem a paciência e deixem a questão nas mãos de Deus, que está vindo para salvá-los. Mesmo que eles pudessem se defender, não deveriam fazer justiça com as próprias mãos. Deus disse: “A mim me pertence a vingança, a retribuição” (Dt 32.35; Rm 12.12; Hb 10.30).
Nesse versículo, ele retrata a espera de um lavrador que aguarda uma colheita abundante, mas deve esperar pacientemente pela chegada das “chuvas de outono e de verão”. O lavrador sabe que tudo cresce de acordo com as estações do ano. Sabe que são precisos muitos dias para que uma planta se desenvolva da germinação até a colheita. Além disso, ele sabe que, sem a quantidade certa de chuva no devido momento, seu trabalho é em vão.
Apesar de a quantidade de chuva em Israel variar, o lavrador sabe que pode contar com as chuvas de outono, começando com algumas tempestades no final de outubro. Então, ele pode plantar as sementes para que estas venham a germinar e aguarda com ansiedade que chova o suficiente em abril e maio, quando os grãos estão amadurecendo e a safra aumenta a cada chuva. Ele depende, portanto, das chuvas de outono e primavera (Dt 11.14; Jr 5.24; Os 6.3; Jl 2.23). Ele é capaz de prever a vinda das chuvas, mas não pode ter certeza quanto à colheita. Ele aguarda em ansiosa expectativa.
Tiago pede aos leitores que sejam pacientes e que se mantenham firmes, “fortalecei os vossos corações”. Eles podem afirmar com segurança que o Senhor vai voltar, mas não sabem quando será. Enquanto esperam, a dúvida e a distração muitas vezes entram em sua vida. Por esse motivo, Tiago aconselha seus leitores a manterem-se firmes no conhecimento de que, em seu devido tempo, o Senhor cumprirá a promessa que fez aos crentes. Ele cai em repetição, mas a lembrança da vinda iminente do Senhor é necessária para que os leitores não se desanimem nas circunstâncias difíceis.
2. O valor da tolerância de uns para com os outros (v.9). À primeira vista, este versículo não tem muita coisa em comum com seu contexto, além de participar numa ênfase na iminência do julgamento. Entretanto, a queixa contra os outros é claramente uma tentação que acompanha a pressão das circunstâncias difíceis. Quão frequentemente nos achamos atirando as frustrações de um dia difícil em cima de nossos amigos íntimos e membros da família! Abster-se de tais tipos de reclamações e queixas pode ser visto como um aspecto da própria paciência: ela é ligada ao “suportando-vos uns aos outros em amor”, em Efésios 4.2, sendo contrastada com a retaliação, em 1 Tessalonicenses 5.14-15. A palavra stenazō, “queixar-se” ou “murmurar”, é geralmente empregada de modo absoluto; apenas aqui no grego bíblico ela tem um objeto (uns dos outros). Aqui, o significado pode ser que os crentes não devem se queixar das dificuldades dos outros, ou que eles não devem acusar os outros, por causa de suas dificuldades. Contudo, é perfeitamente possível que as duas ideias estejam incluídas.
3. Aflição, sofrimento e juramento (vv.10-12). Os profetas nos encorajam ao lembrar que Deus cuida de nós quando sofremos por amor a ele. Muitos profetas tiveram de suportar grandes tribulações e sofrimentos, não apenas nas mãos de incrédulos, mas também de pessoas que se diziam tementes a Deus. Jeremias foi preso como traidor e até lançado em uma cisterna vazia e deixado lá para morrer. Deus o protegeu e alimentou durante todo o terrível cerco a Jerusalém, mesmo que, por vezes, tudo indicasse que o profeta seria morto. Tanto Ezequiel quanto Daniel enfrentaram sua parcela de dificuldades, mas o Senhor os livrou. Mesmo os que não foram libertos e morreram por causa de sua fé receberam a recompensa especial que Deus reserva para os que são fiéis a ele.
É difícil encontrar um exemplo maior de sofrimento do que o de Jó. As circunstâncias estavam contra ele, pois perdeu as riquezas e a saúde. Perdeu os filhos queridos, e a própria esposa opôs-se a ele e sugeriu: “Amaldiçoa a Deus e morre” (Jó 2.9). Seus amigos também se colocaram contra ele, pois o acusaram de ser um hipócrita que merecia o julgamento de Deus. Tudo indicava que Deus também estava contra ele! Quando Jó clamou por respostas para suas perguntas, só recebeu do céu o silêncio. No entanto, Jó perseverou. Satanás havia predito que Jó ficaria impaciente com Deus e abandonaria sua fé, mas não foi o que aconteceu. É verdade que Jó questionou a vontade de Deus, mas não abriu mão de sua fé no Senhor. “Eis que me matará, já não tenho esperança; contudo, defenderei o meu procedimento” (Jó 13.15). Jó estava tão certo das perfeições de Deus que persistiu em sua argumentação com ele, mesmo sem entender o que Deus fazia. Isso é perseverança.
Satanás deseja que fiquemos impacientes com Deus, pois um cristão impaciente é uma arma poderosa nas mãos do diabo. Como vimos em nosso estudo de Tiago 1, a impaciência de Moisés impediu-o de entrar na Terra Prometida; a impaciência de Abraão levou ao nascimento de Ismael, o inimigo do povo de Israel, e a impaciência de Pedro quase o transformou em assassino. Quando Satanás nos ataca, é fácil ficar impacientes, correr na frente de Deus e, como resultado, perder a bênção de Deus.
A exortação em Tiago 5.12 parece deslocada; afinal, o que “fazer juramentos” tem a ver com o problema do sofrimento? Quem já sofreu sabe a resposta: quando passamos por dificuldades, é fácil dizer coisas impensadas e tentar barganhar com Deus. Voltemos a Jó para um exemplo. O patriarca diz: “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21,22).
Por certo, Jó amaldiçoou o dia de seu nascimento (Jó 3.1ss), mas em momento algum amaldiçoou a Deus nem fez algum juramento insensato. Também não tentou barganhar com Deus. Sem dúvida, Tiago está relembrando o ensinamento de Jesus no sermão do monte (Mt 5.34-37). Os judeus tinham o costume de usar uma série de juramentos para cor roborar suas afirmações. Tinham sempre, porém, o cuidado de não colocar o nome de Deus em seus juramentos, a fim de não blasfemar. Assim, juravam pelo céu, pela Terra, por Jerusalém ou até pela própria cabeça! Mas Jesus ensinou que é impossível evitar envolver Deus nesses juramentos. O céu é seu trono, a Terra é o estrado de seus pés e Jerusalém é a “cidade do grande Rei”. Quanto à própria cabeça, de que adianta um juramento desses? “Porque não podes tornar um cabelo branco ou preto” (Mt 5.36) — nem mesmo conservar um cabelo na cabeça por vontade própria. Segundo um princípio fundamental, o caráter do cristão requer poucas palavras. A pessoa que precisa usar palavras demais (inclusive juramentos) para nos convencer tem algo de errado com seu caráter e precisa escorar sua fraqueza com palavras. O verdadeiro cristão que tem integridade só precisa dizer sim ou não para as pessoas acreditarem nele. Jesus adverte que qualquer coisa a mais é proveniente do maligno.

II. A UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU A ELIAS (Tg 5.13-18)

1. Oração e cânticos (Tg 5.13). Tiago destaca três verdades fundamentais nesse versículo: Em primeiro lugar, nos problemas não devemos murmurar, mas orar. O sofrimento aqui é provado por circunstâncias adversas: saúde, finanças, família, relacionamentos, decepções. Em vez de murmurar contra Deus ou falar mal dos irmãos (5.9), devemos apresentar essa causa a Deus em oração, pedindo sabedoria para usar essa situação para a glória de Deus (1.5).
Em segundo lugar, Deus muda as circunstâncias pela oração. A oração remove o sofrimento. Mas também a oração nos dá poder para enfrentar os problemas e usá-los para cumprir os propósitos de Deus. Paulo orou para Deus mudar as circunstâncias da sua vida, mas Deus lhe deu poder para suportar as circunstâncias (2Co 12.7-10). Jesus clamou ao Pai, com abundantes lágrimas, no Getsêmani, para passar dEle o cálice, mas o Pai lhe deu forças para suportar a cruz e morrer pelos nossos pecados.
Em terceiro lugar, ao mesmo tempo temos pessoas chorando e outras celebrando na igreja. Ao mesmo tempo há pessoas sofrendo e há pessoas alegres (5.13). Deus equilibra a nossa vida, dando-nos horas de sofrimento e horas de regozijo. O cristão maduro, entretanto, canta mesmo no sofrimento (Jó 35.10). Paulo e Silas cantaram na prisão (At 16.25). Josafá cantou no fragor da batalha (2Cr 20.21). Muitas vezes trafegamos dos caminhos floridos da alegria para os vales do choro num mesmo dia. Mas, mesmo que os nossos pés estejam no vale, nosso coração pode estar no plano (Sl 84.5-7). Pelo poder de Deus, podemos transformar os vales secos em mananciais, o pranto, em alegres cantos de vitória. Quando o diamante é lapidado é que ele reflete sua beleza mais fulgurante. Quando a flor é esmagada é que ela exala o seu mais doce perfume. A alegria mais poderosa é aquela que, muitas vezes, explode banhada pelas lágrimas mais quentes.
Tiago indica que as pessoas não enfrentam dificuldades o tempo todo: “Está alguém alegre? Cante louvores” (Tg 5.13). Deus dá equilíbrio à vida e permite tanto momentos de sofrimento como dias de cântico. O cristão maduro sabe cantar em meio ao sofrimento. Qualquer um é capaz de cantar depois que os problemas passaram. Deus pode dar “canções de louvor durante a noite” (Jó 35.10). Foi o que fez com Paulo e Silas quando os dois sofriam na prisão em Filipos. “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus” (At 16.25). A oração e os cânticos eram elementos importantes do culto na Igreja primitiva e também devem ser importantes para nós. Os cânticos devem ser uma expressão da vida espiritual interior. O louvor do cristão deve ser inteligente (1Co 14.15), não apenas a articulação de palavras e de ideias que não significam coisa alguma para ele. Deve vir do coração (Ef 5.19) e ser motivado pelo Espírito Santo (Ef 5.18). O cântico cristão deve ser baseado na Palavra de Deus (Cl 3.16), não apenas nas ideias de pessoas. O cântico que não é bíblico também não é aceitável para Deus.
2. A oração da fé (vv.14,15). Essas instruções a respeito de orações pelos enfermos e da unção com óleo têm uma importância particular para cristãos pentecostais e carismáticos. Não só os “presbíteros” da igreja têm a responsabilidade de orar pelos demais membros (v.14), mas todos os cristãos têm o dever de orar uns pelos outros, para que sejam curados (v.16). Esse dever não pode ser delegado exclusivamente àqueles que têm o dom espiritual de curar. O papel específico dos “presbíteros” como sendo daqueles que “ungem com óleo”, sugere que Tiago acreditava que esse ato tem uma importância religiosa especial. Embora o óleo fosse muito usado para fins medicinais no mundo greco-romano (Ver Lc 10.32,33), referências à unção com óleo presentes no Novo Testamento, ao lado de orações pelos enfermos (somente nesta passagem e em Mc 6.13), não indicam que esse ato tivesse o propósito de ser uma terapêutica medicinal. Provavelmente Tiago esteja dizendo que ungir com óleo tenha um simbolismo religioso, não sendo meramente um ponto de contato físico para a fé de alguém. Da mesma forma que os antigos sacerdotes de Israel ungiam as pessoas e as coisas com óleo para separá-las para Deus (por exemplo, Êx 40.9-15; conforme o uso metafórico da unção em Lc 4.18,19; 2Co 1.21,22), a unção dos enfermos pode simbolizar que estão sendo separados para receberem o cuidado especial de Deus.
Dois aspectos dos ensinamentos de Tiago em relação à oração pelos enfermos, tornaram-se ciladas potenciais nas doutrinas pentecostais no que se refere à cura divina.
1) Pelo fato de algumas relacionarem a cura ao perdão (“e a oração da fé salvará o doente [a palavra grega sozo, também é traduzida em outro local da carta como ‘salvar’] ... e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”, v.15). Tiago repete a crença tradicional que ligava a enfermidade ao pecado (Jó 9.1,2), porém não tem a intenção de acrescentar qualquer explicação para a origem da enfermidade. Nas três vezes anteriores em que empregou a expressão sozo (1.21; 2.14; 4.12) essa palavra tinha consistentemente o sentido da salvação de uma pessoa, com um olhar dirigido à sua total redenção no final dos tempos (veja também em 5.20). Assim, Tiago enfatiza que devemos nos preocupar tanto com o bem-estar físico, como com o espiritual. É verdade que certos males e enfermidades são consequência de atos pecaminosos, porém Tiago não ensina que todas as enfermidades resultam do pecado (Ver Jó 9.3).
2) A segunda cilada está relacionada à confiante afirmação de Tiago sobre a “[poderosa e eficaz] oração do justo” (v.16) e à ilustração desse ponto de vista referente a Elias (vv.17,18). Se “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós”, então por que suas orações foram respondidas de forma tão espetacular, enquanto nossas orações para alcançar a cura às vezes não têm resposta? Alguns procuraram encontrar a culpa por tais orações não atendidas contestando a “justiça” da pessoa doente ou daqueles que oram em seu benefício. No entanto, essa assertiva de Tiago não é a respeito de procurar a culpa, mas de sua confiança na bondade e misericórdia divina. Assim como Deus respondeu as orações de Elias, e preparou-o para realizar a missão profética, da mesma forma responderá às orações dos crentes quando desempenharem sua missão em benefício dos demais. A explicação que Tiago oferece sobre porque algumas orações para a cura dos enfermos não resultam em sua recuperação física, vai até o ponto em que os presbíteros devem “orar e ungir com azeite em nome do Senhor” (v.14). A invocação do “nome do Senhor” não é só um apelo ao poder e autoridade da vontade de Deus, mas também um reconhecimento de que nossos desejos — mesmo através da oração — elevem estar em conformidade com a vontade divina. Talvez Tiago também estivesse desejando desafiar nosso entendimento, a respeito da razão pela qual tantas orações pelos enfermos ficam “sem resposta”. Lembremo-nos que ele escreveu que “a oração da fé salvará [sozo] o doente, e o Senhor o levantará” (v.15). A vida física não é a única vida, ou mesmo a mais importante que existe (veja 5.20). A bondade de Deus, ao nos elevar à vida espiritual e eterna, é uma resposta à “oração da fé” pela qual demonstramos plena confiança na misericórdia divina para nos tornar completamente sãos, no sentido mais amplo desta palavra.
3. Oração e confissão (v.16-18). Nesse texto, observamos três verbos essenciais: confessar, orar e curar.
a. “Confessem”. Tiago diz: “Confessem os seus pecados uns aos outros”. Com o advérbio pois ele liga essa oração ao versículo anterior, no qual escreve sobre a enfermidade, o pecado e o perdão. Tiago usa o advérbio para referir-se ao versículo anterior, a fim de oferecer uma base para a oração seguinte e enfatizar a necessidade da confissão de pecados.
O pecado não confessado é um impedimento no caminho da oração para Deus e ao mesmo tempo um imenso obstáculo nos relacionamentos interpessoais. Isso significa que você deve confessar o seu pecado não apenas a Deus, mas também às pessoas que foram prejudicadas pelos seus pecados. Peça o perdão dessas pessoas!
“A confissão purifica a alma”. Esse ditado é antigo, mas não perdeu sua validade. A confissão é a marca do arrependimento e de um pedido de perdão por parte do pecador. Quando o pecador confessa seu pecado, pede e recebe o perdão, ele experimenta a libertação do fardo da culpa.
A quem devemos confessar nossos pecados? O texto diz “uns aos outros”. Tiago não menciona especificamente a igreja ou os presbíteros; ao invés disso, fala de confissão a nível pessoal dentro de um círculo de crentes. Ele não elimina a possibilidade de membros da igreja se confessarem para o pastor e presbíteros (v.14). Alguns pecados envolvem todos os crentes da igreja e, assim, devem ser confessados publicamente. Outros pecados são particulares e só precisam ser tratados com as pessoas diretamente envolvidas. Discernimento e restrição devem, portanto, guiar o pecador que deseja confessar seus pecados pessoais. Curtis Vaughan faz um comentário revelador:
Enquanto os católicos romanos interpretaram a confissão num sentido muito restrito, muitos de nós somos tentados a interpretá-lo amplamente demais. A confissão de todos os nossos pecados a todos os irmãos não está necessariamente incluída na declaração de Tiago. A confissão é o vômito da alma e pode, quando realizada de modo muito geral ou indiscriminado, fazer mais mal do que bem.
b. “Orem”. A beleza da comunhão cristã se expressa na prática da oração mútua depois que os pecados foram confessados e perdoados. O ofensor e o ofendido oram um pelo outro; juntos, encontram força espiritual e consolo no Senhor. Em suas orações, mostram visível e audivelmente a reciprocidade. O pecador perdoado ora pelo bem-estar espiritual de seus companheiros cristãos que, por sua vez, confiam-no às misericórdias de Deus.
c. “Para que possam ser curados”. Tiago declara o propósito de se confessar o pecado e orar uns pelos outros ao dizer “para que possam ser curados”. Ele é propositadamente vago nessa afirmação, ou seja, não menciona se quer dizer com isso a cura física ou espiritual, realizada ou possível, individual ou coletiva. Certo, porém, é que quando os crentes confessam seus pecados uns aos outros e oram uns pelos outros, um processo de cura começa a acontecer. Essa verdade pode ser aplicada a qualquer situação. A oração do homem justo é poderosa e eficaz.
Quem é o justo? Temos a tendência de olhar para os gigantes espirituais, para os heróis da fé e para os homens e mulheres de Deus. Acreditamos que essas são as pessoas que, pela oração, podem mover montanhas, mas Tiago não menciona nomes, exceto o de Elias, e ainda assim com a ressalva de que “era homem semelhante a nós” (v.17). Ele quer dizer que qualquer crente cujos pecados foram perdoados e que ora pela fé é justo. Quando essa pessoa ora, suas orações muito podem.
Se “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós”, então por que suas orações foram respondidas de forma tão espetacular, enquanto nossas orações para alcançar a cura às vezes não têm resposta? Alguns procuraram encontrar a culpa por tais orações não atendidas contestando a “justiça” da pessoa doente ou daqueles que oram em seu benefício. No entanto, essa assertiva de Tiago não é a respeito de procurar a culpa, mas de sua confiança na bondade e misericórdia divina. Assim como Deus respondeu as orações de Elias, e preparou-o para realizar a missão profética, da mesma forma responderá às orações dos crentes quando desempenharem sua missão em benefício dos demais.

III. A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5.19,20)

1. O cuidado de uns para com os outros (v.19). Há sempre o perigo de uma pessoa se desviar de verdade. “Por isso convém atentarmos mais diligentemente para as coisas que ouvimos, para que em tempo algum nos desviemos delas” (Hb 2.1). O resultado desse desvio é pecado e possivelmente a morte (5.20). O pecado na vida de um crente é pior do que na vida de um não crente.
Devemos ajudar os membros que se desviam da verdade. Essa pessoa precisa ser “convertida”, ou seja, voltar para o caminho da verdade (Lc 22.32). Precisamos nos esforçar para salvar os perdidos. Mas também precisamos nos esforçar para restaurar os salvos que se desviam. Judas 23 usa a expressão “arrebatando-os do fogo”.
Tiago, nesse parágrafo, deu sua última instrução: oração pelos que sofrem, pelos enfermos e cuidado e restauração para os que se desviam. Nosso coração deve estar cheio de compaixão pelos que sofrem, pelos enfermos e pelos que se desviam, para que nossas orações possam subir ao trono da graça em favor deles.
2. A proximidade do ensino de Tiago com o de Jesus. “Aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador”. Qualquer membro da congregação sabe que deve cuidar das necessidades espirituais de um outro membro. Se alguém da igreja se desvia da verdade e cai nas armadilhas de Satanás, os outros membros devem estar preparados para resgatar o desviado. Se não advertirmos a pessoa ou falarmos sobre o assunto, nós mesmos somos culpados, pois Deus nos responsabiliza por isso (Ez 3.17-19). Somos guardadores de nosso irmão. Com sabedoria e tato, portanto, devemos mostrar ao irmão o erro de sua conduta e gentilmente restaurá-lo.
“O salvará da morte”. Fora da igreja há inúmeras pessoas presas no pecado e incapazes de deixar seus caminhos errados. Elas também devem ouvir a mensagem de salvação do evangelho. No início do século 20, em 1912, para ser mais preciso, A. T. Robertson escreveu estas palavras impressionantes que não perderam seu significado:
As condições desesperadoras em que vivem as vítimas são suficientes para desanimar qualquer assistente social que trabalhe nas favelas ou em alguns bairros residenciais de nossa cidade. As drogas aprisionaram alguns com grilhões de aço; a bebida queima no sangue de outros; cigarros acabaram com a força de vontade de outros e a imoralidade lançou outros ainda no abismo. Eles chegam, trôpegos, às casas de assistência — cidades de refúgio de nossas cidades. Felizes são aqueles que sabem como salvar almas como essas, que já tiveram dias melhores e que desceram ao mais profundo vale de pecado e tristeza.
“Da morte”. Quando estendemos a mão para resgatar aquele que está perecendo no pecado, procuramos salvar sua alma. Vemos o pecador correndo perigo de morrer eternamente e ser excluído da vida eterna. Devemos nos lembrar, porém, de que Deus nos usa como instrumentos para restaurar o relacionamento espiritual entre Deus e homem. A salvação, portanto, é e continua sendo obra de Deus. Somos apenas companheiros que trabalham para Deus (1Co 3.9).
“E cobrirá uma multidão de pecados”. Essa última declaração nesse versículo não deve ser entendida literalmente, pois o ser humano é incapaz de cobrir pecados. As Escrituras nos ensinam que não é o ser humano, mas Deus, que tem a autoridade de perdoar. A expressão cobrir se refere implicitamente ao ato de Deus de perdoar o pecado (ver, como exemplo, Sl 32.1; 85.2).
Uma frase de Provérbios revela um paralelo: “O amor cobre todas as transgressões” (10.12; comparar também com 1Pe 4.8). O que Tiago está procurando transmitir com essa alusão a Provérbios? Por que ele diz que o crente “cobrirá multidão de pecados”? Nas palavras de Calvino, “Tiago ensina aqui algo mais elevado, isto é, que os pecados são apagados diante de Deus; assim também Salomão declarou que este é um dos frutos do amor — ele cobre os pecados; mas não há melhor ou mais excelente maneira de cobri-los do que quando são completamente eliminados na presença de Deus”.
Quando Deus perdoa o pecado, aceita o pecador como se este nunca tivesse cometido transgressão alguma. Ele afasta o pecado tanto quanto o Oriente dista do Ocidente (Sl 103.12) e cobre o pecador com um manto imaculado de retidão. É claro que Deus perdoa o pecador por causa do sacrifício de Jesus Cristo. Nesse último versículo de sua epístola, Tiago não se refere ao trabalho meritório de Jesus, mas à graça de Deus ao perdoar os pecadores. Sua intenção é mostrar que os cristãos perdoados devem trabalhar juntos para o bem-estar mútuo da igreja.

CONCLUSÃO

Depois que ficamos diante do espelho desta Carta inspirada pelo Espírito de Deus, não podemos sair e esquecer as lições profundas e pertinentes que Tiago nos ensina. Importa-nos lembrar que o povo de Deus é peregrino neste mundo. É um povo em constante dispersão. Aqui não é nossa pátria, aqui não é o nosso lar. Neste mundo vamos ter aflições, mas devemos enfrentá-las com alegria, sabendo que embora variadas, elas são passageiras e nos instruem. Elas visam, em última instância, ao nosso bem, visto que o mesmo Deus que governa os céus e a terra também dirige o nosso destino.
Neste mundo, enfrentamos tentações internas e externas. Precisamos conhecer a Deus para, então, conhecermos a nós mesmos e o mundo que nos cerca. A força para a vitória nas tentações não vem de dentro, mas do alto; não vem de nós mesmos, mas de Deus. O segredo do sucesso não é a celebrada propaganda da auto-ajuda, mas a verdade insofismável da ajuda do alto. A primeira é humanista, a segunda procede de Deus.
Aprendemos no estudo desta preciosa carta de Tiago que existe uma religião verdadeira e outra falsa. A religião verdadeira, plantada no solo da verdade, frutifica abundantemente, e seus frutos são amor e santidade. Onde a intolerância prevalece, o amor inexiste. Onde o amor governa nossas ações, aí está uma marca indiscutível de que somos discípulos de Cristo. Se não refrearmos nossa língua nem nos guardarmos do mal, se não visitarmos os órfãos e as viúvas e não socorrermos os aflitos, nossa religiosidade não passará de uma propaganda enganosa. A religião verdadeira é mais do que dogmas, é vida!
Tiago descortina diante dos nossos olhos o grande tema da fé verdadeira e da fé falsa. A questão não é a fé, mas o objeto da fé. Muitos têm fé, mas ainda perecem, pois têm fé em ídolos, em si mesmos, nos seus méritos e obras, ou até têm fé na fé. Tiago falou da fé racional, da fé dos demônios e da fé morta. Uma fé apenas racional não pode nos salvar. Uma fé racional e emotiva não é melhor do que a fé dos demônios. Eles, os demônios, creem e tremem, ou seja, têm uma fé racional e emocional, mas estão perdidos para sempre. A fé que professa uma coisa e faz outra é morta, e por isso, inócua. A fé verdadeira crê na verdade, vive na verdade e proclama a verdade.
A carta de Tiago é um texto profundamente prático. E considerado com justiça, conforme já dissemos, o livro de Provérbios do Novo Testamento e o texto mais próximo do Sermão do Monte. Tiago tange a questão da língua de forma séria e criativa. Ele fala que a língua pode dar vida ou matar. A língua pode ser uma fonte de bênção ou um canal de morte. A língua é fogo, veneno e uma fonte que jorra águas amargas. Ela pode devastar e destruir como o fogo; pode matar como o veneno e pode tornar a vida amarga como fel. A língua, embora seja um órgão tão pequeno do corpo, governa-o ou destrói-o. A língua é como um leme ou freio. Pode dirigir-nos pelas águas plácidas ou empurrar-nos para os rochedos; pode levar-nos pelo caminho seguro, ou empurrar-nos para o abismo. Tiago descreve que o homem, como administrador e mordomo da Criação, domesticam os animais do campo, as aves do céu e os peixes do mar, mas não consegue domar a sua própria língua. É capaz de dominar cidades e reinos, mas não consegue dominar a si mesmo.
Tiago também fala sobre o grande abismo que existe entre a sabedoria terrena e a sabedoria celestial. A sabedoria terrena pode ser ilustrada pelo utilitarismo: “O importante é levar vantagem”. Vivemos em uma cultura de exploração, de egolatria, de ganância desenfreada. Os homens perversos e maus mentem, exploram, usurpam, corrompem, roubam e matam para acumular vantagens e tesouros. Usam o conhecimento, influência e poder apenas para prevalecer sobre os demais e não para ajudá-los. Buscam os próprios interesses e não o interesse dos outros. Vivem olhando para o próprio umbigo, embriagados pela soberba, aplaudindo a si mesmos, enquanto naufragam no mar de vaidades. E diferente a sabedoria celestial. Ela é altruísta e cheia de amor. Ela busca a glória de Deus e o bem do próximo, mais do que o enaltecimento de si mesmo.
Tiago faz uma radiografia da sociedade atual, quando trata das guerras que travamos contra o próximo, contra nós mesmos e contra Deus. O ser humano é um ser em constante conflito. O pecado atingiu a essência do seu ser. Agora, o homem perdeu sua comunhão com Deus, com o próximo, consigo mesmo e com a natureza. A história da humanidade tem sido a história das guerras. A terra está cambaleante, afogada no sangue. As nações poderosas, muitas vezes, esmagam as mais fracas e pilham-nas para assentarem-se como as donas do mundo. A globalização é um fenômeno draconiano que esmaga as nações pobres e fortalece os braços dos poderosos.
Tiago, ainda, desmascara a arrogância daqueles que pensam que podem traçar planos e projetos para o futuro sem a dependência de Deus. Somos seres limitados em tempo, ação e poder. Sem a ajuda de Deus, não podemos dar um passo sequer. Se ele cortar nossa respiração, pereceremos inapelavelmente. Nada podemos fazer sem Jesus. Por conseguinte, não deve haver espaço para a soberba no coração do homem. Sábio é aquele que reconhece a Deus e anda nos Seus caminhos humildemente e busca a Sua vontade para tomar as pequenas e grandes decisões no presente e no futuro.
A carta de Tiago denuncia com grande firmeza a ganância insaciável dos ricos. Ele enfrenta os poderosos, que de forma fraudulenta retiveram o salário dos jornaleiros para acumular suas riquezas. Ele ataca com argumentos irresistíveis aqueles que buscam segurança no dinheiro. Tiago revela que o dinheiro é mais do que uma moeda, ele é um ídolo, um deus, ele é Mamom. O dinheiro tem muitos escravos. E não são poucos os que vendem a consciência e a própria alma para chegar ao topo da pirâmide social, e quando alcançam o zénite desse zigurate econômico, descobrem que lá em cima não existe nem segurança nem felicidade. Ao contrário, aqueles que acumularam riquezas de maneira ilícita enfrentarão inexoravelmente o justo juízo de Deus. O dinheiro retido com fraude dos trabalhadores ergue-se ao céu com voz altissonante e a mão pesada de Deus desce velozmente para fazer justiça.
De forma criatiava, Tiago trata da questão da paciência no sofrimento. Ele ilustra essa paciência com a lida do agricultor, com a saga dos profetas e com o drama vivido por Jó. A paciência parece ser uma virtude em extinção no mundo contemporâneo. Queremos as coisas a tempo e a hora. Não temos paciência para esperar. Gostamos de comprar produtos de pronta-entrega e comer em restaurantes fast food. Vivemos espremidos pelo clamor das coisas urgentes. Mas, nesse contexto de impaciência na alma, no lar, na igreja, no trabalho, na sociedade, Tiago nos traz para o centro da reflexão de que devemos viver pacientemente, mesmo no meio do sofrimento até a volta de Jesus.
Finalmente, Tiago fala da eficácia da oração. Por ser um livro prático, Tiago inicia e termina com oração. Não há cristianismo sem oração. Não há maturidade espiritual sem oração. A oração não é um apêndice da vida cristã, mas a sua própria essência. Devemos levar nossas causas a Deus. Devemos orar uns pelos outros. Devemos crer na intervenção milagrosa de Deus através da oração. Deus levanta o enfermo por intermédio da oração. Se você crê no Senhor Jesus, é justo, e a oração do justo é eficaz. Tiago cita o profeta Elias, um homem poderoso na oração. Ele orava e o céu se fechava; ele tornava a orar, e o céu se abria. Ele orava e o azeite da viúva jorrava sem parar. Ele tornava a orar e a alma de um menino morto voltou a ele e o menino ergueu-se do leito da morte. Elias orava e o fogo do céu descia; ele orava novamente e as torrentes do céu visitavam abundamente a terra seca. Tiago diz que o sucesso da oração de Elias não era devido aos seus predicados especiais, visto ser homem sujeito aos mesmos sentimentos. Deus o ouviu porque ele era justo. Em Cristo, também somos justos, por isso, devemos orar insistentemente, confiantes e perseverantemente.
Tiago não pode ser visto apenas como uma relíquia do passado. Ele é um texto atual, contemporâneo, vivo, pertinente, inspirado e infalível. Estudá-lo é entrar no âmago da nossa própria alma e colocarmo-nos diante do espelho da verdade revelada. Que ao contemplarmos a glória de Deus na face de Cristo sejamos transformados de glória em glória na sua própria imagem. Minha recompensa será ter a alegria de saber que sua vida foi edificada e consolada pelo Senhor Jesus, Aquele que transforma provas em triunfo